Chata com "x"
POR GABRIELA
Quando acordei estava tonta e foi difícil identificar que eu estava de olhos abertos, por mais que não enxergasse nada. Estava no escuro, mas viva e acordada. Sentia dores nos ombros e um silêncio mórbido me fazia lembrar de tudo o que aconteceu. Deveria ser de madrugada, me cobri até a cabeça e voltei dormir.
Eu tinha acabado de chegar na empresa quando a Thais foi me receber no portão com um abraço apertado, eu não me sentia bem mas a abracei como se aquele fosse um refúgio, ela com certeza era minha melhor e talvez única amiga verdadeira, além de funcionária, ela era um porto seguro e eu realmente me segurei nela. Tínhamos uma reunião curta com o setor de Contas a Pagar e logo almoçaríamos.
Depois do almoço me senti bem melhor, mas algo estava me deixando aflita. Controlei aquela situação e presumi que poderia ser apenas um mal estar. Depois de tomar insulina eu soube que iria melhorar e mais que isso, eu precisava! Tinha uma reunião com a diretoria de todas as filiais das zona sul e sudoeste do país e alguns clientes que tinham cadeiras de honra em nossa mesa.
A Sala de reuniões estava cheia, mas todos cabiam ali sem problema algum, conversávamos amenidades até que eu fui dar início à reunião e ouvimos uma gritaria estrondosa vinda de fora. Olhei para Thais que estava no fundo da sala sentada em uma mesa separando documentos da reunião e ela instintivamente encontrou meu olhar assustado. Ouvimos tiros e eu saí para ver o que acontecia, nesse momento fui atingida de raspão na parte superior do braço esquerdo e não pensei na dor ou no ferimento que derramava sangue por toda minha roupa, braço e chão, tranquei a porta da sala e coloquei todos no quarto branco, quando eu e Thais íamos entrar, não deu tempo, a porta foi arrombada a tiros e chutes, fechei o quarto e Thais foi pega por um dos sequestradores. Ali conosco eram dois, me ofereci no lugar dela e num solavanco eles aceitaram quando confirmei que eu era diretora dali, coisa que mais tarde eu descobri que eles já sabiam. Só consegui pegar minha bolsa com insulina e medidor e fui sendo atirada para dentro do elevador.
O elevador estava cheio. Todos extremamente grandes, encapuzados e vestidos de preto, aquele era o uniforme deles. Um deles segurava meu braço e o elevador chegou no térreo. Eles atiravam para todos os lados encobrindo os dois que me seguravam agora, fui jogada em uma van e não tive tempo para gritar socorro, foi tudo muito rápido, alguns deles estavam ali comigo, cinco pelo que consegui contar em meio ao choro baixo de dor que agora me assolava.
- Faz essa mulherzinha calar a boca- um deles falou em tom moderado e firme, parecia ser o líder.
- Moça, por favor fique quieta, não queremos lhe machucar e precisas ter essa noção, porém se necessário, não hesitaremos em fazê-lo.
Assenti e me calei, o sangue continuava saindo com força do meu machucado.
- Venha cá, eu darei um jeito nisso- o rapaz que me pediu silêncio pegou em baixo do banco que estávamos uma caixa de primeiros socorros e passou uma mistura verde que tinha cheiro de barro na minha ferida. Ardeu e eu fechei os olhos com força, mas quase instantaneamente, parou de sangrar- agora eu vou limpar e quando chegarmos ao nosso destino eu vejo se precisa de pontos.
- Obrigada! Muito obrigada.
- Tome sua insulina- ele me devolveu minha bolsa- essa será suficiente até o final de nossos planos.
Nada mais foi dito, eu agarrava minha bolsa com força e aos poucos a dor ia passando como se fosse um milagre, meu peito se acalmou. Até que eu resolvi falar.
- Eu vou cooperar! Só não me machuquem mais.
- Já lhe disse que não temos essa intenção, mas saberemos fazê-lo se necessário, agora fique quieta, por favor, se poupe.
Chegamos em um lugar que eu conhecia de vista, trocamos de carro e agora era bem mais confortável ali, estávamos divididos em dois carros. Antes da troca o rapaz que me fez o curativo passou uma faixa folgada e fez um curativo simples para que a pasta que ele tinha passado não caísse e me vendou antes de entrarmos no carro.
Seguimos por mais ou menos uma hora de carro e paramos, tiraram minha venda e a luz de fora incomodou um pouco meus olhos, os fechei com força. a porta foi aberta e eu saí. Estávamos em um galpão, tinha mais gente vestida como eles ali. No lugar, algumas latas de ferro espalhadas e reluzentes me chamaram atenção, algum barulho vinha de dentro delas, foi quando meu corpo foi puxado para uma cadeira.
- Eu sou o responsável não só por teu bem estar, mas também o comportamento- o mesmo rapaz que me ajudou com o ferimento dizia, puxando uma cama de parede e prendendo as travas dela no chão-. Então tu trate de me obedecer, eu sei que farás isso, mas fique o mais quieta possível, colabore e em dois dias será liberada. Escute- ele levantou as mangas de seu macacão e me olhou nos olhos pela abertura da máscara negra- não quero seu mal e ninguém aqui quer, mas há coisas que devem ser feitas para que um bem maior aconteça e essas coisas vão acontecer. Temos regras, mas sabemos abrir exceções. Sua alimentação virá cinco vezes por dia na quantidade certa para seu peso, idade e necessidades- eles eram profissionais e sabiam de tudo sobre mim, só agora me dava conta- se a senhorita nos ajudar, seremos solícitos também, pois é nosso dever aqui. Vamos ver como está esse machucado e cuidaremos dele diariamente.
Eu só assenti, de alguma forma aliviada.
- Você é português- constatei.
- Eu sou brasileiro, sou do sul, morei um bom tempo em Portugal para aprender ser quem sou.
O assunto foi finalizado e enquanto ele limpava meu ferimento, fomos conversando amenidades, talvez para que eu não focasse na dor, ou para que eu entendesse que deveria colaborar, não sei qual tática ele usava, sei que quando recebi a informação de que ele precisaria dar cerca de 5 pontos no ferimento devido minha cicatrização arruinada pela diabetes, percebi sem perguntar que ele entendia daquilo que estava fazendo e que eu estava em mãos, no momento, confiáveis.
Fomos até um tipo de ambulatório onde ele terminou de limpar meu machucado e me deu uma anestesia local, que realmente funcionou. Começou dar os ponto cuidadosos em meu braço e logo que terminou me levou novamente para o galpão. Ainda era de tarde e eu não conseguiria dormir, mas estava só ali, não teria para onde fugir e nem o que ser feito. Fui conhecer o ambiente. Em todos os latões azuis tinha uma tampa de vidro pesada os cobrindo e dentro de cada um deles, no total eram 8, haviam cobras, algumas grandes, outras pequenas, em alguns latões mais de uma. Me deitei percebendo que tinha câmeras voltadas para todos os lugares dali, eu estava sendo vigiada a todo momento.
Logo o rapaz responsável por mim retornou com uma muda de roupas e produtos de higiene pessoal em mãos, um corpo feminino também vestido de preto entrou logo atrás dele.
- Essa é tua acompanhante de banho, ela ficará de olho em ti a todo momento no banheiro, para que não fuja e nem se machuque. O curativo temporário que coloquei foi para proteger os pontos da água, depois do banho o tire e coloque essas roupas- ele me entregou o "kit" e deu as costas para sair.
- Obrigada!
- Não há de que, senhorita Gabriela. Espero que tenha gostado das nossas amigas nos latões, elas são lindas, não são?
- Eu sempre quis ter uma, mas essas não parecem ir com minha cara.
Ele alcançou a porta e saiu a trancando.
Fui para o banheiro que tinha numa das portas daquele galpão e não me incomodei em tomar banho com uma sentinela me olhando, ela não olhava diretamente para mim, eu sabia disso por mais que a todo momento ela estivesse imóvel ali. Me vesti e tirei o curativo, meu braço doía um pouco, coloquei um macacão igual ao de todos ali. Era quente, leve e confortável, tudo ao mesmo tempo. Ele não apertava mas era bem justo ao corpo, permitia os movimentos sem problema algum.
- Há um analgésico em teu bolso, guria. Tome logo para que não sinta dor mais tarde, é melhor remediar- ela deu um sorriso notável por baixo da máscara.
Dei um riso leve e me escovei, penteei os cabelos e deixei meu kit de limpeza ali no banheiro, que foi trancado assim que saímos.
- Você será minha companhia? Se for estar comigo sempre que eu for ao banheiro, vai entender por dois dias o que é sentir vontade de fazer xixi a todos os momentos.
Chegamos na cama e em cima dela tinha um prato com dois sanduíches integrais, um copo de suco e tinham colocado um bebedouro de água também, mas em cima de uma das latas com as cobras dentro.
- Uma vez por dia venho lhe acompanhar no banho, mas sempre se precisar ir ao banheiro ou conversar, é só bater na porta logo ali- ela apontou com o queixo para a porta que o rapaz tinha saído antes do meu banho- que virei lhe atender. Sua comida será traga às 8, 12, 16 e 20 horas às 22 ou 23, traremos um lanche leve. Tem água sempre que precisar, confie em nós! Caso precise de insulina ou ajuda para aplicar também podemos lhe ajudar, boa parte de nós é da área da saúde e sabemos como lidar e o que é necessário. Antes do jantar você receberá um de nós aqui, eu sempre acompanharei todos que entrarem aqui para garantir sua integridade e segurança. Agora vou saindo, senhorita, boa tarde!
Ela se afastou e eu a observei. Depois observei também a roupa que eu usava me perguntando porquê teriam escolhido uma roupa como aquela. Lanchei e deitei na cama, era bastante confortável e meu corpo precisava de um tempo para assimilar aquilo tudo, me cobri com um edredom que tinham deixado ali também e peguei no sono.
Acordei ouvindo a porta de ferro sendo aberta e em seguida, passos. Me levantei na hora, sentindo meu braço pulsar ainda. Logo a porta foi fechada.
- Eu trouxe antibióticos, senhorita!
- Oi, você novamente.
- Sim, eu e nossa colega- então eu percebi a moça novamente atrás dele, ela me cumprimentou com a cabeça e se sentaram em cadeiras que tinha por ali.
- Vim te fazer algumas perguntas, Gabriela- confirmei com a cabeça- e a primeira delas é se você tomou sua insulina.
- Oh! Eu estava com tanta dor e cansaço que não lembrei disso- como pude esquecer? Em anos eu nunca havia esquecido e eu simplesmente esqueci.
Ele recolheu minha bolsa que estava no chão próxima a cama e retirou de lá meu medidor de glicose. Segurou minha mão com calma, as luvas macias tocavam minha pele com cuidado, mas não excessivo. Mediu e me mostrou o resultado. Peguei a insulina e abri o macacão até a barriga, onde levantei a camiseta que veio junto e vesti por baixo e apliquei a dosagem correta.
- Continuando, tenho mais duas perguntas para fazer a ti. Nós já estamos entrando em contato para conseguir as informações necessárias com quem as tem em troca de sua liberdade e sabemos que tudo o que se passa ali a senhorita tem plena consciência, bom, até onde sabe. Alguém de sua empresa é um agente duplo e o descobrimos há algum tempo, ele está, nesse momento em uma posição importante na organização da qual faz parte e ao contrário de nós, ele está em busca de dinheiro e nós, de justiça. Todos nós fomos invalidados pelo exército brasileiro depois que descobrimos uma verdadeira organização do crime entre nós mesmos. Fomos expulsos por ameaça, para não sermos mortos. Nos reunimos e decidimos acabar, um por um, com as pessoas que corrompem desde nosso exército, aeronáutica, até as guardas municipais. Hoje somos milhares espalhados por todos os cantos do nosso país. Agora que já te localizei, preciso te fazer duas perguntas. A primeira é se você conhece essa pessoa- ele me mostrou uma foto que me deixou chocada. Era o nosso diretor financeiro, ele é irmão de nossa diretora geral e nunca trabalhou antes na vida, começou uma faculdade assim que entrei na empresa e nem fez estágio, decolou para o topo alegando que por ser irmão ele merecia uma parte daquela empresa sendo que ele não tinha, mas ela cedeu 10% das ações para ele e assim, ele se tornou o segundo maior associado, mas ela não o queria como vice-presidente e ele não aceitava nada menos que um diretor.
- Claro que o conheço! Ele é nosso diretor financeiro, o nome dele...
- É Henrique- ele completou minha fala- ele foi o cabeça de todo esse esquema de corrupção e saiu da polícia após ter sofrido um suposto acidente junto com dois de nossos líderes de carro, onde todos no carro, até a própria esposa desse homem, morreram, menos ele, que saiu ileso pois "usava cinto de segurança adequadamente".
- Não me diga que...
- Sim! Ele matou todos ali e forjou um acidente de carro.
Meus olhos estavam arregalados. Eu já tinha percebido alguns erros nas contas desde que ele chegou ali mas acreditei que era por falta de experiência que aquilo acontecia.
- E a segunda pergunta?
- É se a senhorita sabe que está no plano de "limpeza"- ele fez aspas com as mãos- dele.
- Plano de limpeza?
- Ele vai limpar todos que estão no caminho dele, veja- me estendeu um tablet- boa parte das informações que temos da senhorita e do prédio em que trabalha, vêm daí. Temos todas essas informações pois também temos nossos informantes, que estão bem próximos dele.
- A única pessoa que está sempre com ele é...
- O estagiário- dissemos juntos, ele sorriu por baixo da máscara.
- Vejo que a senhorita é muito esperta e pode nos ajudar. Pode traçar perfis de todos aqueles que têm contato com ele? A senhora e ele dividiam a mesma sala por um tempo.
- Não me lembre disso! Aquele cara é um canalha. Ele dava descaradamente em cima de mim e quando a Carmen, digo, Dona Carmen chegava perto de nós ele sempre desconversava e agia naturalmente empapando a barra da saia dela.
- Pessoas como ele merecem desprezo, senhorita Gabriela, ele em especial merece apodrecer atrás das grades, mas como isso não será possível, daremos um jeito de prendê-lo da nossa forma- ele olhou para um dos latões de cobras e sorriu, voltou a olhar em meus olhos- algumas pessoas desse tipo saem ilesas de tudo o que fazem, nosso trabalho é impedir que isso aconteça.
Continuamos conversando até que minha janta chegou e minha "acompanhante" realmente me acompanhou e jantou comigo, dividimos um copo de suco pois eu realmente estava cheia demais para terminá-lo, conversamos sobre amenidades e cultura até que o lanche da noite chegou e ela finalmente se retirou para dormir.
No dia seguinte às 8 eu já estava de pé, dormi muito melhor do que imaginei mas fiquei preocupada com Vitória. A essa altura todos já deviam estar sabendo do meu sequestro e o prazo inicial de dois dias teria que ser aumentado pois eu realmente precisava fazer parte disso.
Tomei meu café e antes do almoço meu "guarda costas"- vou chamá-lo assim já que eu não sei o nome dele ainda- veio discutir comigo sobre o plano que estavam traçando e como descobriram que Henrique estava maquiando por todo esse tempo as contas da empresa e que estávamos perdendo tanto dinheiro quanto ganhávamos. Mesmo no meio de tantas informações eu estava absorvendo tudo muito bem. Trouxeram uma mesa com materiais de escritório e um quadro para que pudéssemos linear nosso pensamento, almoçamos ali mesmo. Ele, eu e minha "acompanhante" ficamos a tarde toda depois do almoço ali, tomamos café ali e fomos interrompidos por uma presença nova, um senhor cadeirante muito bem afeiçoado, sem máscara mas com a mesma roupa de todos ali, até mesmo eu, se apresentou como presidente da associação e cumprimentou a todos com um abraço firme.
Os senhores se retiraram e eu entrei para tomar banho logo depois que eles saíram. Dessa vez meu banho foi diferente.
- Yuri.
- O que disse?- Coloquei a cabeça para fora do box.
- Meu nome é Yuri.
- Prazer, Yuri- estendi a mão para fora do box e ela levou sua mão até a minha mas não me cumprimentou sem antes tirar a luva- meu nome é Gabriela, eu sou de libra.
- Eu sou de gêmeos... somos quase opostos.
- Fala sério! -Fechei o box e voltei para meu banho- Gêmeos é um signo bastante parecido com libra.
- Claro que não- ela continuava com seu tom normal, ameno, mas agora tinha uma risada na voz- librianos são insuportáveis e mandões!
- Não acredito que estou ouvindo isso! É UM DESAFORO- eu já começava rir, desliguei o chuveiro e peguei a toalha para sair do banho- o signo mais convincente da astrologia zodiacal é libra! O mais ponderado e...
- O mais indeciso, o mais mandão, o mais irritantemente sensual, o mais "sou amigo de todos, sou de todo mundo"- ela fez aspas com as mãos- e o mais chato dos sofisticados, o mais fresco na verdade.
Me aproximei dela encarando os olhos pela abertura da máscara e respondi enquanto gotas de água escorriam em meu rosto:
- Eu não posso acreditar que senti atração por você em algum momento! Você é irritantemente linda, Yuri, você é muito mais que isso, você é chata, com "x"!
- E eu não acredito que vou fazer isso- ela tirou a máscara até a altura da boca, estava mordendo o lábio, segurou meu rosto e me beijou profundamente, sem pressa. Aquilo me acendeu automaticamente, meu corpo respondeu instantaneamente, a olhei nos olhos e mordi seu lábio, soltei a toalha e aproximei nossos corpos segurando-a pela cintura. Num rompante de sanidade, afastei o beijo com pressa quando a toalha que estava presa nas laterais, caiu.
Yuri observou com atenção meu corpo, aqueles olhos característicos de orientais e eu lutei contra o desejo em meu ventre para resistir ao olhar vermelho de desejo que ela me lançou.
- Você deveria se vestir e tomar os remédios.
- Eu já os tomei hoje, não se preocupe, minha cicatrização é ruim.
Jantei e tomei o café da noite em silêncio, pensando em Vitória e no que tinha acontecido ali, eu tinha acabado de sentir algo que não sentia há um tempo considerável, não queria mais pensar em nada quando caí no sono e sonhei com a empresa e com minha mãe. Eu estava no trabalho quando ela foi me visitar e tinha uma cozinha na minha sala de trabalho. Sonhos nem sempre fazem sentido mas minha realidade é com a Vitória e é com ela que eu gostaria de estar agora.
Fim do capítulo
Notas finais:
Oi, queridas!
Espero que curtam mais esse capítulo. Comentem suas reações, dicas ou críticas, faz tempo que não interagem comigo( a libriana dramática).
Beijos,
Ju.
Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
Comentários para 11 - Chata com "x":
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]