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Palavras: 1429
Acessos: 1871   |  Postado em: 18/05/2017

Notas iniciais:

 

 

 

Achadas e perdidas

Três dias se passaram e nenhuma resposta de Viviane. Laura se sentia culpada, não sabia o que pensar, se culpava, pois sair sem se despedir e mandar uma mensagem tão curta depois havia sido no mínimo grosseria, odeia sua falta de tato para relacionamentos, vive muito em sua imaginação, nunca externa para a pessoa como se sente. Preferia mil vezes que ela reclamasse ao invés de escolher o silêncio... Depois pensava melhor, afinal cada pessoa tem sua forma de sentir, Laura sabia disso, sua cabeça davas voltas e voltas no mesmo assunto, pensando mil cenários que poderiam lhe aproximar de Viviane, um milhão de " e se" parairavam ao seu redor, nada poderia tornar o final da noite diferente.

Duas ruas adiante, Viviane sentada em seu computador editava um vídeo, apenas uma semana de prazo, uma formatura a qual o primeiro editor enrolou meses, os clientes começaram a pressionar tanto que passaram para ela. O vídeo com cerca de 2:00 horas conta desde o ensaio antes da formatura, até a festa pós colação de grau, uma turma de medicina. Viviane tinha sentimentos adversos diante desses rituais, no sexto semestre de Comunicação, ainda não decidira se queria ou não uma festa, sabia que era importante para seus pais, era a primeira de sua família a ingressar em uma Universidade Pública, seus pais podiam não concordar com seu "estilo de vida", leia-se lesbianidade, mas sempre ressaltavam seu sucesso nesse aspecto. Seus olhos se perdem na tela que apresenta a entrada dos alunos: poucas pessoas negras na turma, poucas pessoas negras em suas famílias, muitas pessoas negras trabalhando.

 

Agora assistindo a cenas da festa, Viviane se impressionam com os trejeitos robóticos dos formandos e seus convidados, a câmera sempre chega surpreendendo as pessoas, ao perceberem que estão sendo filmadas começam a encará-la arregalando os olhos. Apesar das dificuldades do trabalho, ele veio em excelente momento, havia semanas que ela não trabalhava e suas economias já estavam no limite, não podia contar mais uma vez com sua mãe. Sem cabeça para mais nada, dava os últimos retoques antes de ir entregar o filme.

Seu celular vibra, uma nova mensagem de Laura, a terceira que ela envia desde aquela noite, Viviane havia gostado de estar com ela, mas quando Laura não retornou, não foi o desentendido que a chateou, não foi esperar, o que a amedrontou foi perceber que havia criado expectativas, o encontro foi melhor que a espera. Mesmo com todo esse sentimento borbulhando em seu estômago, Viviane não quer arriscar sua auto estima, estar sozinha é seguro, e estar segura é o que ela precisa nesse momento.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Duas semanas se passaram, Laura por vezes se perdia em um pensamento que deslizava até a rua de Viviane e escalava para olhar o que havia naquela varanda, varanda na qual as duas trocaram olhares pela primeira vez, esse era um desses dias, encontrou Viviane distraidamente nas páginas de Hilda Hilst

Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.

Colada a tua boa...    

                                   Colada a tua boca...

                                                                       Colada...

Por um momento voltou a noite da festa, os olhares, os sorrisos que interrompiam os beijos, a suavidade dos lábios de Viviane, sua força e sua delicadeza. Laura sentia que seus caminhos ainda se cruzariam, mas não queria forçar a barra, após três mensagens sem resposta achou melhor esperar.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Havia quase um mês que as duas não se falavam, Laura foi visitar o mesmo campus em que Viviane tinha aula, precisava da assinatura de um contrato e sabia que ela cursava Comunicação, seu prédio ficava há dois prédios adiante do local onde ela precisava ir, quando percebeu já estava no prédio lá, tentava disfarçar seu nervosismo, mas olhava para os lados explicitando que procurava alguém, decidiu sentar-se na lanchonete, pediu um café. Seus olhos começaram a olhar a janela, enquanto tomava distraidamente seu café, pensava envergonhada na decisão de stalkear sua crush, talvez o momento tenha passado, talvez estivesse atribuindo muita importância...

- Oi.

Laura reconheceu imediatamente a voz de Viviane. Ali mesmo em sua frente, Viviane em pé com um café na mão a encarava.

Estava ainda mais bonita do que das outras vezes em que haviam se encontrado, os lábios de Laura não conseguiram disfarçar o sorriso. Viviane sentou-se ao seu lado.

- Como está?

- Estou bem...

O silêncio tomou conta da mesa.

- Olha Viviane, eu queria te pedir desculpas por te deixar esperando naquela noite, nós nunca tivemos oportunidade de conversar, eu não queria te ofender, apenas precisei ajudar uma amiga e não havia tempo de voltar.

- Obrigada, é bom saber que você consegue se desculpar, nem todo mundo consegue. Eu estava preocupada com outras coisas também, não deixei de responder por maldade, mas precisava de um tempo só meu.

- O que houve?

- Isso é assunto longo... Quer ir até a praça fumar um cigarro comigo?

Laura sentia um ardor no peito, as sutilezas do acaso havia colocado Viviane novamente em seu caminho, ela a olhava, ela falava sobre o curso, suas disciplinas esse semestre, quais os melhores professores. A jovem estava impressionada pela beleza de seu par, o modo como se expressava bem, procurando com minúcias cada palavra, suas impressões certeiras sobre as situações, as covinhas de seu rosto, seu cabelo crespo que se iluminava com o sol, seus olhos castanhos, o modo como seu braço cortava o vento enquanto ela gesticulava sua fala, cada detalhe de Viviane era deliciado aos olhos de Laura.

- Como está seu curso?

A pergunta suspendeu o transe no qual Laura havia entrado. A timidez lhe subiu a face.

- Está bem, está bem... Estou no quarto semestre.

- Letras, isso mesmo? Você pretende ser professora?

- Na verdade o meu é bacharelado, penso mais em edição de livros, tradução, carreira acadêmica. E você? Será produtora?

- Gosto de trabalhar com fotografia, aquelas que te mandei há um tempo são minhas, lembra?

- Sim, lembro. Havia uma série delas que eu gostei muito, eram crianças brincando na beira do mar, as ondas estavam iluminadas, o sol refletia na água e cercava as crianças de diamantes. Você é muito talentosa...

- Que coisa bonita de se dizer. Você escreve? Como toda boa estudante de Letras?

- Sim...

Ambas riram.

- Só ás vezes  - Laura completou.

Os olhos de Viviane passeavam pela face de Laura, a jovem ficou tímida, evitando cruzar com o seu olhar.

- Você não estava tão tímida no nosso último encontro. – Viviane riu alto. Vamos me mostra algo...

- Posso mostrar algo que eu gosto?

- Sim, sim, sim. Me mostra.

Laura tirou um livro da bolsa, Hilda Hilst. Viviane conhecia apenas de nome.

Abriu o livro no marcador, começou então a ler para Viviane:

Sorrio quando penso

Em que lugar da sala

Guardarás o meu verso.

Distanciado

Dos teus

livros políticos?

Na primeira gaveta

Mais próxima à janela?

Tu sorris quando lês

Ou te cansas de ver

Tamanha perdição

Amorável centelha

No meu rosto maduro?

E te pareço bela

Ou apenas te pareço

Mais poeta talvez

E menos séria?

O que pensa o homem

Do poeta? Que não há verdade

NA minha embriaguez

E que me preferes

Amiga mais pacífica

E menos aventura?

 

Que é de todo impossível

Guardar na tua sala

Vestígio passional

Da minha linguagem?

Eu te pareço louca?

Eu te pareço pura?

Eu te pareço moça?

 

Ou é mesmo verdade

Que nunca me soubeste?

 

Hilda Hilst...

 

Trocaram um longo olhar

Laura interrompeu o silêncio

- Dizem que fotografar é escrever poesia com a luz...

 

- Quem disse?

- Não sei...

Riram novamente

 

- Por falar nisso tem um documentário muito bom “Tales by light”, você já assistiu? – Viviane a encarava.

- Não, ainda não assisti.

- Vamos assistir juntas lá em casa, não me importaria em ver novamente.

Conversaram por mais 15 minutos sobre seus documentários favoritos, trocando indicações, o riso acompanhava os lábios das duas, agora já se olhavam com mais facilidade, Laura superara sua timidez, Viviane a convencera até a recitar. Saíram com um encontro marcado, um beijo no rosto, seguido de um longo abraço. Laura ainda se impressionara com as reviravoltas do seu dia, abobada seguia em direção a sua casa, lembrou que ainda precisava buscar o contrato de estágio, precisou voltar...

 

Fim do capítulo

Notas finais:

 

 

As poesias de Hilda Hilst foram retiradas desse link: https://musadopoeta.files.wordpress.com/2016/01/poesia-completa-hilda-hilst.pdf

Tales by light é uma série de documentários de 2015.

 


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