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Torta de Limão por antoniamendes

Ver comentários: 5

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Palavras: 2392
Acessos: 2683   |  Postado em: 03/04/2017

Capítulo 7

Lívia. 

 

Grávida. A vida só podia estar de brincadeira. Não era possível, agora que as coisas estavam se ajeitando eu recebo uma rasteira dessas. E a Fernanda hein? Me jurou que estava se cuidando nessas relações eventuais, mas pelo jeito era tudo balela. E pior eu ainda devia pagar de corna por aí, ter um rótulo de otária estampado no meio da cara.

Quando a médica anunciou a gravidez da dançarina eu senti o ar faltar, precisava de espaço para respirar, estar ali não me cabia mais. Eu sei que a loura não me traiu, até porque no momento da consumação do ato não estávamos juntas, mas foi desleal. Eu me senti um lixo, não só por conta do ciúme, mas, sobre tudo, porque aquele bebê seria para sempre a demonstração de algo que eu nunca poderia propiciar, por mais amor que eu possuísse.

Peguei um ônibus para casa, larguei meu carro no hospital mesmo, não tinha condições de dirigir e a última coisa que eu precisava nesse momento era de um acidente automobilístico para coroar meu dia.

No caminho para casa comecei a observar as crianças e as suas peculiaridades, não que eu não gostasse, eu só não tinha muito jeito. Uma gestante entrou no ônibus e um rapaz se levantou para ceder o lugar a moça, a barriga já parecia uma melancia e uma mulher do lado comentou o quanto era difícil essas últimas semanas, a grávida confortável com esses embates cotidianos, concordou e ainda acrescentou “fica ainda pior quando se é mãe solteira, porque agora que ele ainda está dentro de mim eu consigo dar conta, mas e depois? Sou eu que vou cuidar, dar comida, trocar fralda, levar ao médico sozinha. Fora o sustento né? Porque você sabe, é homem para fazer o menino mas para pagar pensão...”.

Mãe solteira...será que a Nanda sabia quem era o pai da criança? Será que ela ia querer ficar com ele para poder criar o bebê juntos? Eu conhecia o perrengue de quem não tinha alguém para dividir a responsabilidade. Na verdade, apesar de nunca ter vivenciado na prática, essa é uma realidade de milhares de brasileiras, impossível não compreender e absorver ao menos um pouco daquela situação.

Paramos em um ponto de ônibus central e um menino de uns 11 anos entrou, pulou a catraca e ofereceu doces para os passageiros. Quando chegou a minha vez não tive como negar. É óbvio que eu não sou a favor de nenhuma espécie de trabalho infantil, mas, provavelmente o pouco que ele recebia com essa prática ajudava a manter o sustento da família. As vezes o um real pago no doce já complementava o leite do dia.

Comprei um pacote de jujuba e dei um valor muito superior ao real preço da guloseima, ele, no ápice da honestidade infantil procurou as moedas de seu bolso para tentar me dar um troco, e abriu um sorriso feliz quando eu disse que o troco era para ele tomar um sorvete. A expressão de alegria me emocionou, fiz tão pouco, na verdade não fiz quase nada, ele que fez. Aqueceu um pouco meu coração machucado.

Eu sei que o filho da Nanda nunca vai passar aperto, afinal a família tem boas condições financeiras, mas e o resto? Será que ela ia ter tempo para dar atenção ou só ia deixa-lo com uma babá? Com quem ela ia dividir as noites mal dormidas e a emoção da primeira palavra? Respirei fundo e me levantei.

Desci um ponto antes. Passei no bar perto do meu prédio e comprei uma garrafa de vinho, não era adepta a bebidas mas precisava ficar um pouco menos sóbria, esses pensamentos estavam me matando. Coincidentemente ao chegar na recepção me surpreendi com a visita que me aguardava. Meu pai.

Abracei-o com carinho, ele também parecia com saudades. Me olhou preocupado. Ok, eu devia estar com uma cara péssima, mas ele podia ser um pouco mais discreto né?!

Subimos para meu apartamento em uma conversa polida no elevador com a vizinha da frente. Ao ingressar em casa meu pai me inqueriu desconfiado:

- O que houve? – eu abri a garrafa do vinho e coloquei em duas taças, olhei-o rapidamente e dei uma reposta evasiva, não aceita pelo homem a minha frente. – Lívia eu sou seu pai, te conheço como a palma da mão – discurso batido né?!

- Meu pai, por que o senhor pergunta uma coisa que na realidade não quer saber? – cruzei os braços e olhei-o, séria. Ele baixou a cabeça e respirou fundo.

- Eu nunca entendi, de fato, essas suas escolhas, mas eu sinto sua falta filha. – vi sinceridade em seus olhos – é tão estranho não te ter lá em casa nos almoços de domingo. Eu não posso deixar você abdicar de sua família.

- Você sabe que não foi uma escolha só minha. – fui a geladeira e peguei uns petiscos – minha mãe preferiu um criminoso a mim. – ele sentiu o peso da minha mágoa.

- Mas eu não. – ele se levantou, serviu mais vinho em nossas taças – por favor, não desista da sua família, - eu neguei com a cabeça – a repulsa que você sente pelo Marcos é maior que o amor que você sente por nós? – meu pai é dramático viu? Esse dava para o teatro fácil! Eu estreitei os olhos para o senhor a minha frente, ele sabia que eu não ia ceder. – então eu e os meninos podemos nos reunir aqui com você, assim, uma vez ou outra. – eu sorri, meu pai é incrível.

- Tudo bem, pai. – dei um sorriso condescendente.

- Certo, agora você pode me contar o porquê desse bico. – ele pegou o telefone e discou um número. Me surpreendi quando ele pediu pizza e uma outra garrafa de vinho.

Estávamos os dois jogados nos sofás da sala com uma caixa mal-acabada de pizza jogada no campo e as taças meio vazias, quando eu terminei de narrar o meu martírio com a Fernanda. Claro que certas partes foram omitidas. Meu pai coçou a barba grisalha e perguntou:

- E você gosta dela?

- Gosto – respondi de pronto. Era verdade oras.

- Então você tem que ser mulher e assumir a sua...mulher.

- Mas pai, ela vai ter um filho de outra pessoa. – resmunguei.

- E daí? – mirei-o incrédula – ele me olhou pensativo – olhe, vou te falar uma coisa mas você não pode contar para seus irmãos – eu assenti, ele respirou fundo – eu sempre gostei de sua mãe, desde novinho, mas ela nem me dava bola, eu era magrelo, meio desajeitado, enfim...nós crescemos...um tio bancou meus estudos em outra cidade, bem você já sabe disso, quando eu voltei sua mãe estava ainda mais linda. Dessa vez eu não cedi, fiz de tudo para conquista-la, ela já gostava um pouco de mim, mas um dia, ela muito triste disse que ia embora, eu não acreditei, não podia aceitar isso estava quase conseguindo, perguntei-a o motivo – ele fez uma pausa estranha – ela estava grávida, a família não aceitaria se soubesse. – eu arregalei os olhos. – eu assumi a criança como se meu fosse, enfim, nos casamos e estamos bem.

- O Nicolas...? – perguntei abismada, ele assentiu com a cabeça.

- E eu não me arrependo nem um pouco do que fiz, o Nicolas é um homem incrível. E eu também não tenho a menor dúvida que sua mãe me ama. - fez uma pausa e me olhou sério - É importante que o amor se solidifique com o tempo, e tempo vocês tem de sobra.

Eu assenti. Não demorou muito meu pai foi embora com a promessa que voltaria qualquer dia desses com meus irmãos para gente fazer uma reuniãozinha em família. Com tanto vinho acabei pegando no sono cedo e acordei só no outro dia.

 

Com a ressaca do mundo todo fui para a construtora na qual eu trabalho. Antes de entrar na sala pedi para dona Rose, a secretária, me arrumar um remédio para dor de cabeça porque a minha estava estourando.

- Lívia, seu remédio. – me entregou o analgésico e um copo de água – ah, a nova estagiária chegou. Essa é sua e do Alex, mas acho que ela vai ficar mais contigo, já que o Alex não gosta muito de ensinar. – balancei a cabeça. Ok, você pode não ter vocação para ser professor, ai tudo bem, mas como você pode ser mesquinho ao ponto de recusar passar seus conhecimentos técnicos para alguém?!

- Certo, ela está ai? – a senhora assentiu com a cabeça – manda ela entrar, por favor?

Alguns segundos depois a menina adentrou minha sala e eu quase cai para trás. Vou resumir para vocês, loura, baixinha, e olhos verdes, lembra alguém?! Eu fiquei surpresa, mas ela não parecia nem um pouco, inclusive, me deu um olhar malicioso?! Não sei. Mas não ia dar bom isso. Não ia mesmo.

- Bom dia, meu nome é Lívia. – levantei para cumprimenta-la e a novinha me olhou de cima a baixo. – como se chama?

- Flávia. – ok, mais um “F” na minha vida. – vai ser um prazer trabalhar com a senhora.

- Sem o “senhora”, Flávia, eu não tenho nem 25 anos ainda. – sorri para ela que assentiu.

- Dá pra perceber mesmo. – eu ergui a sobrancelha. A pirralha era cheia de audácia.

- Bom, por agora você pode ir fazer um reconhecimento de área, não tenho nada para te passar, você ficar um turno só aqui? – ela assentiu com a cabeça.

- Meu curso é integral, eu queria até ver isso com a senhora, você, porque eu não posso estar aqui todos os dias no mesmo horário.

- Tudo bem, faz assim, faz tipo um calendário de sua semana para mim, com os horários que você vai estar aqui, até porque eu vou querer que você me acompanhe em algumas obras, além dos projetos né?! – ela abriu um sorrisão. Meu Deus que sorriso lindo! Isso não vai dar bom mesmo!

- Mais alguma coisa, Lívia?

- Não, pode ir Flávia. – ela assentiu, piscou para mim e saiu da sala.

 

Mais um dia se passou e eu ainda não tinha falado com a Nanda, aliás o que ocorria a mais de um mês já. As vezes eu parava para observa-la dançar lá na academia. A barriga ainda não era aparente mas os seios já estavam um pouco maiores apesar dela estar estranhamente mais magra.

Um dia desses eu fui pega no flagra.

- Que feio ficar espiando os outros – levei uma mão ao peito.

- Só gosto de ver o treino de vocês, Pedro.

- Com certeza, sempre te vejo aqui quando sou eu e os meninos que estamos ensaiando. – riu com ironia. Eu bufei.

- Não te devo satisfações sabia?

- Mas é uma ogra mesmo. – revirei os olhos – toma um suco comigo?

- Querido, deixa eu te dizer, eu não curto não viu? – ele semicerrou os olhos para mim – tudo bem, vamos lá – empurrei-o até a lanchonete da academia.

O fresco do Pedro pediu um suco de frutas vermelhas sem açúcar, com um pastel integral de frango com ricota. Eu ri. Ele me olhou com desdém.

- Então, como estão as coisas?

- Se pelas “coisas” você quer dizer Fernanda, não vão muito bem.

- Como assim? – perguntei preocupada.

- Ela tá triste Lívia. – eu respirei fundo – e você também. Tá com a cara péssima. – mentira não tá tão ruim assim. – dorme mal, não se alimenta direito. E o pior não é isso.

- Continua, fresco.

- Tá cheia de gracinha né ogra?! – me jogou um guardanapo. Quem joga uma bola de papel na outra gente? É colegial?! – Ela não está se dando bem com a criança.

- Como assim? O bebê nem gritou no ouvido dela ainda.

- Pois é, não sei. Ela não tem amor pelo bebê, pra você ter ideia ninguém sabe que ela tá grávida, ela proibiu que o Felipe contasse para os pais.

- Oxe, por que? – ele me olhou sério – Não Pedro, ela não vai fazer isso. Ela não pode tirar a criança. Eu não vou deixar a Nanda fazer essa cagada. Ela vai se arrepender.

- É e você vai assumir?

- E eu sou o pai por acaso?

- E precisa ser pai para cuidar, proteger, educar uma criança? Não que a Nanda não possa fazer isso sozinha. Mas ela tá super perdida, uma bomba de hormônio carente ambulante.

- Não sei Pedro, eu só quero que ela tenha a criança.

Ele suspirou, parecia cansado.

- Então ao menos demonstre, porque só falar para mim não serve. – ele sorriu – fica tranquila, eu só queria testar você. A Nanda não vai fazer isso, ela não tiraria uma criança. No máximo daria para adoção. – riu da minha cara de desespero – tô brincando. Ela não é tão maluca.

Ele olhou por cima dos meus ombros e sorriu. Senti um cheiro diferente, mais cítrico e me voltei surpresa quando eu vi a loura parada ao meu lado.

- Pepê, estão te chamando no estúdio. – só então ela mirou meus olhos, estava com pequenas olheiras, senti um aperto.

- Você trocou de perfume. – sentenciei mais para mim que para ela.

- É o outro me dava enjoo. – respondeu baixo. Eu assenti. 

Ela já ia saindo quando eu segurei firme em um dos seus braços.

- Como está a criança?

- Acho que bem. – ela baixou os olhos – marquei uma consulta para a semana que vem. – eu sorri.

- Que bom, se cuida viu?! – coloquei minha mão direita na barriga nua dela, ela contraiu levemente o abdômen – vê se come direito, e toma as vitaminas que o médico passar, e para de dormir tão tarde. Sério. Esse seu negócio de trocar o dia pela noite ou vir para cá de virote é péssimo para você e para o bebê.

Ela mirou meus olhos séria e fez a última pergunta que eu esperaria.

 

- Se você está tão interessada, por que não vem você cuidar da gente?

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa noite, meninas!

 

Capítulo novo, espero que gostem.

 

Um abraço a todas.


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Comentários para 7 - Capítulo 7:
Rita
Rita

Em: 05/04/2017

No Review

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sthefani123
sthefani123

Em: 04/04/2017

Adorei o capítulo! Ansiosa pelo próximo!


Resposta do autor:

Obrigada, meu bem!

Responder

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mtereza
mtereza

Em: 04/04/2017

Eita agora eu quero ver se a Lívia vai resistir e ainda aparece uma cópia mais nova da Nanda para bagunça mais ainda as coisas a senhora gosta de confusão nas vidas das suas personagens em moça kkkkkkkk

 


Resposta do autor:

Só um pouquinho para dar emoção!

 

Hahahahaha!

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Lili
Lili

Em: 03/04/2017

Deixa de doce Lívia é vai cuidar dá tua mulher, deixa de ser babaca.

Responder

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Tatta
Tatta

Em: 03/04/2017

Livia, deixa de ser cabeça dura!!! Autora, pela demora, acho que merecemos como recompensa mais ummcapitulo! ;)


Resposta do autor:

Pôxa me pedir isso na minha semana de prova é complicado!

 

Mas o 8° capítulo foi maiorzinho em sua homenagem! =D

 

Obrigada pela atenção mocinha!

 

um abraço.

Responder

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Tatta
Tatta

Em: 03/04/2017

Livia, deixa de ser cabeça dura!!! Autora, pela demora, acho que merecemos como recompensa mais ummcapitulo! ;)

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