boa leitura :)
Capítulo 6.
Acordei pela manha exausta, parecia que um bando de touros tinha passado pelo meu corpo na noite anterior. Sem abrir os olhos passei as mãos do outro lado da cama e estava.. vazia. Me levantei esbarrando nas coisas e fui me lavar, não no lago pois fazia muito frio. Olhei pela entrada da caverna e nevava, parece que o inverno chegou mais cedo nesses cantos da montanha, eu achei aquilo maravilhoso, era minha época preferida.. bom era, desde que minha.. mãe partiu, levou junto tudo que tinha de bom em mim, até mesmo minhas melhores lembranças. Voltei para cama e deitei, teria dormido de novo se não fosse por uma mão macia acariciando meu rosto. - Acordei e não estavas aqui.
- Abri os olhos e fechei a cara, torcendo pra que ela não parasse com aquele carinho.
- Princesa ou não todos merecem um bom café da manhã, e você não comeu nada dês de ontem. - Respondeu apontando para uma bandeja com frutas, leite quente e alguns pães. Quiana tem cuidado tão bem de mim, quando eu a vi ontem toda despida deitada nessa cama não foi só uma vontade que eu senti, de uma noite e acabou. Ela é uma feiticeira mas tem mostrado ser algo totalmente diferente de sua linhagem, senti uma vontade imensa de saber o que se passava naquele pequeno coração. Quando sai daqueles pensamentos percebi que ela me olhava com um brilho nos olhos. Passei a mão no seu rosto e ela estava gelada, me aproximei dela fazendo meu rosto ficar bem próximo do seu, eu sentia seu halito quente. Ela fechou os olhos na promessa de um beijo, e eu sorri com aquilo. Desviei da sua boca e fui em direção ao seu pescoço que estava coberto por seus cabelos, o afastei e dei beijinhos ali. Ela se arrepiou inteira, voltei a olha-la.
- Pensei que estivesse com fome.. - Disse ela com um sorrisinho no rosto.
- Estou.. mas com fome de outra coisa. - E a beijei com vontade.
No começo eram beijos calmos, seus lábios pareciam aqueles doces que a gente prova uma vez, gosta e quer mais um.. e mais outro.. e quando vê já virou seu doce preferido. Mordia seus lábios sem dó algum, e ela deu um gemido baixinho de dor, aprofundei nossos beijos, aquela boca.. me tira o pouco do juízo que tenho. Ela me puxou para seu colo, e suas mãos começaram a passear por dentro da minha blusa. Ela arranhava minhas costas, me causando arrepios por todo o corpo, quando ela alcançou um dos meus seios não aguentei mais esperar, eu mesma tirei minha blusa e a deitei na cama. Em um movimento rápido ela trocou de lugar comigo ficando por cima.
- Hoje sou em quem mando.. - Disse isso e segurou minhas mãos por cima da cabeça. Ela me deu um beijo rápido, e desceu para meu pescoço o mordendo sem dó também, com certeza deixaria marcas.. ela foi descendo, e colocou um dos meus seios na boca, beijou, lambeu, mordeu e repetiu o mesmo com o outro seio. Eu já estava inquieta de baixo dela. Quiana soltou minhas mãos e foi descendo o beijo, deu um pouco de atenção para minha barrigada enquanto suas mãos já abaixavam minha calça, ela se levantou um pouco e terminou de tira-la. Agora só um pequeno pedaço de pano me separava de sentir o prazer que aquela garota queria me dar. A segurei pelos cabelos trazendo-á até mim, eu queria beija-la. Quiana sorriu e voltou o que estava fazendo. Ela se posicionou no meio das minhas pernas, beijou lentamente a parte interna da minha coxa e foi descendo até chegar aonde ambas queriam. Ela passou a ponta da linguá por cima da minha calcinha fazendo um gemido fugir pela minha garganta, retirou minha calcinha lentamente e sorriu ao ver que o quanto eu estava molhada, para ela. Quiana colocou dois dedos na boca e os ch*pou, eu apenas observava com curiosidade, ela os retirou da boca e colocou um na minha intimidade com cuidado me fazendo morder os lábios após soltar um gemido, e começou uma esfregação tão.. gostosa. Fechei os olhos e deitei com a cabeça no travesseiro, meu corpo reagiu de uma forma tão completa quando aquela linguá quente tocou meu sex*, eu comecei a gem*r alto enquanto apertava o pano que cobria sua cama. Eu estava em outro mundo, meu coração batia na mesma velocidade em que os dedos de Quiana entravam e saiam de dentro de mim, eu agarrei fortemente seus cabelos, abri os olhos e encarei os olhos de Quiana, que se mantiam sobre os meus. Um calor imenso tomou conta do meu corpo, minha respiração ficou falhada, e eu senti uma paz que ia até minha alma e voltava, mordi meus lábios aproveitando aquele prazer todo que Quiana tinha acabado de me dar. Fechei os olhos esperando minha respiração voltar ao normal, senti quando a ruiva tirou seus dedos de dentro de mim, depois subiu me dando um beijo calmo e demorado.
- Uau! - Disse entre seus lábios.
- Você é tão.. maravilhosa, fica linda quando esta vermelha. - Disse tirando algumas mexas de cabelo do meu rosto
- Seus olhos brilharam quando te olhei.. por que?
- Acho que ficam assim quando estou com você.
Ela então deitou sua cabeça no meu ombro e adormeceu enquanto eu fazia carinho em seus cabelos. Eu a olhando daquele jeito, ela parecia tão calma, tão sensível, quase desprotegida.
- Eu lhe juro que nunca vou deixar que nenhum mal aconteça a você. - Jurei mais pra mim mesma isso, dei um beijo em sua testa e me levantei sem acorda-la.
Me troquei rapidamente, comi algumas frutas que estavam em cima da bandeja e fui indo em direção a saída da caverna quando vi Deric sentado em um canto olhando para cima.
- O que está fazendo aqui? Quanto tempo está aqui? -Perguntei o encarando.
Ele me olhou com uma cara séria.
- Está atrasada para se encontrar com o Rei e os outros corredores sabia disso?
- Estava indo para lá agora.
Ele balançou a cabeça negativamente, dizendo:
- Não deixe que pequenas coisas atrasem seus planos Amberle ou eu terei que tomar providências.
Ele falou aquilo e logo Quiana me passou pela cabeça, mas ele não sabia o quão importante ela tem se tornado para mim em tão pouco tempo, que apesar de não querer lutar contra esse.. sentimento, eu estava o deixando crescer, mas nunca iria deixar que isso atrapalhasse meus planos. Mas se Deric soubesse disso tentaria de todo jeito tirar Quiana da minha vida.
- Isso não será problema tio, eu sei o que estou fazendo e sei o que quero mas só preciso de uma mãozinha para chegar até lá, isso não lhe da o direito de mandar em mim então não se intrometa em minha vida ou eu paro de ajuda-lo e terás que conseguir o que quer sozinho.
Ele pareceu um pouco pensativo e não disse mais nada sobre o assunto, eu sentia que algo no fundo o incomodava mas não me importei com aquilo, ele saiu da caverna indo para o castelo e eu o segui.
Bati na porta da sala de comando e pude ouvir uma voz sair lá de dentro, então entrei e todos que estavam ali dentro pararam e ficaram me olhando. Eu caminhei em direção ao Rei e fiquei do lado dos outros 8 corredores, o Rei me olhou friamente e começou a cerimonia da entrega dos postos de cada corredor. Durante todo tempo o rei me olhava de canto, as vezes falava algumas coisas parava e me olhava, será que ele descobriu que sou eu? Se sim, eu estaria ferrada. Abaixei a cabeça fitando o chão apenas ouvindo o Rei dando os cargos dos corredores.
- Você corredor do Reino da Terra será o ala esquerda, terás que proteger o capitão da missão junto com os demais. Como todos sabem, a nossa Truita precisa ser protegida e como todo ser vivo ela precisa ser cuidada, digo.. tratem a nossa fonte de vida como se fosse a joia mais preciosa e antiga do universo. Esse ano será diferente pois, nossa Truita esta.. morrendo.. - Nesse instante todos o olharam assustado e eu mantia a cabeça baixa- .. sim morrendo.. e por isso esse ano mandarei vocês além das paredes do Mundo dos Jogos, como todo ano quem falhasse voltava para casa, nessa missão uma pequena falha poderá causar a morte de vocês, por isso é muito perigoso e eu peço para que tomem cuidado.
Essa ultima frase ele disse colocando a mão em meu ombro, não entendi bem, mas meu coração gelou.
- Os postos de vocês já foram dados, daqui 3 luas vocês partem então, se preparem, se despeçam, e boa sorte. - Ele disse se virando para sair mais foi interrompido.
- Espera senhor Rei, mas quem será o líder da missão? E mesmo com o líder ainda estará faltando mais uma pessoa, estamos somente em oito pessoas.
- O líder é quem lutou com garra no ringue ontem. - Disse ele me olhando.
Todos ficaram de boca aberta, inclusive eu. Como assim eu lideraria aquela missão? As palavras não saiam da minha boca e como eu fiquei em silêncio um dos corredores, resolveu enfrentar as palavras do Rei.
- Mas nem conhecemos ela Rei.. vai saber se não é alguma feiticeira ou pior.. pode acabar nos matando nesta missão.
Quando o Rei foi responde-lo um falatório tomou conta da sala, todos cochichavam sobre o que ele tinha acabado de dizer, eu fiquei em silêncio, olhei para o corredor era o do Reino dos Animais, ele tinha um sorriso irônico no rosto e me olhava quase vitorioso.. quase porque eu peguei a faca que estava em meu calcanhar e cortei uma de minhas mãos deixando o sangue escorrer.
- Não sou nenhuma feiticeira e nem carrego magia em minhas veias, olhem. - Dito isso todos pararam de cochichar e ficaram olhando para o Rei, esperando para ver qual seria sua decisão.
- Minha decisão final já foi tomada! Se caso alguém quiser me contrariar será banido dessas terras, assunto encerrado, agora me deixem a sós com a Leader.
Todos saíram, olhei curiosa para a porta e não vi Eretria em lugar algum. Quis sair correndo dali, mas seria suspeito demais, então fiquei e enfrentaria se preciso o Rei e não desistiria dos meus planos e do meu sonho de ser corredora. O rei fico em frete a uma grande janela que eu adorava ficar quando era criança, dali dava para ver o reino todo, ele se virou me olhando curiosamente.
- Como se chama?
Tenho que pensar em algo, e rápido.
- Julie.. Julie Sheer.
- Hm.. então Julie? De que Reino devo ter a honra de parabenizar por ter uma jovem com grande talentos?
''Sou eu pai,sua filha, será que o senhor ficaria orgulhoso se soubesse que sou.. eu?''
- Do Reino do.. da.. sirvo os Xamãs. - Disse por fim, foi minha pior mentira.
- Como? ..- Perguntou ele com uma cara nada boa - Vocês foram banidos destas terras, junto com aqueles anões, como seu dono tem audácia de mandar você aqui?
Ele estava vermelho de raiva, os Xamã foram banidos destas terras não por um pequeno motivo, estavam usando nosso povo para invocar, controlar ou incorporar espíritos, que favoreceriam os seus poderes de exorcismo, adivinhação, cura ou magia. Sim os Xamã tinham forças jamais vistas em qual quer outro ser, então para não começarem outra guerra eles foram banidos dessas terras e nunca mais ninguém viu um deles.
- Eu não sou um deles.. não mais.
- Então está me dizendo que fugiu? E por que quer entrar nesta missão? Alguma coisa você quer, então espero que me digas logo entes que eu chame os guardas e te mate por pisas em minhas terras.
Droga. Pensa Amberle, use a cabeça, senão daqui a pouco a única coisa que vai ver é uma lamina em seu pescoço.
- Sim eu fugi, quero ser livre, e correrei para provar que mereço ela como qualquer ser vivo merece ser.
- Você me lembra muito minha filha.. - Ele riu baixo, e voltou a olhar pela janela.
Meu coração apertou, ver meu pai daquele jeito me deixava sem chão, depois que aquela mulher foi embora meu pai só tinha a mim e eu a ele, mas ele nunca aceitou o fato que a vida corre e rápida demais, eu cresci mas ele sempre me dizia ''Você sempre será minha pequenininha'' e me protegia sempre, mas uma coisa eu sei, meu pai não estará ali para sempre e eu terei que aprender com a vida mais cedo e mais tarde, e eu escolhi que fosse agora, espero que um dia ele possa me perdoar.
- Bom, sem mais rodeios você... o senhor Rei poderia me dizer exatamente qual será a missão e me passar passo á passo para que eu possa estudar, e começar os preparamentos. -Disse seca, com o coração na mão, se eu escutasse mais qual quer coisa dele, eu não ia aguentar mais segurar o choro. Ele limpou algumas lagrimas e se virou para mim.
- Procure por meu braço esquerdo.. Deric, ele lhe dirá tudo que é preciso para que você possa concluir está missão sem nenhuma falha.
- Sim senhor. - Disse já me afastando.
- Julie? - O ouvi me chamando, olhei para trás.
- Pois não rei?
- Boa sorte.
Eu apenas balançei a cabeça e sai sem responde-lo. Assim que fechei a porta, não consegui mais segurar o choro, aquele vazio que eu sentia no peito voltou a me perturbar, era um vazio que aquela mulher deixou quando foi embora e que aos poucos meu pai me ajudou a preencher, mas eu nunca soube se foi preenchido em nos dois ou só em mim. Sai do castelo sem procurar Deric não estava com cabeça para conversar com aquele velhote agora, fugi de uma criatura, para esbarrar em outra pior ainda.
-Oras.. oras.. olha quem está perdida por estes lados. - Encarei o dono da voz e era o mesmo que tinha contrariado o rei mais cedo.
-Oras, se não é o pivete que quase foi banido destas terras hoje. - Falei irônica.
- Conversei com um Lendario hoje, e sabe o que ele me disse? - Como fiquei em silêncio ele continuou - que muito sangue será derramado durante a corrida.. e eu estou torcendo para que seja o seu.
Eu ia responde-lo, já estava morrendo de raiva daquele ser mesquinho na minha frente quando uma voz que eu conhecia muito bem interferiu a conversa.
-Parece que os Nômades nunca aprendem, não é mesmo? Sempre procurando encrenca.
E um pequeno ser saiu de trás das arvores, sorri ao ver Scot. Depois de semanas sem vê-lo não tinha ocasião melhor para ele aparecer. Olhei para a cara do menino na minha frente, ele estava com a boca aberta olhando assustado para a pequena criatura na sua frente.
-U..m anã..o.. não é possível.. - Disse ele ainda imóvel com a mesma cara. Não aguentei e cai na gargalhada, o menino me olhou sem entender e em um movimento rápido virou e saiu correndo, ainda pude o ouvir gritando.
-O rei irá saber disso.. não está acabado princesa.
Scot que se mantia sério começou a rir também. Se aproximou de mim e me fez o comprimento, se curvando. Eu fiz o mesmo, mas me imaginei de vestido e fiz o comprimento.
-Dês de quando a senhorita tem toda essa formalidade toda? - Riu.
-Resolvi que vou parar de me aventurar e me dedicar mais as tarefas como princesa. - Falei séria segurando o riso.
Ele me olhou, estreitou os olhos não acreditando. Então continuei a brincadeira.
-Conversei com meu pai, contei todo o ocorrido e decidi ir para as escolas estruturais do leste, irei ficar lá por 6 anos até meu pai achar que eu estou bem apresentável, então voltarei como rainha de todas estas terras que esta pisando. - Continuei séria. Sua cara não era mais de espanto, sim de decepção. Não aguentei e comecei a gargalhar, ele com uma cara de quem não estava entendo nada.
-Estou brincando, acha mesmo que eu largaria essa belezura aqui? - Apontei para a espada na minha cintura - para ficar o resto da minha vida sentada em um trono e ainda casa com.. arg.. um príncipe metido a besta?
Ele colocou a mão no peito e suspirou fundo.
-Oras menina.. não me dê esses sustos, não to mais com idade não.. - Disse ele rindo. - Então me digas.. o que anda aprontando? Ouvi nas minhas terras que as lutas dos corredores foi uma.. surpresa.
-É mesmo? O que mais disseram? - Perguntei curiosa, e ele continuou contando como se fosse um historiador que acaba de descobrir algo.
-Disseram que um.. ser entrou no meio da luta e acabou com todos os corredores, inclusive aquela Princesa que tem os olhos vermelhos..- Ele sorria de lado - sabe do que estão te chamando? de um ser Agnosticismo, descobri que depois da reunião com os corredores mais cedo o Rei.. seu pai, reunião todos o anciões para discutires sobre você.. é menina está ficando famosa.
Eu ouvia tudo em silêncio, mas com um gostinho de vitória.. quase, porque eu ainda tinha que resolver alguns assuntos.
-Scot? -Ele me olhou e ouviu atentamente- preciso de um favor.. peça para que Deric me encontre na caverna depois que a lua estiver a cima do castelo, venha com ele preciso da sua presença também, Deric sabe o caminho de lá.
Ele balançou a cabeça como se confirmasse, nos despedimos e eu fui treinar meu arco e flechá na floresta mais afastada. Já estava quase na hora da lua começar a aparecer, eu ainda estava treinando, pingava suor da cabeça aos pés então resolvi voltar. No meio do caminho parei para respirar e observei uma pequena trilha de aguá que levava a uma pedra alta, muito alta que eu nunca tinha visto ali, ou pelo menos nunca reparei. Segui essa trilha por alguns minutos e cheguei ao topo da pedra, a vista que eu vi foi.. maravilhosa. Eu estava sentada do lado de um penhasco, tirei o capuz e fiquei observando o sol indo embora refletindo os últimos raios no rio abaixo, o vento estava forte e batia nos meus cabelos causando uma sensação boa, uma sensação de paz. Mas eu sabia que muita coisa estava para acontecer ''uma coisa de cada vez Amberle''. Suspirei sentindo mais uma vez aquele vento no rosto, me levantei sacudindo a roupa e ouvi alguns ruídos saindo das folhas atrás de mim.
-Quem está ai ? - Silêncio. - olha quem for que seja, saia log... - Nem terminei de falar, e algo foi arremessado na minha direção. Por sorte o pequeno objeto acertou uma bussola que estava presa em meu pescoço, como um colar. Olhei para baixo e vi a pequena faca aos meus pés, abaixei para pegua-la e vi que tinha algo nela, na pressa de soltar acabei fazendo um corte na palma de minha mão, aquele algo era.. veneno, droga. Minha cabeça começou a rodiar por conta da rapidez que o veneno se mistorou com meu sangue, fui andando para trás e antes de chegar na ponta do penhasco, vi a sombra de alguém se aproximando de mim, não pensei direito e pulei, caindo dentro da imensa água, a correnteza estava forte e eu comecei a me afogar, não vi mais nada, quando a água tomou conta de todo meu corpo desmaiei já sem fôlego.
Acordei meio atordoada, senti um frio invadir toda parte do meu corpo, eu ouvia os grilos na floresta, abri os olhos e tentei levantar mas meu corpo estava cansado demais, e minha roupa molhada não ajudava em nada, me mexi e em segundos aquela dor voltou então percebi que minha mão ainda sangrava e então me lembrei do ocorrido, olhei para o lado e vi o sangue que escorria do meu corte sendo levado pela água, senti minha vista ficar pesada e adormeci de novo.
Algo quete.. molhado mas quente.. senti em minha face. O que era aquilo afinal? senti meu corpo sendo arrastado para fora do rio, eu gemi de dor, abri os olhos de vagarzinho e vi um cachorro enorme, com os dentes presos no meu ombro me arrastando para dentro das arvores. Eu não tinha forças para me mover, seja lá o que aquele fosse estava fazendo efeito rapido, eu puxei minha blusa para cima tampando o corte.. não adiantou muito mas é o que esta me mantendo viva. Minutos depois de ser arrastada pela floresta toda, aquele grande animal me largou no chão e saiu latindo sem parar para algum lado. ''Eu não posso ficar aqui, vou ser comida por lobos ou pior, acabar morrendo.. merd*, maldito seja quem fez isso'' pensei. Me levantei com muita dificuldade, agarrando nas raízes que estavam perto de mim, então percebi onde estava. Dei dois paços para frente.. ''isso você aguenta garota'' .. dei mais dois.. mais dois.. cai de joelhos na entrada da caverna, cuspi o sangue que estava na minha boca e escutei uma voz vindo lá de dentro, procurei aquela voz e vi Quiana ela vinha brincando com o cachorro mas não percebeu minha presença.
- Calma garoto... por que essa agitação toda? Calma.. - Ela ria enquanto o cachorro latia sem parar.
- Quiana... - Chamei com uma voz baixinha.
Ela levantou a cabeça procurando minha voz, quando me olhou ficou assustada, logo correu até mim, abaixou-se ficando na minha frente.
- Amberle? O que houve? por deuses.. você esta machucada? - Disse procurando algum machucado.
- Me ajuda..
- DERIC!!! DERIC!!! -Ela gritou.
Deric surgiu segundos depois e correu até onde eu estava ainda ajoelhada no chão, eu mostrei minhas mão com o pano ensanguentado e ele logo viu o ferimento, não pensou duas vezes e me pegou no colo me levando para dentro da caverna.
-Deric.. não me deixe.. morrer.. - Eu pedi.
- Você ficará bem, vou cuidar de você. -Respondeu o mais velho me colocando sobre a cama de Quiana e observando o ferimento. -Quiana vá até a floresta e pegue um pouco da argila perto do rio.
Quiana logo desapareceu do quarto. E voltou minutos depois as pressas com um tipo de argila verde em um pote, se abaixou ao meu lado e nem esperou eu me recompor colocou aquela coisa gosmenta no corte, o tampando. Eu mordia a mão tentando não gritar.
- Isso irá acabar infeccionando, vou ter que colocar mais.. no três ok? -Falou a ruiva.
-Tudo b... PORRAAAAAAA! AAAAAAAH! - Meus olhos se encheram de lagrimas.
- Pronto.. calma, a argila irá ajudar a não inflamar e vai cicatrizar isso.
- O.. veneno.. - Perguntei aflita.
- Incrivelmente seu corpo reagiu ao veneno e o expulsou do seu corpo quando você cuspiu aquele sangue.. estranho.. -Deric olhou para Amberle curioso.
- Não fiz nada.. não deu tempo de pensar em algo. -Respondeu Quiana ao obervar o olhar de tiu Deric em cima de si.
- Mas não fez mesmo, o corpo de Amberle reagiu sozinho. -O pequeno anão apareceu na porta do quarto com um copo na mão.
- Mas.. como? -Perguntei sentando na cama.
- Não sei, mas isso prova o quão forte você tem sido. -Scot sorriu pra mim me entregando o copo com água.
- Estão tentando me matar.. -Falei abaixando o olhar.
Todos ficaram em silêncio. Eu sabia que tudo aquilo era perigoso e muita coisa pior estava por vim, nós nunca sabemos realmente do que somos capazes, somente colocando em pratica para desvendar estes mistérios.
- Você não irá desistir né? Tens que mostrar a esta pessoa que está atentando contra você o quão forte és Amberle, não pode desistir.. -Deric falou nervoso.
- Não irei desistir, iremos além dos portais da árvore sagrada em duas luas, irei fazer pagar quem está tentando me matar.
- Iremos? - Quiana perguntou me olhando com a testa franzida.
- Sim, você e Deric virão comigo.
- O que? - Os três perguntaram juntos.
Fim do capítulo
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Julinhajuh
Em: 09/04/2017
Não consigo imaginar todos eles juntos em um lugar perigoso *.* acho que o pai dela sabe não? kkk olha eu querendo spolier, ta muito bom autora!
Resposta do autor:
Pode apostar que vai vim muitas surpresas pelo caminho desse grupo.. único spoiler que posso dar kkk obrigado por ler Juh :)
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