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Even if we're not friends por asuna

Ver comentários: 6

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Palavras: 3472
Acessos: 4974   |  Postado em: 30/04/2017

Capítulo 13

 

Beatriz POV

 

 

 

O silêncio do quarto parecia mais pesado do que nunca. A escuridão era suavemente quebrada pela luz fraca da lua, filtrada pelas cortinas, lançando sombras delicadas sobre a pele de Claire. O seu peito subia e descia de forma compassada, contudo o meu coração estava acelerado, inquieto, carregado com tudo o que ainda não tínhamos dito. Virei-me para ela, sentindo a necessidade de quebrar aquela barreira invisível.

 

— Claire… — Chamei baixinho, e ela virou o rosto na minha direção.

 

Os seus olhos brilharam à meia-luz, e o simples ato de encará-los fez um arrepio percorrer-me a espinha.

 

— Conta-me o que aconteceu… naquele dia em que visitaste a tua avó. — Pedi, hesitante.

 

Claire respirou fundo, desviando o olhar de volta para o teto.

 

— Eu não me lembro com clareza… — Admitiu num tom baixo.

 

Esperei pacientemente, observando cada pequeno movimento do seu rosto.

 

— Naquela altura, eu não me alimentava direito… então, com o choque, tive uma fraqueza e acabei por desmaiar… — A sua voz fraquejou levemente. — Acho que a enfermeira não foi suficientemente rápida para me segurar e… bati com a cabeça em algum lugar…

 

As suas palavras caíram sobre mim como uma onda fria. O meu peito apertou. A imagem dela, frágil, sozinha, a desfalecer sem ninguém para segurá-la, sem eu estar ao seu lado… foi como um soco no estômago. As lágrimas começaram a escorrer antes que eu pudesse contê-las. O soluço subiu pela minha garganta, quebrando o silêncio do quarto. Ela virou-se imediatamente na minha direção, os olhos arregalados de preocupação. Sem hesitar, envolveu-me nos seus braços, puxando-me para perto, os seus dedos afagando o meu cabelo com carinho.

 

— Bih… não chores… — Pediu num tom suplicante, apertando-me contra si.

 

Mas eu apenas enterrei o rosto no seu pescoço, sentindo o calor do seu corpo envolver-me como um porto seguro.

 

— Por favor, não sofras por algo que já passou. — Sussurrou no meu ouvido, fazendo-me apertá-la ainda mais.

 

Levantei o rosto para olhá-la, e esta sorriu suavemente antes de deslizar os dedos pelo meu rosto, limpando as lágrimas que ainda marcavam a minha pele.

 

— O importante é que estamos aqui… juntas. — Murmurou.

 

O carinho na sua voz desarmou-me completamente.

 

— Eu quero que os nossos momentos sejam repletos de felicidade… — Continuou, os olhos presos nos meus, brilhando com algo que me aqueceu por dentro.

 

Então, numa respiração entrecortada, sussurrou:

 

— Gosto de ti…

 

Antes que eu pudesse dizer algo, Claire inclinou-se levemente e tocou os seus lábios nos meus num beijo delicado, terno, carregado de sentimentos silenciosos. Os seus lábios eram macios, quentes, e a forma como se moldavam aos meus fez o mundo ao nosso redor desaparecer. Com a pouca claridade vinda da janela, estudei o seu rosto, cada curva, cada traço, como se quisesse guardar aquela imagem para sempre.

 

Levei a mão até ao seu rosto e deslizei os dedos suavemente, sentindo a textura da sua pele, absorvendo o calor do seu corpo. Os seus olhos fixaram-se nos meus, e por um instante, não houve necessidade de palavras. Posicionei a minha mão na sua nuca e puxei-a suavemente para mim, capturando os seus lábios num beijo mais profundo.

 

A entrega foi imediata.

 

Ela correspondeu com intensidade, os seus dedos deslizando pela minha cintura, puxando-me para ainda mais perto. Aquela sincronia perfeita entre os nossos lábios reacendeu as mesmas sensações de horas atrás, quando estávamos na boate, envoltas na dança do desejo. O calor subiu pelo meu corpo como um incêndio descontrolado, e sem pensar, mudei as nossas posições, colocando-me sobre ela. Claire soltou um suspiro, os seus olhos semicerrados, a respiração acelerada. Deslizei os dedos pelo seu pescoço, sentindo os arrepios percorrerem a sua pele ao menor toque. Os nossos corpos encaixavam-se perfeitamente, como se estivessem destinados a encontrar-se daquele jeito. Ela entrelaçou os dedos nos meus cabelos e puxou-me para mais perto, os seus lábios explorando os meus com uma lentidão deliciosa. Desci os beijos pelo seu queixo, pela curva suave do seu pescoço, sentindo-a estremecer sob mim.

 

O seu perfume misturava-se ao calor da noite, criando um aroma intoxicante. Claire arqueou ligeiramente o corpo ao sentir a minha língua deslizar suavemente pela sua pele, deixando um rastro de desejo por onde passava. O seu suspiro tornou-se um gemido contido, e naquele momento, soube que não havia mais volta. O calor entre nós era avassalador, como uma chama que nos consumia lentamente, incendiando cada parte dos nossos corpos. A nossa respiração estava entrecortada, os corações batiam em sincronia, e as nossas mãos percorriam-se com uma delicadeza cheia de intenção.

 

Nada mais importava além daquele momento.

 

Nada mais existia além de nós duas.

 

E eu sabia.

 

Com Claire, sempre foi mais do que desejo.

 

Era entrega.

 

Era amor.

 

Afastei-me apenas o suficiente para respirar antes de capturar novamente o seu pescoço entre os meus lábios. Quando ch*pei o lóbulo da sua orelha, Claire gem*u baixinho, e aquele som fez o meu corpo estremecer com uma intensidade que nunca tinha sentido antes. Movida pelo desejo crescente, deslizei as mãos pelas laterais do seu corpo, sentindo a sua pele quente e macia sob os meus dedos. Claire suspirou e puxou-me para um beijo urgente, como se precisasse de mim tanto quanto eu precisava dela. No momento em que senti as suas mãos quentes deslizando sob a minha t-shirt, um arrepio percorreu-me a espinha.

 

O toque dela era firme, ao mesmo tempo terno e provocador, como se estivesse a explorar-me pela primeira vez, tentando memorizar cada detalhe.

 

Mas então…

 

O desejo começou a ser obscurecido por algo que eu não esperava.

 

Insegurança.

 

A inexperiência, a vulnerabilidade daquele momento, tudo veio à tona de uma só vez.

 

O meu corpo ficou tenso.

 

Claire sentiu a minha mudança. Parou imediatamente, os seus olhos encontrando os meus. Ela estava deitada por baixo de mim, e eu vi a preocupação na sua expressão.

 

— Desculpa… — Murmurei, a voz saindo num sussurro constrangido.

 

Afastei-me, sentindo um nó apertar-me o peito. Esta apenas me observou por um segundo antes de se sentar lentamente.

 

— Não peças desculpa. — Disse, a sua voz suave, compreensiva. — Nós ainda temos muito tempo pela frente.

 

Houve uma pausa, e então, num tom mais baixo, acrescentou:

 

— Vamos dormir?

 

Assenti sem dizer nada. Deitei-me de barriga para cima e cobri os olhos com o braço, tentando controlar a frustração e o aborrecimento que sentia comigo mesma.

 

"Sou uma idiota."

 

Suspirei profundamente, sentindo o calor do corpo dela ao meu lado, tão perto e, ao mesmo tempo, inalcançável.

 

Mas Claire…

 

Limitou-se a virar-se para o lado, sem pressionar-me, sem exigir nada além do que eu estava disposta a dar.

 

E isso fez-me amá-la ainda mais.




Os dias passaram. Para minha surpresa, Claire voltou a frequentar a minha casa como se nunca tivesse estado longe. No início, a sua presença constante deixou-me feliz, mas algo nela parecia diferente. O que mais me intrigava era a forma como ela ignorava completamente o grupo de "amigos" com quem passava praticamente todo o tempo antes de viajar. As chamadas constantes, as mensagens que vibravam no seu celular, todas ignoradas.

 

A primeira vez que reparei nisso, senti um misto de curiosidade e preocupação. Mari tinha-me contado que Claire e aquele grupo eram inseparáveis, e eu sabia que, apesar de tudo, ela gostava da companhia deles.

 

Então, por que os estava a evitar agora?

 

Insisti algumas vezes para que retornasse as chamadas ou, pelo menos, explicasse o que se passava. Mas sempre que mencionava o assunto, Claire apenas desviava o olhar e murmurava que não era importante.

 

Até que, eventualmente, desisti de tentar compreender.

 

Porque, no final das contas…

 

Ela estava aqui.

 

E, talvez, isso fosse o suficiente.

 

 

 

O último mês passou num ritmo estranho, rápido e, ao mesmo tempo, arrastado. Eu e Claire começámos a preparar os documentos para a faculdade, dividindo o nosso tempo entre burocracias e momentos juntos. As minhas manhãs eram dedicadas ao ténis, mantendo a forma no clube, e o resto do dia pertencia a ela. As tardes passavam num piscar de olhos. Ora ficávamos em casa, a ver filmes e séries, ora passeávamos, explorando o shopping ou caminhando à beira-mar, pondo a conversa em dia.

 

Contudo havia algo diferente nela.




Mensagem de Claire: Bih, o que queres fazer hoje?

 

Li a mensagem enquanto caminhava na direção do clube.

 

Eu: Não sei... Tens alguma ideia? Queres sair, tomar alguma coisa?

 

Claire: Vamos á praia?

 

Parei por um momento, ponderando.

 

Eu: Tudo bem… Vou buscar-te por volta das 15h?

 

Claire: Sim!!!

 

Assim que cheguei a casa, comecei a vasculhar as gavetas à procura de um biquíni.

 

Mas logo me deparei com um problema.

 

— E agora?! — Resmunguei, levando as mãos à cabeça.

 

Apesar de já ter renovado quase todo o meu guarda-roupa com Claire nas últimas idas ao shopping, esqueci-me completamente de comprar um biquíni. Caminhei de um lado para o outro, ponderando as opções, até que me decidi. Dirigi-me ao quarto dos meus pais e comecei a vasculhar as gavetas da minha mãe, à procura de um fato de banho que pudesse servir-me. Depois de revirar tudo, percebi que nada ali me agradava.

 

Suspirei, derrotada.

 

A única opção era parar no shopping antes de irmos para a praia. Peguei no capacete e saí da garagem com a minha Honda PCX 125, dirigindo-me até à casa da Claire.




Assim que cheguei, toquei à campainha e fui recebida pela governanta.

 

— A menina Claire está no quarto. Quer que a chame?

 

— Não é preciso, Lúcia. Eu vou até lá, obrigada.

 

— Quer beber alguma coisa, menina Beatriz?

 

— Não, obrigada. Estou bem.

 

Sorri educadamente e subi as escadas, batendo à porta antes de a abrir.

 

— Entra! — A voz de Claire soou do outro lado.

 

Assim que entrei no quarto, encontrei-a diante do espelho, ajeitando os cabelos. Quando me viu, sorriu de imediato, mostrando os seus dentes perfeitos. Caminhou até mim e beijou-me levemente nos lábios. O gesto simples fez o meu peito aquecer.

 

— Estás pronta? — Perguntei, ainda a sentir o gosto dela nos meus lábios.

 

— Estou quase, só mais uns minutos.

 

Suspirei dramaticamente.

 

— O que mais precisas, Claire? Estás ótima. Vamos embora?

 

— Espera só mais um pouco…

 

— Eu ainda quero passar no shopping… — Murmurei, num tom quase manhoso.

 

O seu olhar curioso virou-se para mim.

 

— Shopping? Para quê?

 

Mordi o lábio antes de confessar:

 

— Eu esqueci-me que não tinha biquíni…

 

Claire piscou algumas vezes antes de soltar uma gargalhada.

 

— Esse é o teu problema?!

 

Assenti, envergonhada.

 

— Por que não experimentas um meu? Tenho pelo menos três que ainda não usei.

 

— Não! Não é preciso… — Apressei-me a recusar.

 

Claire revirou os olhos.

 

— Bih, não é a primeira vez que vestes algo meu. Vamos, deixa de ser tímida. Aqui.

 

Sem me dar tempo para argumentar, atirou-me três biquínis diferentes.

 

— Experimenta! — Ordenou, cruzando os braços.

 

Suspirei e caminhei até à casa de banho, fechando a porta atrás de mim. Comecei a experimentar um a um, optando pelo mais simples. Antes que pudesse vestir-me, ouvi uma batida na porta.

 

— Bih… Já escolheste?

 

— Já.

 

— Deixa-me ver como ficou. — Pediu num murmúrio.

 

Vacilei. No entanto, lentamente, levei a mão à maçaneta e abri a porta. Os olhos de Claire estavam cravados em mim, e no instante em que me viu, arqueou a sobrancelha e sorriu de canto.

 

— Como fica? — Perguntei, caminhando em direção ao espelho.

 

Através do reflexo, vi Claire aproximar-se lentamente. Os seus olhos escureceram, deslizando por cada detalhe do meu corpo. Mordeu o lábio, e um arrepio percorreu-me antes mesmo de sentir o seu toque. Ela parou atrás de mim e, sem dizer nada, enlaçou-me pela cintura, puxando-me para si. O seu corpo pressionou-se contra o meu, quente, firme. O seu hálito roçou no meu ouvido quando sussurrou:

 

— Está perfeito…

 

Fechei os olhos por instinto, sentindo os arrepios subirem pela minha pele. E então, a sua voz tornou-se mais baixa, mais rouca:

 

— Mas aposto que sem ele ficarias ainda melhor…

 

Os seus lábios tocaram o meu pescoço de forma lenta, exploratória. O calor subiu-me ao rosto, e o meu coração disparou. Suspirei profundamente, sentindo a sua boca traçar um caminho tortuoso pelo meu colo descoberto. Instintivamente, virei-me para ela, o meu corpo agindo antes mesmo de eu racionalizar. Mas no instante em que busquei os seus lábios, Claire afastou-se.

 

O meu coração pulsava freneticamente, o meu corpo ardia com um desejo incontrolável. Os seus olhos faiscavam, e um sorriso torto surgiu nos seus lábios.

 

— Vamos com calma. — Disse roucamente, piscando-me o olho.

 

Fiquei sem palavras. Abri a boca para dizer algo, porém nada saiu. O calor no meu corpo foi substituído por um misto de frustração e nervosismo. Apressei-me a voltar para a casa de banho e fechei a porta atrás de mim. Apoiei-me no lavatório, respirando fundo. Abri a torneira e lavei o rosto com água fria, tentando acalmar o turbilhão dentro de mim.




Quando finalmente saímos de casa, Claire arqueou a sobrancelha ao deparar-se com a moto. Claire cruzou os braços, lançando-me um olhar divertido enquanto encarava a moto estacionada à nossa frente.

 

— Sério, Bih?

 

Sorri, já antecipando os seus protestos.

 

— Sim. Hoje és minha passageira.

 

Ela arqueou uma sobrancelha.

 

— Tens a certeza de que sabes dirigir isso?

 

— Claro que sim. Tirei a licença antes de voltar.

 

— Do lado certo da estrada? — Perguntou, num tom reticente.

 

Peguei no capacete e estendi-o para ela.

 

— Não confias em mim?

 

— Confio na maior parte do tempo, mas neste momento estou com algumas dúvidas…

 

— Não te preocupes, eu não deixarei que nada te aconteça. Para além disso, fiz questão de pedir ajuda ao Patrick.

 

Claire suspirou dramaticamente.

 

— Sendo assim, fico mais descansada.

 

O falso alívio na sua voz fez-me gargalhar.




O cheiro de maresia encheu os meus pulmões assim que chegámos à praia. Respirei fundo, deixando que a brisa salgada me envolvesse. Caminhámos pela areia quente, procurando um local desocupado. Assim que encontramos um bom lugar, pousámos as mochilas. Claire esticou a sua toalha com facilidade, mas eu demorei mais um pouco, lutando contra o vento que insistia em atrapalhar.

 

— Claire, ajuda-me com a toalha! — Pedi, tentando segurá-la no lugar.

 

Não obtive resposta. Franzi o cenho virando na sua direção, pronta para insistir, mas assim que a vi, as palavras morreram na minha garganta. Claire estava a tirar a roupa. E eu fiquei estática. Os meus olhos desceram pelo seu corpo bronzeado, capturando cada detalhe, cada curva. O biquíni que ela usava assentava-lhe perfeitamente, destacando a sua pele dourada pelo sol. A atração que já era forte tornou-se avassaladora. A vontade de tocá-la, de beijá-la, de sentir a sua pele contra a minha, aumentou de forma quase insuportável. Eu tinha achado que poder beijá-la e abraçá-la seria suficiente. Contudo, na realidade, tornou-se ainda mais difícil controlar os meus impulsos. A minha insegurança e inexperiência começaram a parecer algo insignificante comparadas ao desejo avassalador que crescia dentro de mim. Para piorar, desde aquela noite em que dormimos juntas, Claire fazia questão de me provocar em cada oportunidade. E agora, ali estava ela, com aquele sorriso torto nos lábios, colocando os óculos escuros e observando-me.

 

— Bih, estás muito vermelha… — Comentou, segurando um frasco de protetor solar. — Queres que te passe protetor?

 

O tom brincalhão na sua voz só serviu para aumentar o meu embaraço.

 

— Não, estou bem. Vou até à água. — Murmurei, apressando-me a virar as costas.

 

Andei pela areia, sentindo a temperatura do meu corpo ainda mais elevada. Quando a água fria tocou os meus pés, estremeci, mas continuei a caminhar até à beira do mar. Olhei para trás, observando Claire deitada na toalha. Suspirei profundamente. Sentei-me na areia e contemplei o oceano, permitindo que as ondas levassem consigo um pouco da frustração que se acumulava dentro de mim.

 

Os meus pensamentos estavam um caos. Eu queria que cada momento com Claire fosse especial, incluindo a nossa primeira vez. Mas enquanto eu me debatia com inseguranças, ela parecia completamente segura e confiante. E eu não sabia se deveria admirar isso ou se, pelo contrário, deveria preocupar-me.

 

Voltei para a toalha e sentei-me ao lado dela. Claire sorriu-me imediatamente, pegando novamente no frasco de protetor.

 

— Deixa-me pôr protetor em ti.

 

— Não quero.

 

Ela não insistiu. Apenas me lançou um olhar fechado, como se me estudasse. Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, a nossa atenção foi desviada por duas vozes masculinas que se aproximaram. Dois rapazes pararam à nossa frente, observando-nos com sorrisos confiantes.

 

— Duas gatinhas como vocês não deveriam estar sozinhas. Aceitam a nossa companhia? — Perguntou um deles, um rapaz alto, loiro e musculado.

 

Revirei os olhos, sem paciência para aquele tipo de abordagem. Antes de responder, olhei para Claire. Ela apoiou-se nos cotovelos e observou os rapazes com um sorriso intrigante.

 

— Nós estamos bem sozinhas, obrigada. — Disse educadamente.

 

Contudo o loiro não desistiu.

 

— Desculpem, mas se estão a dispensar-nos por terem namorados, então devo dizer que eles devem ser uns idiotas por não estarem aqui a aproveitar este dia lindo com vocês.

 

Claire tirou os óculos escuros e virou-se lentamente para mim. O seu olhar analisou-me por um breve instante. Os seus olhos verdes brilharam, e um sorriso torto surgiu nos seus lábios. Senti o coração falhar uma batida. De repente, Claire aproximou-se de mim com um olhar sedutor. Antes que eu pudesse reagir, capturou os meus lábios num beijo. A sua boca movia-se sobre a minha com suavidade, mas carregada de intenção. Agarrei-a pela cintura, esquecendo-me completamente da nossa plateia indesejada. Quando se afastou, os seus olhos dançavam com malícia. Voltou a colocar os óculos escuros e lançou um olhar descontraído aos rapazes.

 

— Eu não acho a minha namorada idiota. Acho-a perfeita.

 

O meu coração parou por um segundo. A palavra "namorada" ecoou na minha mente, atordoando-me. Nós nunca tínhamos definido nada. Mas ouvir aquilo… Ouvir aquilo da boca dela… O impacto foi avassalador.

 

Os rapazes engoliram em seco, visivelmente desconcertados. Sem dizer mais nada, viraram-nos as costas e afastaram-se rapidamente. Olhei para Claire, ainda absorvendo as suas palavras. Ela manteve a expressão relaxada, mas eu sabia que ela estava à espera da minha reação. Demorei alguns segundos para conseguir falar.

 

— Não devias ter feito isso. Devias ter sido mais cuidadosa… Estamos num sítio público.

 

Ela retirou os óculos e encarou-me com seriedade.

 

— Sinceramente, eu não quero saber do que os outros pensam.

 

Suspirei.

 

— Muitas pessoas são maldosas, Claire. O preconceito pode tomar proporções desastrosas, e a última coisa que quero é que te aconteça alguma coisa.

 

Ela aproximou-se um pouco mais, segurando a minha mão com delicadeza.

 

— Bem, eu não vou esconder o que sinto por ti. Ainda mais quando alguém se insinua para ti.

 

— Não foi só para mim que se insinuaram. — Murmurei, desviando o olhar.

 

Claire riu baixinho.

 

— E eu resolvi o problema rapidinho. Então… vamos esquecer esse assunto e aproveitar o resto deste sol maravilhoso?

 

Não respondi de imediato.

 

Peguei no frasco de protetor solar e comecei a aplicá-lo nos braços, tentando acalmar a confusão dentro de mim.

 

— O teu aniversário está quase a chegar. Já pensaste em como o vais festejar?

 

Ela suspirou.

 

— Não. Por mim, nem faria nada.

 

— E no ano passado?

 

— Mari organizou tudo. Este ano deve ser igual.

 

Aproximei-me um pouco mais.

 

— Há algo que precises? Diz-me o que queres de presente.

 

Claire sorriu, mordendo o lábio inferior.

 

— Quero-te a ti. Apenas isso. Por inteira.

 

O impacto das suas palavras fez o meu corpo estremecer. E, naquele momento, percebi que faria qualquer coisa para lhe dar exatamente isso.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

 

Boa tarde

 

Capítulo saiu um pouco atrasado...

 

Então eu decidi abrandar um pouco apenas para demonstra a relação das duas, porem posso dizer que esse aniversario promete...

 

Espero que continuem acompanhar

 

Próximo capitulo sairá sábado até lá tenham um bom domingo e uma ótima semana

 

Beijo **


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Comentários para 13 - Capítulo 13:
patty-321
patty-321

Em: 02/05/2017

Agora atualizei a estória. Ansiosa pelo próximo. Enquanto a bih e toda tímida, a Claire é bem extrovertida. Bota pra cima Bih, senão a gata foge. Bjs.
Resposta do autor:

Fico feliz por acompanhar :)

beijos

Responder

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Dessinha
Dessinha

Em: 01/05/2017

Lindas!! Autora, voce arrebenta. Sempre!! 


Resposta do autor:

Obrigada ainda bem que gostou!!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

ik felix
ik felix

Em: 01/05/2017

Cara asuna, 

Adorei a atitude da Claire. Aguarda ansiosamente o próximo capítulo. Abraço.

IK.


Resposta do autor:

Espero que gostes do proximo capitulo :)

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Val Maria
Val Maria

Em: 01/05/2017

A relação delas está linda, mas sabemos que muito ainda vai acontecer. Adoro a sua forma os diálogos, sou fã da Clarie, ela é maravilhosa. 

Por favor autora não deixe nunca de postar os capítulos. 

Adoro essa estória. 

 

 

Volta logo. 

Val castro. 


Resposta do autor:

Obrigada pelo comentario :)

Espero sinceramente que gostes do capitulo 14

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

vivi19
vivi19

Em: 01/05/2017

Nossa, que susto! Achei que tinha avandonado a historia


Resposta do autor:

Nada disso. Só atrasei rsrs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

FahSwanMills
FahSwanMills

Em: 30/04/2017

Só observo Claire provocando provocando Bih, nem queria kkkkkkkk Vamos ver o que Bih vai aprontar pra ela. Curiosidade bateu 


Resposta do autor:

Espero não desiludir

Responder

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E-mail: contato@projetolettera.com.br

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