-- Oie. -- Susan falou apenas com a cabeça para dentro do consultório da amiga. 

-- Susan!? -- Samantha sorriu feliz em vê-la ali. -- Júlia. -- Avistou a outra mulher e levantou para ir de encontro a elas. -- Ah que surpresa. -- Falou abraçando e beijando a amiga. 

-- Eu iria avisar. -- Júlia disse recebendo um abraço e um beijo de Samantha. -- Mas Sú queria fazer surpresa. 

-- Ah foi surpresa mesmo, não esperava, mas boa, de verdade. -- Samantha confessou sentando na cadeira em frente a sua mesa enquanto as amigas sentavam no sofá ali pertinho. 

-- Que bom.  -- Júlia sorriu. 

-- Então? O que andam aprontando? -- Samantha indagou as olhando, não as via desde domingo. 

-- Está ocupada? -- Susan indagou. 

-- Não, estava apenas dando uma organizada em algumas coisas. -- Samantha respondeu.

-- É que viemos aqui decididas a começar nossa gravidez. -- Susan avisou olhando a esposa. 

-- Sério? -- Samantha sorriu feliz.

-- Sim. -- Júlia afirmou a olhando sorrindo.

-- Manhã de surpresas ótimas. -- Samantha disse contente. 

-- Então queremos que você nos diga o que temos que fazer, nos guie.  -- Júlia declarou. -- Além de nos acompanhar nesse começo. -- Avisou em pedido. 

-- Como você já passou por isso, então... nos ajude. -- Susan proferiu e sorriu.

-- Ah será um prazer ajudar vocês. -- Samantha afirmou sincera e alegre. -- Já sabem quem vai engordar uns quilinhos? -- Ela questionou já tendo certeza. 

-- Fomos no palitinho e eu ganhei. -- Susan riu fazendo as outras rirem. 

-- Mentira dela, Sam. -- Júlia declarou. -- Decidimos juntas. Como ela já queria bem antes de mim, achamos melhor ela engravidar. -- Júlia explicou. 

-- Já imaginava isso. -- Samantha confessou. 

-- Mas depois será eu. – Júlia avisou sorrindo.

-- Claro. -- Samantha falou. -- Mas olha quando eu fiz a inseminação artificial, era eu ou eu. Tive que tentar duas vezes para conseguir. Normal em todas que fazem esse procedimento, pode dá certo de cara, como não... De início farão alguns exames básico pra ver como estão de saúde. -- Sorriu. 

-- Tudo bem. -- Elas responderam juntas.

-- Isso é apenas procedimento mesmo, a Doutora que atenderá vocês explicará melhor. -- Samantha avisou.

-- Tá bom. Por onde começamos? -- Susan indagou ansiosa. 

-- Outra coisa. -- Samantha falou. -- Susan é você quem vai engravidar, mas como querem fazer esse procedimento? 

-- Como assim? -- Susan perguntou. 

-- Sú, quero saber de quem será o óvulo usado, o seu mesmo ou o seu Júlia? -- Questionou.

-- Ah isso. -- Susan entendeu. 

-- Isso é uma dúvida. -- Júlia declarou. -- Porque não sabemos ainda. 

-- Ok, isso não é exatamente um problema. -- Samantha falou. -- Mas vocês deveriam ter pensado nisso. 

-- Na verdade a gente pensou. -- Susan avisou. -- Queríamos usar o meu óvulo e o da Júlia, pra não sabermos de quem geneticamente falando o bebê seria, entende? Mas a gente estava lendo umas coisas sobre o assunto,  é um pouco mais complicado. 

-- Ai deixamos para ouvir a opinião de alguém que entende. -- Júlia acrescentou.

-- É um pouco mais complexo sim. -- Samantha avisou. -- Mas é totalmente possível. -- Sorriu. -- É isso mesmo que querem? 

-- Sim. -- Susan e Júlia declararam juntas. 

-- Excelente. -- Samantha levantou. -- Vou agora mesmo apresentá-las a uma pessoa que ajudará vocês nessa jornada maravilhosa. Falem tudo que querem a ela. -- Avisou sorrindo.

--  Tá. 

-- Vamos? -- Samantha chamou.

Susan e Júlia acompanharam Samantha com empolgação e ansiedade. 

-- É a mesma obstetra que me ajudou com a Agatha. -- Samantha informou. 

-- Ai que legal. -- Júlia disse. -- Fico mais confiante. -- Completou. -- Ela quem faz tudo? 

-- Ah maioria, quando é algo fora da área dela, mesmo assim ela está presente. -- Samantha avisou. -- Ela é excelente, estarão em boas mãos. Perguntem tudo, tudo mesmo, que ela responderá com maior prazer. -- Samantha explicava enquanto elas andavam pelo hospital.

-- Meninas. -- Sheila sorriu as vendo. -- Ai fiquei tão feliz com a novidade. -- Falou sincera. -- Eu posso ser a madrinha? Diz que sim, diz que sim, simmmm? -- Sheila pedia dramatizando fazendo assim as outras três mulheres rirem. 

-- Sheila a criança nem existe ainda. -- Susan riu. 

-- Mas a ideia já e pelo visto já estão colocando em prática. -- Sheila notou contente. -- Mas sei que não vai ser eu mesmo. -- Fingiu tristeza e todas riram. 

-- Vou levá-las a sala da Elisa. -- Samantha avisou. 

-- Ah que ótimo. -- Sheila sorriu contente pelas amigas. -- Meninas vão lá. -- Sheila as beijou. -- Desculpa mas tenho um trabalho agora. 

-- Vai lá. -- Samantha sorriu. -- Vamos. -- Elas continuaram. -- Agora quanto a madrinha. -- Samantha avisou rindo. -- É lógico que vai ser eu né!? -- Proferiu olhando entre Susan e Júlia que se olharam e riram.

-- Pelo visto já temos um problema pra resolver amor.  -- Susan falou rindo. 

-- Problema nada eu vou ser a madrinha e acabou o problema. -- Samantha avisou e sorriu deixando elas apenas com um sorriso nos lábios. 

-- Sam nesse processo todo que fazemos algum deles causa dor? -- Júlia perguntou.

-- Não linda. -- Samantha respondeu. 

-- Humm. 

-- Vão tomar umas injeções, mas isso a dor é o de menos. -- Samantha sorriu. 

-- Hoje? -- Susan indagou.

-- Não Sú, hoje será apenas uma consulta. Uma conversa longa. -- Samantha esclareceu sorrindo sincera. -- Oi. -- Disse para assistente da médica. -- A Elisa está aí? -- Samantha indagou calma. 

-- Está sim Doutora, mas está com uma paciente. -- A moça falou simpática.

-- Tudo bem eu espero.  

-- Ela não deve demorar. -- Avisou. -- Deseja mais alguma coisa?

-- Não. Obrigada. -- Samantha falou. -- Vamos ter que esperar um pouco. -- Sorriu indicando as cadeiras ali próximo, onde sentaram. 

-- Ai eu estou nervosa. -- Júlia confessou.

-- Sério Amor? -- Susan indagou. -- Eu pensei que era só eu. -- Susan confessou pegando na mão da esposa. 

Samantha sorriu as observando. -- Dá um friozinho na barriga mesmo, normal. Mas calma, aliás eu digo que é o que mais vocês duas vão ouvir durante esse processo. -- Samantha advertiu as olhando. 

-- Olha estão saindo já. -- Júlia observou um casal sair da sala da médica, uma mulher já com um barrigão e provavelmente o homem ao lado dela era o marido. 

-- Prontas? -- Samantha indagou sorrindo.

-- Acho que sim. -- Susan respondeu.

-- Doutora Samantha pode entrar. -- A moça falou simpática. 

-- Vamos lá futuras mamães. -- Samantha as chamou. 

-- Samantha minha querida. -- Elisa foi de encontro a Samantha e a cumprimentou com dois beijos e um abraço. -- Tudo bem? -- Sorriu a olhando. 

-- Sim, tudo bem. -- Samantha avisou sorrindo. 

-- Olá moças bonitas. -- A doutora sorriu olhando Susan e Júlia. 

-- Oi. -- Elas responderam juntas. 

-- Elisa essas são Susan Júlia, minhas amigas pra toda hora. -- Samantha as apresentou com alegria e todas sorriram. 

-- Entendo. -- A mulher de 45 anos, corpo esbelto, pele clara, falou com simpatia. -- A Susan eu já tive a oportunidade de vê-la antes né? -- Ela lembrou. 

-- Verdade. -- Susan confirmou sorrindo.

-- Já essa moça linda ainda não. -- Elisa se referiu a Júlia. -- Você é ruiva, acho tão lindo, mas felizmente eu me viro com os meus fios castanhos que insistem em ficar brancos, que coisa não? -- Elisa mostrava que era uma pessoa alegre com a vida, fazendo todas rirem completamente à vontade. 

-- Então, doutora... -- Susan proferiu.

-- Deixemos essas formalidades de lado, são amigas da Sam vocês são minhas amigas de infância. -- Explicou. -- Me chame de Elisa. 

-- Tá bom... -- Susan riu. -- Elisa, essa é Júlia minha esposa.

-- Ah é verdade. -- Elisa disse lembrando. -- Você me disse uma vez. Prazer Júlia. -- Sorriu olhando a ruiva.

-- Igualmente.

-- Meninas sentem-se, por favor. -- A Doutora pediu puxando as duas cadeiras em frente a sua mesa. -- Sam como tu é de casa puxa aquele puff quadrado e senta. -- Elisa advertiu já sentando em sua cadeira atrás da mesa. -- Como diz uma amiga minha, intimidade é uma merd* mesmo. -- Completou e ninguém conseguiu conter o riso. 

-- Concordo com ela. -- Samantha disse já sentando no local lhe indicado.  

-- Então moças? Contem-me tudo e não me escondam nada. -- Elisa sorriu olhando Susan e Júlia. Elas se entreolharam e cada uma respirou fundo, deram as mãos e juntas encararam a médica na certeza de que queriam ser mães. 

-- Queremos um bebê. -- Susan falou de forma tão carinhosa que soou como um pedido para a médica.

-- Ai eu até me arrepiei. -- Elisa confessou sorrindo. -- Então, minhas lindas. -- Elisa tomou para si uma postura extremamente séria e profissional, totalmente diferente de instantes atrás. -- Eu costumo dizer que a decisão que vocês tomaram foi a mais difícil, ter um filho ou filha é de uma enorme responsabilidade. -- Ela falou calma. -- Por isso digo que a decisão mais difícil vocês já tomaram, além do processo até aqui também. -- Sorriu. -- Antes de seguirmos em frente eu quero que vocês me digam como pretendem gerar esse bebê. Me refiro a mãe que irá engravidar, qual óvulo querem usar, quero que me digam tudo, para me enterrar melhor e poder explicar com clareza o que é possível ou não... 

-- Então Elisa... -- Susan disse a interrompendo. -- Desculpa. -- Pediu rindo.

-- Não, não. -- Elisa não se importou. -- Pode falar, quero que falem. -- Avisou. 

-- Eu quem vou engravidar, mas não queremos especificamente o meu óvulo, entende? -- Susan avisou. 

-- Entendo perfeitamente. -- Elisa sorriu sincera. -- Não querem saber de quem geneticamente ele ou ela será filho, certo? 

-- Exato! -- Elas concordaram. 

-- E tem mais outra coisa. -- Susan falou. -- Queremos dois doadores, um com as minhas características e um com as de Júlia. -- Confessou. -- Podemos? 

-- Sim. Mas estão cientes que pagarão pelos dois certo? -- Elisa sorriu advertindo. 

-- É sabemos. -- Susan riu. 

-- Só pra esclarecer. -- Falou rindo. -- Peçam um desconto grande. -- Elisa sussurrou mantendo a mão esquerda do lado do rosto referente ao lado que Samantha estava. Elas riram bem à vontade. -- Bom, brincadeira a parte. Os métodos de Reprodução assistida mais comuns são a inseminação artificial e a Fertilização in vitro. A primeira é uma técnica em que a fertilização acontece dentro do corpo da mulher, permite que os espermatozoides sejam injetados diretamente dentro do útero. A fertilização in vitro já é um tratamento mais complexo, onde o óvulo é retirado do ovário, é fecundado espermatozoide no laboratório, fora do corpo feminino. Após alguns dias de desenvolvimento em laboratório o embrião é transferido para o útero, que por sua vez já foi previamente preparado para aceitar o embrião. -- Explicou ambas as técnicas. -- No caso de vocês, devido a maneira que querem,  utilizaremos a Fertilização In Vitro. -- Elisa avisou e imediatamente Susan e Júlia buscaram o olhar de Samantha. 

-- Lindas eu só estou acompanhando vocês, qualquer dúvida perguntem pra ela. -- Samantha avisou, mas compreendia as dúvidas e nervosismo das amigas. -- Conversamos sobre isso agora a pouco. -- Sorriu. 

-- Susan, Júlia. -- Elisa as chamou. -- Samantha está aqui nesse momento e entendo, mas creio que ela não estará em todas as consultas e outros momentos. Por isso, peço desde já, que, se tiverem alguma dúvida, qualquer dúvida me perguntem, não quero nenhum tipo vergonha, nada do tipo, está bem? 

-- Está bem. -- Elas responderam. 

-- Doutora... Elisa. -- Júlia consertou. -- Qual o melhor?

-- Júlia, cada tipo de tratamento é utilizado para um caso específico, pois cada caso é um caso. Os dois tratamentos possuem diferenças cruciais e diferentes taxas de sucesso. Já indiquei os dois e os dois são excelentes. Agatha é a prova de que a inseminação artificial dá certo. -- Sorriu feliz. -- E posso indicar várias outras que foram por fertilização in vitro. Na minha opinião essa tem mais eficácia, mas é a minha opinião. -- A médica esclareceu. 

-- Ei? -- Samantha chamou as amigas. -- Vai dá certo! -- Afirmou em um sorriso sincero e seguro. 

Susan sorriu e buscou o olhar de sua esposa que balançou a cabeça em afirmação. 

-- Pode explicar como funcionará a que vamos fazer? Tudo o que temos que fazer? -- Susan Indagou.

-- Após os exames que vou solicitar a vocês, o segundo passo é o processo de estimulação ovariana, que consiste em administração de injeções para que os ovários produzam mais óvulos, vocês duas farão esse procedimento. -- Avisou calma. -- Durante esse período que varia de 9 a 20 dias, serão realizadas algumas ultrossonografias para certificarmos que a evolução dos folículos estão dentro da normalidade. -- Explicou as olhando. -- E para ir adiantando, podem estar escolhendo os doadores de cada uma. -- Sorriu. -- O que acham? 

-- Acho muito bom e você amor? -- Susan olhou a esposa. 

-- Eu acho ótimo. -- A Ruiva sorriu em acordo. 

-- Uma dúvida, são óvulos e depois folículos? Não é a mesma coisa? -- Susan questionou confusa. 

-- Sim e não. -- Elisa riu. -- Folículos são bolsas de líquido que podem ou não conter um óvulo, ou óvulo de pouca qualidade. Nesse líquido estão as substâncias favoráveis para o desenvolvimento do óvulo. Na maioria dos ciclos menstruais, um único folículo se rompe e libera o óvulo. Acontece que, em alguns ciclos menstruais, podem crescer folículos com óvulos de pouca qualidade, ou mesmo sem óvulos. Por isso, quando se utiliza algum procedimento de reprodução assistida, utilizam-se medicações que fazem com que cresçam vários folículos, para que assim, possam ser encontrados óvulos de boa qualidade. 

-- Humm... Entendi....E depois dessa estimulação? -- Susan perguntou em total interesse.  

-- Quando os folículos estiverem adequados e o número de óvulos também, marcaremos a punção folicular, geralmente para 36 horas depois de mais uma injeção, essa agora para a maturação dos óvulos. A punção é feita em sala de cirurgia e sob anestesia, para que a paciente não sinta desconforto algum, leva cerca de 15 minutos.

-- Rápido... -- Júlia notou surpresa. 

-- É sim querida. -- Elisa sorriu a olhando. -- Alguma dúvida até aqui? -- Questionou.

-- Não, pode continuar. -- Susan pediu. 

-- Depois que dispomos dos óvulos e selecionado os melhores espermatozoides vamos a microinjeção dos óvulos, isso em laboratório. Esse processo será realizado por ICSI, ou seja, o espermatozoide será injetado diretamente no óvulo facilitando a fecundação.

-- Espera um pouco. -- Júlia pediu gesticulando com a mão. -- O meu óvulo vai ser fecundado com o espermatozoide do doador que eu escolhi né? E o óvulo da Sú com o que escolhemos pra ela?

-- Exatamente moça! -- Elisa concordou. -- Ok, essa parte? -- Sorriu calma. 

-- Sim. -- Júlia avisou. 

-- Bem, ainda no laboratório, durante um período de 3 a 5 dias os embriões obtidos são observados e classificados, os que forem considerados inviáveis são descartados.

-- Aiii tadinhos. -- Júlia observou sentida.

-- Eu sei querida. -- Elisa riu. -- Mas é assim que funciona, buscamos sempre 100% de sucesso. -- Avisou. -- Posso continuar? Alguma dúvida até aqui?

-- Continue, por favor. -- Susan disse. 

-- Finalmente vem a transferência, que consiste na introdução dos melhores embriões no interior do útero materno, realizado também na sala de cirurgia, mas não precisa de anestesia. -- Explanava sempre calma e clara olhando De Susan para Júlia e vice versa. -- De acordo com sua idade Susan, só podemos transferir no máximo 2 embriões. 

-- Eu posso ter dois bebês? -- Susan indagou em sorriso. 

-- Sim e não... -- Elisa avisou ajeitando-se na cadeira. -- É transferido mais de um embrião para se obter maior sucesso de uma gravidez, Mas se tem os imprevistos, é natural. Você pode segurar um deles ou os dois embriões e eles desenvolverem com sucesso. -- Sorriu. -- Mas pode acontecer de não termos sucesso com nenhum deles. -- Avisou sincera. -- O importante é seguirmos tudo direitinho e pensar positivo sempre, que dará certo! -- Sorriu passando animação ao casal. 

-- Eu tentei duas vezes e hoje tenho a Agatha. -- Samantha avisou sorrindo. -- Vai da certo eu sei que vai... Já estou pensando no primeiro presente do meu afilhado ou afilhada. -- Sorriu fazendo as demais sorriem.

-- Olha, caso tenha que fazer uma outra transferência, o que não queremos claro, mas pode acontecer. -- Esclareceu.. -- Após a transferência, os embriões restantes são Vitrificados, uma espécie de congelamento, só que bem mais moderna e melhor, caso precisar podem ser transferidos posteriormente, sem necessidade de repetir todo esse processo. -- Explicou. 

-- Elisa e após essa transferência a Sú já está grávida? -- Júlia indagou. 

-- Júlia, isso dependerá exclusivamente da receptividade do organismo da futura mamãe ao embrião, que pode ou não permitir a implantação e, consequentemente, a gravidez. Geralmente esperamos uns dias e fazemos o teste de gravidez para ver o resultado. Se der positivo é ótimo, Mas ainda assim, repetimos o exame uns dias depois para a comprovação total. -- Sorriu.  

-- Tenho que ficar de repouso depois disso? Da transferência? -- Susan indagou.

-- Bem, alguns médicos recomendam desde 24 horas de repouso a nenhum repouso. Estudos científicos relatam que não há diferença entre ter repouso e não ter. Mas a ciência é uma coisa a Vida é outra. -- Elisa compartilhou tal questão e Sorriu. -- Aqui recomendamos meia hora de repouso, funciona como uma espécie de relaxamento para a mulher. -- Explicou. -- Se você achar que deve e quiser ficar de repouso em casa, tem essa liberdade também. -- Avisou. 

-- Entendi... E sex*? Pode? -- Susan questionou curiosa. 

-- Amor!? -- Júlia a olhou rindo. 

-- Ué sei que você também quer saber. -- Riu. 

Samantha e Elisa também riram... 

-- Abstinência até a comprovação da gravidez. -- Declarou. -- A contração uterina durante ou após as relações, teoricamente, podem diminuir a chance de implantação do embrião. Portanto, melhor prevenir. -- Respondeu calma 

-- Demora muito?

-- Susan!? -- Júlia riu envergonhada.

-- Uns 15 dias mais ou menos até o primeiro teste. -- Elisa avisou. 

-- Humm. -- Susan proferiu mordendo levemente os lábios em pensamentos. --  E se não aguentarmos? 

-- Ah tá bom, já chega! -- Júlia falou já completamente vermelha. -- Você vai aguentar sim senhora! -- Afirmou convicta. 

Samantha gargalhou e Susan também a acompanhou. Elisa apenas riu discretamente, para ela aquilo era normal.

-- É isso moças. -- Elisa Sorriu finalizando mais uma questão. -- Complicado?

-- Sim. -- Júlia declarou.

-- É nada... -- Elisa advertiu sorrindo.

-- É sim, Principalmente a parte de não fazer sex*. -- Susan completou. -- Aiii! -- Riu após sentir o beliscão que Júlia deu em sua perna, buscou o olhar de sua esposa e esta lhe sorriu amorosa. Susan sorriu apaixonada e assim a beijou. -- Elisa? -- Susan falou ainda encarando sua esposa.

-- Diga. 

-- Qual a chance de nosso bebê nascer ruivo? -- Indagou a olhando interessada.

-- Olha... -- Elisa disse pensando nessa possibilidade. -- Não é impossível! -- Avisou diante do que já sabia. -- O gene para o rutilismo é recessivo, para nascer um bebê ruivo teríamos que ter os dois genes recessivos, o da Júlia e o do doador, também ruivo, como optaram pela mistura das características dos doadores ser igual às de vocês essa chance reduz muito. Há pessoas que carregam o gene do rutilismo e não é ruivo, pode haver a chance do doador escolhido por vocês ter esse gene, mas a probabilidade dele prevalecer é bem pequena. 

-- Mesmo que um tiro no escuro. -- Samantha acrescentou.  

-- Entendi. -- Susan sorriu compreendendo.

-- Mais alguma dúvida? -- Elisa questionou. 

-- No momento não e você amor? -- Susan perguntou.

-- Não amor.

-- Certo. -- A médica falou pegando seu receituário. -- Agora vamos ao exames básicos. -- Sorriu já escrevendo no bloco de papel branco. -- Vocês vão fazer todos esses exames e assim que estiverem com os resultados de todos eles quero que retornem comigo. -- Explicou enquanto prescrevia os mesmos. 

-- Tá certo.. -- Susan concordou e sorriu olhando a esposa. 

-- Demora muito? -- Júlia questionou.

-- Não, não. Vai depender da disponibilidade do hospital e de vocês para fazê-los. -- Elisa avisou ainda escrevendo. 

-- Quanto ao hospital vou poder agilizar tudo. -- Samantha avisou contente em ajudar.

-- Ah não Sam, não queremos passar a frente de ninguém. -- Júlia declarou sincera. 

-- Não se preocupe com isso Ju, isso não vai acontecer. -- Samantha avisou certa. -- Mas qual é a graça ser dona disso sem poder usufruir a qualquer momento? -- Questionou. -- Contudo, fica tranquila que não tomaram vaga de ninguém. -- Advertiu. 

-- Olha só moças bonitas, aqui os exames. -- Elisa falou entregando vários papeis para cada uma delas. -- A Giovana, a minha assistente, pode marcar todos eles e depois só fazerem direitinho. -- Avisou calma. 

-- Nossa quanto papel. -- Susan observou os olhando. 

-- Normal minha amiga. -- Samantha avisou sorrindo. 

-- Ah, antes de marcarem façam o prontuário de vocês, também com a Giovana. -- Elisa avisou. -- Vamos precisar para o acompanhamento. -- Advertiu. 

-- Está bem. -- Júlia concordou. 

-- E assim que estiverem com os resultados, só marcar o retorno também com ela. Bem, de início é isso. -- Elisa avisou deixando seu corpo encostar no descanso da cadeira.

-- Agora é fazer o combinado que tudo dará certo. -- Samantha avisou levantando em animação. 

-- Amém! -- Susan falou sorrindo. 

-- Sim meu amor. -- Júlia a abraçou com carinho e felicidade.

-- Elisa obrigada por tudo. -- Samantha falou grata. 

-- Ah que isso é meu trabalho e faço com todo prazer. -- Elisa avisou deixando sua cadeira e abraçando Samantha. 

-- Também queremos agradecer. -- Júlia declarou sincera. 

-- Ah nada, me da aqui um abraço? -- Elisa pediu já abrindo os braços. Júlia sorriu e a abraçou. 

-- Susan também. -- Elisa a abraçou. -- Vocês pode enjoar qualquer coisa ou pessoa, menos a minha cara, pois vão vê-la até o bebê de vocês nascer. -- Avisou e todas riram em compreensão. 

-- E olha, vou logo avisando que ela é rigorosa. -- Samantha revelou pondo sua mão no ombro de Elisa e a abraçando de lado. 

-- Sou sim... -- Elisa confirmou. -- Vou acompanhá-las a todo momento, faço questão. -- Sorriu. 

-- Essa cara sorridente e simpatia toda some num estalar de dedos se tu comer um biscoitinho fora da dieta prescrita. -- Samantha avisou rindo. -- E pense numa pessoa brava é se tu faltar uma consulta com ela. E olha que no meu caso foi por um motivo de emergência.

-- Claro!  -- Elisa avisou olhando Samantha. -- Tu com pleno barrigão me acha de fazer uma sutura em posições estranhas sendo que tinha médico disponível pra isso, sem falar que eu tinha te proibido de clinicar nesse período. 

-- Mas...

-- Nem mas nem meio mas. -- Elisa a interrompeu. -- Eu estava certa e acabou. 

-- Estão vendo né? -- Samantha avisou rindo. 

Susan e Júlia apenas riram. 

-- Aliás em que trabalham? -- Elisa indagou curiosa. 

-- Eu sou farmacêutica. -- Júlia respondeu.

-- Olha legal. 

-- Arquiteta. -- Susan respondeu em seguida.  

-- Tipo daquelas que vai na obra mesmo e quer pegar no pesado e tudo mais? -- Elisa questionou curiosa 

-- Às vezes. -- Susan respondeu já rindo.

-- Ela vai sempre doutora. -- Júlia declarou sincera.

-- Cancela, cancela, cancela. -- Elisa declarou.

-- É sério? -- Susan questionou preocupada e Elisa riu. 

-- Falando sério. -- Elisa disse. -- Susan você terá que tomar alguns cuidados, mas dependerá da evolução de sua gravidez. -- Declarou sincera. -- Vou cobrar muito em algumas questões, então vai logo preparando o seu local de trabalho para sua ausência nesse trabalho mais pesado. 

-- Pode deixar ela vai seguir direitinho as regras. -- Júlia declarou.

-- Ótimo! -- Elisa sorriu.  

-- Cuida delas, pedido especial. -- Samantha avisou sorrindo. 

-- Ah que isso minha querida. -- Elisa sorriu. -- Precisa nem pedir. -- Elisa advertiu. -- Vou cuidar sim, será um prazer. -- As olhou sorrindo. 

-- Então vamos indo, valeu mesmo. -- Samantha falou a olhando com carinho. 

-- Tudo bem. -- Elisa fez questão de abrir a porta. -- Qualquer coisa só me avisar viu meninas. 

-- Pode deixar. -- Júlia concordou. -- Tchau e obrigada.

-- Tchau. -- Susan sorriu 

-- Tchau lindas. -- Falou simpática. -- Giovana explica tudo direitinho, está bem? -- Elisa pediu a sua assistente. 

-- Claro Doutora. -- A moça respondeu calma. 

-- Nossa quase uma hora de conversa. -- Susan notou. -- Tem tanta coisa escrita aqui. -- Susan falou olhando a lista de exames. -- Amor nosso filho ainda nem nasceu e já estou tendo prejuízo. -- Falou. 

Samantha gargalhou diante das palavras da amiga.

-- Credo Amor! -- Júlia proferiu. -- Não fala assim. -- Falou a olhando em repreensão. 

-- Mas está me dando despesas mesmo. -- Susan falou rindo e Júlia insistiu em um olhar de reprovação. -- Oh meu amor, estou brincando. -- Susan buscou os lábios de sua esposa em um selinho carinhoso. 

-- Acho bom. -- Júlia declarou virando para Giovana. -- Queremos marcar esses exames e fazer o nosso prontuário. 

-- Identidades, por favor. -- A assistente pediu. 

-- Amor. -- Júlia chamou.

-- Ah claro já vou. -- Susan se juntou a esposa rapidamente.

-- Giovana como está a agenda? -- Samantha indagou.

-- No momento bem livre Doutora. -- A moça falou simpática.  

-- Ótimo, marque tudo para já. -- Advertiu. -- Ainda precisam de mais alguma coisa? -- Samantha indagou olhando o casal. 

-- Acho que não. -- Susan respondeu.

-- Eu tenho que ir amores. -- Samantha avisou. -- Qualquer coisa só me falar. 

-- Tá bom. -- Susan respondeu. -- Obrigada por ter ficado com gente hoje. 

-- Foi um prazer. -- Samantha afirmou abraçando sua amiga com carinho. -- Feliz por você, por vocês. -- Falou dando um abraço apertado em Júlia. -- Amo vocês. -- Sorriu. 

-- Também te amamos. -- Susan falou sincera.

-- Tchau e se cuidem. -- Samantha pediu já se afastando. -- Depois ligo. -- Deu a costa as deixando sozinhas.

 

 

******

 

 

Victória andava de um lado a outro tentando inutilmente controlar sua ansiedade e nervosismo, não queria estar ali, não queria tanta coisa, essa era a verdade, mas precisava e por isso ainda controlava sua enorme vontade de sair correndo daquela Universidade.

-- Então é você!? -- Laila falou despertando a atenção dela. 

-- É... oi... Desculpa. -- Victória falou fitando Laila que a olhava de forma imparcial. -- Pensei que se dissesse que era eu você não viria..-- Explicou. Elas mantinham uma distância considerada. 

--  Estava em uma aula importante. O que quer comigo? -- Laila questionou curiosa. 

-- Desculpa por te fazer perder aula. Mas é que preciso conversar com você e queria que fosse fora do hospital e como não sei onde mora me restou vir aqui. -- Esclareceu. 

-- Hum. -- Laila proferiu a observando. Victória estava diferente, triste... -- Daqui a pouco isso aqui fica cheio, vem, vamos pra outro lugar. -- Sugeriu já andando, Victória a seguiu sem protestar. -- Então? -- Laila indagou olhando a morena sentada a sua frente, estavam na biblioteca, era enorme e naquele horário estava quase vazia. 

-- Laila, eu... -- Suspirou procurando as palavras. -- O que viu naquele dia... Alexsandra não teve culpa alguma. -- Revelou a olhando sincera. 

-- Eu e a Alê já conversamos. -- Laila avisou calma. -- Estamos...

-- Olha... -- Victória a interrompeu. -- Deixa eu falar, está bem? – Pediu e Laila concordou. -- Quando ainda estava em viagem eu notava que a Alex estava se envolvendo com alguém. Em meus pensamentos isso não me preocupava, porque imaginei que fosse como sempre era, mais um caso como tantos outros que já teve. -- Falou e riu fraco. -- Quando cheguei de viagem procurei Alexsandra e qual não foi minha surpresa em saber que ela namorava uma mulher. -- Olhava Laila. -- Pior que isso, eu notei de cara que a Alex estava diferente, estava completamente apaixonada... -- Deu uma pausa desviando o olhar. -- Alex é minha melhor amiga e no fundo eu estava feliz por ela está verdadeiramente feliz. -- Sorriu sincera. -- Eu sabia que seria difícil pra mim, mas imediatamente busquei entender esse sentimento dela por outra pessoa, por você e respeitar o namoro dela... Eu estava sendo sincera, juro, não estava fingindo que gostava de você ou fingindo que gostava do namoro de vocês. -- Avisou. -- Tentei sinceramente levar numa boa, esquecer o sentimento além da amizade que tinha e ainda tenho por ela. Mas ao ver a felicidade dela, a da família da Alex, tudo. Isso foi me enchendo de uma forma que não sei explicar, me levou a raiva mesmo. -- Confessou e abaixou a cabeça, não conseguia encarar Laila, no fundo ainda sentia ciúme, raiva, culpa... Seus sentimentos pela jovem a sua frente era variado e aos montes. Respirou fundo a olhando novamente, precisava falar tudo que queria. --  Ao tentar sucumbir de qualquer maneira esse meu sentimento eu acabei perdendo totalmente o controle, e naquele dia eu a beijei, precisava sentir o... -- Não conteve as lágrimas e rapidamente levou sua mão até o rosto tentando as impedir de molhar ali. -- Desculpa... -- Disse desviando o olhar para a mesa. 

Laila a observava sem saber o que fazer, a tristeza de Victória a comovia de verdade, o sofrimento dela era real e bastante doloroso... Admirava a coragem dela em estar ali, tentando explicar um sentimento inexplicável. Laila levou sua mão e tocou a de Victória sobre a mesa, Victória a olhou de imediato, via sensibilidade e solidariedade nos olhos de Laila e mesmo em meio a tristeza, sorriu sentindo o carinho sincero que a outra lhe dava.

-- Você realmente é uma pessoa admirável, Laila. -- Observou a olhando. Não precisava de palavras para saber que Laila se compadecia de sua tristeza e não a culpava pelo sentimento que tinha pela namorada dela. -- Entende que ela não teve culpa não é? -- Perguntou. 

-- Sim... -- Laila avisou sincera. -- Victória eu também admito que em alguns momentos fui ríspida com você, eu sabia que você sentia um amor além da amizade, mas interpretei várias coisas de forma errada e que somente agora entendo. -- Laila confessou. -- Admiro muito você por ter vindo aqui e me dito o que disse, sei que não deve está sendo nada fácil, por isso te agradeço por essa consideração. -- Avisou calma e sincera. 

-- Eu precisava, por nós três. -- Victória afirmou. -- Me desculpa por tudo, não queria causar todo esse transtorno. -- Riu fraco. 

-- Entendo... E peço desculpas por não facilitar as coisas pro seu lado. 

-- É, de nenhuma forma. -- Disse. -- Desculpa. -- Pediu de imediato. 

-- Tudo bem, chega de desculpas. -- Laila avisou. -- Samantha me falou que você se afastou do hospital. 

-- Sim, ela foi uma amor de pessoa, me deu o tempo que quiser. -- Avisou grata. -- Surgiu uma oportunidade que a tempo queria, mas nunca dava certo, agora vou me agarrar a ela com força. -- Confessou calma. -- Vou dá um tempo fora do hospital e me dedicar nisso. 

-- Você quem sabe o que é melhor pra você... -- Laila ainda estava com sua mão sobre a de Victória.  

-- Laila. -- Victória falou ponto sua outra mão sobre a de Laila.. -- Peço que não conte sobre essa nossa conversa para a Alex. 

-- Victória não posso mentir pra Alê. -- Laila avisou desfazendo o contato delas. 

-- Não é mentir é omitir, por favor. -- Disse. -- Não quero que ela ache que de alguma forma eu esteja querendo impor minha presença ou coisa assim e acabar causando algum conflito entre vocês. Também não quero que a Alex se sinta pressionada a vir falar comigo. -- Advertiu sincera. 

-- Alexsandra sabe que vocês precisam conversar, e também não acho que ela vai pensar algo assim. -- Proferiu calma. -- Desculpa, mas ela vai saber que você me procurou e conversamos. -- Advertiu. -- Isso vai até ser bom pra ela, saber que de alguma forma estamos bem.  

-- Tudo bem. -- Victória não insistiu mais. -- Tens razão nisso e em não mentir ou omitir para sua namorada. -- Concordou resignada. -- Bem, era isso... Desculpa por te atrapalhar em sua aula e obrigada por me ouvir. -- Falou levantando.

-- Tudo bem. -- Laila também levantou. -- Era necessário... -- Observou. 

-- Sim... Tchau. -- Sorriu.

-- Tchau. -- Laila sorriu de volta e ficou a observar a morena caminhar em direção a saída e logo sumir de seu campo de visão, suspirou de certa forma, aliviada por vários motivos, principalmente pela conversa sincera delas. 

 

****

 

Alexsandra percorria a passos lentos pela Universidade onde Laila estudava, tinha combinado com a namorava que a encontrava por ali, mais ainda não tinha a avistado, parou e virou o rosto à procura dela e logo sorriu ao vê-la. Laila estava sentada em uma mureta de proteção que circundava o grande corredor da Universidade, por onde algumas pessoas passavam e outras apenas conversavam em grupos. Aparentemente todos concentrados em seu mundo e não diferente disso, Laila segurava um livro com uma das mãos e com a outra segurava um lápis e vez ou outro o levava até a boca, o sol do final daquele dia clareava levemente os cabelos pretos que soltos caiam somente para o lado direito do rosto, sua concentração era tamanha que parecia não se importar com nada a seu redor. 

-- "Linda e tão distraída"... -- Alexsandra iniciou uma cantoria baixa sentando à frente de Laila que a olhou e sorriu apaixonada. 

-- Alê. -- Sorria notando Alexsandra lhe sorrir. 

-- "Banhada em luz, luz que irradia". -- Alexsandra continuou para surpresa de Laila que apenas sorria a olhando. -- "Dos seus cabelos... Sexy, ela é uma usina... E nem imagina... Que ela fascina... Meninos e meninas..." -- Alexsandra finalizou mantendo o sorriso nos lábios e olhar fixo nos amarelos olhos da namorada que, sorriu desviando o olhar para o livro, Alexsandra sempre a fazia corar envergonhada, mas amava aquela sensação maravilhosa que sentia. 

-- O que estava lendo? -- Alexsandra sorriu questionando. -- Humm. -- Observou olhando a capa do livro sendo mostrado por Laila. -- Samantha tem um igual. -- Lembrou. 

-- É esse. Ela me emprestou. -- Laila sorriu avisando. 

-- Estou começando a ficar com ciúmes. -- Alexsandra avisou fingindo seriedade. 

-- Boba. -- Laila riu divertida. 

-- Não sabia que você era tão fã da minha irmã não. -- Declarou sincera. 

-- Sempre quis fazer medicina e sempre ouvia a mamãe falar dela, fui pesquisar e descobri muito, tão jovem e ela já publicou vários artigos científicos importantes, foi a melhor da turma dela, se especializou logo depois da faculdade, tem o doutorado... -- Laila falava e Alexsandra notava com clareza a admiração de sua namorada tinha por sua irmã. -- Samantha é a melhor que conheço na área da ortopedia, se eu chegar com trinta anos com metade do conhecimento que ela tem eu já fico feliz. -- Sorriu olhando Alexsandra. 

-- Eu sei que conseguirá meu amor. -- Falou com sinceridade e orgulho. -- Você é a pessoa mais determinada que conheço. -- Falou fazendo um carinho na coxa de Laila. -- Inteligente, estudiosa. -- Sorriu. -- Certinha. -- Riu. -- Um pouco chata... Só um pouquinho. -- Disse e riu levando um tapa na perna. -- Linda. -- Alexsandra sorriu apaixonada. -- Será que eu posso ter a presença da minha namorada na minha cama hoje a noite? -- Indagou deixando seu rosto se aproximar do de Laila. -- Posso? -- Insistiu em um sussurro bem próximo ao ouvido de Laila que sem querer se arrepiou por inteira. 

-- Rum. -- Laila pigarreou e sentiu Alexsandra se afastar e a olhar. -- Claro. -- Concordou sorrindo. 

-- Excelente. -- Alexsandra sorriu. -- Olha só. -- Alexsandra disse estendendo sua mão contendo um objeto. 

-- Ah que lindo, Alê. -- Laila sorriu pegando o colar de grão de arroz gravado. -- Alê? -- Sorriu olhando Alexsandra em alegria. Continha o nome "Alê" gravado.

-- É seu. -- Alexsandra sorriu. -- Gostou? 

-- Eu amei amor. -- Laila afirmou sincera. -- Vai põe pra mim. -- Pediu entregando o cordão para a namorada que sorriu e colocou no pescoço dela com prazer. -- Lindo. -- Sorriu admirando o presente já em seu pescoço. -- Obrigada. -- Agradeceu a olhando.   

-- Estratégico... -- Alexsandra riu. -- Vamos? -- Chamou lhe estendendo a mão para que descesse.

-- Vamos. -- Laila falou arrumando suas coisas e descendo segura na mão de Alexsandra. -- Mas tenho que passar em casa antes. 

-- Sem problemas, passaremos na sua casa. -- Alexsandra sorriu. 

-- Laila? -- Alguém a chamou.

-- Ótimo, o mala! -- Alexsandra proferiu com irritação ao ver Lucas andar até elas. -- Oi Doutora, tudo bem? -- Ele sorria educado.

-- Até estava. -- Alexsandra respondeu irônica para logo sentir Laila apertar sua mão em repreensão. -- É, tá. -- Completou. 

-- O que quer Lucas? -- Laila indagou. 

-- É então, quer ir ao cinema comigo hoje? -- Ele indagou para maior irritação de Alexsandra. -- Bom vai mais uma galera aí, então queria que você fosse. -- Explicou mantendo um sorriso. 

-- Tá de brincadeira né garoto? -- Alexsandra não escondia sua irritação. 

-- Não. Porquê? -- Ele indagou confuso. 

-- Ah fala sério! -- Alexsandra Falou soltando a mão de Laila e partindo para cima de Lucas.

-- Amor. -- Laila a segurou. -- Lucas eu não vou, já tenho compromisso. -- Laila avisou.

-- Um outro dia...

-- Cara pálida ela não vai, nem hoje nem nunca. -- Alexsandra advertiu o cutucando fortemente com o dedo indicador no peito dele o deixando assustado. 

-- Alexsandra, por favor. -- Laila a puxou novamente, pois já estavam sendo alvo de curiosos. -- Lucas vamos deixar logo uma coisa bem clara. -- Laila falou o olhando. -- Alexsandra é minha namorada, então para de ficar caçando um meio de da em cima de mim, porque não vai rolar, está bem!? -- Esclareceu de forma calma. 

Lucas ficou calado por alguns instantes parecendo processar a informação. Alexsandra por sua vez sorriu contente ao ouvir as palavras da namorada.

-- Se... sério? -- Lucas questionou as olhando. -- Eu pensei que era brincadeira das meninas... Fofoca. 

-- Escuta tu se faz de tapado ou tu é mesmo? -- Alexsandra questionou. -- É lógico que é sério. -- Advertiu aproximando dele novamente que dessa vez começou a andar para trás em receio. -- Laila é minha namorada e se eu sonhar que tu está rondando-a. -- Alexsandra falou pegando o rosto dele com uma das mãos e apertando. -- Eu encho esse rostinho pálido de hematomas, ouviu bem? 

-- Alexsandra, ele já entendeu. -- Laila avisou fazendo ela o soltar. -- Vamos embora. -- Falou a puxando consigo. 

Alexsandra ainda sorriu observando o medo de Lucas e abraçou Laila a acompanhando. -- Alê não precisava dessa cena toda. -- Advertiu chateada. 

-- Ah amor esse garoto não saia do seu pé. Teve o que mereceu. Quero ver ele ainda insistir em algo. -- Alexsandra sorriu a olhando. -- Ah amor não fica assim. -- Alexsandra pediu notando a chateação de sua namorada. -- Está com pena dele? -- Indagou.

-- Alexsandra não estou com pena de ninguém. -- Laila avisou parando e a olhando sincera. -- A questão é que você sempre quer resolver as coisas com ignorância ou batendo nas pessoas e não é assim que funciona. -- Avisou desviando o olhar, estava realmente chateada. 

-- Olha me desculpa, está bem? -- Alexsandra pediu sabendo que tinha exagerado um pouco. -- Não suporto ver esse cara o tempo todo querendo alguma coisa com você. -- Confessou fazendo um carinho nos cabelos e rosto de Laila. -- Nem ele nem ninguém. -- Completou sincera encarando os olhos de sua amada. -- Me desculpa? -- Sorriu. 

-- E eu consigo ficar chateada com você? -- Laila sorriu totalmente desarmada com aquele sorriso de Alexsandra. 

-- Isso é um sim? -- Alexsandra indagou mantendo seu melhor sorriso.

-- É. 

-- Como diz minha sobrinha. Ebaaaa. -- Alexsandra comemorou a abraçando forte e rodando com ela em seu colo. 

-- Alê! -- Laila ria. -- Para! -- Pediu.

-- Parei. -- Alexsandra sorriu a pondo no chão, seus rostos estavam bem próximos. Alexsandra sorria fitando os olhos de Laila e logo o olhar encarava a boca da mesma, boca que lhe sorria em um convite irresistível. Buscou uma resposta no olhos da namorada e sorriu observando que Laila olhava sua boca sentindo o mesmo desejo que ela tinha, aquilo era a sua permissão e sem demora colou seus lábios ao dela em um beijo apetitoso, amoroso...

 

*****

 

-- Boa noite.

-- Bom noite. -- Amanda falou fitando a mulher a sua frente.

-- Alexsandra está? -- Ela questionou calma.

-- Não. Quem deseja? 

-- Meu nome é Jessica sou personal trainer e Alexsandra me contratou. Ela me deu esse endereço. -- A mulher explicou.

-- Quem é amor? -- Samantha indagou. 

-- Amor sua irmã contratou uma personal? -- Amanda perguntou olhando a namorada. 

-- Ah é ela me falou que iria usar a academia. Oi, tudo bem? -- Samantha falou olhando a mulher a sua frente. -- Alex não está.

-- Pois é. -- Jessica sorriu ainda em pé na porta.

-- Entra aí.. -- Samantha avisou.

-- Sam!? -- Amanda proferiu olhando a morena.  

-- Obrigada. -- A Mulher agradeceu entrando. 

-- Senta. -- Samantha indicou. -- Vou ligar pra ela, só um instante. -- Samantha avisou pegando o celular. -- Alex está onde? -- Questionou assim que a irmã a atendeu. -- Como assim em casa? Tem uma mulher chamada Jéssica aqui em casa. -- Avisou. -- Como tu me marca um compromisso e esquece dele Alexsandra? -- Questionou séria. -- Eu sei Alex, mas por favor, né. -- Declarou mantendo a seriedade. -- Está bem. Ela quer falar com você. -- Samantha estendeu o celular para a mulher. 

-- É a Jessica. -- Avisou calma passando a ouvir Alexsandra ao telefone. -- Tudo bem, Alex. -- Sorriu. -- Ah por mim tudo bem, foi você quem escolheu o lugar. -- Falou e riu abertamente ao ouvir algo que Alexsandra falou. -- Melhor, melhor. -- Disse. -- Fechado... Nada. Boa noite. -- Finalizou e entregou o celular para Samantha. 

-- Tudo bem? -- Samantha indagou ainda ao telefone. -- Que bom e vê se não me apronta dessas de novo... Tá bom... Boa noite. -- Samantha sorriu desligando.

-- Olha, desculpa. -- Samantha falou calma. 

-- Nada, está tudo bem. -- A Mulher falou levantando. -- Tudo esclarecido. -- Sorriu. -- Vou Indo. 

-- Tudo bem. -- Samantha a acompanhou até a porta e ela se foi. -- Essa Alex vou te contar viu. 

-- Samantha não interfonaram! -- Amanda avisou.

-- Verdade. -- Samantha concordou calma. -- Mas qual o problema?

-- Esse é o problema, Sam. -- Amanda avisou séria. -- Uma pessoa completamente estranha entrou na nossa casa, entendeu agora? -- Amanda advertiu e só então Samantha se dera conta da real preocupação da namorada. 

-- Droga eu não me dei conta disse. -- Samantha levantou passando a mão nos cabelos. -- E ainda convidei pra entrar e se fosse uma maluca, assassina, sei lá... -- Falou realmente nervosa ao se dar conta da situação andando de um lado a outro. 

-- Calma amor, vem cá, senta aqui. -- Amanda pediu. -- Calma meu amor. -- Falou olhando nos olhos dela. -- Você nunca teve que se preocupar com isso, é normal agir como agiu e eu te entendo. -- Falou sincera. -- O que temos que fazer é resolver esse problema, está bem? -- Segurava o rosto de Samantha em um carinho. 

-- Tá bom. -- Concordou mais calma. 

-- Sempre acontece isso? 

-- Não sei, sempre sobe direto apenas quem é da família, assim, acho que é a primeira vez, pelo menos aqui pra casa. -- Esclareceu. 

-- Reivindicaremos que ninguém suba sem interfonar, ninguém, está bem? 

-- Tudo bem eu concordo. -- Avisou. 

-- Isso vai ter que ser uma regra pra todos desse prédio meu amor. 

-- Eu sei. Mas aí complica mais um pouco. -- Samantha avisou já conhecendo os vizinhos. 

-- Olha só, sei que é chato, mas vamos ter que pedir uma reunião com o síndico e fazer nossas exigências e ele terá que fazer todos cumprirem, caso contrário de que adianta uma segurança pra Agatha se qualquer pessoa pode entrar na casa dela? -- Amanda questionou chamando a atenção da noiva. 

-- Eu sei, você está certa, completamente certa. -- Samantha concordou. -- Amanhã mesmo vou ver isso. -- Avisou.

-- Nós vamos. -- Amanda advertiu.

-- Nós vamos. -- Samantha consertou e sorriu. -- Obrigada....Por tudo. -- Falou fazendo um carinho no queixo de Amanda. 

-- Te amo e amo nossa pequena. -- Confessou. 

Samantha sorriu feliz e com calma e muito amor beijou os lábios de Amanda que retribuiu na mesma intensidade. 

-- Mãe? -- Agatha a chamou. -- Ihhh... -- Proferiu ao ver o beijo delas. -- Foi sem querer. -- Avisou rindo e fazendo as outras duas mulheres rirem. 

-- Vem cá meu amor. -- Samantha a chamou para logo ter a filha sentada entre ela e Amanda. -- Como está sendo ter a Valéria como sua segurança?

-- Ah muito, muito legal. -- Agatha falou contente. -- Lá na escola só eu tenho uma segurança. -- Sorriu olhando Amanda e Samantha. -- Todos querem saber porque ela fica todo tempo comigo, é bem legal... Ah e ela faz várias mágicas na hora do intervalo, meus colegas acham bem legal e disseram que vão falar com a mãe deles pra ter uma segurança também. -- Avisou animada.

Samantha sorriu olhando Amanda e esta lhe sorriu de volta. Pelo menos a pequena estava se divertindo, ao menos por enquanto.

-- Tô com fome o que vamos comer? -- Indagou olhando as outras duas mulheres.

-- O que você quer comer? -- Samantha indagou.

-- Posso escolher? -- Indagou animada.

-- Pode. -- Samantha avisou sorrindo já imaginado o pedido que ela faria.

-- Pizza! -- Agatha praticamente gritou e riu abertamente fazendo as outras duas rirem.

-- Tudo bem, mas saiba que por essa semana mais nada de pizza, ouviu bem? -- Samantha avisou sincera. 

-- Tá bom. -- Falou um tanto desanimada. -- Mas quero um pedaço bem grandão. -- Avisou.

-- Claro que sim. -- Samantha riu. -- Quer pizza também amor? -- Questionou já pegando o telefone. 

-- Porque não!? Sairemos todas da dieta hoje. -- Amanda avisou rindo. 

-- Mãe pede refrigerante.

-- Filha, isso não, um suco? 

-- Quero refrigerante, mãe.

Samantha olhou para Amanda e esta sorriu em reação. Samantha sorriu em compreensão, era voto vencido naquela situação. 

-- Ok. 

-- Ebaaaaa.

-- Mas nada de refrigerante até final de semana que vem. -- Samantha avisou e se afastou falando ao telefone.

-- Tá bom. -- Agatha sorriu satisfeita. -- Porque a Cida não fez comida hoje? -- Agatha indagou olhando Amanda curiosa.

-- Porque ela teve que resolver umas coisas na casa dela, meu amor. -- Amanda sorriu.

-- Humm... Mas foi legal, assim vamos comer pizza. -- A pequena observou.

-- Mocinha que amo. -- Amanda riu a abraçando e beijando. 

-- Amanda quando é que a Natty vem? -- Agatha indagou sentindo a falta da jovem. 

-- Ah meu amor, não sei te dizer, mas assim que ela tiver uma folga ela virá. -- Amanda avisou. -- Vamos esperar. -- Sorriu. 

-- Tá. -- A menina sorriu. 

-- Pronto amores, nossa comida nada saudável chega em quarenta minutos. -- Samantha avisou e riram. 

-- Isso demora? -- Agatha questionou olhando a mãe.

-- Não muito, vida. -- Samantha sentou ao lado da filha. 

-- E o que a gente vai fazer agora? -- Continuou com mais indagação.

-- Que tal um filme? -- Amanda sugeriu olhando entre a filha e a namorada.

-- É! -- Agatha falou em acordo. -- Eu escolho. Posso? 

-- Na verdade... -- Samantha falou olhando da filha para Amanda. -- Eu estava com plano de trabalhar. -- Confessou, precisava ler alguns relatórios. 

-- Ah mãe, vamos, por favorzinho. -- Agatha insistiu. -- A senhora já trabalha o dia todo. -- A menina avisou em reclamação. 

-- Eu sei filha... -- Samantha suspirou.  

-- Olha só, colocamos o filme agora e assistimos esperando a pizza, depois comemos aí você libera a mamãe pra ela ir trabalhar, está bem? -- Amanda sugeriu. -- Eu fico com você até você dormir. -- Amanda avisou olhando a criança. 

-- A Senhora pode? -- Agatha sorriu satisfeita com a sugestão de Amanda. 

-- Posso sim, vai escolher o filme. -- Samantha sorriu em aviso. 

-- Legal. -- Agatha sorriu puxando Samantha para um beijo e depois repetiu com Amanda e foi fazer a escolha do filme. 

-- Obrigada. -- Samantha sorriu e beijou os lábios de sua namorada. 

-- Isso não foi nada. -- Amanda sorriu contente. 

-- Vamos! -- Agatha as chamou voltando à sala. -- Já sei qual o filme, agora é só botar. 

-- Mocinha apressada, já vamos! -- Amanda avisou levantando e puxando Samantha para a seguir. O início do filme foi animado, era um filme infantil, mas ambas as mulheres se divertiam com o desenho. A pizza chegou e elas comeram ali mesmo, enquanto assistiam ao término do filme...

Samantha foi para o quarto, pegou uma pasta preta e seguiu até o sofá ali perto e sentou, respirou fundo e a abriu a pasta avistando os vários relatórios que precisava ler, pegou os papéis e os apoiou sobre a pasta destacando o primeiro para começar a leitura... 

-- Ai meu Deus, profissional com C é demais. -- Samantha irritou-se ao identificar o erro nas linhas finais de um relatório duvidoso ou mais ou menos. Pegou uma caneta e grifou a palavra. Havia pedido para os estagiários entregarem os relatórios manuscritos, queria conhecer um pouco mais de cada um deles. -- Acho que vou pedir digitalizado, pelo menos esses erros o Word corrige. -- Samantha falou e riu das próprias palavras enquanto deixava aquele papel de lado e pegava o próximo. 

-- Pelo amor do pai que espécie de letra é essa? -- Samantha indagou encarando os garranchos sobre o papel. -- É com certeza vou pedir digitalizado da próxima vez. -- Afirmou tentando entender o que estava escrito e aos pouco foi conseguindo desvendar as palavras... 

-- É nada mau! -- Samantha sorriu satisfeita ao terminar a avaliação de mais um relatório. -- Isis... -- Era a estagiária que havia flagrado a chamando de gostosa, balançou a cabeça em negação em um semblante sério. -- Petulante demais, mas inteligente, isso a salva por enquanto. -- Observou deixando o trabalho sobre os outros já corrigidos, faltava apenas um, o pegou já sabendo de quem se tratava. -- Laila Pacheco. -- Sorriu iniciando a leitura... -- Referência!? -- Samantha sorriu admirada e orgulhosa, estava nas últimas linhas do relatório da cunhada e a cada palavra lida acreditava que não estava errada sobre Laila, a jovem era a melhor daquela turma. -- Excelente! -- Samantha sorriu feliz olhando o trabalho, em seguida o ajeitou junto aos outros e os guardou novamente na pasta. Espreguiçou o corpo e pegou o celular para ver a hora. -- Nossa! -- Passava da meia noite e nem dera conta. Levantou sentindo a falta de Amanda, ainda não havia voltado para o quarto, Estava tarde, então foi para o quarto da filha, sorriu ao ver que Agatha dormia agarrada a Amanda que também dormia. 

-- Ei? -- Samantha balbuciou bem próximo ao rosto de sua noiva e a beijou no rosto. -- Meu amor? -- Repetiu e sorriu vendo ela acordar um pouco desnorteada. 

-- Eu dormi. -- Amanda avisou baixo enquanto olhava Agatha. 

-- Sim. -- Samantha sorriu. -- Vem, vamos pra nossa cama. -- Pediu a ajudando a sair sem acordar a criança. Amanda sorriu e deu um beijo em Agatha. Samantha fez o mesmo, ajeitou a coberta sobre a filha e saíram juntas. 

-- Sono? -- Samantha indagou observando Amanda sentar na cama delas. 

-- Sim. -- Confirmou passando a mão no rosto. -- Terminou o trabalho? -- Amanda questionou a olhando. 

-- Sim. -- Samantha avisou sentando ao lado dela. 

-- Ótimo meu amor. -- Amanda sorriu contente e a beijou. -- Vou trocar de roupa.  

-- Pra que? -- Samantha a puxou. -- Só tira essa e pronto. -- Sorriu em sugestão. 

-- Sei. -- Amanda sorriu. 

-- Se sabe. -- Samantha riu e a beijou no pescoço. -- Tira. -- Insistiu falando próximo ao ouvido enquanto já subia a blusa que Amanda usava. 

-- Tira você. -- Amanda falou e sorriu ao ver Samantha a olhar. 

Samantha sorriu, guiou a peça e a retirou com calma em seguida a beijou com paixão a fazendo deitar na cama. Amanda a apertou contra seu corpo e logo depois pegou a regata que Samantha usava e com a ajuda da morena a retirou, sorriam e se entregaram em mais um beijo, este ganhou proporções mais intensas. 

-- Não está com sono? -- Samantha lembrou a fitando sorrindo. 

-- Sim. Mas estou com outra vontade maior que o sono. -- Confessou para um riso apaixonante de Samantha que, a beijou com amor e desejos. As peças de roupas eram desnecessárias mediante a necessidade que sentiam... Logo o que prevaleceu foi gemidos arrebatadores, som que guiava a intensidade dos toques, dos beijos, corpos que bailavam por prazer, com amor...

 

Fim do capítulo