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Even if we're not friends por asuna

Ver comentários: 11

Ver lista de capítulos

Palavras: 3326
Acessos: 4315   |  Postado em: 16/04/2017

Capítulo 11

 

11.

 

              

Aproximei-me do balcão e pedi uma caipirinha. Enquanto o barman preparava a bebida, virei-me para Mari, que me encarava com os braços cruzados e uma expressão visivelmente amuada.

Suspirei, já sem paciência.

— O que vais querer?

— Qualquer coisa… — Respondeu, sem se dar ao trabalho de especificar.

Revirei os olhos.

— Aposto que essa bebida não está no cardápio… — Resmunguei sem humor. — Um Mojito pode ser?

Ela não respondeu, mas também não protestou. Decidi pedi-lo assim mesmo.

— Vais ficar assim a noite toda? Depois dizes que a chata sou eu…

Mari soltou um longo suspiro, desviando o olhar por um instante antes de voltar a encarar-me.

— Eu não quero que faças asneiras e depois te arrependas.

Soltei uma risada irónica.

— Eu não vou fazer nada. — Retruquei, exasperada. — Qual é a tua ideia? Achas que vim para aqui para conhecer alguém? Para ficar com alguém? Se estás a pensar nisso, então não me conheces mesmo… Eu só quero aliviar um pouco a cabeça.

Ela inclinou-se ligeiramente na minha direção, os olhos carregados de desconfiança.

— Sinceramente, não entendo por que razão não esclareceram tudo na sexta-feira…

— Porque eu não estava em condições de falar com ela! — Respondi, começando a perder a paciência. — Mas, já que estamos a ser tão sinceras, explica-me uma coisa… Por que razão estás tão preocupada com o que eu possa fazer aqui, mas nem sequer questionas o que a Claire está a fazer naquela ilha?!

Esta fechou os olhos por um segundo, como se buscasse paciência.

— Ao contrário de ti, a Claire abriu-se comigo.

Aquilo foi um como soco no estômago.

— Ah, claro. — Ri, sem humor. — A Claire abriu-se contigo… Mas isso não muda o facto de que ela está em Ibiza com a menina ruiva que beijou na sexta-feira passada, e mesmo assim, tu estás mais preocupada comigo?

Mari hesitou.

— Estás a falar da Michelle?

A forma casual como mencionou o nome da garota fez o meu sangue ferver.

— Eu não sei o nome dela. — Rosnei. — E nem quero saber. Podemos acabar com este assunto? A Claire nunca me disse que sentia algo por mim, então não vejo razão para esta conversa.

Ela arqueou as sobrancelhas, como se não acreditasse no que eu estava a dizer.

— Bia… Ela beijou-te. Acho que isso já diz muita coisa.

Cruzei os braços, tentando conter a onda de frustração que me consumia.

— Horas antes, ela estava aos beijos com outra. — Disparei, ríspida.

A expressão de Mari endureceu.

— Tu és irritante! — Explodiu, pegando-me de surpresa. — Deixa de ser teimosa! Isso não te vai levar a lado nenhum!

Ela preparava-se para acrescentar algo quando o barman me chamou, entregando as bebidas. Passei-lhe o Mojito sem dizer nada, ainda absorvendo a explosão dela, mas antes que pudesse responder, ouvi uma voz familiar pronunciar o meu nome. Virei-me e encontrei um rosto conhecido.

— Emma… voltámo-nos a encontrar. — Cumprimentei-a, um pouco embaraçada pelo local onde nos encontrávamos.

— Realmente, é uma verdadeira surpresa. — Respondeu Emma, sorrindo enquanto me avaliava.

Antes que pudesse reagir, senti Mari aproximar-se ainda mais de mim.

— Mari, esta é a Emma, amiga da minha mãe.

Emma estendeu a mão educadamente.

— Prazer.

Mari hesitou, contudo, acabou por apertar a mão dela, murmurando:

— Igualmente.

A tensão entre as duas era palpável.

— Vamos procurar uma mesa, Bia? — Perguntou Mari logo de seguida, entrelaçando o braço no meu de forma possessiva.

Piscou-me os olhos, num gesto que era tudo menos inocente. Franzi o cenho, intrigada com o seu comportamento.

— Sim… Vamos.

Antes que déssemos um passo, Emma interveio.

— Por que não se sentam comigo e com as minhas amigas?

Mari por outro lado apertou o meu braço com mais força.

— Nós não queremos incomodar. Além disso, temos muita conversa para pôr em dia… — Argumentou rapidamente.

— Não incomodam. Nós não somos desconhecidas, Beatriz. — Disse Emma com um sorriso encantador. — E pelo que vejo, acho que não terão muita sorte em encontrar uma mesa vaga.

Mari e eu olhámos ao redor ao mesmo tempo, percebendo que Emma tinha razão. Engoli em seco antes de responder.

— Tudo bem… Aceitamos.

No exato momento em que pronunciei essas palavras, o aperto de Mari intensificou-se no meu braço.

Chegámos à mesa e fomos recebidas por três mulheres que nos analisaram discretamente. Emma apresentou-as, mas eu não me dei ao trabalho de decorar os nomes. Forcei um sorriso educado antes de cumprimentar as mulheres à mesa, sentindo o olhar de Mari a perfurar-me de lado.

— Boa noite. Prazer em conhecê-las. — Disse com uma animação forçada.

A minha amiga, por sua vez, continuava emburrada.

— Boa noite. — Murmurou sem se dar ao trabalho de esconder o desagrado.

Sentámo-nos num dos sofás e, quase de imediato, Mari sacou o celular, concentrando-se nele como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

Enquanto bebia a minha caipirinha, tentei, discretamente, espreitar a sua tela, curiosa para saber com quem ela estava a trocar mensagens. Estava tão absorta na tarefa de espiar que nem percebi quando alguém me chamou.

— Bia. Estão a falar para ti. — Disse Mari, virando-se para mim e apanhando-me em flagrante.

Corei ligeiramente e soltei um riso embaraçado antes de me virar para as mulheres que me observavam.

— Desculpem, estava distraída…

— Não tem problema.

— Que idade vocês têm? — Perguntou uma delas, cortando a conversa anterior.

— 18. — Respondeu Mari rapidamente, antes mesmo que eu pudesse abrir a boca.

As mulheres trocaram olhares cúmplices entre si.

— Eu, com 18 anos…

— Para mim, foi a idade da curiosidade e da descoberta. — Comentou outra, observando-me com um olhar sugestivo.

Mantive o semblante sério, indiferente à insinuação. Ao meu lado, Mari mexeu-se desconfortável, aproximando o seu corpo um pouco mais do meu.

— E então, pretendem fazer faculdade?

Assenti com a cabeça.

— O que vão cursar?

— Direito. — Respondeu Mari, antes de eu sequer ter tempo de respirar.

— Gestão desportiva. — Acrescentei.

No instante em que pronunciei as palavras, vi Emma enrugar a testa, alternando entre uma expressão confusa e admirada.

— Já sabes que faculdade vais escolher? Vais ficar por cá ou ir para outra cidade?

— Vou ficar por cá. Estudarei na privada.

Bebi mais um gole da minha caipirinha enquanto falava.

— Conheço alguém que irá estudar fisioterapia na mesma faculdade que tu. — Comentou Mari, ainda focada no telefone, mas as suas palavras captaram imediatamente o meu interesse.

O meu coração vacilou.

— Estás a falar da Claire? — Perguntei num sussurro.

Mari ergueu o olhar e sorriu ligeiramente antes de confirmar com um aceno de cabeça.


"— Bih, tens que ter mais cuidado."

Claire preparava um saco de gelo enquanto me observava, a preocupação visível na sua expressão.

"— É só uma entorse."

Respondi, tentando minimizar a situação.

"— Hoje é uma pequena entorse, mas amanhã pode ser pior. Se não começares a ter cuidado, uma lesão grave pode impedir-te de praticar desporto para o resto da tua vida."

Ela aproximou-se, sentando-se à minha frente, e apontou para a perna.

"— Põe o pé aqui."

Hesitei.

"— Não é preciso. Eu posso fazer sozinha…"

"— Bih, não discutas."

A sua voz adquiriu um tom autoritário, e eu recostei-me na cadeira sem mais protestos. Lentamente, pousou o meu pé sobre o seu joelho. O toque das suas mãos na minha pele fez-me estremecer, e segurei a respiração, desviando o olhar.

"— Se tu seguires desporto, eu irei seguir fisioterapia."

A sua voz saiu num tom baixo, quase íntimo. Engoli em seco.

"— Fi… fisioterapia porquê?"

Tentei perguntar com naturalidade, mas a minha voz falhou.

"— Para acompanhar a tua condição física."

Os seus dedos deslizaram delicadamente pelo meu tornozelo, e eu senti um arrepio subir pela minha espinha.

"— Vou dar o meu melhor para que nenhuma lesão te impeça de fazeres aquilo que mais gostas."

Ela ergueu o olhar e, por um breve instante, o mundo pareceu parar. O seu toque era quente, mas o seu olhar… o seu olhar queimava. Delicadamente, pousou o saco de gelo no meu tornozelo, mas eu já nem sentia o frio.


Mari observava-me enquanto eu tentava processar a informação.

— Como é que…? Eu nunca lhe disse que tinha escolhido desporto. Ela não sabia.

— Não olhes para mim. Eu não lhe disse nada. — Garantiu Mari, abanando a cabeça. — Bia, quando vais entender que a Claire te conhece melhor do que ninguém?

Fiquei em silêncio, a mente fervilhando com mil pensamentos. O meu celular vibrou no bolso, arrancando-me do devaneio. Peguei no aparelho e desbloqueei-o. Uma nova mensagem. Era da Claire. Uma foto da lua, brilhando no céu noturno. O meu peito apertou. Sem pensar, comecei a digitar.

Eu: Tu devias ter ficado cá…

Claire: Tu pediste um tempo. Aproveitei a viagem para te dar espaço.

Eu: Quando pedi, não sabia que ias viajar…

Claire: Isso muda alguma coisa? Que diferença faria se eu estivesse aí?

Eu: Eu já teria falado contigo…

Claire: Podias ter mandado mensagem, podias ter-me ligado… e não o fizeste.

Eu: Não seria a mesma coisa…

Claire: Faltam só mais alguns dias.

Eu: Esta semana já foi dolorosa. Eu não sei se consigo esperar mais…

Fui sincera. A resposta dela demorou a chegar. A minha inquietação cresceu. Os segundos pareciam intermináveis, e a falta de resposta começava a consumir-me.

O meu peito apertava.

A ansiedade tornava-se insuportável.

Claire: Bih… Diz-me o que realmente se passa.

Olhei para a mensagem, tentando formular uma resposta. Olhei à minha volta, sentindo o vazio dentro de mim. Respirei fundo, fechei os olhos e, antes que pudesse hesitar mais, escrevi:

Eu: Sinto a tua falta.

Suspirei, sentindo o coração bater acelerado enquanto esperava uma resposta que não veio de imediato. A ausência de resposta só me deixava mais ansiosa. Emma inclinou-se ligeiramente na minha direção, a sua expressão preocupada.

— Está tudo bem, Beatriz?

Engoli em seco e forcei um sorriso fraco.

— Sim… tudo bem.

Emma não pareceu convencida, mas não insistiu. Foi então que uma das mulheres à mesa sugeriu:

— E se fôssemos dançar? Beatriz, danças comigo?

Antes que eu pudesse responder, Mari, que até então estivera focada no celular, falou de forma cortante:

— Ela não dança.

A voz de Mari saiu firme, quase como um aviso. E, pela primeira vez naquela noite, senti um desejo irracional de contrariá-la.

— Digamos que eu não sou uma boa dançarina… — Respondi com um sorriso fraco, provocando-a subtilmente.

Emma, ao contrário de Mari, pareceu satisfeita com a resposta.

— Sinceramente, para mim, isso não faz diferença. — Comentou, levantando-se e esticando a mão na minha direção. — Danças comigo?

O seu tom era persuasivo, quase suplicante, mas o que me chamou atenção foi o olhar fixo em mim, carregado de algo mais.

— Como não compareci à tua festa de boas-vindas, vou aproveitar esta oportunidade para compensar. E aviso já que não aceito um ‘não’ como resposta.

Observei-a sem demonstrar entusiasmo. Emma inclinou a cabeça ligeiramente, um sorriso insistente nos lábios.

— Só uma música, por favor?

Olhei para ela, depois para a sua mão estendida, e finalmente espreitei Mari pelo canto do olho. Ela continuava focada no telefone, mas o seu corpo estava tenso, denunciando que, apesar da aparente indiferença, estava atenta ao que se passava.

Apertei os lábios antes de responder.

— Tudo bem.

Levantei-me, ignorando a mão estendida de Emma, e segui-a para a pista de dança.

A música começou.

"I Follow Rivers", de Lykke Li.

A batida ritmada preencheu o espaço ao nosso redor, e Emma sorriu de imediato, claramente satisfeita com a escolha. Posicionou-se à minha frente e começou a mover-se ao som da música, esperando que eu a acompanhasse. Respirei fundo, passei a mão pelo cabelo e fiz um esforço para me soltar. Dançava de forma contida, afastando-me discretamente sempre que Emma se aproximava.

Mas ela insistia.

A sua presença era forte, o olhar fixo em mim. A forma como me observava enquanto se movia fazia-me sentir presa num jogo que eu não tinha certeza se queria jogar. Inclinou-se ligeiramente para mim, os lábios perigosamente próximos do meu ouvido.

— Para quem diz que não é uma boa dançarina, até que te mexes bem.

O seu tom era rouco, quase predador. Senti um arrepio percorrer-me, mas mantive a expressão neutra.

— Eu simplesmente não gosto de dançar. — Murmurei, afastando-me.

Emma não pareceu ofendida. Pelo contrário, sorriu como se estivesse a gostar do desafio.

— Fiquei admirada por teres escolhido desporto em vez de seguires o caminho do teu pai.

O assunto fez-me vacilar por um instante.

— Ele também não ficou muito contente com a minha escolha… — Confessei, num tom mais baixo. — Ainda não pensei muito no futuro, mas talvez, depois de terminar o curso de desporto, eu faça gestão empresarial.

— Eu entendo como os pais podem pressionar os filhos a seguir o caminho que traçaram para eles. — Disse Emma, rodopiando ao som da música antes de voltar a encarar-me. — Aconteceu-me o mesmo. Mas, no final, acabei por gostar do curso de gestão. Hoje, posso dizer convictamente que adoro o meu trabalho.

Ponderei as suas palavras. Sabia que ela vinha de uma família influente, e que os negócios deles cruzavam-se em algumas áreas com os do meu pai. Mas, até aquele momento, nunca tinha parado para pensar no que isso significava para ela.

— Neste momento, quero fazer o que gosto. O resto… pensarei mais tarde.

Esta assentiu, como se compreendesse.

— Se algum dia quiseres falar sobre isso, podes contar comigo.

Parou de dançar subitamente e enfiou a mão no bolso, retirando algo. Um cartão. O seu cartão profissional. Fiquei imóvel, observando-a. Levei a mão para pegar o cartão, mas, no instante em que os meus dedos iam tocá-lo, Emma afastou-o ligeiramente, impedindo-me de alcançá-lo.

Ergui o olhar, confusa. Emma inclinou-se lentamente para mim, os olhos brilhando com algo indecifrável.

— Liga-me quando quiseres, à hora que quiseres.

A sua voz era um sussurro quente contra a minha pele. Antes que pudesse reagir, senti a sua mão deslizar pelo bolso de trás dos meus jeans, num gesto lento e deliberado que me fez prender a respiração. O meu corpo paralisou. O seu toque foi firme, mas provocador. Ela sorriu, como se tivesse total controlo da situação.

— Estarei disponível… em qualquer ocasião.

As palavras saíram com uma lentidão calculada, e, antes que pudesse sequer processar o que estava a acontecer, ela inclinou-se ainda mais, aproximando a boca da minha.

O meu coração disparou.

A intenção dela era clara.

Os seus lábios estavam a milímetros dos meus quando, finalmente, despertei do choque e reagi. Afastei-me bruscamente, como se o seu toque me queimasse. O meu peito subia e descia rapidamente, e eu sentia o coração a martelar contra as costelas. Não olhei na sua direção. A única coisa que a minha mente gritava era o nome de Claire.

A batida da nova música em espanhol invadiu a boate, e, por alguma razão inexplicável, senti uma urgência que me fez olhar à volta. O ritmo quente do reggaeton parecia fora de lugar, e as pessoas ao meu redor trocaram olhares confusos, mas eu… Eu senti algo diferente. Os meus olhos varreram a multidão, ignorando Emma, que ainda me seguia de perto. Caminhei entre os corpos que se moviam ao som da música, o coração a acelerar sem um motivo claro.

E então vi Mari. Ela estava parada, de braços cruzados, e quando os nossos olhares se encontraram, ela sorriu. Algo no seu olhar fez-me arregalar os olhos, como se soubesse algo que eu ainda não tinha percebido. Antes que pudesse reagir, senti um toque firme. Dedos entrelaçaram-se nos meus, puxando-me com força na direção oposta.

O meu corpo chocou contra algo quente e sólido. O choque do impacto roubou-me o fôlego, e, por um instante, tudo pareceu parar. Os meus olhos subiram lentamente, até encontrarem um par de olhos verdes intensos, faiscando sob as luzes da boate.

Claire.

Ela sorriu. Um sorriso lento, confiante, predador. E então, sem dizer uma única palavra, começou a dançar à minha frente. O mundo ao nosso redor desfez-se. As pessoas desapareceram, a música tornou-se apenas uma melodia de fundo irrelevante. Só existíamos nós. Os movimentos do seu corpo eram hipnotizantes, cada gesto carregado de um magnetismo que me deixava incapaz de desviar o olhar. Ela mordiscou o lábio inferior, como se estivesse a desafiar-me. O sorriso dela era puro triunfo, porque sabia exatamente o efeito que tinha sobre mim.

E então, sem aviso, aproximou-se perigosamente, roçando o seu corpo no meu. A minha pele arrepiou-se instantaneamente, e uma onda de calor percorreu-me da cabeça aos pés. Claire inclinou-se, a sua respiração roçando o meu ouvido, e começou a cantar baixinho, a voz carregada de desejo. Os arrepios multiplicaram-se. O seu cheiro envolveu-me, intoxicante. O jogo dela era cruel, e eu não iria permitir que continuasse. Antes que pudesse prosseguir com a provocação, capturei-lhe o rosto entre as mãos e beijei-a com toda a vontade reprimida dentro de mim.

O suspiro dela misturou-se com o meu, e no instante seguinte, Claire envolveu-me pela cintura, puxando-me contra si.

O beijo tornou-se mais urgente, mais intenso.

Deslizei a minha língua pelos seus lábios, sentindo-a abrir-se para mim.

A nossa respiração entrecortada e o bater acelerado dos nossos corações tornavam tudo ainda mais eletrizante.

O meu corpo colado ao dela, os seus dedos apertando a minha cintura, a forma como os nossos lábios se encaixavam num ritmo quente e viciante—tudo fazia com que o meu autocontrolo se desvanecesse. Afastei-me apenas o suficiente para sentir a sua respiração misturar-se com a minha.

Os seus olhos estavam semicerrados, a boca entreaberta, como se tentasse recuperar-se do choque do momento. A realidade voltou aos poucos. Ainda estávamos na pista de dança. Sem duvidar, segurei-lhe a mão e puxei-a comigo, abrindo caminho entre as pessoas. Claire seguiu-me sem protestar, o seu corpo quente junto ao meu, a sua energia pulsando na mesma frequência da minha.

Encontrei um canto mais escuro e vazio. Encostei-a contra a parede, prendendo-a ali com o meu corpo. O nosso olhar entrelaçou-se numa troca intensa, uma guerra silenciosa de desejo. O espaço entre nós era mínimo. Sentia a sua respiração acelerada. Os nossos peitos subiam e desciam ao mesmo ritmo frenético.

Deslizei os dedos pelo seu rosto, os meus toques suaves contrastando com a intensidade do momento. Ela manteve-se imóvel, os olhos cravados nos meus, como se desafiasse o inevitável. Porém eu não ia deixar espaço para dúvidas. Aproximei-me, o meu nariz roçando o dela, e então, finalmente, voltei a beijá-la. Desta vez, foi diferente. Foi mais lento, mais profundo, mais carregado de tudo o que nunca tínhamos dito uma à outra. As minhas mãos deslizaram para o seu cabelo, puxando-a levemente para mim, enquanto a outra mão repousava firme na sua cintura, sentindo cada curva, cada mínimo movimento.

Senti Claire amolecer nos meus braços, e uma onda de felicidade percorreu-me. No entanto eu queria mais. Desci os beijos até ao seu pescoço, roçando o nariz na sua pele quente e macia. O seu perfume floral invadiu-me, e eu fechei os olhos, memorizando cada detalhe, cada sensação.

— Bih… — Gem*u Claire, a voz rouca e trêmula.

O som do meu nome na sua boca fez-me arrepiar até à alma. Ela afastou-se ligeiramente, os seus olhos carregados de desejo e hesitação.

— Vamos para outro lugar?

A sua pergunta soou mais como uma súplica. A minha mente gritava todas as razões pelas quais aquilo poderia ser um erro. Todavia o meu corpo já tinha tomado uma decisão. Sorri e estiquei-lhe a mão.

— Vem comigo.

E, sem esperar pela resposta, puxei-a pela mão, sabendo que, pela primeira vez em muito tempo, Claire não ia recusar.

Fim do capítulo

Notas finais:

 

 

Boa tarde

Para quem não gosta de reggaeton, também não é tipo de musica que eu costume ouvir, mas esta musica ficou na minha cabeça desde o momento que uma amiga insistiu para que eu a ouvisse...

No capitulo anterior acho que vocês ficaram um pouco desapontadas com as atitudes da Bia e agora qual a vossa opinião?

Bom domingo

Beijo **

 

 

 

 

 


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Comentários para 11 - Capítulo 11:
thays_
thays_

Em: 18/03/2025

Ahh já eu achei a escolha da música perfeita, embora eu nao ouça sempre,  adoro reggaeton.

Por um instante pensei que a Bia ia estragar tudo beijando a Emma. Ainda bem que ela conseguiu recuar. E bem a tempo de Claire aparecer. Mais um capítulo excelente!

 


asuna

asuna Em: 20/03/2025 Autora da história
Também adoro reggaeton!! Tem músicas que realmente ajudam a criar o clima certo para desenvolver as cenas, especialmente as mais intensas.
Obrigada pelo comentário!


Responder

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patty-321
patty-321

Em: 02/05/2017

Agora Bia foi ousada. Como assim Claire estava na cidade? Por isso Mari estava nervosinha.

Responder

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Manuela
Manuela

Em: 25/04/2017

No Review

Responder

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Lili
Lili

Em: 17/04/2017

Gente essa Emma vai querer estragar tudo.

Bia gata vai fundo ela voltou só por sua causar vê se não estraga tudo por gentileza.


Resposta do autor:

Bia tem o dom de estragar tudo, mas acho que desta vez quem vai estragar o clima vai ser a Mari.

Responder

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loira01
loira01

Em: 17/04/2017

Só acho que a Clarie vai dar um bronca na Bih por estar dançando com essa oferecida. Clarie já mostrou que é ciumenta tambem, rsrs


Resposta do autor:

Não sei se vai dar bronca, mas tocar no assunto ela vai

Responder

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lay colombo
lay colombo

Em: 17/04/2017

Sabia kkkkkk

Gente alguém manda essa Emma segurar a periquita q a Bia já tem dona, obrigado.

Adorei q a Claire apareceu, vamo ver se agora vai né kkkkkkkkkkkk

 


Resposta do autor:

Hahaha ri muito com este comentario, muito bom.

 

Responder

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Val Maria
Val Maria

Em: 16/04/2017

Que Novidade! A Emma tambem dando mole para a Bia.

Muito bom a Claire ter aparecido de supresa na balada.]

A estória continua muito maravilhosa,ainda mais agora que as duas estão se acertando.

Ansiosa pelopróximo cap.

Volta logo AUTORA.

Beijosssssss.

 

Val Castro.


Resposta do autor:

A Emma estava com os olhos na Bia desde o começo, porem agora Bia é maior de idade então o sinal mudou para verde

Obrigada Val por continuares a acompanhar

Beijos boa semana

Responder

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Julia_Sz
Julia_Sz

Em: 16/04/2017

Finalmenteeeee.

Queria ver o lado dá Claire depois desse encontro, ansiosa pelo próximo, não demora que a história tá ótima :D

Beijo 


Resposta do autor:

Eu não estava a pensar fazer no ponto de vista dela, mas já que comentas-te sobre isso eu decidi mudar o texto :)

beijo

Responder

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Japa
Japa

Em: 16/04/2017

Eita, que o proximo capitulo vai ser mais quente haha 

Já quero ler logo, que bom que Clarie voltou.

bjs


Resposta do autor:

Não sei o que dizer...

Vamos ver sexta

beijo

Responder

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Bfr_Laura
Bfr_Laura

Em: 16/04/2017

Ai meu Deus o que será que vai acontecer agora? To ansiosa. Partiu ler o próximo capítulo


Resposta do autor:

Quem sabe? Uma certeza elas iram conversar...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

gabrielacng
gabrielacng

Em: 16/04/2017

Não sei se fico feliz ou triste com esse cap. Postou bem rapido, e normalmente quando isso acontece sempre demora pra continuar... Espero estar enganada! Amei o cap, melhor impossivel. Beijos


Resposta do autor:

Nesta sexta postarei a continuação

Ainda bem que gostou :) Beijo

Responder

[Faça o login para poder comentar]

AlRibeiro
AlRibeiro

Em: 16/04/2017

Aaaaaaaa

Como amo essa história

Quando sai o próximo capítulo???

xx Abraços e boa Páscoa xx


Resposta do autor:

Nesta sexta ;)

 

Responder

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