Free Yourself por Vieira
Capítulo 10 – Quem com ferro fere com ferro será ferido!
Sofia abriu lentamente os olhos, sentiu um peso sobre seu corpo notou que era a mulher que dormia com a cabeça em seu peito. Sorriu preguiçosamente. Sentiu um pontada na cabeça, recordou que tomara todas ontem. – Que ressaca brava! Sussurrou. Andrezza remexeu-se. Sofia tirou lentamente seu ombro/braço e acomodou a amada com um travesseiro. Precisava de um belo banho. Ficou imaginando os acontecimentos dos últimos dias. Tocou em seu colar – Clara sua louca! Pensou. Saiu do banho e fora na casa de Clara precisava ver como Tico e Dalva estavam, e também desejar um feliz natal! – Bom dia Sr Tico. Disse-lhe a advogada dando um abraço seguido de um belo sorriso.
- Bom dia minha "fia" tu tás boa? Sorriu o amistoso Sr.
- Estou muito bem, obrigado! E o Sr como está? Como passou de natal? Aproposito Feliz Natal. O Sr sorriu ainda mais.
- Muito obrigada minha "fia", para você também. Passamos muito bem, e tô bem também.
- Dalva está aí?
- Sim, está na luta lá na cozinha.
- Vou falar com ela. Tenho que voltar para casa preciso resolver algumas coisas do trabalho. Disse pensativa. O homem a acompanhou até a cozinha. Dalva ao vê-lá abriu logo o sorriso.
- Sofia minha linda, que saudade. Só porque Clarinha não está, não quer dizer que não precise nos visitar! Debochou a Sra.
- Que isso dona Dalva, estava um pouco ocupada com coisas de casa e do trabalho, mas dei uma escapadinha agora, e vim lhe desejar um feliz natal! Abraçou a Sra que retribuiu de forma delicada.
- Para você também meu anjo tudo de bom.
- E os meninos, estão por aí? Se referia aos filhos do casal.
- A Lila saiu cedo com o namorado. Dário... Pensou um pouco – Esse desde ontem que não dar o ar da graça. Agora tá nessas manias de sumir. Fitou a mais velha, o olhar estava nítido sua preocupação. Clara havia comentado sobre o filho do casal, e que na sua visão era um garoto problemático. Sofia tentou amenizar a tensão da outra.
- Coisa de jovens dona Dalva, quando casa isso tudo passa... Sorriu lembrando-se de suas travessuras com Clara quando era solteira.
- Tem razão! A Sra sorriu. Lhe ofereceu tantas coisas e ela recusou todas. Sofia não perguntou por Clara sabia que Dalva era um túmulo e não falaria nada, e muito menos Tico. Resolveu ir para casa, depois de alguns minutos jogando conversa fora com o casal. Ao sair da casa da médica encontrou com Júlia que ia tocar a campainha de sua casa.
- Psiu! Sorriu. Júlia virou-se encarando-a seriamente. - Pontual! Falou analisando o horário.
- Sempre! Fizeram um breve silêncio. Como vai ser? Júlia estava tensa, Sofia sentia de longe.
- Como combinamos. Se de fato ela for hoje... Silenciou por uns estantes – Ela tomou maior porre ontem, não sei se vai está condições de encontrar a amante. Ficou pensativa. Júlia sorriu do comentário.
- Você tomou maior porre também... Analisou a advogada – E está de pé! Gargalhou.
- Engraçadinha... Estava precisando ficar fora do ar por alguns estantes. Ou melhor horas. Sorriu sem jeito.
- Imagino... Ficou pensativa. Sofia sabia que ela queria falar sobre a Dra Clara.
- Desembucha Júlia, o que quer compartilhar sobre Clara? Sorriu com a expressão de choque da amiga.
- Achei muito fofo o presente. Ponderou por alguns segundos. – As citações tem significados, sabe disso né? Sofia olhou para cima.
- Pior que sei! Ficou pensativa – Ela adora falar através de citações. E parece que acerta em cada uma delas que usa... A fitou – Entende o que estou querendo dizer? Júlia pareceu incomodada com a pergunta.
- Pior que sim. Passou as mãos pela cabeça – Ela pediu para tocar a vida sem ela, coisa que já havia me dito muitas vezes, só que dessa vez, pareceu me convencer de que nunca vou ter chance com ela. Sofia sentiu uma pontada no peito pelas palavras da moça. Sabia do amor que ela sentia por sua amiga, mas também sabia dos sentimentos de Clara, e naqueles anos de amizade, Clara nunca comentou de haver qualquer brecha para Júh conseguir domina-lá, no fundo a médica tinha um enorme carinho e cuidado pela futura advogada, tinha um sentimento de proteção em relação a moça.
- Estou contigo, o que escolher está ótimo! O sorriso de Júlia pareceu aliviar um pouco a pressão da advogada. Ficaram combinando algumas coisas por mais alguns minutos. Ambas retornaram as suas respectivas casas.
- Bom dia! Júlia falou ao ver Alice jogada no sofá! Fez expressão de dor.
- Júh fala baixo porque minha cabeça está explodindo. Sussurrou.
- Não vai sair Alice? Fitou a loira. Alice levantou-se lentamente.
- Quem saí neste estado criatura? A encarou – E para aonde iria? Recordou-se de seus olhares ontem a noite.
- Não... Pensou um pouco, não poderia dar muita bandeira – Achei que tivesse algum trabalho, sempre entrega todos nos prazos... Falou num fio de voz. A loira pareceu convencer-se. E voltou a deitar.
- De ter, até tenho, mas dessa vez meus clientes que me perdoem, mas minha cabeça doí só de imaginar trabalhar hoje.
- Tudo bem... Vou fazer algo para comer, deseja alguma coisa? Júlia foi em direção a cozinha.
- Só que me deixe em paz! Júh não falou mais nada. Ela bateu uma panela que fez grande ruído. – E não faça barulho. Esbravejou-se a engenheira. Júlia riu da situação.
- Posso saber onde minha mulher estava? Andrezza falou descendo as escada pegando-a na entrada da casa. A outra se assustou.
- Aí! A encarou. – Fui na casa de Clara. Andrezza a fitou.
- Não vai me dizer que ela retornou? Colocou as mãos na cintura.
- Não amor, fui apenas desejar feliz natal para o Tico e Dalva. Andrezza pareceu faz pouco caso. – Quero comer algo, que tal um bolo de cenoura? Passou a mão na barriga em movimento circular. Andrezza ao ouvir aquelas palavras sai em disparada ao banheiro de visitas e começou a vomitar. Os efeitos da gravidez ficavam cada vez mais intensos. Sofia colocou as mãos na cabeça e saiu em disparada até a mulher. – Amor tudo bem? Tentou se aproximar mas fora bloqueada pela mão da esposa que estava debruçada sobre a pia. – Amor por que está vomitando? Foi porque falei do bolo de cenoura? Ao ouvir aquilo Andrezza começou a vomitar mais ainda, quando deu uma suavidade olhou cerrando os olhos para Sofia que notou que tinha feito besteira. – Hum! Ficou sem jeito. Vou tá aqui fora esperando você retornar, qualquer coisa me chama. Saiu de fininho. A mulher estava quase voando em seu pescoço.
Marcos dormia profundamente, tomou todas. Quem não tomou?! Era a questão do dia. Fizera amor com com Douglas a noite inteira, um amor com sabor diferente, sabor de noivado. Douglas riu do pensamento. Beijou-lhe os lábios rapidamente e levantou para preparar algo para comer. Encontrou os pais na cozinha, Darcília parecia um cão raivoso. Diferente de Aloísio que escutava tudo tranquilamente. Quando a mulher viu o filho entrando na cozinha mudou de assunto, Douglas a observou.
- Pode continuar mamãe sei que estava falando do meu marido. Sentou na mesa para encarar. Aloísio sabia que aquela seria uma boa discussão pois Douglas estava livre de qualquer olhar afetuoso, estava gélido.
- Não sei do que está falando meu filho. Como dormiu? Fez-se de desentendida. Douglas estreito os olhos contra a mulher.
- Perfeitamente bem. Pensou por alguns segundos. – Fiz amor com meu marido a noite toda. Deu um sorriso sínico, sabia que pegou no ponto fraco da mulher. Dona Darcília lhe lançou um olhar venenoso.
- Como ousa falar essas coisas para mim? Sou sua mãe certas intimidades entre você e o outro lá... Não deixou a mulher concluir.
- Epá... Outro lá a senhora sua mãe. A voz de Douglas começara a ganhar um tom elevado. A mulher lhe encarou reprovando qualquer ação. – Sabe mãe... Estou cansado de tentar te agradar, de tentar mostrar o quão maravilhoso é meu marido... Respirou fundo. – E você?! Você só se nega ver o óbvio, não existe defeitos nele, e você encontra qualquer coisa para juga-lo, estou farto de tudo isso. Passou as mãos pelo rosto. – De um lado os Lacerdas de outro a Sra Tedesco, é muito complicado tentar viver em harmonia quando outro não está disposto a paz. Ficou em silêncio.
- Você... A mulher tentou falar mas fora cortada novamente.
- Não terminei! A encarou. – Se continuar assim tomarei o mesmo rumo que o Marcos tomou com os pais dele. Aloísio o olhou, ele buscou o olhar do pai. – Mas só em relação a Senhora minha mãe, pois meu pai é o homem mais maravilhoso que já conheci. Segurou a mão do pai. Darcília fitou aquele gestou, e mexeu-se desconfortavelmente na cadeira. – O olhar que pai me lançou ontem quando anunciei que iria ser avô foi a maior prova de amor de todos os tempos, diferente da senhora que fez aquilo por pura educação... A mulher abriu a boca, mas não falou nada. – Ainda não terminei Sra Tedesco! A voz do rapaz ficou suave. – Não preciso que ame o Marcos, não preciso que mostre afeto por ele em público, preciso apenas que o respeito como meu marido. Também não estou pedindo que aceite essa criança de bom grato, pois sei que esse era o assunto que estava falando com meu pai. O senhor lançou um olhar para o filho. – Ouvir o suficiente. Levantou-se e começou a andar de um lado a outro. A mulher muda estava, muda ficou. – Você questionava como seria a cabeça dessa criança, como ela iria reagir, e o futuro, falou também, que esse lugar não é um ambiente de uma criança, agora me diga mãe o lugar dela é numa rua, passando fome, sofrendo preconceito pela sua posição social, sentindo frio, calor, doente. Ou num orfanato onde a luz nasce quadrada independente de vez o sol redondo o não, a visão os pensamentos são quadrados, desesperançosos, desacreditados... Colocou a mão na nuca. – Quantas crianças ao final do dia se ajoelha na cama que lhe é reservada e ora baixinho pedindo uma família, seja ela como for, mas que seja uma família? Quantas pedem para serem amadas? E os questionamentos sobre sua existência, a inveja de ver outras crianças fora daquele ambiente com pais... Sei que existem muitos pais cruéis, mas estou me referindo as crianças que são amadas e têm uma família de verdade. A encarou, o olhar da senhora estava apontado a sua xícara de café. – Possa até não ser uma pessoa modelo, e muito menos o Marcos, mas temos o que muitos não tem... O amor mãe. Nos amamos e iremos amar a criança que escolhermos. Por mim eu escolheria todas crianças do mundo, sinto me mal por não poder fazer muito, mas faço o pouco que me dar. Serei um pai que fui criado para ser.. Olhou seu pai que tinha os olhos marejados... – Serei como o senhor... O homem mais velho sorriu e uma lagrima escorreu pelo rosto. – Fique sabendo mãe que farei o necessário por está criança, darei o que estiver ao meu alcance, e ensinarei todas as coisas certas e erradas, mas caberá a ela saber como identifica-las. Parou um pouco – Queria poder dar avós. Aquela frase foi como uma flecha no coração da mulher. Mas se não puder tentarei preencher essa lacuna com meu marido. Sentou novamente, e começou a beliscar um pão. O homem olhou com um olhar duro a esposa. Que apenas levantou e saiu do campo de visão deles. Douglas não disse nada, esperava essa reação. Sentiu a mão do seu pai tocar na sua. Sorriu!
- Avós eu não sei se essa criança irá ter, mas avó Aloísio, há isso irá ter com certeza. Douglas sorriu. Abraçou o pai. Era tão diferente da mãe, era tão flexível. – Você é meu orgulho garotão! Disse o homem em um sussurro.
Júlia havia avisado a Sofia que Alice não estava nos planos de sair. O telefone dela tocou.
- Pois não?
- Olá doutora, sou eu Giovani Alencar... Sofia ficou tentando lembrar se havia marcado algum compromisso com o jovem hoje.
- Há, tudo bem Giovani?
- Sim doutora. E como está? Feliz natal... Disse o garoto meio sem jeito.
- Muito obrigado desejo-lhe o mesmo. Estou bem, obrigado!
- Então ainda irá na delegacia hoje? Perguntou esperançoso. Bingo! Era isso que tinha marcado com o rapaz.
- H-há, Claro, Vamos lá. Te busco onde? Assim o menino passou todo o endereço e ela seguiu para o encontro do jovem. Mas antes teve bate boca com a mulher que questionou seu envolvimento nesse caso.
Encontrou o jovem na praça combinados seguiram direto. Chegando encontrou o delegado de mau-humor por sinal. – Desejo ver a jovem Ana Miller e o jovem Alberto Miller. O delegado a examinou de cima abaixo.
- Quem é a senhora? Deu um sorriso sínico.
- Sou Advogada Sofia Guerra, claramente sou advogada dos jovens miller's! O delgado parecia surpreso com a revelação da mulher.
- Ora, ora, não sabia que assassinos assumidos tinha uma advogada de alto prestigio... Falou sarcástico. – Acredito que não são os pais dos jovens que está custeando seus honorários, pois eles foram vitimas desses monstrinhos que criaram. Gargalhou. Sofia cerrou os olhos contra o homem asqueroso que estava na sua frente. Apoio-se na mesa dele.
- Quem paga ou deixa de pagar não é de sua conta, sobre serem monstrinhos, é um assunto mais delicado. Exijo respeito ao se referir a mim ou a meus clientes Sr delegado, pois não lhe faltei com respeito em nenhum momento. O encarou por alguns minutos o homem que a fitava raivosamente pela afronta, e antes que o mesmo revidasse retomou a fala – Antes que queira fazer uso errado de sua autoridade, lembre-se que bato de frente todos os dias como pessoas assim, pense bem. O jovem Giovani estava encantado com a firmeza daquela mulher. O delegado abriu a boca e fechou várias vezes. Depois chamou um policial e pediu para acompanhar os dois a sala de visitadas. Os jovens chegaram a advogada entrou eles a encararam friamente, havia algo no olhar daqueles dois que incomodava Sofia desde do momento que os viu na TV.
- Quem é você? O menino se adiantou, parecia iceberg de tão frio que era. Sofia olhou calmamente – Falei com você, não me ouviu? A irmã tocou-lhe o braço fazendo ele voltar a sentar.
- Sou a advogada de vocês... Dessa vez foi a menina que levantou
- Não precisamos de nenhuma advogada, já assumimos nosso crime, temos que pegar por ele. Falou sem expressar qualquer remorso.
- Quem está lhe pagando? O menino perguntou curioso.
- Não posso revelar! Sofia continuava calma somente observando as reações dos jovens. O menino a fitou com tamanha raiva que era nítido a km.
- Eu quero saber! Falou num tom de ordem.
- Vamos começar pelo começo. Sofia os encarou. Porque não me conta toda a verdade sem omitir nada desse "crime"
- Já sabe de tudo, queríamos matar nossos pais, e foi isso que procuramos fazer. A menina respondeu ríspida – Desejo saber quem lhe enviou... Sofia pensou um pouco.
- Está bem, posso lhes contar quem me enviou, posso até lhes mostrar se vocês prometerem me contar toda a verdade, e quando digo que é a verdade, é a total verdade... Os irmãos se entreolharam pareciam em um diálogo visual. Sofia notou que esse hábito pode ter sido adquirido por algum trauma.
- Está bem! Os dois falaram. Sofia apenas balançou a cabeça e foi em direção da porta. Retornou em alguns segundos com Giovani que suava frio. O olhar do jovem Miller se transformou em pura fúria. Levantou-se e partiu para cima do jovem. Um guarda veio e o segurou.
- Sem contatos. Qualquer agressão será pior para você menino!
- Alberto voltou a sua cadeira agora não encarava o rapaz que acabou de entrar. Sofia apenas observava tudo. Ana ficou olhando para a mesa.
- Beto? Giovani o chamou... Sem respostas. – Beto por favor me escuta. Nesse tempo o menino encarou.
- Eu não quero saber de você, quero que suma daqui como fez da primeira vez. Agora encontrava-se chorando. Giovani tentou ir para próximo do jovem mas fora barrado pela advogada.
- Beto me escuta, e prometo que o deixo em paz, só me escuta essa vez. Ana tocou no ombro do irmão que a olhou, voltaram a conversar visualmente.
- Tudo bem, mas depois suma, você e essa advogada... Disse friamente.
- Beto eu não queria fazer nada daquilo, não queria sumir. Alberto lhe lançou um sorriso debochado.
- Há não Giovani? Estranho porque você me abandonou... Disse com uma voz profundamente magoada.
- Beto eu não te deixei porque quis, eu fui obrigado. Alberto riu sarcasticamente.
- Obrigado Giovani? Por quem? Seus sonhos egoístas? Faça mil favor... Voltou a encarar a mesa.
- Pelo seu pai e sua mão Beto... A voz do rapaz foi firme. Os dois irmãos voltaram seu olhar para o jovem, fizeram uma analise nele. E ele manteve-se firme aos olhares dos dois. – Depois que seu pai nos pegou no maior amasso... Retornou a minha escola. Disse que caso não o deixasse em paz mataria a mim e todos da minha família. Eu fiquei tão assustado. Mas não cedi e a última vez que a gente se encontrou ele estava nos vigiando, quando sair do shopping e fui em direção ao ponto de ônibus ele jogou o carro por cima de mim, por pouco eu pulei em um canteiro que estava próximo e corri o máximo que pude. Ele me ligou várias e várias vezes falando que estava me vigiando, e sabia exatamente o que estava fazendo e com quem estava, falando que era para deixar de vez vocês em paz. Alberto parecia aéreo com todo aquele conteúdo sendo revelado fitou novamente o rosto de Giovani que estava vermelho de chorar.
- Eu te esperei por três longos anos, eu te supliquei em minhas orações todos os dias. Eu... Parou um pouco e limpou as lagrimas – Eu odiei e amei ao mesmo tempo. Eu vivi um verdadeiro inferno após sua partida. Já estava em soluços.
- Eu sei meu amor, mas estou aqui, e vou concertar tudo de uma vez. Ana chorava baixinho. Não falou nada, Sofia continuava perplexa com o rumo das coisas. Mas precisava fazer seu trabalho.
- Alberto... Disse Sofia quebrando o clima deles. Ele a encarou.
- Beto por favor. Deu um sorriso amarelo.
- Tudo bem, Beto e Ana preciso que vocês me contem toda a verdade, pode ser? Ele afirmou com a cabeça positivamente e a irmã acompanhou o irmão. Ficaram algum tempo conversando até que tudo foi esclarecido. O próximo passo seria o dia da audiência. Sofia deixou o jovem Giovani em casa foi tomar um ar, era muita coisa que precisava organizar.
- Achei que não fosse sair! Júlia fitava Alice que pareceu assustada a vê-la.
- Infelizmente um cliente precisa de atendimento agora, é um daqueles boço aberto e não posso dar uma fora. Fitou a menina – Por que está tão interessada se vou sair o não? Cruzou os braços. – Cadê Alexia? Júlia que tomava sorvete sentiu-se um pouco constrangida pela invasão na vida da moça de forma descarada.
- Foi correr na praça... Não é nada, apenas achei que não estivesse em condições de sair. Alice lhe avaliava.
- Sei! Pegou as chaves. – Tudo bem, informe Alexia minha saída.
- Tudo bem. Assim que Alice saiu pegou o celular e discou para Sofia, relatou a saída de Alice e pediu para seguir em direção a casa da amante dela. Iria procurar Alexia qualquer coisa levava ela lá. Sofia chegou rápido sentou-se um pouco distante da residência da menina e ficou aguardando algum sinal de Alice.
- O que faz aqui? Alexia estranhou Júlia na praça com roupa de malhar – Achei que estivesse com preguiça depois da festa de ontem. Júlia apenas sorriu. – Vamos correr! Então as duas começaram num ritmo louco. Sem demorar o carro da loira surgiu na rua da amante. Sofia ficava de longe observando tudo. Pegou o celular para ligar para Júh, mas notou que Simone adentrou no carro da loira. Logo entrou no seu.
- Droga elas tinham que sair justo hoje! Esbravejou. Seguiu de mansinho a loira. – Só não me vá para um hotel ou motel, não complica minha vida Alice! falava sozinha. Rodaram alguns minutos até chegarem em parque. Sofia sorriu, seria mais fácil. Mandou a mensagem para Júlia que quando viu ficou tensa. A loira sentou-se numa toalha de piquenique com a amante e ficaram trocando carias e degustando algumas besteira que ela tinha trago. Gargalhava sempre. – Cretina! Tinha que faz isso com Alê. Ficou sentada de longe e quando Alice em sua direção ela levantava um jornal.
- Alê preciso falar contigo. A morena parou, estava ofegante da corrida. Sentaram num banco.
- Até que fim que vai desembuchar, estava ficando preocupada. Falou num sorriso carinho. – Conta quem é a gata da parada? falou sorrindo. Júlia lhe fitou, não sabia como poderia dizer que ela estava sendo traída, tinha adquirido um amor enorme por ela, era como uma irmã. – Hi acho que não é nada de gata...A fitou pensativa.
- Alê minha irmã... Pegou em suas mãos, Alexia que já suava frio ficou tensa. – Não é nada disso. A morena abriu a boca para questionar, e Júlia soltou tudo num suspiro. – Alice te traí a um ano com uma menina do subúrbio. Os olhos da morena cresceram. Abriu e fechou a boca. Levantou-se encarou Júlia e andou de um lado a outro.
- Júlia você tem noção do que você está me falando? Júlia já tinha seu rosto banhado de lagrimas, estavam atraindo olhares. Alexia tentava encontrar algum sinal no rosto de Júlia para tomar como mentira mas a menina mantinha-se firme apesar das lagrimas. – Eu não acredito, eu não acredito. Alice seria incapaz de faz algo do gênero comigo, ela odeia traição... Não continuou Júlia lhe tomou as palavras.
- Ela está agora com ela. Alexia cerrou seus olhos.
- Só acredito vendo... Você está delirando garota. Júlia cerrou mais ainda seu olhar.
- Venha comigo, que mostro meu delírio. Júh saiu pisando firme, estava arrasada por dentro, não queria ser a portadora daquilo, a dor no olhar da amiga, lhe matava. Júlia dirigia como uma louca. Alexia resmungava ao lado e chorava. Chegaram depois de alguns minutos, por sorte não pegaram trânsito. Júlia ligou para Sofia. – Estou aqui, onde está? Fez um breve silêncio. Alexia estava descontrolada. – Tô indo. Pegou no ombro de Alexia que se desfez daquele toque bruscamente. e seguiram até onde Sofia estava. Ao ver Sofia Alexia teve impressão que o chão se abriu, como poderia aquelas duas pessoas que amava tanto está causando tamanho sofrimento, tinha em mente que era um delírio delas.
- Mostre-me! Falou firme para Sofia que apenas olhou para o lado e apontou. Alexia ficou pálida. Alice estava num beijo muito sensual com a menina que parecia bem mais jovem do que ela. Saiu pisando firme, nem Júlia nem Sofia foram capaz de segura-lá. Se pois de frente de Alice que não percebeu sua presença pois seus olhos estavam fechados, quando terminou de beijar a menina viu uma penumbra e quando sua visão aceitou a luz, fitou aquele olhos negros que no momento tinha dores e ódio. Empurrou Simone de cima do seu corpo.
- Alexia! Falou perplexa. – O que faz aqui? Não é nada diss... Não completou a frase, sentiu a dor tomar seu rosto.
- Eu vou te matar Alice Bittencourt! Falou num tom frio. Seus olhos estavam vermelhos mas não descia descia nenhuma lagrima. Simone se pôs de pé.
- Posso saber porque sua irmã tá te batendo Alice? A menina cruzou os braços. Alice fitou Alexia que sorria friamente. Viu Júlia e Sofia por trás. Cerrou os olhos de modo ameaçador.
- Há então eu sou sua irmã? Falou sarcasticamente. Olhou para a menina – Meu bem como se chama mesmo? Alexia tentou falar – CALA A DROGA DA TUA BOCA, QUE NÃO ME REFERIR A VOCÊ!
- Me chamo Simone e você sabe disso... A menina fitou Alice sem entender nada. – Amor você não disse que sua irmã sabia da gente?
- AMOR? Gritou Alê. Foi para cima de Simone que afastou bruscamente. Sofia e Júlia segurava Alexia que esbraveja-se na menina.
- MEU BEM, ALICE É FILHA ÚNICA, E SÓ TEM UM IRMÃO, QUE POR SINAL É GÊMEO DELA. EU SOU A MULHER DELA HÁ ANOS. A menina olhou para Alice que mantinha-se sem reação. – Me soltem vou acabar com essa palhaçada agora. Soh e Júh obedeceram. Alexia aproximou-se de Alice friamente – Você em?! Quem diria... Bateu palmas – A senhora "certinha" Gargalhou friamente. – Vou lhe dar um aviso, tem até a meia noite de hoje para pegar tudo que é seu e sair da minha casa. Alice tentou fala, toca-lá mas foi em vão. Alexia estava descontrolada. – Nunca mais quero vê-la Alice. Respirou fundo. – Está me entendendo? Nunca mais. Pegue tudo que é seu e RUA! Gritou a última palavra. Virou-se para as amiga e passou veloz por elas. Alice correu e a segurou pelo braço.
- Amor eu posso me explicar. Alexia ouvia aquilo e perdeu o resto da sanidade que tinha.
- Caralh* de amor Alice. Voltou-se contra a loira e deu-lhe um soco fazendo a outra cair no chão jorrando sangue pelo nariz. Alexia seguiu firme até o carro de Júlia. Que acompanhou a moça. Até em casa. Alexia mantinha-se firme no olhar, praguejava de todos os modos a ex-mulher.. Entrou como avião em casa, postou-se frente o closet e saiu puxando umas malas abriu tudo e começou jogar as coisas de Alice dentro sem nem se quer organiza-las. Júlia viu aquela cena.
- Alê?! Fez breve silêncio. – Tente se acalmar para resolver isso meu amor... Sugeriu a menina. Alexia a olhou, tinha uma profunda dor.
- Me acalmar ? Sorriu amareladamente – Eu não merecia isso Júh. Parou o que estava fazendo e encarou o chão, sua visão estava turva devido as lagrimas. – Sempre fui uma ótima mulher, me dediquei todos os dias a ela, procurava agrada-la as vezes passando por cima do meu orgulho na maioria das vezes. Limpou as lagrimas. – E me retribui desta maneira? As palavras dela vinham com uma tonelada de dor. Ajoelhou-se chorando. Júlia não resistiu e correu, aconchegou em seu abraço. Sabia que dias escuros passaria naquela família, ou resto de uma. Alice chegou furiosa. Fora estava Sofia a mulher, Douglas e o marido. Marcos estava decepcionado com a amiga, ainda mais pela duração do romance. Viu Sofia e logo postou-se em cima.
- Desgraçada! Socou Sofia. – Você e a anta da Júlia que a levaram até ali não foi?! Andrezza se colocou de frente da mulher. Sofia estava com a mão no maxilar, recebeu o golpe de uma forma inesperada. – Saía da frente Andrezza ou eu passo por cima de você! Cerrou os dentes.
- Passe Alice! Drezza falou num tom ameaçador. Ali sem mais nem menos a empurrou. Douglas a segurou. Sofia vendo aquilo não deixou barato, avançou para cima de Alice dando-lhe dois chutes um no abdome e outro no rosto.
- Encoste um dedo na minha mulher e meu bebê que eu te mato da pior forma! Neste momento segurava os cabelos da loira que tentava se soltar.
- Maldita seja Sofia, você e toda sua raça! Tentou se soltar mas Sofia apertou mais Socando lhe novamente o rosto. Nesse barulho todo Alexia percebeu a presença da mulher na casa. Fechou as mas e saiu arrastando. Postou-se diante da escada e jogou as malas. Alice que tentava conter o sangue observou a mulher. – Não irei sair coisa nenhuma Alexia! Falou encarando. – Vamos conversar e resolveremos isso... Mas em particular. Alexia cruzou os braços e sorriu ironicamente.
- Já estamos resolvendo meu amor! Parou um pouco. – Suma daqui ou chamo as autoridades para lhe tirar daqui. A loira pareceu revoltada com a situação.
- Tenho partes aqui também... Acha que é assim. Não irei sair! Alexia estreitou os olhos naquela criatura.
- Muito bem! Saiu eu. Voltou-se para pegar sua bolsa. Foi no quarto pegou algumas roupas. Olhou para Júlia que estava chocada com tudo aquilo. – Pegue algumas coisas querida, vamos sair até ver quem vai ficar na casa ou não... Júlia nem questionou fez o que a menina lhe disse.
- Que absurdo Alexia! A loira começou a falar. – Poderíamos resolver nossas diferenças sem precisar desse show todo. Alexia a encarou séria. – Foi apenas um romance breve... Fez um breve silêncio – Nada que vale a pena uma separação deste tipo. Eu amo você, é muito melhor que ela! Alexia não sabia o que odiava mais, a traição ou as palavras da ex-mulher.
- Que belo amor o seu... Saiu descendo as escadas acompanhada de Júlia. – Quero que pegue todo esse amor e vá para o inferno Alice. Que de você quero distância. Ia saindo quando volte-se novamente para ela. – Pode ficar com sua suburbana, pois é como você disse... esboçou um sorriso triunfante. – Sou mais eu baby! Piscou-lhe e saiu acompanhada dos amigos. Douglas a abraçou sabia que estava tentando ser for para no chorar.
- Ficará na minha casa meu amor. Beijou-lhe os cabelos. – Você e a Júh. Marcos pegou as coisas das jovens e as conduziu a sua residência. Andrezza e Sofia foram para casa. O dia já tinha sido de fortes emoções. Sofia encontrava-se preocupada pelo o empurrão que a outra dera em sua mulher. Mas Drezza tratou de acalma-la não fora nada demais. Alexia trancou-se no quarto e passou o resto do dia lá. Os meninos compreenderam que ela precisava de um momento consiga mesmo e só a procuraram para que ela realiza-se as refeições. Por sorte os pais do Douglas já tinham partido senão o circo estava completo.
Fim do capítulo
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