Sentia sua respiração ao poucos voltando ao normal, ela era melhor do que havia imaginado... quer dizer desde aquela manha já tinha uma ideia do quanto ia me satisfazer só de tê-la em meus braços.

Devagar escalo seu corpo me alojando entre seus seios beijando aqueles montes, causando pequenos choques em seus corpo que ainda sentia o prazer vivido agora a pouco. Eu estava com receio do que viria pela frente, afinal ela tinha um namorado, um compromisso de certa forma! Mas precisava saber aonde aquilo tudo que vivemos ia nos levar, levanto minha cabeça a olhando nos olhos.

-Como ficaremos Sabrina? Sei que tens namorado, mas preciso saber de você como ficaremos depois dessa noite?!

Sinto a agonia que passava em seu corpo com minha pergunta, com toda a certeza ela também se fazia a mesma pergunta. Depois que havia vivido com Pietra, não estava disposta a ser novamente enganada.     

-sinceramente não sei te responder essa pergunta Giulia- ouvir meu nome em seus lábios me causou uma sensação de pertencer aquela moça- Não quero magoar Leonardo- meu corpo reage a simples menção daquele nome.

-então como ficamos?

Sabia que ela precisava pensar sobre tudo aquilo que estava nos acontecendo, tinha uma leve impressão que havia me procurado por impulso, sem pensar nas consequências.

-eu preciso primeiro terminar com Leonardo, pra depois me entregar pra isso que estou sentindo-arqueio a sobrancelha. Queria muito saber o que se passava em seu íntimo-preciso entender o que é isso que me fazes sentir, Isso tudo é novo pra mim!

-posso te ajudar a entender até que tudo isso passe, basta você me deixar...

-mas você não mora aqui Giulia! e se isso não passar? Como irei ficar quando decidir que já é hora de partir.

Sua fala denunciava a agonia que estava travando, não queria pressiona-la a tomar uma decisão que poderia se arrepender depois.

-então vamos com calma! precisamos nos conhecer melhor e você tem decisões a tomar- ela balança a cabeça como se concordando- não vamos apressar as coisas.

Nossos olhos se encontram outra vez, meu desejo por ela novamente aquece meu corpo.

-dormi aqui hoje!

-não posso, Leonardo deve estar louco atrás de mim- aquilo foi como um banho de agua fria em minha cabeça, “será que ela ainda se entregaria pra ele naquela mesma noite que a amei” tento desviar meus pensamentos daquela cena que se formava em minha mente.

-posso te pedir uma coisa? - o que ia pedir não fazia muito sentido, visto que era a primeira vez que ficávamos juntas pra valer, e não tínhamos estabelecido nenhum compromisso.

-o que é?

-não fica com ele, pelo menos essa noite, sei que não posso te pedir isso...-ela coloca seu dedo sobre meus lábios para calar-me.

-isso não vai acontecer, por mais que não ficássemos hoje já havia cogitado a possibilidade de terminar com Leo, e essa decisão não é por sua causa. Não acho justo continuar com ele já que não o amo.

Respirei aliviada com suas palavras. Minha noite seria horrível se acaso não fizesse aquele pedido.

-preciso ir agora.

Me levanto dando passagem pra ela, mais uma vez estudo seu corpo nu, lindo a minha frente. Enquanto ela busca cada peça de sua vestimenta eu a observava.

Ela parece perceber minha admiração e sorrir, um sorriso torto que a deixava ainda mais linda. Não me contenho a puxo alojando-a entre minhas pernas, minha língua brinca em sua barriga fazendo com que ela suspire para o que poderia vir em seguida.

Minha mão acariciam seus seios, enquanto a outra passeia em sua bunda arranhando levemente aquele local.

-ahhhh, preciso ir Giulia- ela falava ofegante.

-o que te impede? - minha língua intensificava as lambidas abaixo de seu umbigo. Minha mão se aloja entre suas pernas percebendo o quanto ela estava escorrendo de excitação, meu dedo brincava em sua intimidade para logo em seguida ser capturado por meus lábios que se deliciam com seu gosto.

-te quero Sabrina! - meus dedos retornam para sua umidade, fazendo com que ela afaste mais suas pernas me dando livre acesso a seu prazer.

A penetro com vontade, seus gemidos me enlouquece. Enquanto meus dedos a penetravam profundamente meu polegar manipulava seu clit*ris que se encontrava entumecido de desejo.

Quando percebo que ela já estava em seu limite, minha mão abonadona seus seios e a puxa para um beijo desesperado, seus gemidos misturavam-se aos meus na hora de seu gozo. Devagar retiro me retiro de dentro dela e novamente meus lábios são presenteados com seu gosto.

Ela estava mole, arfando. A sento em meu colo acariciando suas costas, ela deita a cabeça em meu ombro na intensão de descansar. a abraço forte fazendo nossos corpos voltarem ao ritmo normal.

Depois de nos despedirmos, fico ainda algum tempo a observando da entrada do chalé. Ainda não conseguia acreditar em tudo que tinha acontecido, depois de tê-la amado pela última vez ficamos alguns minutos em silêncio, meu corpo ansiava por seus toques mais não falei nada, queria que isso acontecesse quando ela tivesse vontade, eu senti várias vezes sua vontade de explorar meu corpo, mais acho que o medo de não saber fazer o certo, a travava. 

Vou para o quarto e me jogo em minha cama, meus pensamentos não saiam do que acontecera, passava tudo feito câmera lenta em minha cabeça, sua expressão, seus gemidos, seu gosto eu não sabia onde aquilo tudo ia dar, mais estava disposta a tê-la novamente.

Pela manhã, acordo cedo e disposta precisava me exercitar um pouco. Antes de ir a pousada tomar meu café da manhã vou à praia correr um pouco, aquele horário estava quase deserta contando com apenas alguns hospedes também se exercitando ali.

Corro durante 1 hora e volto ao chalé afim de tomar banho e seguir para pousada, estava louca para ver Sabrina. Não bastava tê-la em meus braços, ainda passei a noite toda com ela em meus pensamentos.

-Bom dia Berta- a senhora sorrir ao me ver, ela conversava com um rapaz muito bonito de estatura média, cabelos negros e porte atlético. Esse ao me ver me olha curioso.

-Giulia este é Giovane meu filho que irá trabalhar conosco, ele é massagista- Berta apresenta o filho toda orgulhosa, o rapaz não tirava os olhos de mim.

- Prazer Giovane, sou Giulia.

-nossa você é linda mulher! e por cima Italiana que combinação perfeita! - arqueio uma sobrancelha, apesar da aparência não denunciar, os trejeitos do filho de Berta denunciavam que ele era Gay - Olha esse corpo senhor...

- menos Giovane, mal chega já quer espantar os hospedes- meu coração dispara só de escutar a voz daquela que não saia de minha cabeça.

-Sa que saudades minha amiga- Giovane abraça Sabrina assim que essa se posta a seu lado, seu rosto voltado pra mim. Seu olhar era intenso, me soube um calor fora do normal. Quando os dois se separam analiso seu corpo por inteiro, imaginando ele despido como na noite anterior.

-eu também estava com saudades. Vamos tomar café e depois conversamos sobre sua contratação.

-tem certeza que disso, sei das dificuldades que tens passado.

Eu havia me sentado, fingia comer algo, mas estava atenta a conversa dos dois.

-tenho sim, mais depois conversamos sobre isso- percebo que ela não queria conversar sobre suas dificuldades diante de mim, não a culpava afinal mal nos conhecíamos- vejo que já conheceu Giulia!

Ela me olha novamente com intensidade, me analisando roubando minha paz. Giovane que a olhava se volta pra onde eu estava tomando meu café.

-realmente ela é linda, se gostasse da fruta me ariscava em pega-la- eu que até o momento só era ouvinte, caio na gargalhada.

-desculpa te decepcionar, mais “se” você usasse saia ainda me ariscava- respondo na mesmo forma, ele coloca as mãos na boca como se espantado com que ouvira.

-AI MEU DEUS! - fala afetado- daria de tudo pra ter um corpo desse.

-pra te ter um corpo desses, teria que nascer de novo!

Amália se aproxima abraçando o irmão que retribui o abraço. Eles se pareciam possuíam os mesmos traços.

-e cá entre nós, ia ficar um pouco esquisito você com o corpo da Giulia-Sabrina fala rindo, fazendo com que os irmãos a olhasse um pouco confuso. Ela parecia mais solta, até me ariscaria dizer alegre, naquela manhã.

-nossa Sa fazia tempos que não te via assim....

-como assim?

-brincalhona, alegre parece até que viu passarinho colorido kkk- Amália fala

-nem ouça dizer que esse passarinho colorido sou eu, eu me recuso a ser um pássaro. Se fosse uma gazela até ficaria feliz- fala um afetado Giovane, fazendo todos que estavam ali na cozinha rissem, inclusive Berta que balançava a cabeça como se não acreditando.

....

No caminhando até meu chalé meus pensamentos não abandonaram em nenhum momento a imagem de Giulia me amando, pensava nela incessantemente, em como havia me amado. Já tivera alguns namorados mas com nenhum deles me entreguei daquela forma como havia me entregado para Italiana.

A forma como meu corpo reagiu as suas caricias, a expressão dela ao me tocar, o cuidado que vi em seu olhar em me satisfazer, de me amar com delicadeza me faziam suspirar ao lembrar. Fui o caminho todo até minha casa distraída com os acontecimentos da Noite, que não percebo Léo me aguardando na entrada de meu chalé, tomo um susto ao escutar sua voz que me tiraram de minhas divagações.

-onde você estava, que te procurei por toda a ilha e não te achei?!-ele parecia furioso- me fale onde se meteu?

Olho para aquele homem a minha frente, diferente do namorado gentil que se mostrara durante aquele ano de namoro.

-estava por ai, queria ficar um pouco sozinha-desvio meu olhar com medo que esse me denunciasse.

-precisamos conversar- ele segura meu braço com força, olho em direção a sua mão fazendo com que ele recue.

-não estou com disposição para discursões, ainda estou com dor de cabeça. Mas realmente precisamos conversar sobre agente.

Ele me olha agora desconfiado e de forma mais branda segura minha mão.

-vamos deixar essa conversa pra depois, vamos dormir, outro dia conversamos.

Só de pensar em Leo me abraçando, meu corpo reage na hora. Era isso e muito mais que ia acontecer se ele insistisse em dormir ali.

-acho melhor você ir pra sua casa, preciso ficar sozinha, amanhã conversamos.

Sem esperar mais respostas entro em casa deixando para trás um Leonardo sem ação. Já em meu quarto tiro minhas roupas e me deito lembrando imediatamente das caricias da italiana em meu corpo. Aquelas mãos passeando por todo ele, aquelas boca que deixaram um rastro de fogo por onde passava. Meu corpo já dava sinais de desejo outra vez.

Meu sono aquela noite veio recheado de sonhos eróticos, onde minhas mãos percorriam o corpo daquela que estava tirando minha paz.

Pela manhã meu primeiro pensamento foi em Giulia. Levanto-me indo em direção a cozinha da pousada. Estava com fome, precisava comer alguma coisa antes de começar meu dia.ao longe escuto a voz de Giovane, fico feliz em ter meu amigo de volta, quem sabe ele pudesse lhe ajudar a entender tudo aquilo que estava sentindo em relação a minha hospede.

Meu coração dispara ao entrar e ver quem estava a conversar com meu amigo. Eu estava louca pra vê-la, mais jamais imaginaria encontra-la logo pela manhã, ainda mais sendo tão cedo. Ela estava linda, meus olhos percorrem aquele corpo que tive tanta vontade de tocar, mais por medo ou insegurança, não o fiz. Minha vontade na noite anterior era de toma-la em meus braços e dar a ela o mesmo que havia me proporcionado.

Meu amigo ao me ver me abraça forte. Fico com meu rosto voltado pra onde ela estava, nossos olhos se encontraram e outra vez imagens da noite passada voltam a minha mente, meu coração estava em um ritmo frenético. Me sai do abraço de meu amigo antes que ele percebesse minha agitação.

Amália se aproxima abraçando o irmão, percebo eles estranharem minha descontração, estava me sentindo leve, feliz como a muito tempo não sentia. Mais minha alegria se desfaz quando ouço as palavras seguintes de Amália.

-Giulia, a Mari estava procurando por você! -meu humor depois daquilo se desfez completamente, Giovane parece perceber que alguma coisa havia mudado e me chama para conversar.

-vamos a seu escritório conversar sobre minha contratação- ele praticamente me arrasta dali.

Só de imaginar Mari e a italiana juntas o ciúme me consumia, um sentimento de posse novo pra mim! Tinha a plena consciência que não tinha o direito algum de cobrar alguma coisa, afinal não tínhamos nenhum compromisso! nenhum vínculo mas eu não conseguia acalmar o ciúme que oprimia meu peito.

Me despeço dos demais mal falando com a italiana.

-agora me fala, o que está rolando entre você e aquela deusa?

Me pergunta de supetão me deixando completamente sem ação.

-não está acontecendo nada.

-conta outra, você nunca foi muito boa de mentir, e a italiana Só faltou te comer com os olhos... E você não ficou atrás!

Já dentro do escritório Giovane senta-se a minha frente.

-Ah Giovane não sei mais o que fazer, só sei te dizer que essa mulher mexe comigo como ninguém jamais o fez- descanso meu rosto entre minhas mãos, olhando meu amigo que mais parecia um psicólogo analisando uma paciente.

-e o Leo?

-você sabe que minha vida sexual com Leo nunca foi agitada, agora então não consigo pensar em mais nada.

-isso é simples de se resolver-olho pra ele sabendo que por mais que não perguntasse ele me falaria- dá pra ela pra ter certeza do que sente.

-Já dei! - meu amigo faz cara de espanto.

-e como foi?

-Foi incrível! –afundo meu rosto entre minhas mãos – ela me fez sentir coisas que nenhum homem me fez sentir até hoje.

-então se joga amiga!

-mas preciso conversar com Leo primeiro- o vejo entortar a boca- e também tem o fato que ela pode ir embora do dia pra noite.

-não fique especulando possibilidades, viva tudo isso. Essa Italiana tem cara de ser tarada- solta uma gargalhada, bem a cara dele! - a Mari deve estar pegando pesado pra tê-la em sua cama- ao escutar aquilo lembro o que Amália havia falado.

-o que será que ela quer com a Giulia- penso em voz alta.

-se eu fosse colocaria logo um fim nisso que chama de namoro e corre atrás dessa mulher antes que outra a agarre.

-ela não teria coragem, não depois tudo que conversamos.

Giovane me olhava com as sobrancelhas levantadas. Acabei mudando de assunto, conversamos sobre suas futuras funções ali na pousada, mais meus pensamentos não abondaram em nenhum minuto Giulia, a todo instante me perguntava se ela estava naquele minuto com Mari.

-o que foi- meu amigo balançava as mãos a minha frente.

- estou falando pra darmos uma volta, que faz tempo que não vinha aqui. Ei volta pra terra!

-vamos sim, não estou conseguindo me concentrar.

-Claro que não, deve estar se remoendo pra saber se a Deusa foi encontrar mesmo com a devastadora de mulheres.

-kkkk você não esquece mesmo o apelido que deu a Mari da última vez que esteve aqui.

-Claro que não! via como ela só faltava pular em cima das mulheres que via pela frente.

-Não exagera Giovane!

-exagerar! Lembra da última vez que estive aqui, e que ela deu em cima de uma mulher casada e só faltou apanhar do marido da outra. Se não fosse eu interferir, dizendo que ela era minha namorada o cara tinha dado uma surra nela.

Eu ria ao lembrar da cena, Mari se engraçou pra uma hospede. Nessa época ainda não trabalhava na pousada mas ajudava as pessoas que queriam explorar a ilha. A tal mulher foi gentil com ela e Mari acabou confundindo as coisas.

O Marido da tal mulher percebeu e quis tirar satisfação com a Guia. Se não fosse Giovane ele talvez tivesse a agredido.

-tudo bem já me convenceu!

Mostrei a Giovane todas as adaptações que havia feito na pousada desde que meu pai faleceu, ele me indagou em relação a situação financeira do lugar. Meu amigo sabia de tudo que eu passei desde que perdi meu pai, apesar de não morar na ilha mantínhamos contato quase diário.

Talvez com ele ali as coisas se tornasse mais leve, meu amigo tinha o dom de suavizar os acontecimentos. Muitas das vezes pensei em pedir que ele fosse me visitar na ilha, mais seu trabalho na capital lhe exigia muito, além de ter um relacionamento que Berta não aprovava, não por seu outro homem e sim por achar o rapaz interesseiro, o que só se comprovou com a perda do emprego de meu amigo.

Passei o dia com Giovane, além de massagista ele entendia bastante de finanças e acabou me ajudando em alguns assuntos sobre a pousadas, que somente contava com ajuda de Leo. Me distrai e consegui parar de pensar mais na Italiana, que não havia dado as caras durante o dia corrido. Minha única certeza era que não estava com Mari, pois fiz questão de saber com Amália o paradeiro da guia e essa estava com um grupo de hospedes que queriam conhecer as diversas praias da ilha.

Já eram quase sete horas da noite, me despeço de Giovane alegando que tomaria banho e retornaria para que fossemos a um quiosque que ficava na praia do amor. Ele queria conversar um pouco sobre o que havia acontecido para que retornasse para ilha.

Estava chegando a meu chalé, quando dou de cara com Leonardo me esperando na entrada. Decidi que estava mais que na hora de termos a tal conversa do dia anterior, precisava por um ponto final naquele relacionamento para seguir em frente.

Fim do capítulo