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Ame o que é seu por PriHh

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Palavras: 7216
Acessos: 4675   |  Postado em: 23/04/2017

Capítulo 59 – Happy Family

Estávamos a caminho da casa de minha mãe. João havia passado em minha casa para deixar Valentina conosco mais cedo. Despediu-se dela cheio de recomendações para Patrícia. Ele a amava muito, isso era visível.

            - Mamãe! – Ela chamou e Paty olhou para a cadeirinha onde ela estava sentada – o que é célebo? – Disse abrindo os bracinhos.

            - Cérebro? – Perguntou e ela balançou a cabecinha – Cérebro é um órgão do nosso corpinho que fica dentro da nossa cabecinha. Por que? – Perguntou.

            - É ti hoje a vovó Malia falo ti o papai palecia um sem célebo – disse tão naturalmente que fez Paty e eu gargalharmos. Valentina riu junto, embora ela não soubesse o real o motivo do nosso riso, ela acompanhava.

            - Amorzinho da mamãe – Paty chamou-a parando de rir – Você não pode fala isso pro papai tá bom? Senão ele fica triste! – Valentina era pequena mas tinha um ouvido e uma boquinha de gente grande. Adorava repeti o que ouvia.  Paty virou-se frente novamente e pegou uma garrafinha de água. Abriu-a e tomou um gole e quando repetiu o movimento começando a colocar a garrafa na boca, Valentina voltou a falar.

            - Eu podi namola também? – Perguntou. Paty apertou a garrafa derrubando toda a agua sobre ela.

            - O que Valentina? – disse olhando-a espantada, passando a mão sobre a roupa molhada.

            - Você e a mamãe Ana namola né. E a tia Júlia e a tia Fávia namola tamém. Eu quelo namola tamém.

            - Meu amorzinho – eu disse vendo Patrícia corar, olhei-a dividindo minha atenção entre ela e a direção – Você ainda é criança... - disse devagar para ela compreender - ...e criança não namora. Criança tem que brinca. Tem que estuda primeiro. Só quando você cresce bastante você pode namora. Entendeu?

            - Quiança pode da bejo? – Perguntou. Eu já estava começando a me perguntar de onde ela tirava essas coisas.

            - Alguém te beijou Valentina? – Paty perguntou preocupada.

             - Não né mamãe! – Paty respirou aliviada e eu também.

            - Mas eu goto de beja a Lolena – ela disse referindo-se a amiguinha da escola.

            - Filha, você e a Lorena são amiguinhas e você pode beijar a Lorena, mas só no rostinho. Lembra do que a mamãe te falou sobre beijar na sua boquinha? Não pode!

            - Mas você beja eu – disse confusa.

            - Só a mamãe pode.

            - O papai não podi? – Perguntou e Paty olhou para mim esperando alguma ajuda na resposta. Dei de ombros, afinal de contas Paty conhecia ele bem melhor do que eu.

            - O papai também pode.

            - A Dolly pode?

            - Nãooo! – Falamos juntas e acabamos caindo na risada.

            - Vavá – chamei-a. - A boquinha da Dolly é cheia de bichinhos e esses bichinhos podem fazer mal pra sua saúde. Então não pode deixar a Dolly ficar te lambendo tá bom! – Expliquei a ela. Ela ficou em silencio e voltou a se distrair com suas bonecas.

            - Da onde será que ela tira essas coisas? – Eu perguntei baixinho.

            - Não faço ideia. – Paty respondeu.

            - Imagina só a hora que ela começar a perguntar sobre S-E-X-O – disse soletrando as letras.

            - Espero que isso demore muitos anos ainda – Paty completou. Estacionei o carro na entrada do prédio dos meus pais e subimos as três. Valentina insistiu para ir entre nós duas, então cada uma segurava uma mãozinha dela. Assim que entramos na casa de minha mãe encontramos meu pai lendo o jornal e sentado no sofá.

            - Vovô Beto! – Valentina correu jogando-se sobre ele e amassando as folhas.

            - Ui furacãozinho do vô – meu pai disse sentando-a em seu colo. Ela beijou-lhe o rosto.

            - Oi pai – eu disse.

            - Oi filha – respondeu-me – Oi Paty.

            - Oi Seu Roberto – ela disse.

            - Assim eu me sinto velho Patrícia – ele disse olhando-a com ternura – Apenas Roberto tá!

            - Tá bom! – Respondeu.

            - Cadê todo mundo? – Perguntei.

            - Sua mãe está na cozinha com a Lúcia. E sua irmã está com Flávia em algum canto lá pra dentro.

            - Vamos na cozinha amor – eu disse segurando sua mão e ela confirmou. Valentina ficou na sala conversando com meu pai. Assim que entramos Lúcia me sorriu.

            - Menina Cecília – disse vindo até mim e abraçando-me.

            - Você nunca vai parar de me chamar assim né Lúcia – constatei.

            - Isso por que para mim você nunca deixará de ser aquela menininha loirinha, que puxava minha calça quando queria alguma coisa na beirada da pia. – Disse me fazendo sorrir. – Você estava linda ontem Patrícia. – Disse olhando para Paty que corou de timidez – e você também! – Disse me olhando.

            - Obrigada Lúcia. Sua presença foi muito importante para nós duas, né amor?

            - Sem dúvida amor! – Respondeu. Cumprimentamos minha mãe que estava entretida no preparo do almoço.

            - Vamos lá dentro ver as meninas! – eu disse afastando-me.

            - Avisem elas que almoço estará pronto em 10 minutos – minha mãe gritou da cozinha. Seguimos em direção ao meu quarto, mas ele estava vazio. Ouvimos risadas e seguimos em silencio até onde era o quarto de Júlia, e onde meu pai usava como escritório. A porta estava entreaberta. Júlia e Flávia estavam tão entretidas entre elas que nem perceberam nossa presença na porta.

            - Jú aqui não... – Flávia dizia de olhos fechados. Minha irmã lhe provocava beijando-lhe o pescoço.

            - Só um pouquinho vai... – pediu Júlia. Subiu a mão por dentro do vestido que Flávia usava.

            - Seus pais estão em casa. – suspirou tentando empurrar Júlia, que a empurrou de volta com seu corpo.

            - Meus pais não virão aqui.

            - HumHum – pigarrei alto chamando a atenção delas. Flávia abriu os olhos e nos viu empurrando Júlia de supetão. Ela ficou mais vermelha que um pimentão. Era engraçado vê-la assim já que raras eram as vezes que Flávia se envergonhava de algo.

            - Ai – Júlia disse batendo a perna na mesa. Olhou para nós e sorriu sem vergonha nenhuma. 

            - Atrapalhamos algo? – perguntei.

            - Não – respondeu Flávia.     

            - Sim – respondeu Júlia ao mesmo tempo. Paty e eu começamos a rir e a Júlia estendeu sua mão para Flávia. Eu não sei se Patrícia notou, mas o brilho reluzente da aliança na mão de Flávia deixou claro que em breve teríamos outro casamento na família.

            - Não estávamos fazendo nada – Flavinha disse olhando para Júlia.

            - Mas íamos – Júlia disse envolvendo-a em seus braços e depositando um beijo leve em sua bochecha.

            - Para Júlia – Flavia disse e minha irmã sorriu. Havia algo diferente nela. Um brilho novo, uma energia contagiante. Algo que eu não sabia explicar o que era. Mas que me deixava muito feliz, por que eu podia sentir que Júlia estava feliz. E isso era muito importante para mim. Sua felicidade. Nenhuma das duas comentou nada sobre as alianças que usavam e eu também não questionei nada.

- Que pena! – eu disse. - Sempre quis pegar você em ação pequena índia – disse fazendo menção ao seu apelido de Pocahontas.

            - Quer ver ação? – disse caminhando até mim – Vou entrar em ação e fazer você ficar menor que a Smurfete  se me chamar de pequena índia outra vez – Gargalhei de sua braveza e fiz de Paty meu escudo. Júlia puxou-a para junto dela, segurando-a enquanto eu quase morria de rir. Paty ria mais contidamente.

            - A mamãe disse que o almoço está quase pronto – eu disse a elas. – Vamos para a sala amor... vamos deixar as indiazinhas a vontade – eu disse puxando Paty pela mão e quase matando Flávia de vergonha. Voltei até lá e coloquei a cabeça de novo para dentro do escritório – Não façam nada no meu quarto! – Alertei-as e Flávia pegou alguma coisa sobre a mesa e atirou em mim. Puxei meu rosto antes que o objeto me acertasse – Violenta! – Gritei juntando-me a Paty novamente.

            Voltamos para a sala e elas acabaram chegando alguns segundos depois de nós. Flávia ainda estava levemente ruborizada e aquilo me fazia rir horrores internamente. Quando minha mãe nos chamou para o almoço, sentamos na mesa apressados. Eu estava morrendo de fome já que Paty e não havíamos tomado um café da manhã reforçado. Meus pais sentaram-se nas pontas, um de cada lodo da mesa, Paty e eu sentamos em uma das laterais com Valentina entre nós e Flávia e Júlia estavam do outro lado, de frente para nós.

            - Fiquem à vontade para servirem-se meninas – minha mãe disse. Levei a mão até escumadeira e quando ia pegar uma porção de arroz minha irmã pediu um minutinho de nossa atenção. Coloquei a escumadeira no lugar e olhei para Flávia. Dei um sorriso para ela e movi meus lábios dizendo algo que apenas eu e ela entenderíamos. Flávia sorriu e corou ao mesmo tempo e minha irmã passou os olhos de uma para outra.

            - Às vezes eu queria poder ler a mente para saber o que vocês falam assim – Júlia disse. – Bom... Eu pedi a atenção de vocês por que eu gostaria de comunicar algo. Ontem à noite eu pedi a Flávinha em casamento e ela aceitou então... em breve teremos outro casamento na família. – completou. Paty sorriu largo olhando as duas exibirem as alianças.

            - Filha parabéns! – Minha mãe disse cumprimentando-as. Olhou para Flávia com carinho – Você é muito bem-vinda a esta família Flávia.

            - Precisamos comemorar – meu pai disse – Ainda temos aquele champanhe Helena?

            - Eu vou olhar – disse levantando-se e saindo. Retornou pouco depois. – Acabou, mas achei vinho. – Disse entregando a garrafa ao meu pai, que a abriu. Minha mãe colocou as taças sobre a mesa e meu pai despejou a bebida.

            - À felicidade das noivas – meu pai disse erguendo sua taça.

            - Às noivas – repetimos todos juntos brindando, inclusive Valentina, que brindava com suco de melancia, é claro. Voltamos a nos sentar e um silencio instaurou-se enquanto nos servíamos.

            - Tia Júlia... depois que você e tia Fávia casalem vai ter que namola tamém? Igal tas minha mamãe teve te namola? – Perguntou na mesa fazendo todos rir. Júlia corou e olhou-me esperando que eu respondesse isso por ela.

            - Vai meu anjinho – respondi.

            - Todo mundo namola aqui? – completou como se aquilo fosse um absurdo.

            - Menos você mocinha! – Paty interviu.

            - É poque eu sou quiança né! A mamãe disse que eu podi namola só quando eu clesce mais maior de glande!

            - Exatamente! – concordei com ela.

Comecei a preparar o meu prato enquanto Paty fazia o da Vavá, e depois o seu próprio. Almoçamos todos tranquilamente. Foi engraçado. Valentina contou a Júlia a história do cérebro e fez Flávia ter uma crise de risos. Passamos bons momentos ali, em família, e isso era uma coisa que eu não me lembrava de termos tido quando éramos mais novas. Almoços e jantares descontraídos e felizes como este. Percorri meus olhos sobre todos que estavam ali e era como se um pequeno filme ficasse registrado em minha mente. Agradeci a Deus por tudo, por todos ali e principalmente pela família que eu estava começando.

            Despedimo-nos dos meus pais por volta das 16:00hrs da tarde. Flávia e Júlia foram conosco até nossa casa, uma vez que elas nos levariam até o aeroporto. A tarde passou rápida e as 19:00hrs da noite seguimos em direção à Guarulhos. Fizemos nosso check in e despachamos as malas. Nos despedimos delas e seguimos para a área de embarque. De São a Orlando seriam aproximadamente nove horas de voo. O avião decolou na hora estipulada. Com menos de vinte minutos de voo Valentina já estava inquieta.

            - Amor melhor você dar o dramim para ela – Disse a Paty. Ela abriu a bolsinha e retirou o remédio. Chamei a aeromoça.

            - Can I help you? (Posso te ajudar?) – Ela disse.

            - Do you have juice here? My daughter needs to take this medicine! (Você tem suco aqui? Minha filha precisa tomar o remédio) – mostrei o vidrinho.

            - Of course. I will get a juice for you Misses. (Claro. Eu pegarei um suco para a senhora) – respondeu solicita.

            - Thank you. (Obrigada).  – ela retornou pouco tempo depois com uma caixinha de suco. Paty derramou o suco  dentro da mamadeira dela e enquanto eu distraia a pequena, escolhendo uma animação na tela da poltrona dela, Paty pingou as gotas dentro do suco. Agitou a mamadeira e entregou a Valentina. Ela quis assistir Frozen e dei play no vídeo encaixando o fone de ouvido na orelhinha dela. Ela assistia ao filme e bebia o suco sem nem piscar direito. Reclinei sua poltrona e cobri seu corpinho. Coloquei os travesseirinhos que a companhia área fornece no canto da parede do avião e ela apoiou-se nele. Umas gotas de dramin e uma mamadeira com suco derrubaram Valentina antes mesmo do filme terminar. Retirei os fones para não machucar seu ouvido e deixe-a dormindo.

            - Ela apagou – disse a Paty que estava sentada ao meu lado, no corredor do avião.

            - Espero que ela durma a noite toda. – Paty completou.

            - Você está bem? – Perguntei. Ela não gostava muito de voar. Balançou a cabeça confirmando. Entrelacei nossas mãos e ofereci meu ombro para ela recostar sua cabeça. Ela puxou-me sutilmente me dando um selinho delicioso antes de recostar-se em mim.

            - Eu te amo minha vida! – disse baixinho

            - Eu te amo mais! – respondeu

            Coloquei um filme de ação para assistir enquanto voávamos. No fim do filme já comecei a sentir meu corpo cansado, pedindo descanso. Patrícia Já dormia. Apenas retirei os fones do meu ouvido para não me mover muito e correr o risco de acorda-la. Fechei meus olhos e fiquei ali, em silencio, revivendo tudo que tinha acontecido comigo nos últimos dias. A imagem de Patrícia vestida de noiva, caminhando em minha direção, tomou conta de todos os meus pensamentos. E minha cabeça só revivia aquilo, uma, duas, tantas vezes que perdi a conta. E em todas elas eu me sentia da mesma forma que me senti naquele momento. A mulher mais feliz do mundo.

Acordei apenas quando as luzes do avião se acenderam. As aeromoças começaram a servir o café da manhã. Valentina ainda dormia e achamos melhor deixar assim. Guardaríamos o café dela para depois.

            - Bom dia amor! – disse a Paty assim que ela abriu os olhos. Ela espreguiçou-se.

            - Bom dia pra esposa mais linda do mundo – disse beijando-me.

            - Vai querer beber o que? – perguntei. – Eles tem café, chocolate quente, chá e suco.

            - O que você sugere?

            - Sinceramente... o chocolate quente. O café americano é fraco demais comparado ao nosso. E como você gosta de café forte, não sei se vai gostar.

            - Pode ser então. – disse. Pedi dois chocolates quentes. Tomamos nossos cafés e ficamos trocando carinhos. Faltavam poucos minutos para pousarmos. O comandante informou a todos e solicitou que as poltronas fossem colocadas na posição vertical. Tivemos que acordar Valentina para isso. Ela resmungou bastante. Mas assim que avisamos que estávamos chegando seu humor começou a melhorar. Ela estava ansiosa. Quando ao avião finalmente pousou Valentina queria por que queria sair logo e ir ver as princesas da Disney.

            - Filhota os parques não abriram ainda – Paty disse. - Ainda está muito cedo. Nós vamos pro Resort, você vai tomar café, escovar os dentinhos e depois a gente vai.

            - Mas tá tão longe – ela disse – Eu quelo vê agola.

            - Nós vamos Vavá. Daqui a pouco. – eu disse. Demoramos um pouco até desembarcar e passar pela imigração. Estava lotado. De lá pegamos o carro que eu tinha alugado e seguimos até o Disney Animal Kingdon Lodge, uma cadeia de hotéis que fica dentro do complexo Disney. O visual de entrada do Resort já mostrava como ele era incrível. Tinha muito verde. Além, disso, era possível ver alguns animais que ficavam soltos e passeando pelas dependências. Logo de cara encontramos uma família de patos, com vários filhotinhos. Valentina queria que eu parasse o carro para ela ver os bichinhos andando.

            -  Filha vamos fazer nosso check in e depois eu te trago aqui ta – eu disse a ela.

            - Você plomete? – me fez prometer.

            - A mamãe Ana já deixou de cumprir algo? – ela não respondeu - Não né! Eu trago você aqui. – Parei o carro na porta de entrada e entreguei as chaves ao vallet. A recepção era toda decorada numa mistura de rustico com primitivo, como se fosse uma verdadeira savana. Mas tudo com muito conforto. Depois de tudo certo fomos encaminhadas ao nosso quarto. Era lindo, grande e bem decorado. Colocamos as malas sobre a cama e começamos a ajeitar algumas coisas. Valentina pulava sobre a cama.

            - Eu quelo domi aqui tum vocês – disse.

            - E vai deixar aquela cama enorme vazia? – perguntei apontando a cama.

            - Eu num goto dela – respondeu.

            - Você nem deitou nela ainda pra saber.

            - Mas eu quelo domi tum vocês – insistiu.

            - Falamos sobre isso na hora de dormir tá bom - Paty entrou na conversa encerrando o assunto. Estava um clima agradável, fresco. Minha esposa colocou um vestidinho leve em Vavá e trocou de roupa também, vestindo um short jeans e uma regata branca. Tão simples e tão linda! Acho que era impossível que minha esposa vestisse algo que não a deixasse linda, pelo menos não aos meus olhos. Troquei de roupa também e descemos para dar café da manhã para Valentina. Ela relutou em comer, queria ir logo ver os animais. Acabamos cedendo já que era o primeiro dia de viagem e ela estava ansiosa. Pegamos uma fruta e alguns biscoitos e saímos a caminhar pela área do hotel. Quanto mais andávamos mais no impressionávamos. Era muito lindo. Tinha lazer para todos os gostos. Chegamos até a parte aonde vimos os patinhos e nos sentamos em um banco enquanto Valentina permanecia próxima a nós, seguindo-os. Paty deitou a cabeça em meu colo e ficamos ali a nos olhar e sorrir. Era tão gostoso, poder estar ali ao lado, ter seu carinho, seu amor, seu sorriso.

            - Dormiu bem no avião? – perguntei a ela entrelaçando nossos dedos.

            - Sempre durmo bem quando você esta ao meu lado – respondeu me fazendo sorrir ainda mais.

            - Você me mima demais amor – eu disse.

            - Ótimo... assim você vai ficar tão mimada que só eu conseguirei aguentar você... e você vai ser só minha para sempre! – concluiu.

            - Ah então é tudo uma estratégia né... pra afastar as mulheres de mim!

            - Com certeza.

            - Pois saiba que sua estratégia esta funcionando direitinho! Pode continuar com ela! – finalizei e ela gargalhou.

            - Eu te amo loirinha ligeira – disse ainda rindo.

            - Também te amo princesa! – estávamos entrosadas quando ouvimos Valentina gritar. Assustadas, levantamos e corremos em direção ao local de onde sua voz vinha. De longe já a avistamos correndo até nós. Cheguei antes de Paty e peguei-a no colo. Ela colocou a cabecinha em meu pescoço e apertou-me com força, assustada.

            - O que foi meu amor? – perguntei, afagando sua cabecinha.

            - Tem um monsto ali – disse apontando.

            - Monstro? Não tem monstro aqui amorzinho. – Paty mantinha as mãos sobre o coração recuperando-se do susto – Vamos ver o que é? – disse caminhando devagar até lá.

            - Amor cuidado – Paty alertou-me.

            - Fomos caminhando e de longe eu já avistei o monstro que Valentina tinha visto. Era uma girafa enorme que estava se alimentando de alguns galhos de arvore. Confesso que até eu me surpreendi, pois não imaginava que teria girafas soltas pelo local. Ela era uma gracinha.

            - É só uma girafa princesinha – eu disse. Ela ainda mantinha o rostinho em meu pescoço. – Olha como ela é bonitinha – tentei convence-la.

            - Num quelo. É monsto.

            - Eu estou protegendo você. Ela não vai te machucar tá bom. A mamãe Ana promete pra você. – ela virou a cabecinha de lado e encarou o animal.

            - Viu como ela é bonitinha! Ela é boazinha! Não faz mal.

            - Como é o nome dela? – perguntou.

            - Acho que ela não tem nome – Paty disse ao nosso lado – Ela é linda né! – disse tão surpresa quanto eu.

            - Eu pode chama ela de Celeja? – perguntou.

            - Pode sim... vamos chamar ela de Cereja. – tentei coloca-la de volta no chão, mas ela se agarrou mais em mim. Ficamos um tempo ali observando o animal. Tinha outras próximo dali e até um bebê girafa. O tempo passou rápido. Voltamos ao resort para almoçar e depois do almoço seguimos para as piscinas. A tarde foi divertida. E depois do jantar voltamos ao nosso quarto. Valentina insistiu em dormir em nossa cama. Eu tinha dito a ela que sim e isso acabou causando uma leve discussão entre Paty e eu.

            - Amor você precisa aprendera a dizer não para ela. Se você a deixar fazer tudo que quer ela fará você de gato e sapato – disse-me.

            - Eu não vejo nada demais em deixar ela dormir conosco hoje Paty.

            - Você está acostumando-a mal. – retrucou – Eu sei que você quer agrada-la, mas não pode ceder a tudo. Não pode querer compensar todo o tempo passado fazendo todas as suas vontades – disse um pouco mais alto – Você já reparou que toda vez que ela quer algo agora ela te procura ao invés de mim?

            - Você disse isso mesmo? – perguntei encarando-a mais séria. – Você acha que eu a agrado por que me culpo por não ter acompanhado seu crescimento? É isso que pensa? – falei um pouco decepcionada.

            - Não foi isso que eu quis dizer – tentou se justificar falando mais alto

            - Mas foi o que pareceu – retruquei.

            - Não tente me fazer parecer a culpada Cecília - Valentina, que estava no banheiro, apareceu no quarto ao ouvir nossas vozes alteradas.

            - Mamãe! Você ta bigando tum a minha mamãe Ana? – perguntou deixando nós duas sem palavras.

            - Não meu amor! Eu e a mamãe só estamos conversando. – tentou explicar.

            - Você não biga tum a minha mamãe Ana! – falou brava apontando o dedinho para Paty.

            - Os papéis se inverteram agora foi? – Patricia falou num toma mais duro, olhando para a pequena.

            - Num é pla biga tum a minha mamãe! – disse se aproximando de mim com a carinha sentida e começando a chorar. Peguei-a no colo e sentei-me com ela sobre a cama para acalma-la. Paty pareceu perceber que aquilo havia ultrapassado os limites e calou-se.

            - Princesinha, a mamãe e eu, nós não estávamos brigando. Nós só estávamos conversando e acabamos falando mais alto. Desculpa se assustamos você tá bom – disse beijando sua cabecinha e abraçando-a. Olhei para Paty e ela se aproximou de nós. - Não precisa chorar minha princesa. Já tá tudo bem! – olhei para Paty pedindo o apoio dela.

            - Desculpa – pediu baixo se aproximando de mim.

            - Me desculpa também – pedi. Eu sabia que ela tinha certa razão. Eu não poderia agradar Valentina todas às vezes. Paty sentou ao meu lado e beijou-lhe o rostinho.

            - Ei princesinha! Olha pra mim – pediu e Valentina se negou a olha-la. Ela sentiu a dor da rejeição da pequena e seus olhos marejaram - A mamãe te ama muito princesinha. Olha pra mamãe! – pediu novamente e dessa vez ela atendeu. – A mamãe ama muito você. Você sabe não sabe? – ela balançou a cabeça confirmando – E eu também amo muito a sua mamãe Ana. Eu prometo que não vou brigar com ela. Ta bom? – ela balançou a cabecinha. – me dá um abraço? – pediu e Valentina pulou dos meus braços para os dela. Eu nunca pensei que meu casamento seria sempre fácil, mas também não imaginei que a primeira discussão fosse acontecer tão cedo.

            - Vamos dormir? – eu disse e ela balançou a cabecinha – Já escovou os dentinhos? – ela confirmou. – Deu eu ver – pedi e ela abriu a boquinha.

            - Hummm. Tá com bafinho – eu disse pegando sua mentira – Vamos lá escovar os dentes.  – Paty colocou-a no chão e ela seguiu para o banheiro de volta. Levantei-me e antes de sair Paty segurou meu braço. Levantou-se da cama e me olhou.

            - Me desculpa amor! – pediu novamente – eu sinto muito pela forma que falei com você – tocou meu rosto com carinho e fechei meus olhos. – Não quero brigar com você! – pediu baixo.

            - Eu nunca quis brigar com você! – abri meus olhos encontrando os dela. – Eu te amo muito Paty. E acho que devemos conversar sobre isso. Sobre como nós duas iremos educar a Valentina. Eu não quero estragar a criação dela.

            - Eu sei que você não fará isso. Vamos o fazer o seguinte. Eu sei que sou muito rígida quando se trata dela. Enquanto estivermos aqui nós três iremos apenas nos divertir. Prometo que serei menos rígida e quando chegarmos em casa voltamos a conversar sobre isso. Ok? – levei meus lábios até os dela e beijei-a carinhosamente.

            - É por isso que eu te amo tanto – disse-lhe e ela sorriu. – Acho melhor irmos ver o que ela esta aprontando – eu disse. Dizem que o silencio é sagrado, mas quando se tem filhos, ai o silêncio é sempre suspeito. Como esperado Valentina já tinha derrubado boa parte do tubo de pasta de dente na pia e esfregava com as mãozinhas. Acabamos rindo da cena. Lavamos suas mãos e escovamos os dentes, as três juntas. Deitamos na cama com Valentina no meio para não cair da cama. Ela dormiu em pouco tempo e Paty a colocou na outra cama. Voltou a deitar-se e colocou a cabeça em meu peito. Acariciei seus cabelos por muito tempo até que ela adormeceu, e eu continue ali, apenas olhando-a dormir, encantada pela minha bela esposa, a qual eu amava mais que tudo no mundo.

            No dia seguinte acordamos cedo. Seguimos direto para o Magic Kingdon, o parque mais famoso e onde fica o castelo da Cinderela. Já na fila de entrada presenciamos um pequeno show de abertura. Foi bem legal, pois Valentina já pode ver vários personagens da Disney. Ela gritava o tempo todo e batia palmas. Após entrarmos, aluguei um carrinho para ela, pois como o parque era muito grande ela se cansaria se tivesse andar, e nós também se tivéssemos que carrega-la no colo. Como não havíamos tomado café comemos na Main St. Bakery, um lugar agradável e que tinha comidas deliciosas. De lá seguimos pela Main Street e como não podíamos deixar passar, tomamos a famosa pia de sorvete do Mickey, que é uma pia de plástico com um sundae dentro dela, e o potinho fica de lembrança.

- Esse sovete ta dulicia mamãe! – disse lambendo os dedos.

- Que bom que gostou amor – Paty respondeu. – Cuidado pra não derrubar na roupa.

Caminhamos ate a Town Square e paramos para tirar fotos com os personagens. Valentina quis uma foto com o Pato Donald e o Pateta. Ela não entendia nada do que eles falavam com ela mas se divertia demais só pelo fato de vê-los ali de pertinho.

- Cade o Micky Mase mamãe? – perguntou.

- Ele fica ali dentro filhota – disse a ela apontando o Town Square Hall. Aproveitei e também tirei varias fotos de Paty com os personagens. Eu me sentia com duas crianças ao meu lado. Os olhinhos azuis de minha esposa brilhavam tanto quanto de Valentina, ou mais se é que era possível. Fomos até lá tirar a foto com o Mickey e pegamos uma pequena fila. De lá seguimos em direção ao castelo da cinderela. Aproveitamos que não estava tão cheio e tiramos varias fotos. Pedi a um dos turistas para tirar uma foto nossa, juntas. A imagem ficou perfeita. Valentina no colo de Paty e eu ao lado dela, abraçando-a pela cintura. De lá levei Valentina até o Street party, que nada mais é que os personagens dançando com as pessoas na rua. Filmei nossa pequena dançando com eles, sorrindo e se divertindo demais.

- Vem dança tumigo mamãe – chamou Paty puxando-a pela mão. As duas dançavam juntas e eu filmava comtemplando a felicidade delas. Almoçamos por lá mesmo e a tarde assistimos a da Disney, que é um desfile com os personagens de lá em carros enormes e enfeitados.

- Eu quelo subi no carro – disse Vavá.

- Você não pode subi no carro filha – Paty respondeu.

- Mas eu quelo – insistiu. Abaixei-me e fiquei na altura dela.

- Princesinha, esses carros são só para eles. Mas eu conheço um trenzinho muito legal que você vai adorar. Quer ir lá?

- Quelo. – disse.

- Então vamos – eu disse sentando-a no carrinho já que a Seven Dwarf´s ficava na Fantasyland. Era um tipo de montanha russa que contava a historia da Branca de neve e os sete anões. Era bem voltada para crianças, contudo, não tinha como não encantar os adultos também. Valentina gostou tanto que nos fez ir de novo nela. De lá seguimos para o Princess Fairytale Hall, o ponto de encontro das princesas da Disney. E esse foi o ponto alto do dia para nossa pequena. Ela se empolgou tanto que saiu correndo e acabou caindo. Com a queda ralou um pouco o joelho e as mãozinhas. Ela chorava copiosamente.

- Filha não chora – Paty disse com ela em seu colo. – Já ta passando! Foi só um tombinho!

- Tá dodói... muito! – falava aos prantos.

- A mamãe vai cuidar do seu dodoí – Paty disse pegando uma garrafinha de agua e limpando a ferida com cuidado. Ela continuava a chorar. Ajoelhei-me em frente a elas e com minhas mãos limpei as lágrimas em seu rosto.

- Você sabia que beijo de mãe cura dodói? – perguntei a Vavá e ela olhou-me balançando a cabeça em negação – E sabe o que é melhor ainda? Você tem duas mamães. Sabe o que significa? - perguntei e ela negou.

- Beijo duplo – Paty e eu respondemos ao mesmo tempo. Ambas nos aproximamos dela e beijamos seu rosto, uma em cada lado.

- Melhorou? – perguntei e ela negou ainda com a carinha abatida.

- Acho que teremos que aumentar a dose amor – eu disse para Paty.

- Precisamos de beijo com cosquinha o que acha?

- Coquinha não – Valentina disse.

- Ah cosquinha sim. Pronta? – perguntei a Paty e ela confirmou. Começamos a encher a pequena com beijos e nossos dedos faziam-lhe cosquinhas na barriga. Ela começou a gargalhar e aos poucos o choro cessou.

- Pronta pra ver a Cinderela? - perguntei-lhe.

- Plonta. - Tiramos fotos com a Cinderela, a princesa Elsa, a Rapunzel e a Jasmine. Já no fim do dia Valentina parecia exausta. Deixamo-la no carrinho e voltamos em direção ao castelo da Cinderela, onde toda noite acontece a queima de fogos. Ela dormiu e não conseguiu assistir, e aquele acabou sendo um momento apenas meu e Paty. Foi maravilhoso pode proporcionar a ela aquela experiência. A queima de fogos era sem duvida a melhor coisa para encerrar o dia.

Retornamos para o resort e quando eu fui pegar Valentina no colo ela acabou acordando. Entramos no quarto e Paty resolveu dar banho nela antes que ela dormisse outra vez.

- Vem tomar banho amor – disse.

- Não quelo banho – respondeu deitando em nossa cama.

- Tem que tomar banho sim. Quer ficar porquinha é?

- Eu tomei banho onti – respondeu e eu gargalhei de suas palavras.

- Tem que tomar banho todo dia.

- Eu to tum soninho.

- Vamos tomar banho Valentina – Paty disse mais séria. – Se não tomar banho não vai dormir comigo não. Não gosto de porquinhos na minha cama.

- Num quelo. Vai doe o dodói.

- A mamãe não vai deixar doer. Vem filha – disse sentando-se ao lado dela e retirando sua roupa.

- A mamãe não tomo banho! – disse olhando-me.

- Não, mas ela também vai toma. E eu também vou. – a contragosto Paty conseguiu dar banho nela. Vestiu-lhe o pijama e deitou-a na cama.

- Eu vai domi aqui – disse já se apossando da cama.

- Ta bom – Paty respondeu. - Quer o sansão? – perguntou referindo-se ao seu coelho favorito.

- Eu não quelo que muda eu de cama. – disse com o dedinho apontado para ela - Eu acodei na ota cama. – disse e Paty sorriu de seu jeito mandão.

- Não vou mudar você de cama ta bom – Paty respondeu. Era engraçado ver a conversa das duas. Valentina fazia exigências como se fosse gente grande. Valentina deitou-se e Paty deu-lhe um beijo na testa.

- Eu te amo filhota – disse a ela. Permaneceu ali fazendo-lhe carinho ate que ela fechou os olhinhos e dormiu outra vez. Paty deixou apenas o abajur ligado e depois foi nossa vez de tomar banho. Debaixo da agua quente, eu esfregava o corpo dela com delicadeza enquanto conversávamos sobre o nosso dia.

- Gostou de hoje?

- Amei tudo – disse virando-se de frente para mim – Você já tinha vindo a Disney? – Perguntou-me.

- Sim. Uma vez enquanto morava em New York eu estive em Orlando. Engraçado, quando estive aqui a primeira a vez eu só conseguia pensar em como seria estar aqui com você ao meu lado. E hoje eu sei que é maravilhoso. – ela sorriu-me.

- Desse jeito a Valentina não será a única que você deixará mal acostumada – ela disse envolvendo meu pescoço e beijando-me delicada.

- Não seria justo estragar a filha e deixar a mãe de lado né – eu disse sorrindo e ela sorriu junto. – Sinto muito... Por ontem – completei. – Eu não devia ter prolongado a discussão. Ainda mais com ela tão perto de nós. Não quero ser como esses casais que brigam na frente dos filhos e acabam traumatizando a criança.

- Eu sei. – nossos olhos se mantinham conectados – Não quero que nossa relação com ela seja daquele tipo onde uma é a mãe durona e a outra a boazinha entende?

- Entendo.

- Quero que ela saiba que sempre pode contar com nós duas da mesma forma.

- E você tem razão. Precisamos definir algumas regras sobre isso. Tenho certeza que juntas nós duas faremos dela uma grande mulher. – Paty balançou a cabeça confirmando. Terminamos o banho e trocamos de roupa. Paty colocou Valentina na outra cama e nos deitamos. Adormecemos logo, o dia tinha sido puxado e amanha teríamos outro dia cheio.

Acordamos com Valentina se aninhando entre nós duas. Ela apertou minha bochecha com carinho me fazendo abrir os olhos.

- Mamãe!  Ta acodada? – perguntou baixinho e eu sorri.

- To – Respondi abrindo meus olhos e encontrando seu rostinho doce em minha frente.

- Eu tamém. Já ta na hola de sai? – perguntou e eu olhei as horas no relógio.

- Ta quase.

- Ebaaa – gritou acordando Paty e eu levei minhas mãos ao rosto cobrindo-o e rindo baixo. Ela virou- se para Patrícia e encarou-a séria.

- Mamãe, eu podi sabe quem tloco eu de cama de novo? – disse tocando o nariz dela com o dedinho.

- Fui eu – ela respondeu.

- Eu não disse onti que eu não quelia tloca de cama! – disse e eu só observava seu jeitinho mandão. Era tinha o gênio da mãe mesmo – Poque tloco eu de cama?

- Filha a mamãe te trocou de cama para que você pudesse dormir direito. E você já tá bem grandinha pra dormir com a mamãe!

- Você disse onti qui eu ela quiança e não podi namola. – disse mexendo nos cabelos de Paty.

- Sim eu disse.

- Eu agola sou glandinha e não podi domi tum vocês. Eu não entendi maisi nada... – disse batendo a mãozinha na testa – você disse eu sou glande e ai fala eu sou quiança. Eu não sei maisi nada. – completou fazendo nós duas rir.

- Vamos levantar minha criança perdida – Paty disse ainda rindo e sentando-se na cama. - A mamãe Ana preparou muita coisa pra gente hoje. 

- Nós pode i no tlenzinho ota vez? – perguntou.

- Nós vamos em outro trenzinho hoje tá. – Eu disse voltando sua atenção para mim.

- Ta bom né! – disse não muito conformada. Tomamos café no hotel dessa vez para podermos aproveitar cada segundo a mais no parque. Voltamos ao Magic Kingdon, pois ainda havia muita coisa para vermos. Começamos nosso dia pelo Space Mountain, uma montanha russa no escuro. Fomos ao Dumbo que era um brinquedo que tinha um elefante, e a criança pode escolher se ele sobe e desce, enquanto o brinquedo gira. Fomos ao Enchanted Tales with Belle, e nesse caso, quem ficou toda boba igual criança fui eu. Ali era meu lugar favorito do parque todo. É onde a princesa conta a historia do filme, com muitos efeitos especiais. Eu amava ali. Valentina ficou meio perdida, pois não entendia o idioma, mas se divertiu bastante.

Depois do almoço fomos para a parte do Frontieland, para passear na Splash Mountain, uma montanha russa que te molha bastante. Como estava um pouco calor, foi bem gostoso. E Valentina adorou. A tarde fomos comer no Sleepy Hollow e fiz Paty experimentar o famoso Funnel Cake deles. É uma das coisas mais gostosas que eu já havia comido e Paty lambia os dedos enquanto se deliciava.

- Quer experimentar filha – eu disse a Vavá.

- O qui é isso? – disse apontando a geleia vermelha sobre ele.

- É morango. Morde! – disse oferecendo o doce. Ela mordeu e mastigou bastante antes de engolir. Mordeu mais uma vez, e uma terceira.

- Ei eu ainda quero mocinha! – disse ao olha-la vendo devorar o doce todo.

- Eu gotei desse. Pode pedi oto mamãe! – completou pegando o doce e pondo no pratinha dela e Paty começou a gargalhar da minha cara. De lá seguimos para o Disney Spring, para a Bibbidi Bobbidi Boutique para que a nossa pequena se tivesse seu dia de princesa. A Bibbidi Bobbidi era um lugar onde as crianças poderiam se fantasiar da princesa que quisesse, era feito cabelo, maquiagem, unhas e tudo que uma princesa tem direito. Assim que entramos na loja Valentina olhou para tudo encantada.

- Uallll – disse olhando em volta – Eu podi leva tudo pla casa?

- Não, tudo não! – Paty disse. – Mas você pode escolher dois presentes que você quer.

- Ebaaa – gritou – Dois plesente! – Valentina escolheu se transformar na princesa Elsa. Eles a vestiram igual, incluindo os sapatos, fizeram seu cabelinho, suas unhas e a maquiagem. Ela ficou lindinha. Como presente ela quis levar mais duas fantasias para casa, uma da Jasmine e outra da princesa Ana, irmã da Elsa. Compramos também algumas lembrancinhas para nossos amigos. Estavamos saindo da loja quando vi algo que me chamou a atenção. Pedi para Paty me esperar por um minuto e voltei até a loja. Retornei rapidamente com uma nova sacola na mão.

- O que é isso? – Paty perguntou.

- Um verdadeiro pedido de perdão! – respondi apenas. Ela não entendeu minhas palavras mais não disse mais nada.

Dessa vez Valentina não dormiu, e no inicio da noite assistimos à queima de fogos outra vez. Aquela era nossa despedida do Magic Kingdon, já que nos outros dias conheceríamos outros lugares. No caminho de volta Valentina não para de falar. Demos banho nela e dessa vez ela dormiu na sua própria cama sem reclamar. Deitamos logo após ela. Na manhã seguinte acordamos mais cedo. Aproveitei que Valentina ainda dormia e envolvi o corpo de Paty junto ao meu distribuindo beijos em seu pescoço. Ela gem*u baixinho com meu contato e virou-se para mim.

- Que delicia acordar assim – disse olhando-me – Bom dia!

- Bom dia amor! – respondi puxando-a para um beijo mais ousado. Subi meu corpo sobre o seu e puxei o lençol para cima cobrindo nossas cabeças.

- To morrendo de saudades de fazer amo com você! – sussurrei em seu ouvido.

- Eu também estou - disse suspirando.

- Sabe o que eu queria agora? – disse e ela negou com a cabeça – Queria deslizar minha língua pelo seu corpo inteiro... – desci minhas mãos até seu sex* e toquei-a. Ela gem*u baixo se contorcendo. – passar minha língua bem devagarinho dentro de você! – continuei. Ela já respirava com dificuldade. Ia continuar quando ouvimos Valentina nos chamar. Puxei minha mão para cima no mesmo instante que a pequena levantou o lençol nos olhando curiosa.

- O qui vocês tá fazendo? – perguntou. – Vocês tavo namolando? – disse, deixando não apenas Patrícia, mas eu também, completamente vermelha.

- Não filhota – Paty respondeu

- Estamos apenas conversando. – complementei.

- Tô tum fome – ela disse completamente alheia a situação que nos pegou – quelo leite tum suquilos.

- A mamãe vai fazer pra você meu amor – eu disse saindo de cima do corpo de Paty e me levantando.

- Vou tomar um banho... – Paty disse e eu olhei-a – Gelado! – completou me fazendo rir. Ela não era a única que precisava de um banho gelado. Naquele momento, meu corpo pegava fogo. Mas fazer o que né, os cuidados com Valentina vinham sempre em primeiro lugar. Depois de sermos interrompidas por nossa filha começamos os preparativos para o nosso dia. Já estávamos no quarto dia de viagem e eu tinha optado por levar Valentina ao Sea World. Saímos do hotel e seguimos rumos a mais um dia de diversão em família.         

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Ola meninas... 

Como prometido... este capitulo vai para todas as fãs de Ana Cecília e Paty... 

Esté é o penultimo capitulo e no proximo teremos nosso desfecho final...pelo menos desta parte da historia...

Bjusss


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Comentários para 59 - Capítulo 59 – Happy Family :
rhina
rhina

Em: 03/07/2020

 

E e o meu super beijo vai...... Vai para Júlia e Flávia.

Não tem jeito. É desse jeito.

Rhina

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Julliaa
Julliaa

Em: 02/07/2017

Não tem como num amar essa 2 

Parabéns Prihh 


Resposta do autor:

Oi Julia

Segue a continuação pra vcs

 

https://projetolettera.com.br/viewstory.php?sid=1451

 

Bjusss

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loira01
loira01

Em: 25/04/2017

De onde a Vava tira mesmo essas coisas? kkkkk, Vc foi maravilhosa mais uma vez quando narra a vava nos capitulos, é sempre tão engraçado, só complementou a felicidade no capítulo


Resposta do autor:

Oi Loira

tb nao sei de onde essas crianças tiram essas coisas... mas eu me divirto muito com elas kkkkkk

bjuss

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Becca
Becca

Em: 25/04/2017

E a Vava defendendo a Aninha rsrsrs, ela se apegou mesmo a mamãe Ana! Que linda toda bravinha


Resposta do autor:

oi Becca

Vava e Ana tem uma ligação mto forte...e na proxima estoria elas aumentarao ainda mais esa ligação... portante no perca

bjusss

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purcina
purcina

Em: 24/04/2017

"Com você disse: O amor reside no que é singelo, ele não se encaixa na fórmula imediatista daqueles que não sabem esperar, que desistem de percorrer os caminhos tortuosos da paixão."


 


Resposta do autor:

Ola purcina

tens toda razão!

Bjus

Responder

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Japa
Japa

Em: 24/04/2017

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mds, a Vavá é maravilhosa. Que criança encantadora!!!

Quero mais, Vavá chegou bem na hora que elas iam 'namola" kkkkkk, poxa Vavá kkkk


Resposta do autor:

Oi japa

kkkkk vava é demais...

bjus

Responder

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Fernandaaa
Fernandaaa

Em: 24/04/2017

Simplesmente muito engraçado o capítulo do início ao fim. Lindo o amor delas e que bom que superaram todas as dificuldades, meu casal ne? haha 


 


Parabéns pela história...


beijos


Resposta do autor:

OI fer

que bom que gostou... e espero que goste da continuação tb ok

Bjusss

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Mille
Mille

Em: 24/04/2017

Olá Pri

Valentina vai deixar Ana e Paty de cabelos brancos antes da hora, que menina curiosa doida para namorar, kkkk 

Tudo lindo no passeio.

Bjus e até o próximo


Resposta do autor:

Ola Mille

Valentina vai mesmo deixar as mães dela de cabelos brancos kkkkkk

Bjus

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Tazinha
Tazinha

Em: 24/04/2017

Será que elas vao ter outro filho? To ansiosa pra saber, outro "VAVA" rsrs. Ia ser maravilhoso, porque a Vavá dá show sempre que aparece


Resposta do autor:

Oi Tazinha

Será... ja imaginou a Ana com duas Vavás? se essa ja da trabalho imagina outra, ou outro né kkkkkkkk

bjusss

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Ana Luisa
Ana Luisa

Em: 24/04/2017

Sério, quando terminei de ler chorei. Que viagem maravilhosa, ainda mais com a Vavá sendo a protagonista do capítulo kakakak. Paty e Ana despensa elogios, sempre perfeitas. Bjsssssss.


Resposta do autor:

oi Ana

chorou? que lindo te emocionar rs 

ainda teremos muitas viagens emocionantes ok...

bjusss

Responder

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Bfr_Laura
Bfr_Laura

Em: 24/04/2017

Own que lindo esse momento família delas. Amei muito! O amor venceu mais uma vez! 


 Parabéns pela história mais uma vez, e esse cap foi incrível.


 Bjus


Resposta do autor:

Oi Laurinha

Pois é amor venceu... mas ainda teremos mais batalhas pela frente...não perca a continuação...

e jaja tem o final

bjusss

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keka_Keka
keka_Keka

Em: 24/04/2017

Ficou tão feliz de ver a mudança da Ana Cecília, muito diferente daquela do começo do capítulo. Era mais imatura, impussiva, só queria saber de curtir. E agora vendo ela se dedicando ao casamento, muito mais madura que a Paty algumas vez, ela sendo mãe da Vavá... É encantador o jeito que você desenvolveu o crescimento dela PrihH. 


Resposta do autor:

Oi Keka

Pois é também gostei de amadurecer o personagem... que bom que vc gostou... e nao para por aqui tá... a primeira parte da estoria esta acabando mas ainda terá uma outra, com novas aventuras, desafios e sempre com muito amor entre elas...

bjuss

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Pryscylla
Pryscylla

Em: 23/04/2017

Eu estou rindo horrores com a Valentina kkkkkkkkk. Ela deu show nesse capítulo :)

Bjus 


Resposta do autor:

Pi Pry...

Valentina ainda vai aprontar poucas e boas... você ainda terão muitas coisas para rir com ela na proxima historia pode apostar

Bjusss

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