• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • O Jardim dos Anjos
  • Capítulo 32

Info

Membros ativos: 9502
Membros inativos: 1631
Histórias: 1948
Capítulos: 20,235
Palavras: 51,302,523
Autores: 775
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: jazzjess

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (849)
  • Contos (476)
  • Poemas (232)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (183)
  • Degustações (30)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • RECOMEÇAR
    RECOMEÇAR
    Por EriOli
  • Horrores, delirios e delicias
    Horrores, delirios e delicias
    Por caribu

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Uma Pequena Aposta
    Uma Pequena Aposta
    Por Rafa
  • Minha escolha
    Minha escolha
    Por yuana_let

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (849)
  • Contos (476)
  • Poemas (232)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (183)
  • Degustações (30)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

O Jardim dos Anjos por Vandinha

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 3219
Acessos: 3414   |  Postado em: 12/04/2017

Notas iniciais:

 

Capítulo 32

O Jardim dos Anjos -- Capítulo 32 

 

 

-- A namorada da Alisson sou eu -- Lorraine sorriu para a menina, tentando parecer simpática. 

-- Não é não. A "namolada" da Alis é a "tita Náda"! 

-- O que é isso princesa? A tia Lorraine e você são os dois grandes amores da minha vida -- Alisson tentou colocar em prática seus conhecimentos a respeito de crianças. Tinha uma prática razoável com elas, graças ao trabalho voluntário no orfanato. Lembrava-se das diversas vezes em que se jogou no chão esperneando só para acompanhá-las nas birras -- A Alis ficaria muito feliz se você desse um oi para ela -- Alisson fez biquinho e balançou a cabeça olhando para a menina -- Não vai querer ver a Alis triste né? 

-- Oi -- ela disse em tom menos agressivo -- Mas eu gosto da "tita Náda". 

-- Eu também gosto muito da Nádia, na verdade, eu amo muito a Nádia -- Lorraine forçou um sorriso, tentando esconder os próprios sentimentos. Não tinha muito jeito com crianças, mas tentou mostrar-se simpática. Sem dúvida, a menina órfã era mesmo o ponto fraco da Alisson, portanto teria que esforçar-se. 

-- Viu? Todos nós gostamos da tia Nádia -- Alisson colocou a menina no chão e tomou a mãozinha dela na sua e a segurou com força -- Vamos conhecer o titio Wilson? 

-- "Vamo" -- Priscila lhe sorriu, revelando a falta de dois dentinhos da frente. 

Lorraine desviou o olhar para a menina e sentiu o coração derreter ao deparar com os olhos amendoados a encarando. Sempre teve a ideia de que eles eram todos iguais. Será que olhava direito para pessoas com deficiência? Ou o preconceito a via ver a síndrome antes de ver uma criança? 

Alisson amava-a tão profundamente como se fosse sua própria filha e estava determinada a lutar pela saúde dela. Quanto mais refletia sobre tudo isso, Lorraine chegava a conclusão que, mesmo que ela pareça fisicamente com as outras crianças com Down, para Alisson ela era única. As crianças com Síndrome de Down tem olhos amendoados sim, cabelo liso e fino sim, rosto redondo, orelhas pequenas, mas também tem suas peculiaridades. No caso de Priscila, umas covinhas nas bochechas, que davam vontade de apertar, e, o narizinho pequetito mais lindo do mundo. 

-- Você vem com a gente? -- Alisson perguntou para ela. 

-- Não sei... -- Lorraine olhou rapidamente para a criança de mãos dadas com a loira. Sentia-se deslocada, até mesmo arredia e encabulada. 

-- "Vamo Lolone"! -- Priscila sorriu para Lorraine. Foi um pedido tão espontâneo, tão simples, com tanta pureza de intenções e tão fofo, que Lorraine devolvendo-lhe o sorriso com uma gargalhada -- Só vou porque você pediu. 

Priscila alargou o sorriso. 

-- Boa garota! -- Alisson disse com voz suave enquanto a tomava nos braços e a aconchegava ao colo. 

-- Mas eu gosto mais da "tita Náda". 

 

 

Uma caneca escapou das mãos de Helena e se espatifou no chão. 

-- Desculpem -- resmungou a médium, estremecendo, com voz entrecortada e quase inaudível -- Como sou desastrada. 

-- Tudo bem, dona Helena -- disse Patrícia -- Essas coisas acontecem. Pode deixar que eu ajeito tudo. 

Helena sentia-se nervosa demais e vó Belinha percebeu. 

-- O que há com você, afinal? -- ela perguntou, preocupada. 

-- Que tal tomarmos uma xícara de chá? 

-- É uma boa ideia. Você precisa se acalmar -- A idosa puxou uma cadeira e sentou-se -- Não gosto quando você fica assim. Sempre acontece alguma coisa. 

-- Hoje à noite participaremos de um encontro sublime com a Espiritualidade Superior, estou sentindo grande mal-estar, físico e espiritual. Estou sentindo dores no corpo, dor de cabeça, sonolência, ansiedade. 

-- Você sabe o que significa isso, não é mesmo, Helena? Normalmente, nos dias das reuniões, somos assediados, com mais intensidade, por Espíritos necessitados de auxílio. 

Helena estremeceu. De novo, a confusão ameaçava dominá-la. Geralmente nesses dias, "tudo dá errado", tentando impedi-la de participar das reuniões. 

Voltando as costas para a mãe, ela encheu uma vasilha de água e colocou-a para ferver. 

-- Sinto que um espírito sofredor está buscando obter algum alívio para seus sofrimentos. 

-- Por que diz isso, Helena? -- Belinha fitou-a com curiosidade. 

-- Ele está me transmitindo sensações de dor e sofrimento moral. As mesmas dores que o levou à desencarnação. 

-- Você sabe que se faltar à reunião, negará auxílio. A melhor atitude, é buscar auxílio através da prece, solicitando, ao nosso Protetor Espiritual, que nos ajude mas que ajude também a eles. Muitas vezes, precisamos passar o dia todo "sintonizados" com a oração, para podermos resistir a essas influências... 

-- Concordo plenamente -- encheu duas canecas com a bebida e entregou uma para Belinha. 

Belinha levou a caneca até o nariz e inspirou o aroma, antes de prová-la. 

-- Hum! Camomila! 

Patrícia estava parada na porta ouvindo a conversa das duas senhoras. 

-- Se não se importam, eu gostaria que falassem mais sobre esse assunto -- ela murmurou, sentando-se à mesa. 

-- Por quê? -- perguntou Helena. 

-- É possível, que eu, uma maldita pecadora, seguidora do mal, também tenha essas sensações, dona Helena? 

-- Como nos ensina Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, todos somos portadores de mediunidade; é por esse motivo que todos estamos sujeitos a sofrer esses tipos de influências. Por quê está perguntando isso? 

-- Trata-se de uma curiosidade natural. Nada além disso. 

-- Está com medo, né sua cagona? -- perguntou Belinha rindo dela. 

-- O que é isso mãe? Boca suja! Você gostaria de perguntar mais alguma coisa? -- Helena encorajou-a -- Pode perguntar, Patrícia. 

-- Esses espíritos podem fazer mal às pessoas? 

-- Esses Espíritos não se aproximam de nós porque queiram nos fazer algum mal. De forma alguma! O que eles buscam é o socorro para o seu sofrimento. Eles se aproximam de nós, porque sentem, mesmo inconscientemente, que de alguma forma conseguirão obter algum alívio para seus sofrimentos. 

 

 

-- Doutora, Lorraine. O doutor Felipe está lhe aguardando em sua sala. 

Lorraine fez uma careta para Sandy. 

-- Minha sala ultimamente parece a casa da mãe Joana. Todo mundo vai entrando e se esparramando -- disse mal-humorada -- Minha secretária parece uma múmia paralitica. 

Sandy fez cara de tédio. 

-- Não tenho culpa se os seus amigos e funcionários são uns abusados que nem perguntam se podem ou não entrar -- ela disse, olhando para os papéis que estavam sobre a mesa -- Não posso fazer nada, principalmente contra aquela tal de Andras. A mulher parece a bruxa de Blair. 

 

Lorraine olhou para ela atentamente, e se calou. Sandy era a menos culpada em toda essa história. Ela mesma, com todo seu poder e rigor não conseguia impedir os abusos de Andras. 

-- A partir de hoje vou manter a porta de minha sala trancada. Só entra quem eu autorizar. Estamos conversadas? 

Lorraine perguntou, mas não esperou a resposta. Foi logo entrando em sua sala. 

-- Bom dia, Felipe -- A médica jogou a bolsa sobre a mesa e deixou-se cair sobre a cadeira -- Meu Deus, há ocasiões em que eu gostaria que tudo isso não passasse de um pesadelo e... -- Lorraine mordeu o lábio inferior, como se assim pudesse conter as palavras que quase deixou escapar. Quase tinha confessado para Felipe! Quase ia contando para ele o que a maldita da Andras estava fazendo com ela. 

-- O que está acontecendo Lorraine? -- perguntou Felipe inclinando-se para frente e encarando-a ansiosamente -- Se existe algo que a atormenta, abra-se comigo. Há dias que percebo-a tensa e distante. Talvez você pudesse desabafar comigo. Assim, se sentiria um pouco melhor. 

-- Prefiro não tocar no assunto -- ela reagiu, ríspida -- Esse é um assunto que só diz respeito a mim e a mais ninguém. 

-- Eu só queria ajudar -- disse demonstrando mágoa -- Faça como quiser, Lorraine -- Felipe suspirou, profundamente -- Como já disse, só queria confortá-la. 

-- Agradeço seu interesse, mas... -- Lorraine não conseguiu terminar a frase. A voz morreu-lhe na garganta e as lágrimas começaram a surgir em seu olhos. Escondeu o rosto entre as mãos e soluçou. 

Felipe saiu de onde estava e abaixou-se ao lado da cadeira da irmão. 

-- Por favor, não fique assim -- Felipe pediu, num tom suave. Era estranho ver a irmã sempre tão forte e segura de si naquele estado tão vulnerável. Ela estava prestes a contar o que estava acontecendo, mas, isso não lhe importava, agora. Só queria que Lorraine parasse de chorar e de sofrer -- Não precisa falar, Lô. Apenas tente se acalmar -- ele disse, baixinho, deslizando as mãos nos braços dela, delicadamente. 

Entretanto, ela já não o ouviu. Estava disposta a dividir com alguém a sua dor. Com os olhos fixos no vazio, começou a narrar os fatos daquela noite, como se os revivesse: 

-- Na noite da morte de Silvana recebi uma mensagem dela. Olhe você mesmo -- Lorraine entregou o celular para o irmão ler a mensagem. 

"Preciso falar com você. Patrícia saiu para buscar algumas roupas e vai demorar um pouco". 

-- E você foi até o quarto? 

-- Pensei que talvez ela estivesse precisando de algo. Não custava nada ir até lá e descobrir o que ela queria. Sou uma médica. Eu cuido das pessoas -- ainda doía muito em Lorraine, só de pensar -- Se ela estava precisando era meu dever ajudá-la. 

-- Eu sei que é difícil, mas precisa me contar tudo -- ele enxugou as lágrimas do rosto da irmã com a mão. 

-- De que adiante? 

-- Adianta porque eu quero que tenha a oportunidade de abrir-se comigo. Quero lhe ajudar, Lorraine. Continue. 

-- Quando cheguei no quarto, Silvana já estava morta. Fiquei desesperada sem saber o que fazer. Encontrei uma seringa caída no chão e peguei nela, sei que agi como uma boba ingênua, mas estava tão nervosa... -- Lorraine sufocou um soluço e abaixou a cabeça. Felipe abraçou-a, tentando acalmá-la enquanto ela lutava para segurar o choro. 

-- Por quê não correu pedir ajuda? Apertou a campainha? Sei lá? Gritasse? 

-- Não sei por que fiquei imóvel, junto à porta, em vez de fazer tudo isso que você falou. Acho que eu estava apavorada demais, para tomar qualquer atitude. E ainda por cima... -- Lorraine tomou fôlego, antes de prosseguir -- Andras apareceu naquele exato momento prometendo me ajudar. 

-- Andras? -- ele perguntou num tom grave -- Justo aquela cobra? 

-- Eu fiquei na dúvida, mas aceitei a sua ajuda. Ela retardou o máximo o meu pedido e quando cheguei à recepção, todos já sabiam do acontecido. Ela mentiu para mim, não estava querendo me ajudar coisa nenhuma. 

Felipe a segurou com firmeza, afastando-a para que pudesse fitá-la. 

-- Mas isso não importa. Nada disso importa. Você não matou a Silvana -- Felipe insistiu -- Temos que procurar a polícia e contar tudo -- tocou-lhe o rosto com as mãos, secando as lágrimas -- Por favor, vamos agora conversar com o investigador Pinto. 

-- Não é assim tão simples -- Lorraine encarou-o -- Não sei como, mas a seringa com as minhas digitais e as filmagens das câmeras estão em poder da Andras. Ela está me chantageando. 

Felipe passou a mão pelo cabelo e engoliu seco. 

-- Fodeu! Desculpe, mas é bem isso. 

-- Sabe quando você fica sem as suas defesas? Vulnerável à emoção, à dor, a tudo? É assim que estou me sentindo. 

-- Por quê Andras está fazendo isso com você? Por quê está lhe torturando? Claro que ela deve ter um motivo sujo por trás dessa chantagem. 

-- É o que provavelmente vou descobrir hoje. Ela me convidou para sair. Com certeza vai me colocar contra a parede. 

-- Repito: Vamos até a polícia contar a verdade -- Felipe insistiu. 

-- Eu sou a principal suspeita da morte da Silvana. O próprio investigador já me falou isso. Tem várias testemunhas contra mim. Inclusive você já me viu quase estrangular a Silvana. Quem vai acreditar em mim? 

-- Eu acredito -- com a ponta do dedo, Felipe enxugou uma lágrima do rosto dela -- Eu acredito. A Alisson vai acreditar, a Nádia vai acreditar. Estaremos ao seu lado para o que der e vier. Fala a verdade para todos, Lô! 

-- Ah, deixe-me em paz. Deixe-me em paz, Felipe. Será que não vê que estou enterrada até a cabeça? Você já sabe de tudo o que há para saber. Que diferença isso faz? -- Ela disse, passando a mão no rosto. 

-- Você deveria confiar ao menos na Alisson. Ela te ama, vai ficar ao seu lado. 

-- Eu conheço muito bem a Alisson, ela vai querer amassar a cara da Andras e aí você sabe o que vai acontecer? A Andras vai me entregar de bandeja para a polícia. 

-- Então você vai aceitar tudo isso que a Andras está fazendo? 

-- Que saída tenho? -- Lorraine respondeu com outra pergunta. 

-- Você está pálida, abatida. Deixando transparecer em seus olhos toda a dor que está sentindo. Não vai demorar muito para a Alisson perceber e começar a fazer perguntas. 

-- Acho que não, ela e a Nádia estão mais preocupadas com a menina órfã. 

Felipe pegou as mãos molhadas de Lorraine e beijou-as. 

-- Não chore mais. Nós vamos achar uma saída.

-- Eu não posso perder a Alisson, Lipe. Minha vida era uma porcaria até que ela surgiu, com seu jeito de anjo! Tão meiga, tão cheia de bondade que tenho vergonha de mim mesma -- ela desabafou. 

-- Você não vai perdê-la. Ela te ama - Felipe beijo-a na cabeça - O amor de vocês é verdadeiro - Felipe ficou em silêncio durante alguns segundos, como se quisesse pôr em ordem seus pensamentos - Lembra-se daquela moça fria e arrogante que zombava do amor? 

Lorraine passou a mão pelos cabelos negros e deu um sorriso. 

-- Fria, arrogante de personalidade forte e dominadora - os lábios dela tremeram - Aquela moça não existe mais, meu irmão. Hoje sou uma mulher frágil e que sofre de uma enorme carência afetiva - Abraçaram-se ternamente e riram juntos - Da Alisson não quero só o ombro e o colo, quero tudo. 

 

-- Bom dia Sandy! -- disse uma voz conhecida, e antes que a secretária tivesse tempo de tirar os olhos do relatório que estava sobre a mesa e que ela tentava terminar antes do horário do almoço, Alisson já estava caminhando em direção à porta da sala de Lorraine. 

Sandy levantou-se imediatamente e correu atrás dela. 

-- Você não pode entrar - parou na porta para impedir sua entrada. 

Percebeu que Alisson não sorria como de costume e que a olhava fixamente, como se a desafiasse. 

-- O que foi? Não gostou? -- perguntou Sandy colocando uma mão na cintura e a outra no caixilho da porta -- Por aqui ninguém passa. 

 

Alisson fechou os olhos e cruzou as mãos sobre o peito. 

-- Daniel Dunglas pare de mexer nas coisas dessa boa mulher e aproxime-se. As forças do mal estão usando essa pobre criatura para impedir a minha entrada no templo sagrado do amor. 

Sandy levantou as sobrancelhas e olhou em volta. 

-- Você é maluca é? Não tem ninguém aqui. 

-- Você não pode vê-lo porque seu coração está impuro. Fica horas na internet vendo fotos nuas do Kid Bengala. Seus dedos estão até finos. Foi Dunglas que disse isso. 

-- Esse Dunglas é um safado, sem vergonha -- Sandy exaltou-se. 

-- Calma Dunglas! Não fique irritado com ela, as pessoas não estão preparadas para ouvir as verdades -- Alisson abriu os olhos e olhou para o lado -- Entra lá Dunglas e traga Lorraine até aqui -- disse e em seguida olhou para a secretária -- Ele vai passar através de você. Não se preocupe, você vai sentir apenas um tremor, ou uma convulsão, depende do grau de impureza da sua alma. 

Sandy deu um pulo para o lado.  

-- Cada doido que me aparece -- voltou para a mesa andando de costas -- A doutora Lorraine vai me matar. 

-- Hã? O que você disse? Ah! Claro! O Dunglas está me dizendo que o piu-piu do Alexandre Frota é bem mais bonito que o do Kid Bengala. 

-- Idiota! -- Sandy pegou a bolsa e saiu resmungando -- Vou almoçar. 

Alisson bateu na porta e entrou sorrindo. 

-- Olá! Posso entrar? -- sentiu que o clima na sala estava um pouco carregado, então pensou em recuar -- Posso voltar em outro momento se for o caso. 

-- De jeito algum amor -- Lorraine levantou-se e foi ao seu encontro. Passou a mão pelos cabelos dourados e a beijou suavemente. 

-- O que aconteceu? Você estava chorando? -- Alisson perguntou, preocupada. Ela fitou Lorraine com aqueles olhos azuis que pareciam ver sua alma. 

Felipe remexeu-se na cadeira, sentindo-se incomodado. 

-- Certos assuntos familiar nos trazem tristes recordações, mas como diz o poeta: "Recordar é viver" -- Felipe caminhou até a porta e antes de sair virou-se para perguntar à Alisson: -- Nos encontramos hoje à noite? 

-- Ainda não decidi se vou. Não acho justo me divertir enquanto Lorraine trabalha -- disse Alisson acariciando as mãos de Lorraine. 

Linhas de remorso apareceram ao redor dos olhos da morena. 

Felipe engoliu em seco. Alisson não merecia o que Lorraine estava fazendo. O amor se alimenta da confiança. Confiança é a base de uma relação e sem esse sentimento o amor delas não sobreviverá -- pensou com pesar, sabendo que não precisava ser nenhum vidente para prever isso. 

-- Pois eu prefiro que vá -- disse Lorraine fingindo naturalidade. Pensava em resolver seus problemas com Andras naquela noite. A bruxa queria algo em troca das provas que possuía contra ela, isso era fato. Quem sabe dinheiro, um cargo no hospital, enfim, estava disposta a dar-lhe qualquer coisa desde que ficasse livre das chantagens dela -- Divirta-se com nossos amigos. Amanhã será a nossa vez de curtirmos a noite daquele jeitinho que você sabe né? -- falou sorrindo, passando o dedo indicador pelos lábios da pediatra. 

-- Nesse caso... -- olhou para Felipe e fez sinal de positivo com o dedo -- Encontro vocês lá. 

Assim que Felipe saiu, despedindo-se com um sorriso de simpatia, Lorraine parou diante de sua mesa e voltou a ficar séria. 

-- Como foi a conversa com o Wilson? 

-- Ele é um ótimo cardiologista e também muito atencioso. Explicou-me tudo sobre o quadro clínico da Priscila. É preocupante, mas confio em Deus. 

-- Vai dar tudo certo. O Wilson é competentíssimo -- Lorraine trancou a porta e se voltou para encará-la com um olhar impenetrável -- Estou louca para cair dessa poltrona e me estatelar no chão -- disse sorrindo, começando a abrir os botões da blusa, um por um -- E você? 

-- Tenho uma ideia melhor -- descobriu os seios morenos de Lorraine e escorregou as mãos por entre eles lentamente -- Essa mesa está tão convidativa. 

Alisson jogou tudo o que havia na mesa ao chão. 

-- Hummm... -- Lorraine assentiu com um sorrisinho leve -- Que ideia magnifica! 

Então o tempo perdeu o significado para elas. Nada mais parecia existir naquele momento. Mesmo em cima de uma desconfortável mesa, amaram-se de uma maneira alucinante, realizando alguns de seus sonhos mais ousados. 

Envolvida por toda aquela paixão, Lorraine fez um pedido desesperado: 

-- Promete que nunca deixará de me amar, Alisson. Mesmo que eu enlouqueça e esqueça que te amo mais que tudo na vida.  

-- Mesmo depois de morrer ainda vou te amar, Lorraine. 

 

 

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 32 - Capítulo 32:
Rita
Rita

Em: 14/04/2017

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

jake
jake

Em: 13/04/2017

Ola VANDINHA!!!Vc me deixou aqui muito preocupada e pensativa ...

SILVANA poderia falar tdo oque vem acontecendo pra HELENA...

ALISON ja esta percebendo que algo esta errado...

...Lo poderia se abrir com a ALI...

OBRIGADA FELIZ FERIADO !!!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mille
Mille

Em: 12/04/2017

Olá Vandinha

Lorraine se abrindo com o Felipe, e se ela confiasse no irmão não iria traí a Alisson com a Andras. Espero que o amor delas seja maior que a mentira e a falta de confiança é que possam superar tudo. 

Será que a Silvana está tentando falar com a Helena??? 

Pri é muito lindo e a Alisson tem um jeitinho de fazer ela aceitar a Lorraine, mais a Nádia conquistou o coração da Priscila.

Aguardar para saber o que a Andras vai fazer a Lo abrir mão para pegar as provas que a incrimina.

Bjus e até o próximo

Responder

[Faça o login para poder comentar]

patty-321
patty-321

Em: 12/04/2017

Não tá fácil pra Lorraine. Agora o Felipe sabe e pode ajudar, talvez. Bjs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 12/04/2017

Espero que Felipe ajude Lozinha

Quase não leio esse capítulo de tão tensa que estou aqui. Faltou um pouco de coragem para ver Andras querendo a alma de Lô ou de Ali

Vandinha, não deixe Andras atrapalhar essas lindas

Abraços fraternos!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web