Gente, namorar mulher de negócios é difícil demais. Acreditam que tem dias que eu preciso falar com a secretaria dela pra saber se ela pode me ver ou não?

Pois bem, é assim mesmo. Chega até a ser engraçado viu. Mas nesse ritmo ai estamos conseguindo nos adaptar.

Disse pra vocês que estava querendo voltar a praticar judô e começar a frequentar uma academia, né? Então, voltei a fazer os dois na mesma semana. Parecia que eu tinha sido atropelada por um caminhão, rs. A adaptação foi rápida, confesso. Mas passei uns bons dias sentindo dores musculares também.

Estou conseguindo manter a disciplina e o foco. A Cleo também não me dá folga. Acreditam que ela inventou de contratar uma cozinheira lá pra casa? Ah e detalhe, o cardápio da semana é elaborado por ela. Não aguento mais comer folhas, estou me sentindo uma tartaruga já.

Enfim chegou o dia de irmos pra Portugal, de volta as massas e os vinhos. Ebaaaa. A Cleo disse que vai me liberar da dieta durante os 5 dias que passaremos por lá. Mas que não é pra eu abusar. Aff. Tô me sentindo uma criança, com toda essa supervisão dela.

Deu um certo trabalho pra Cleo conseguir se afastar por 5 dias da empresa. Mas ela conseguiu. E fomos nos 4 festejar o aniversário dos meus filhos.

Desembarque em Portugal e lá estavam Lourenço e Carla a nossa espera. Os meninos correram para abraçar meu filho. Eu e a Cleo seguimos de mãos dadas. Dei uma travada quando vi aquele buque de rosas vermelhas na mão da Carla. Gente a mulher pirou de vez. Tá totalmente fora da casinha.

E que papo louco é esse de "anjo". Que coisa mais forçada. Ela nunca foi dada a esses apelidos carinhosos. Ai tem, não vou dar espaço pra ela ficar irritando a minha noiva não.

Ufa. Etapa "recepção" vencida. E consegui sair do aeroporto viva, ah, e sem encostar naquele buque, tenho certeza que a Cleo no mínimo ia me deixar uns três meses de castigo se saísse com ele nas mãos.

Seguimos pra minha casa em carros separados. A Carla estava a fim de forçar a barra mesmo. Se ofereceu pra levar as crianças lá. E inventou de ficar, tentou até conversar. Ave um papo bem desencontrado. Já estava impaciente, muito tentada a convidá-la a se retirar, mas a minha noiva não deixou.

Incrível como mesmo com o olhar a Cleo me passava segurança e me ajudava a tomar ou não certas decisões. Enfim a Carla se tocou de que estava sobrando e me pediu para acompanhá-la até a porta. Fui quase correndo levá-la até lá.

– Anjo, eu...

– Para. – interrompi a Carla sem cerimônia alguma. – Chega dessa história de anjo.

– Meu amor, eu te amo. – veio cheia de dedos pra cima de mim. – Volta pra mim, eu não consigo mais viver longe de você.

– Já falei pra parar com isso – segurei as mãos dela. – A sua sorte é que meus filhos lhe consideram como mãe e te amam muito. Mas eu não sou obrigada a receber você dentro da minha casa. Ainda mais com esse papo de voltar. Me esquece Carla. Vai viver a sua vida. Eu já estou muito bem comprometida. E entenda de uma vez por todas, eu amo a Clarice. Agora por favor, saia da minha casa.

Voltei para os braços da minha noiva. Ela estava planejando ficar no quarto do Lourenço com o Ju. Mas os 3 foram mais rápidos e planejaram tudo. E claro que a minha Cleo dormiu no meu quarto.

A estadia em Portugal foi bem tranquila. A Carla sempre que podia tentava chamar a minha atenção pra ela e irritar a Cleo. Mas não conseguiu em nenhum momento. Não sai do lado do meu amor, e a protegi de todas as formas das investidas da Carla.

Contei pra ela do papinho chato que tivemos lá em casa. Ela redobrou a atenção também quanto a Carla.

Eis que chegou o dia do aniversário dos meus filhos. Foi numa boate. Eles organizaram tudo, só arquei com as despesas. Inicialmente a minha noiva não parecia muito confortável, mas depois ela foi se soltando.

Daí a maluca da Carla resolveu aparecer vestida pra "matar" por lá. Um vestido coladíssimo no corpo, mega justo. Parecia até que ela tinha pegado uma roupa da Anna emprestada pra vestir, rsrs. Ela tava achando que ia causar. E até parecia que tinha conseguido viu.

Depois de ver ela dançando toda insinuante pra mim a Cleo saiu me arrastando pro banheiro. E confesso pra vocês que achei que íamos brigar pelas coisas que ela me disse. Não queria brigar. Ela me fez entrar na cabine com ela quando chegou a nossa vez. E quando achei que íamos iniciar a briga ela me beijou e me acendeu inteira. Nossa.

Era difícil demais resistir as investidas da Cleo. E acreditem, não paramos no beijo. As coisas esquentaram e não conseguimos nos controlar. Goz*mos dentro do banheiro. Foi uma rapidinha sensacional. Me senti uma adolescente viu gente... nossa.

Ainda bem que a minha calça era escura. Porque a filha da minha da Cleo me molhou inteira, e claro de brinde ganhou a coxa molhada também. Pra sorte dela, o vestido que ela estava usando cobria a perna.

Sai do banheiro me sentindo nas nuvens. Ficamos mais um tempo na festa. Tempo esse que ainda deu pra ver a Carla se agarrando com uma menina de uns 20 anos. Ela estava mesmo desesperada.

Saímos de lá e fomos pra casa dormir. Não sem antes a Cleo me dá bem gostoso. Afinal estávamos sozinhas em casa, o Ju estava na casa de uma amiga, ia buscar ele só no outro dia.

Depois de matar a saudade do corpo da minha noiva, tomamos um bom banho quente e fomos dormir.

Levei a Cleo pra conhecer alguns lugares que eu gosto muito em Lisboa, e que nunca fui com a Carla. Porque sempre sonhei em levá-la a esses locais. Eram lugares lindos, que eu ia quando a saudade dela e de tudo o que não chegamos a viver fisicamente, mas que na minha mente vivíamos todos os dias, apertava demais. E eu precisava "senti-la" de alguma forma.

Acreditem ou não desde que me descobri apaixonada pela Cleo, não teve um só dia que eu não tenha pensando nela em algum momento. Mesmo nos dias em que me iludia achando que tinha enfim encontrado o amor nos braços da Carla. Quando eu fechava os olhos era a Cleo que povoava os meus pensamentos.

Então aproveitei a nossa vinda pra cá e a levei a todos esses lugares. Acho que ela gostou de conhece-los. Também não contei tudo o que disse a vocês a ela. Ela podia acabar pensando que tá namorando uma louca, rs. Melhor deixar pra contar em uma outra viagem. Afinal já teremos mais tempo juntas.

Chegou o nosso último dia por aqui. Levei a Cleo ao meu restaurante favorito. Estávamos jantando e conversando animadamente, quando do nada ela pediu para que eu pagasse a conta porque já estávamos indo. Senhor, o que eu fiz agora?

Paguei a conta e fiquei esperando ela sair do banheiro.

Foi só entrarmos no carro e eu dar a partida que a filha da mãe levou minha mão a bucet* dela, ela estava sem calcinha. Que vadia. Mas tava muito gostosa. Toda molhada pra mim.

Foi muito difícil manter a atenção no volante com a Cleo me provocando daquela forma. Eu não resisti chegar em casa. Numa rua atrás da que ficava a minha casa parei o carro, a tomei em meus braços e a fiz minha. Eu precisava senti-la, tocá-la, saciar a minha vontade dela. Que mulher gostosa a minha é viu. Nossa.

Depois de tudo que fiz com ela, ela ainda teve forças pra me fazer goz*r com um oral magnífico. A Cleo me levava ao delírio facilmente.

Entramos em casa parecendo duas adolescentes em fuga, sem fazer barulho algum. Nossos filhos estavam em casa e dormindo já. No outro dia viajaríamos cedo. Tomamos banho e fomos dormir. A Cleo dormiu nos meus braços. Eu amava tê-la ali, protegê-la era a coisa que eu mais queria durante esses seis anos que morei aqui em Portugal.

Estamos de volta ao solo brasileiro. Só conseguimos tirar a manhã de folga. E a correria do dia a dia voltou.

No escritório estávamos conseguindo resolver os problemas, ampliamos a nossa equipe e eu já conseguia chegar em casa antes das nove da noite.

Passei a tomar café da manhã ou jantar com a Cleo todos os dias. Minha relação com o Ju só tem melhorado. Outro dia ele até me chamou de mãe Bah. Fiquei toda boba. Rs.

A Anna que está meio estranha, saindo sempre. Suspirando pelos cantos, celular sempre na mão. Longas ligações. Estou observando esse comportamento, pra mim são sintomas de paixão. Mas vou deixar ela a vontade, quando ela quiser me falar alguma coisa sobre o que está realmente acontecendo estarei aqui esperando.

Um mês já se passou desde que voltamos de Portugal. Continuo fazendo as minhas atividades físicas, comendo muita folha e com a Cleo pegando no meu pé. Não achem que é por mal. É só porque ela é super protetora mesmo e disse que me ajudaria com esse lance de voltar a gostar do meu corpo.

Está dando resultado o nosso empenho. Estou perdendo peso e até dormindo melhor, dormia muito pouco. E é claro que a dona Clarice me chamava a atenção também por isso.

Tem dias que a gente se "desentende", eu sou meio chata e agreste de vez em quando, sabe. Ela também não tem muita paciência para as minhas agrestias cotidianas. E olhem que evito muito, mas nem sempre consigo não bancar a “ogra”.

Ai de vez em quando ela some do Whats, ou não me liga. Quando pergunto se foi alguma coisa, ela ai fala "dengo a agrestia". Ai caço na memória o momento em que não a respondi da forma "correta". Mas nos damos muito bem, e essas pequenas coisas não nos afastam.

Afinal relação é isso gente, o dia a dia. O conhecer os defeitos e as qualidades do outro. E se adaptar a essas questões, ou juntos resolve-las.

Acho que nunca disse a vocês, mas a Cleo gosta muito de casamentos. Nesse final de semana um parente dela vai casar. E o casamento vai ser na cidade em que ela nasceu. Cidade esta que a mãe dela está internada também.

Ela quer ir. Tá com uma ideia de irmos na sexta, já que é feriado municipal e as crianças não terão aula. E quer levar o Ju pra visitar a mãe biológica. Não sei se essa ideia é boa.

A psicóloga disse que é bom fazer esse contato entre eles e que ele já está preparado para tal coisa. Mas sei lá, a mãe da Cleo parece ser meio preconceituosa em alguns momentos.

Não sei nem o que pensar. Vou só aceitar mesmo a atitude da minha amada e apoiá-la em qualquer decisão.

Fim do capítulo