- Eu não fiz aquilo porque seu tiu pediu Amberle, fiz isso porque senti aqui dentro que devia..-  Apontou para o peito.

Dito isso ela se aproximou de mim. Senti sua respiração contra minha face. Eu estava assustada com a possibilidade de saber o que ela iria fazer. Quiana fechou os olhos e me beijou.

O que eu fiz? Correspondi aquele beijo. Não porque eu sentia algo por ela, mas sim porque aquilo me deixou.. excitada. Excitada pelo novo. Fui me levantando calmamente da banheira sem parar o beijo, as mãos de Quiana já estavam grudadas em meu corpo nu e molhado pela aua do banho. Aquela boca.. aquele desejo.. meu corpo já estava todo quente. Eu sabia que estava errada se continuasse com isso pois saberia onde daria, mas vou tirar forças da onde sendo que não consigo nem controlar meus próprios pensamentos nesse momento? Ela afundou uma das mãos na minha nuca segurando meus cabelos o puxando lentamente para trás, da minha boca ela foi descendo até chegar em meu pescoço, dando leves beijos e ch*padas. Pelos céus, ela quer brincar comigo? Passei as mãos pelo seu corpo e ela ainda vestia seu traje. O tirei rapidamente a deixando nua, colei meu corpo ao dela e meus olhos desceram contemplando o corpo da ruiva. Seu corpo era lindo, parecia uma bela escultura, seus cabelos ruivos armados caiam sobre seus seios, sua boca estava vermelha e aqueles olhos a denunciavam.. ela estava da mesma forma que eu, completamente domada pelo tesão. Quiana segurou em minhas penas puxando meu corpo para cima, enlaçei minhas pernas em sua cintura e voltei a lhe beijar. Ela andou em direção a cama e me deitou, por breves segundos ela fitou meu corpo de cima a baixo passando a ponta da lingua sobre os labios. 

-Por todos os deuses, você é muito gostosa Amberle. -Ela carregava um sorriso de canto ao terminar a fala.
Quiana se ajoelhou no meio de minhas pernas passasndo as costas de suas mãos em meu abdômem, se abaixou e foi distribuindo beijos pelo meu corpo até chegar em minha boca. À medida que ela me beijava aumentava o calor de meu corpo, eu não queria perder mais tempo, mas ela queria provocar-me. Desci umas das mãos passeando pelo seu corpo até chegar em seu sex*, ela estava totalmente molhada e isso me motivou a continuar. Passei meus dedos lentamente pelo seu sex* até achar o ponto que eu queria, como hesitei um pouco.
- Coloca... dentro.. de mim... - Ela gem*u com a respiração abafada em meu pescoço.
Então eu coloquei um dedo dentro de sua abertura. Nada satisfeita, coloquei mais um e este deslizou com facilidade para dentro dela, comecei a fazer um vai e vem lento. Ela deu um gemido tão.. tão.. gostoso. 
-Mais..hmm.. rápi-do..Amberle... - Ela pedia entre gemidos baixinhos.
Me virei para cima dela sem perder contato com sua intimidade, me encaixei melhor entre suas pernas e comecei a aumentar as estocadas. Quiana segurou forte meus cabelos, eu a encarei. Realmente aquela feiticeira era linda, ela estava com os olhos fechados e mordia os lábios na tentativa de gem*r baixinho, mais já se ouvia pelos quatro cantos daquele quarto. Voltei a atenção para o que estava fazendo, de minuto em minuto sentia seu sex* mais molhado.
-Eu..hmm.. vou...go-ozar.. hmmm...
Suas pernas começaram a se movimentar e seu quadril praticamente dançava em meus dedos. Ela arqueou o corpo, trocou meus cabelos pelo lençol o segurando fortemente e mordendo seus lábios dando um gemido alto, abafado. Senti meus dedos ficarem apertados dentro dela, ela estava muito molhada e eu satisfeita. Quando senti que ela relaxou um pouco, tirei os dedos de dentro dela lentamente. Fui beijando cada parte do seu corpo até chegar em sua boca, sua respiração já estava voltando ao normal, ela abriu um meio sorriso quando seus olhos se abriram. Lhe dei um selinho. Fiquei de bruços e deitei com a cabeça em seu ombro, ela entendeu e se deu por vencida. Eu estava realmente cansada e precisava dormir para estar bem disposta amanhã, então fechei os olhos e deixei o sono vim, não queria pensar naquele momento o que tinha acabado de acontecer. Quiana fez o mesmo.
 Acordei com um sol fraco batendo nas imensas janelas do meu quarto, fazia frio e os pássaros já cantarolavam lá fora. Me espreguicei toda, sentei na cama e pude ver Quiana encostada na janela do meu quarto, já vestida, apenas me observando. Puxei o lençol me cobrindo.
- Queria poder ler seus pensamentos as vezes.. - Falei olhando com curiosidade para ela.
- Minha mente é vazia, princesa. - Sua voz estava diferente.. distante.
- Por que está assim? Se foi por causa de ontem a noite eu.. - Ela me interrompeu. Veio e se sentou ao meu lado.
- Ontem a noite foi a penas para confirmar o que eu já sabia. - Ela disse abaixando o olhar.
- O que? - Eu estava confusa.
- Que seu coração não pertence a mim. - Ela disse firme, e incrivelmente eu senti que tinha lhe magoado de alguma forma.
Segurei seu rosto com minhas mãos a fazendo me encarar novamente. Seus olhos me encaram sem nenhuma expressão, então me aproximei de sua boca lhe dizendo..
- Você tira muitas conclusões precipitadas. - E a beijei. 
Passamos a manha toda nós conhecendo melhor tanto em palavras tanto em toques. Era difícil de acreditar que uma feiticeira sentia algo por mim. Era proibido um humano chegar perto de um feiticeiro, imagina ter relações com um? Se meu pai ou qualquer outra pessoa souber eu estou definitivamente morta. Quiana parecia ser diferente, não era como todos os outros que só pensavam em si mesmos. Aquilo não chegava a ser profundo como, amor. Amor? que coisa idiota Amberle, não acredito que tal sentimento possa existir, por isso nunca me relacionei com ninguém sériamente, sempre foram casos para curtição e nunca passaram disso, não seria diferente agora.
Depois de algumas horas Quiana se despediu de mim e sumiu do nada de meu quarto, mesma forma e rapidez que entrou.
Quando o sol estava se pondo, as portas do castelo foram abertas para o povo que iria assistir a luta. Eram muitas pessoas, meu pai queria um espetáculo. Resolvi ir até a carverna de Quiana antes que tudo se iniciasse, eu ainda não tinha um plano. Eu estava me preparando para luta na caverna quando Deric chegou.
- Quem é vivo sempre aparece! - Disse ele com um sorrisinho no rosto, nem dei atenção.. - Quiana me contou que esteve com ela.
- Ela e sua boca grande.. Algum problema nisso? -Disse calmamente.
- Nenhum.. não tenho nada a ver com sua vida, amorosa. Não vim aqui para discutir e sim para te levar até o ringue.. tome vista esse traje de luta e nos vemos lá.
Peguei as roupas de suas mãos e fui me vestir. 
O traje era escuro, tinha um capuz que cobriria meus cabelos. Por toda parte estavam desenhados os mesmos símbolos que estavam em minha pele. Eu estava ansiosa, não nervosa mesmo. Deric antes de sair em direção ao castelo disse que era pra mim ficar atenta quando ele desse o sinal avisando que estava tudo limpo para que eu pudesse entrar no ringue e lutar sem que ninguém me percebesse. Terminei de me vestir, estava saindo da caverna quando dou de cara com Quiana.. estava linda. Segurava seu arco de caça, seu rosto estava pintado com um vermelho escuro, e seu sorriso não passou despercebido por mim que lhe sorri de volta.
- Pensei que fosse ficar esses dias caçando pelas montanhas do norte. - Falei ainda parada na entrada da caverna.
- Eu não podia perder a grande luta, tenho que.. ficar por perto.. caso precise de proteção. - Ela falou em um tom quase seco.
- Eu não preciso de proteção. Preciso de outra coisa.. - Falei passando as mãos pela sua cintura.
- Do que? - Ela foi aproximando seus lábios dos meus. 
- Disso. -A beijei com rapidez, com um misto de carinho e.. não sabia bem explicar o que era, só sabia que a cada vez que via aquela mulher me dava uma vontade de despir ela ali mesmo e saciar todas as minhas vontades. Fiquei perdida nos meus pensamentos e nem percebi que Quiana já estava me arrastando para seu quarto. Desgrudei meus lábios do dela, para segundos depois querer agarra-la de novo. Mas não podia, não agora.
- Tenho que ir. - Disse indo em direção a saída. Ela me segurou pelo braço, me entregando um tipo de colar, com uma pedra escura que brilhava, parecia que tinha um universo todo ali dentro. Como eu não disse nada ela falou.
- Quando precisar de mim, aperte bem essa pedrinha e me chame pelos pensamentos.. irei até você.
Ela realmente falou sério quando disse que iria me proteger, eu não sabia bem o por que, se era por causa da divida que eu tinha com ela ou seria mesmo, pelo seus sentimentos. Lhe dei um beijo demorado e ela me olhou como se dissesse ''boa sorte''. Sai da caverna em direção ao castelo. Já estava anoitecendo, de longe eu via as luzes das fogueiras acessas por toda parte do reino, algumas pessoas estavam indo em direção a arena. Me coloquei no meio delas para poder passar pelos dois guardas do portão principal, alguns estavam bêbados o que fez os guardas os pararem, nesses instante aproveitei a distração e entrei. Os cordiais dos reinos que iriam lutar esta noite estavam todos ali, guardas de todos reinos, e só meu pai de Rei estava presente, sentado no seu trono segurando uma taça de ouro com vinho. Fiquei em um canto escondida esperando o sinal de Deric para entrar, do jeito que aquele velho é está aprontando alguma. Um homem alto, forte, cheio de tatuagens se aproximou da arena, andando até o meio dela, segurou um shofar e assoprou forte chamando a atenção de todos que estavam ali.
- Hoje começaram os JOGOS!! - As pessoas começaram a gritar - Cada um provará seu valor nessa arena hoje, temos 20 lutadores dos mais poderosos e sagrados reinos dessas terras!! - Mais gritos - A regra é simples e única, não matarás ninguém, se conseguir deixar os adversarios caídos no chão desacordados, no final, apenas os que estiverem de pé ganharão a entrada para o Mundo dos GAMES! Apenas 8 venceram então.. QUE VENÇAM OS MELHORES !! - Dito isso ele saiu da arena com os gritos e palmas das pessoas. Não se passaram nem 30 minutos e os corredores já foram vistos descendo a montanha correndo, no meio da arena tinha armas e escudos, só para os primeiros que chegassem e as pegassem. Eu os via se aproximar, quase um por cima do outro, quando o shofar foi tocado os corredores foram soltos na floresta para já começarem a luta. De 20 apenas 13 chegaram na arena em pé, uns com machucados feios, outros quase se arrastando.. meu coração disparou fortemente quando eu a vi chegando na arena, aquela garota dos olhos vermelhos estava com apenas alguns arranhões. Impossível. Como pode ela não ter nem ao menos um corte? Sacudi a cabeça jogando os pensamentos longes e me focando na luta, os 13 começaram a lutar ali, as pessoas que assistiam gritavam, assoviavam compulsivamente. Mais meia hora depois estavam apenas 9 corredores de pé, a luta não parou, então foi ai que vi o sinal de Deric. De longe ele jogou alguma magia, que fez com que as fogueiras se apagassem, e uma fumaça cinza ficou em volta apenas dos corredores um barulho alto e forte saiu da floresta chamando a atenção de todos, Deric apareceu atrás de mim sussurrando.
- Vai lá e acaba com eles! 
Sem pensar duas vezes corri no meio daquela escuridão e entrei no meio dos 9 corredores que formavam uma roda um do lado do outro. Fechei os olhos e respirei fundo, lembrei de cada movimento que o anão me ensinou e comecei a coloca-los em pratica. Parecia que eu estava no meio de uma dança, eu os peguei de costas, desprevenidos, nada justo eu sei, mas ou era assim ou eu morreria ali mesmo. Imobilizei um, depois outro, depois mais um, até faltar apenas uma. Ela, a princesa do Reino Sombrio, o que não seria nada fácil, pois ela ouviu meus movimentos e antes que eu pudesse colocar a mão em minha espada ela já estava com a sua acima de meu ombro, pegando meu pescoço que já sangrava só pelo fato da espada estar encostada em minha pele. As fogueiras foram novamente acessas, iluminando novamente a arena toda. As pessoas apontavam para nós com cara de espanto e curiosidade, quando os guardas se aproximaram ouvi meu pai.. o Rei gritar.
- Não! Afastem, que vença o melhor esqueceram? - E levantou o copo de vinho fazendo os guardas recuarem e as pessoas voltaram a gritar.
A princesa Sombria não moveu um músculo, parecia prestar atenção nas pessoas. Foi minha deixa, retirei o pescoço rapidamente dando um mortal para trás chutando sua espada longe. Fiquei frente a frente para ela que me olhava intensamente, peguei minha espada esperando ela pegar a dela para ter uma luta justa ali. Ela entendeu e correu para pegar a sua, eu disse luta justa?  Corri em sua direção, e tentei acerta-la com a espada, ela foi mais rápida. Pegou sua espada e se virou rapidamente se defendendo do meu movimento, estávamos testando nossas forças ali. Ela me empurrou com uma das penas me fazendo recuar, dando tempo pra que ela levantasse e me acertasse o rosto fortemente. Quase cai no chão, nem deu tempo de olhar ela me acertou com outro murro, e outro, e outro, e.. me abaixei largando a espada e segurando fortemente sua cintura a empurrando para trás fazendo a mesma cair no chão. Subi em cima dela prendendo suas mãos, ela se debatia, peguei minha pequena escudeira que guardava no calcanhar e coloquei em seu pescoço, eu a tinha afiado para aquele momento. O silêncio tomou conta do lugar, e de poucos as pessoas começaram a repetir juntas.
- MATA!.. MATA!.. MATA!.. MATA! 
Tirei o capuz com minha mão, sem tirar a faca do pescoço da princesa Sombria. As pessoas me olharam assustadas, até mesmo a dona dos olhos mais vermelhos. Eu sabia bem o que fazer. Levantei a mão com a faca, na direção do pescoço dela. Ela não fez nada, ficou imóvel e encarou meus olhos.. fez um arrepio subir em meu corpo todo, como pode meu corpo reagiu aquele olhar? Mas não deixei isso transparecer, fechei a cara, e perguntei antes de fazer o que todos pediam.
- Afinal, como se chama a princesa que todos temem? 
Ela estreitou os olhos como se quisesse ler o que se passava na minha cabeça, passou a ponta da língua nos lábios machucados, me segurei para continuar com os olhos fixos nos dela. Eu estava perdendo a paciência. Suspirei alto e quando fui terminar aquilo de uma vez ela respondeu.
- Eretria. - Disse com uma voz de rendição carregada de ódio. 
Perfurei com força a faca na terra ao lado da sua orelha e me levantei. Encarando o Rei, que ficou de pé e disse.
- Temos nossos vencedores!! - Anunciou.
As pessoas que até então estavam em silêncio, de boca aberta. Gritaram aplaudindo os novos corredores das próximas 238 luas. O rei disse mais algumas coisas, e Deric que estava ao seu lado sorria vitorioso. 
- Quero os corredores na sala de comando ao amanhecer. - Disse o rei, me olhando com uma certa desconfiança. Virou e saiu acompanhado dos guardas e de Deric. Todos estavam deixando a arena, uns me olhavam com curiosidade ainda, coloquei o capuz e corri para a floresta, nem percebi os olhares da princesa Sombria que me acompanharam friamente.
 Entrei correndo na caverna, estava muito feliz, só faltava eu dar pulinhos de alegria ali. Chamei Quiana mas ela não respondeu, entrei devagarinho em seu quarto e ela dormia, tão linda, estava de bruços totalmente despida, o cabelo todo bagunçado. Minha vontade era de pular naquela cama e.. e ? Parei por um segundo tento uma luz de lucidez, me assustei com meus pensamentos. Corri para o lago me jogando naquela água fria de roupa e tudo, fiquei um bom tempo lá tentando colocar a cabeça no lugar, impossível, o frio me pegou sem dó. Sai do lago tremendo por conta do vento gelado, peguei minhas roupas molhadas e voltei para o quarto, me enxuguei e deitei ao lado de Quiana. Me deixei abraçar no corpo nu e quente dela, que acabou acordando, se virou me dando um beijo na testa sem abrir os olhos. Sorri com aquele carinho que ela tinha por mim e adormeci com um nome em pensamentos 'Eretria'.

Fim do capítulo