• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Torta de Limão
  • Capítulo 8

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Por Dentro Da Lei
    Por Dentro Da Lei
    Por Vanderly
  • A Ilha dos sonhos
    A Ilha dos sonhos
    Por ROBERSIM

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Torta de Limão por antoniamendes

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 3274
Acessos: 2899   |  Postado em: 16/04/2017

Capítulo 8

Lívia.

 

- Se você está tão interessada, por que você não vem cuidar da gente?

Eu simplesmente não tive reação. Gente eu não conseguia, para mim era inviável conviver com aquilo. Me sentia estranha naquela relação, em que mundo alguém se sente confortável com sua namorada grávida de outra pessoa? Sim, porque em tese ela ainda é minha namorada, a gente nunca terminou.

A dançarina me olhou decepcionada. Sabe quando dá vontade de morrer? Ela nunca tinha me olhado daquela forma antes. Pedro balançou a cabeça e puxou a amiga para longe de mim, de volta para o estúdio.

 

 

Dias e dias se passaram, e minha relação com a Nanda não andava. Sinceramente não sei como ela se sentia em relação a nós, mas uma coisa era certa, de alguma forma esse laço mantinha-se indissolúvel. Inclusive, dessa vez eu não tinha notícias da Fernanda com outra pessoa. Mas também eu comecei a evitar, evitar a bailarina, o estúdio, comecei a malhar em horários que sabia não a encontrar, e comecei a me enterrar no trabalho. Clássico né?!

No entanto, o trabalho estava me dando umas dores de cabeça também. Na verdade, a estagiária.

- Lívia, dá uma olhada nessa alteração que eu fiz no projeto? – Flávia se debruçou na minha cadeira, o vale dos seios desenhados na altura dos meus olhos, eu pisquei atônita – gostou? – eu olhei para seus olhos e sinceramente não tinha certeza qual o cunho da sua pergunta.

- Do projeto?

- E do que mais seria? – sorriu olhando para minha boca. Essa garota estava perto demais.

- Eu preciso avaliar direito, mais detalhadamente.

- O quanto você quiser Li. – ai senhor! Por um breve momento, bem breve, eu confundi os olhos verdes da estagiária com os da Nanda, mas foram rápidos segundos, ao passo que eu virei o rosto antes dos lábios da garota tocarem os meus.

- É, eu acho melhor você ir, Flávia. – olhei para baixo. Ela pareceu ficar acanhada também. Só pareceu mesmo.

- Bom, não foi dessa vez. – e sorriu – qualquer coisa eu tô lá na sala.

Eu respirei fundo e passei as mãos no cabelo. Só faltava essa, uma estagiária assanhada, oh Deus será que só aparece mulher assim na minha vida? Ao menos o Senhor podia enviar uma morena né? Sei lá, para dar uma diversificada.

Fui para casa tarde, uma chuva torrencial caía lá fora. Me recordei do gato da Nanda que morria de medo dos relâmpagos e das trovoadas que ocorriam em dias assim. Suspirei. Tudo nela me trazia saudade.

Adormeci de cansaço. No entanto, não eram mais que 03:00h da manhã quando meu celular tocou insistentemente, a primeira vez eu até ignorei, mas diante da insistência achei mais prudente atende-lo. Não sem antes disseminar meia dúzia de palavrões, principalmente ao ver quem era.

- Virou rotina você me ligar de madrugada? – perguntei irritada.

- Você acha mesmo que eu gosto de ouvir sua voz, Shrek? – a voz dele estava estranha. Sentei na cama.

- O que houve? Olha se a Nanda aprontou alguma coisa...olha eu não quero nem saber arruma outra pessoa para resolver dessa vez – resmunguei já imaginando a merd* que a lourinha teria feito.

- Lívia, você acha mesmo que está sempre certa né? A Fernanda que é a errada, a torta, a escrota. Você já parou para pensar nas merd*s que você faz com ela? Não né?! Porque você, a senhora perfeitinha, é egoísta para caralh*. – ele estava transtornado, olha, eu conhecia o Pedro a muito tempo e nunca tinha o visto dessa forma – eu só te liguei porque...porque...olha nem sei porque deixa para lá.

- Não calma, o que houve Pedro? – perguntei mais serena. Ele suspirou no telefone, parecia indeciso. – fala cara.

- O pai da Nanda sofreu um acidente de carro grave. Ele voltava da casa de um amigo e com essa chuva, enfim, ele está correndo risco de morte – me levantei e fui ao banheiro já para me preparar para ir ao hospital – só que na hora ligaram para o celular da Fernanda, e bem, ela surtou. Chegou ao hospital ficou completamente transtornada ao ver a cena, foi um choque emocional muito forte, teve até um sangramento.

- Meu Deus! Como eles estão?

- Bom, o pai dela está em cirurgia e ela está em observação, o médico passou um sedativo bem leve, mas como ela já estava sem dormir...

- Me envia o endereço do hospital que eu estou a caminho tá?!

- Certo. – ele falou mais calmo.

Tomei banho e me arrumei as pressas. Preparei uma mochila com alguns pertences necessários caso eu precisasse ficar um tempo sem vir em casa. Fui para o hospital devagar, ainda chovia bastante, e em alguns locais estava quase alagado.

- Como eles estão Pedro? – perguntei ao chegar no local, Pedro me esperava na porta.

- Péssimos, a Nanda ainda não acordou. – ele caminhou comigo para dentro do nosocômio – o senhor Augusto ainda está em cirurgia, nenhum médico deu noticiais ainda e bem, a família está abalada.

- Eu imagino.

Na sala de espera encontrei a mãe da Nanda, duas tias com os respectivos maridos, os irmãos e as namoradas. Dona Fabiana ao me ver veio direto ao meu encontro e me abraçou inconsolável.

- Graças a Deus você chegou querida! A Nanda tá péssima. – segurou meu rosto com carinho – eu sei que vocês tiveram seus desentendimentos mas fique aqui com ela sim?! – eu assenti com a cabeça.

- Eu sinto muito, dona Fabi. – falei com sinceridade e ela me agradeceu.

- Onde tá a Nanda, Pedro?

- Vem, eu vou te levar lá.

A Fernanda estava deitada em uma cama de hospital em um sono aparentemente tranquilo com aquela camisola verde, cor de catarro de criança, mas ainda assim linda. A barriguinha levemente protuberante.

Eu encostei na cama e deslizei o dedo da testa até o queixo, como se reconhecendo a área. Coloquei a mão na barriga dela e fiz carinho.

- Oi, bebê. – sussurrei para não acordar a Fernanda.

- Oh que lindo, vou deixar vocês três sozinhos. – saiu do quarto.

Eu me abaixei e dei um beijo carinhoso na barriga da Nanda. Eu sei que eu estava meio assim com a ideia da lourinha ter um filho de outra pessoa, mas não sei, era uma sensação diferente saber que ali dentro tinha um mini humano.

- Lívia, o que você está fazendo aqui? – perguntou sonolenta. Não era bem essa recepção que eu esperava, mas assim, eu tinha que entender né?!

- Eu vim ver como você está. – encolhi os ombros.

- Agora você quer ver como eu estou? – perguntou irritada levantando da cama – você me trata pior que um cachorro sarnento de rua, e agora tem a audácia de vir aqui com essa sua cara cínica me dizer que está preocupada? – fez uma pausa e respirou fundo se segurando na cama a sua frente, óbvio que ela não estava totalmente recuperada. Ao fazer menção de me aproximar ela sinalizou que eu parasse. – eu não sou puta pra você me tratar como bem entende não.

- Eu sei Nanda, mas para mim é confuso.

- Pra você?! – ok, ela já estava aos berros – você acha que é fácil para mim? Você é uma idiota! Você não me merece Lívia! Não me merece – eu me aproximei devagar – você me deixou sozinha, acha mesmo que eu vou perdoar isso?!

- Acho – a abracei e ela se debateu.

- Me solta sua idiota, eu não quero mais você! Me solta.

- Não. Nunca mais eu vou soltar você. – ela se acalmou aos poucos. Depois de estapear meus braços e me dizer dúzias de palavrões.

Em algum momento eu a senti me apertar mais, quase com medo d’eu ir embora.

- Eu preciso tanto de você, Li – eu ouvi a voz abafada, e no segundo seguinte sentir o corpo pequeno tremer com soluços fortes, machucados. – acariciei os fios louros com carinho.

- Eu tô aqui.

- Meu pai, ele...- ela soluçou forte. Eu a peguei no colo e coloquei sentadinha sob as minhas pernas, ela se agarrou mais ao meu pescoço.

- Ele vai ficar bem, vai ficar.

Nós ficamos abraçadas por longos minutos, aos poucos eu senti o corpo da lourinha amolecer, a respiração contínua e um leve ronronar no meu ouvido. Ela adormeceu toda torta. Devia estar sob o efeito do calmante ainda. A levantei no colo e deixei-a na cama.

Joguei os cabelos dela para trás, ela ficou de lado. Eu sorri. Ôh mulher linda meu Deus! Beijei pertinho da orelha, e senti o cheiro do shampoo dela, e meu coração virou a Viviane Araújo na Sapucaí. Sambou lindamente.

Dei uma saída breve do quarto para buscar notícias, o quadro do seu Augusto era estável. Infelizmente ele perdeu uma das pernas, precisaria utilizar uma prótese.

Enquanto eu pegava água senti meu celular vibrar, olhei o nome no aplicativo de mensagens. Flávia. Passei a mão no rosto, essa era outra que me enlouquecia a dias. Eram fotos, conversas dúbias, olhares insinuantes. Muitas vezes eu ficava completamente perdida com uma quase adolescente. Ok, ela tinha mais de 20 anos, mas ainda assim é muito jovem. Não existe maior perigo no mundo que uma mulher quando sabe o poder que tem.

Abri a foto e me engasguei, duas fotos da estagiária só de lingerie, “Lí, tô na dúvida qual das duas uso hoje à noite?”.

- Que feio, doutora engenheira, sua mulher grávida e você de papo com uma pentelha! – meu coração parou.

- Vem cá, que mania de ficar me espionando é essa?! – cruzei os braços no peito e me encostei na parede.

- Não mude de assunto não. Quem é essa menina? – franziu o cenho.

- Ôxe, você é minha mulher é? Agora foi que deu! Não te devo satisfações não veado. – virei as costas, ele veio atrás de mim. Eu bufei. Estava errada né gente? Era melhor nem falar nada para não piorar. – Me deixe, não me acompanhe não que eu não sou novela. – falei já na porta do quarto da Nanda.

- Eu não sou tua mulher mesmo, jamais me envolveria com uma grosseirona como você – me mediu com desprezo – mas a Nanda é, e tenho certeza que ela adoraria saber dessa sua conversinha com a fedelha.

- Pedro eu não tenho nada com essa menina – me olhou com descrédito – ela estagia lá na empresa. E ai não sei porque ficou assim. Eu achei melhor não falar nada para não instigar mais, só que eu acho que ela está passando dos limites, vou ter que ter uma conversa séria.

- Você acha? Olhe Lívia, eu sei que a Nanda aprontou muitas com você, mas ao menos respeite o estado dela. – o homem a minha frente parecia um pit bull protegendo o dono.

Eu só revirei os olhos para ele e abri a porta do quarto me surpreendendo com a cena que eu vi. Minha irmã estava sentada na cama da Nanda e ambas assistiam um vídeo no celular. Não entendi nada. Vi a Bruna sair do banheiro ainda arrumando a calça.

- De onde vocês surgiram? – as mulheres olharam para mim.

- Lívia, sua mãe se sentiu mal...e bem, eu estava lá por perto, eu a trouxe para o hospital. – fez uma pausa, claramente em busca das palavras certas – não quis deixar a Júlia sozinha. Quando eu encontrei com o Fabrício ele me falou que a Nanda estava aqui, então eu imaginei que você também estivesse. – olhou para minha irmã – ela é fã da Fernanda, tá tietando a cunhada.

- O que houve com minha mãe? – perguntei preocupada.

- Fica calma – pior frase da vida – a pressão dela subiu, aí ela sentiu-se mal. Ao menos foi isso que o médico falou – encolheu os ombros, tinha alguma merd*.

- Por que a pressão dela subiu? – cruzei os braços e olhei séria para a Bruna que mordeu os lábios e desviou os olhos tensos para a minha irmã.

- Eu não sei ao certo. – o lábio superior tremeu, ela mentiu. Era péssima nisso.

Me aproximei de minha irmã. Passei os dedos no cabelo cacheado, ela me sorriu, eu retribuí.

- Jú, você sabe por que a mamãe passou mal – ela me fitou com olhinhos tristes e sonolentos, afinal, ainda era madrugada.

- Não, não entendi direito o que houve. Mas foi depois que uns homens estiveram lá em casa, eu acho que eles estavam armados, deu pra ver um volume na calça de um deles. Eles perguntaram pelo Marcos, não sei porque a mamãe mentiu, ele estava lá nos fundos e ela disse que ele não estava em casa. – respondeu inocente, ainda era uma criança - Por que Lí?

- Nada meu amor, eu vou ver a mamãe tá bom? – beijei o topo da cabeça dela. – fica aqui com a Nanda um pouquinho daqui a pouco eu volto.

Senti a mão da Fernanda me segurar.

- Não vai fazer merd*, Lívia! – pediu baixinho.

- Não, só vou acertar uns pontos. – beijei também o topo da cabeça dela que me sorriu – pra você não ficar com ciúmes.

Fui em direção a porta, nem olhei para a cara da Bruna que estava de cabeça baixa, e saí do quarto.

Cheguei ao setor de emergência e encontrei minha mãe em uma das macas, meu pai e o Nicolas ao lado dela. Eles sorriram ao me ver, mas eu sentia que algo estava errado.

- Como você está mãe? – perguntei e ela me disse que estavam bem. Já tinha algum tempo que minha relação com ela não era muito boa, sabe quando a pessoa te olha num misto de vergonha e ressentimento? Na verdade, toda vez que minha mãe me fitava eu sentia que ela procurava algo que denunciasse o motivo d’eu ser desse jeito.

E a coisa piorou quando eu senti uma mão quente e pesada no meu ombro.

- E ai maninha? – o sorriso cínico, a barba feita estilo cafajeste sabe? O olhar malicioso.

- Não fale comigo – virei as costas. Mas ele não se conforma enquanto não me tira do sério. Sussurrou baixinho:

- Que isso maninha? Ainda guardando rancor porque eu comi sua ex-namoradinha – ele adorava me lembrar desse fato que ocorreu no fim da minha adolescência – eu vou fazer o que se fui agraciado com um pau e você não?!

Eu já virei com o punho na cara dele.

- Seu idiota desgraçado, você acha que eu não sei que minha mãe está aqui por sua causa, seu drogado marginal de merd*.

Ele me olhou furioso e pulou em minha direção.

- Sua puta, sapatona! – devolveu o soco no meu rosto e eu caí no chão com um filete de sangue jorrando do supercílio.

Marcos ainda tentou me bater novamente, mas o Nicolas e meu pai interviram.

- Vocês são dois moleques? Isso aqui é um hospital seus irresponsáveis! – meu pai esbravejou conosco.

O pior foi ver minha mãe do lado do Marcos, analisando o rosto dele, tocando-o com cuidado, quando me aproximei ela me olhou com mágoa, como se a errada fosse eu.

- Mãe, você vai ficar do lado dele – sabe quando você pergunta algo consciente da resposta, mas ainda assim você insiste na inquirição porque não consegue acreditar?! Foi isso que aconteceu.

- Você não é ninguém para julgar seu irmão. O Marcos tem alguns problemas não é culpa dele, ele está melhor eu sei que está. Mas você? Essa vida que leva é uma blasfêmia. Eu me pergunto todos os dias aonde eu errei contigo – me olhou com raiva – eu não criei uma filha para ser isso aí, um moleque macho. Eu tenho vergonha de você. – parecia que ela cuspia as palavras. – não sei o que eu fiz para Deus me castigar dessa forma.

Eu engoli o choro. Senti meus olhos queimarem. Mas eu não derramaria uma lágrima por aquela mulher que nunca soube reconhecer o meu esforço para ser alguém melhor. Eu sempre soube que era diferente, e por isso eu tentei por diversas vezes compensá-la por ser assim, tentei até me anular, até o momento que eu entendi que isso não era minha culpa, que ser lésbica não me tornava uma pessoa ruim ou mau caráter.

E nesse dia eu me senti livre. Não permitiria sequer que minha mãe tentasse me aprisionar dentro das grades do seu egoísmo e preconceito ignorante. Olhei uma última vez para ela, que estava ao lado do Marcos, este aliás sorria vitorioso. Virei as costas e saí andando.

Meu pai me alcançou e me segurou.

- Filha, desculpa sua mãe ela está fora de si – pediu desesperado.

- Não pai, para mim acabou. Eu não vou perdoá-la, nem hoje nem nunca.

- Não diga isso, Lívia. – ele suspirou.

- Minha família agora são você, o Nicolas, a Júlia, minha mulher e meu filho. – falei ainda com um peso no coração – deixa eu ir que a Fernanda precisa de mim. Ele me olhou com olhos tristes, no entanto, não impediu minha passagem.

Fui ao banheiro, lavei o rosto e tentei estancar o sangue que jorrava, e já havia sujado minha camisa branca. Uma enfermeira me viu nessa situação e se compadeceu.

- Venha menina vou fazer um curativo nisso. – foi preciso dar três pontos. Uma médica me deu uma leve anestesia, todavia, mesmo assim foi agoniante. Provavelmente não pelo machucado em si, mas pelo significado do corte, e pelo rompimento que se firmou naquele momento.

Agradeci o zelo da enfermeira e da médica que cuidaram de mim, e fui até o quarto da dançarina que arregalou os belos olhos verdes quando viu o meu estado.

Olhei para a Bruna que tinha uma das mãos na boca, surpresa. Veio para perto de mim, mas eu a impedi.

- Você é outra que sempre fica ao lado dele. Saia do quarto, Bruna – falei séria. E ela ficou ainda mais surpresa – eu não quero perto de mim ninguém que proteja um lixo como aquele. Se você protege um monstro é porque você aceita a monstruosidade dele, e eu não quero ninguém assim do meu lado.

- Você não é perfeita, Lívia – acreditam que ela falou isso?! – mas eu sou sua amiga também.

- Não sou perfeita, mas sou incapaz de usar as pessoas, e os sentimentos alheios, de agredir os outros pelo meu bel prazer. – levantei o queixo – Eu sei que você é minha amiga, e só por isso eu vou aceitar você de volta quando você entender o escroto que o Marcos é. Mas até lá, acho melhor mantermos distância, não quero dividir ninguém com ele.

- Você vai abrir mão da nossa amizade por conta do seu irmão. – falou com lágrimas nos olhos.

- Não, primeiro porque ele não é meu irmão, e segundo porque foi você quem escolheu ao Marcos ao invés de mim. – fui até a porta e abri. Ela parou por alguns segundos, me olhou com desalento e saiu do quarto.

 

Eu fitei a Nanda que me olhava pesarosa. Minha irmã ressonava em seu ombro. Apesar do cenário caótico eu senti uma paz me invadir. No fim das contas aquela sim era a minha família.

Fim do capítulo

Notas finais:

Meninas, boa noite!

 

Desculpem a demora! Acabei de sair de uma semana de provas na faculdade.

 

Recebam o capítulo com carinho!

 

Um beijão meus amores!


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 8 - Capítulo 8:
mtereza
mtereza

Em: 18/04/2017

Que a Lívia finalmente acordou e resolveu voltar p sua mulher é que mãe e irmão malas são esses que a engenheira tem é esse pai dela é um banana que não toma uma atitude pelo jeito só o Nícolas e a Júlia se salvam

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lili
Lili

Em: 17/04/2017

Livia dá pra corta logo o papo com a estagiária, ela vai acabar fudendo sua vida com sua mulher e filho.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web