Notas iniciais:
Nesse capitulo contém cenas de sexo e uso de drogas lícitas e ilícitas.
Caso seja sensível a um desses tópicos, a leitura não é indicada.
Caso seja sensível a um desses tópicos, a leitura não é indicada.
Vagões.
POR GABRIELA
Acordei pra fazer alguns de meus exercícios matinais e percebi que, com a ajuda da Vitória, fazer sex* não deixou com que meu corpo ficasse desacostumado com uma rotina de exercícios(risos). Comecei com um alongamento leve, quase não dormi e sei que meu treinador me mataria quando descobrisse isso... mas convenhamos que tenho uma deusa como desculpa nada esfarrapada.
Dei uma volta no terreno, no relógio do celular o horário beirava 5 horas da manhã e o azul escuro se apossava do céu com maestria. Aumentei o passo quando percebi que estava longe da torre e não conseguia mais vê-la. Como estava com as chaves, fui até o carro e peguei um kit mágico que chamo de “Gloria Gaynor”- aquela cantora maravilhosíssima da famosa música I’ll survive. Medi minha glicose e estava um pouco baixa pelos minutos de corrida e porque eu ainda estava em jejum e em jejum eu não sou ninguém(deixo aqui minhas desculpas a todas as enfermeiras que fizeram meus exames de sangue e me pegaram de mau humor... ninguém merece de 8-12 horas de jejum!!!).
No caminho de volta percebi que o céu já estava começando ficar menos escuro e o celular começou despertar, pensei que a Vic teria colocado por algum motivo aquele alarme e corri um pouquinho, o suficiente para sentir as gotículas de suor no meio dos meus seios escorrerem pela minha barriga me causando uma sensação de cócegas. Segui firme e abri a porta da torre com calma, em silêncio, uma mulher maravilhosa ainda estava perdida em meio aos cobertores, serena, descansando. Fui pro banho.
Coloquei roupas limpas que peguei no carro e parti para a árdua tarefa de despertar a Bela Adormecida, muitíssimo bela por sinal, de seus sonhos.
O sono dela era encantador. Quando descobri aos poucos aquele corpo branco e curvilíneo, senti o cheiro bom que só a pele dela tem. Fui deixando beijos desde a parte lateral da coxa até o ombro quente e de pele amassada dela. Aos poucos ela despertou e abriu aqueles olhos que tinham uma força de atração poderosa em cima dos meus. Ela fechou o cenho leve para se acostumar com a luz que entrava na janela, agora aberta e me sorriu um sorriso maravilhoso enquanto eu descia novamente os beijos até suas nádegas rosadas; não vi aquele sorriso mas eu pude ouvi-lo e eu ouviria aquilo todos os dias de minha existência.
- Meu celular despertou enquanto eu voltava da minha corrida e resolvi tomar um banho antes de te acordar mas... se eu fizesse ideia de que te acordar é tão bom assim, teria corrido e acordado assim que cheguei.
Ela não disse nada, se levantou leve como uma ave que vai do sul para o norte, naturalmente sensual, colocou sua calça e o casaco, olhou para a porta como se procurando algo, achou as chaves ainda no trinco.
- Pega um cobertor desse que eu vou te ensinar pular vagões hoje- ela foi até a antiga mesa de controle, agora reformada e abriu a gaveta, tirou um chapéu típico de condutores de trens de lá, era quase um pecado não deseja-la depois que arrumou os cabelos para trás e colocou o chapéu me encarando, mesmo com a pouca luz presente.
- Como você pode acordar assim? Mal dormimos 3 horas de sono! Você é um caso a ser estudado.
Ela sorriu e foi até o banheiro, voltou até a porta ainda escovando os dentes e me olhou, seus olhos sorriam e ela fez um sinal negativo com a cabeça como quem fala “você não pode estar brincando comigo essa hora da manhã” ou “você não existe” mas eu existo e começo o dia já elogiando essa mulher. Vitória voltou para o banheiro para terminar sua higiene matinal e eu fiquei ali esperando-a.
Quando saiu do banheiro não me pronunciou uma palavra, eu tinha colocado um dos edredons na mochila que trouxe do carro para não molhar ou sujar, até mesmo me atrapalhar pois eu já sabia que ela me faria pular vagões hoje... não que pareça tão difícil, faço horas de crossfit e não reclamo ou desisto de nenhuma corda pendurada no teto ou escadaria e já fiz parkour também, mas eu a deixarei me ensinar com todo o prazer. Ela destrancou a porta pesada e fez sinal com a mão para que eu saísse, foi o que fiz.
Fizemos uma trilha até uma das extremidades do terreno, subimos um pequeno morro e o sol logo daria as caras. Sorri ao ver que ela tomava a frente como se todo aquele lugar estivesse como um mapa já decifrado naquelas mãos ágeis.
Chegamos a uma cerca e ela virou para mim dizendo “Pula!”. Sem nenhum entrave eu peguei impulso e escalei a cerca- que nem era tão grande assim. Ela fez o mesmo. Seguimos mais um pouco até chegarmos num lugar que, com toda a certeza, eu fotografaria I-N-T-E-I-R-O. Tinha alguns vagões descascando a tinta, outros eram de aço e não oxidariam com o tempo, todos estavam embaixo de uma enorme cobertura, como se aquela fosse uma estação e não demorou para que eu descobrisse que era mesmo(não foi um passarinho mas sim uma placa verde enorme que me contou).
Agora caminhávamos lado a lado e ela me contava algumas de suas aventuras ali quando jovem e algumas que passou ao lado de Laura, era nítido o amor nos olhos dela quando falava daquela pequena, uma coisa linda. Depois contei de algumas aventuras minhas em matas fechadas e de uma de trem que fiz na França quando fui em minha primeira aventura internacional, foi a trabalho mas não deixou de ser aventura. Depois de conversarmos mais um tempo, paramos próximo do que me parecia ser uma rodoviária desativada, um dos ônibus muitíssimo antigos, com os bancos de madeira jazia ali, ela me explicou que ele virou uma espécie de jarro de plantas enorme, que aquela ideia foi inteira de sua mãe e todo o cuidado para não contaminar o solo ou oferecer risco aos animais que viviam livres por ali. Ele era inteiro coberto por plantas, uma cobertura natural que o tempo tratou de cuidar, lá dentro tudo também estava tomado pela vegetação e ela saiu dali com uma florzinha branca silvestre no cabelo, que fiz questão de colocar. Ela me explicou mais algumas coisas sobre a rodoviária e notou que o sol já se mostrava no horizonte. Subimos uma escada de ferro até o telhado do ônibus e nos sentamos ali abraçadas para ver o sol vir nos beijar com seu calor.
Os primeiros raios apareceram tímidos e logo depois o canto dos pássaros deu uma trilha sonora inédita para aquele filme. Nos beijamos algumas vezes, trocamos carinhos em silêncio. Eu estava sentada no meio das pernas dela enquanto ela estava com os braços em volta da minha cintura. Olhávamos na mesma direção e em um momento, voltei minha atenção a ela.
- Muito obrigada por isso! Muito obrigada por tudo, por ter aparecido em minha vida, por estar comigo aqui e agora- lhe beijei a testa e o vento jogou um pouco de seus fios negros em meu rosto.
Ela nada disse, mas seus olhos deixavam claro que a linguagem verbal é essencial, mas que os gestos dela dizem muito mais, por si só, do que qualquer texto escrito ou falado. Me beijou docemente, nossos lábios sentiam o calor que emanava do outro e contrastava com o vento frio que nos cercava.
- Vamos! Tenho que ensinar uma senhorita as diversões que temos fora da cidade grande.
Ela se levantou e desceu rapidamente do ônibus, desci em seguida, sem pressa, logo vi que ela corria em disparada para a estação que passamos agora pouco e me pus a correr até que consegui acompanha-la.
- O quê?!- Ela parecia bem surpresa- eu estava uns 5 minutos a sua frente, como me alcançou sem nem estar ofegante?
- É... crossfit ou musculação 3 ou 4 vezes por semana, aulas de capoeira desde a infância...
- Eu entendi, espertinha.
Apostamos uma corrida até a placa da estação, aquela mesma placa verde de antes e sem que eu pudesse notar seus movimentos ela escalou uma das locomotivas com o impulso da corrida, eu fiz o mesmo sem dificuldade e ela olhou para trás como quem me desafiava, larguei a bolsa por ali e fui até ela devagar, ainda não estava acostumada a estar em cima de trens abandonados correndo logo cedo, mas ela fazia aquilo como se tivesse nascido com essa habilidade, não sei se podemos chamar de habilidade mas penso que em qualquer coisa que ela se meta(risos) a fazer, será hábil.
- Quando conseguir me alcançar do outro lado eu vou te dar algo que eu sei que você vai gostar- ela corria moderadamente, pulando o espaço de mais ou menos 1m de distância entre os vagões sem muito esforço mas com bastante cuidado. Seria bem mais fácil alcança-la se eu tivesse o costume de fazer aquilo, mas eu não desistiria e sabia que podia fazer sem problemas. Pulei o primeiro espaço entre os vagões e percebi que era fácil, seria fácil alcançá-la(nessa altura podemos ver que a jogadora que há em mim nunca dorme).
Estava me aproximando dela sem problemas, ela parecia aumentar a velocidade e eu estava afim de mostrar que se ela me alcançasse seria ela quem teria uma surpresa.
- Se me alcançar- disse correndo páreo com ela- você vai poder descobrir a minha surpresa para você, senão eu terei que ir ao banheiro tirar antes que você veja- corri em disparada na frente dela, que não desistiria. Pulei um vagão, outro e ela estava bem próxima a mim, pulei o último e cheguei no final já pensando em refazer todo o caminho de volta quando percebo que ela não estava mais por ali. Meu coração acelerou, em um momento eu pensei que pudesse ser brincadeira mas não escutei nenhum barulho próximo, nenhum rastro de queda, desci dali e a procurei em cada um dos 15 vagões, até chegar no último, já anestesiada por ter corrido por todos os lados a procura dela e... lá estava ela, o edredom que ela pediu mais cedo era a única coisa cobrindo seu corpo, segurava suas roupas com uma mão e o edredom sobre os ombros com a outra, ele não alcançava o chão mas parava na altura dos joelhos dela.
- Eu gostaria tanto de ter perdido essa corrida para ter visto isso antes!- esqueci do cansaço e da preocupação vendo um dos seios rosados e emoldurados dela escapando do tecido do cobertor. Ela não falou muita coisa, mas disse o necessário.
- Você me alcançou, foi o que eu disse, você não precisaria perder para ganhar isso aqui- ela olhou para o próprio corpo e voltou a me encarar mordendo os lábios com uma força notável.
- Você não faz ideia do quanto te desejo- caminhei devagar na direção dela, coloquei uma mão em sua cintura- mas eu posso te mostrar- subi a mão tateando com segurança aquele corpo até alcançar o seio que estava descoberto, pressionei o mamilo entre o indicador e o dedo médio, ela gem*u levemente me olhando, aqueles olhos estavam vermelhos de desejo, a pupila dela dilatada, a pele quente, com a outra mão juntei nossos corpos, depositei um beijo no pescoço, maxilar, mandíbula, testa, nariz, um beijo leve na boca, desci pelo queixo, pescoço, clavícula, o vale entre os seios e substituí minha mão em seu peito pela boca quente, ela gem*u firme, juntei mais nossos corpos e fiquei ali, sugando, mordendo leve e pressionando aquele corpo contra o meu por algum tempo, meu tesão só crescia, minha calcinha já estava encharcada quando ela pediu sôfrega que eu matasse a vontade dela de ser minha. A peguei no colo sem problema algum e caminhei para fora do vagão, ela segurava meu pescoço, a casa da família dela ficava há uns 5 minutos dali, fui o mais rápido possível enquanto ela mantinha a respiração quente em meu pescoço. Ela desceu do meu colo e andou ao meu lado quando estávamos quase chegando, abri a porta com as chaves que estava na mochila que recolhi no caminho, enquanto procurava ela por entre os vagões e tinha colocado nas costas.
Enquanto eu abria a porta senti um corpo quente atrás do meu, um beijo em minha nuca, o calor e a umidade em meu sex* me mostravam o quão louca por ela eu estava, queria ela dentro de mim ao mesmo tempo que estivesse entrando nela. Meu corpo foi pressionado contra a porta com força, a mão em que ela segurava as roupas que vestia antes agora estava vazia, caminhando para dentro da minha calça folgada de algodão... eu estava sem calcinha e ouvi um sorriso sacana bem próximo ao meu ouvido quando ela tocou meu clitóris já inchado. Girei a chave na porta e entrei depressa fugindo daquele toque perigoso, por mais que o desejasse, ali estava frio. Entrei e quando olhei para trás ela estava parada na porta, as roupas e o coberto no chão ao seu redor, uma deusa grega nua, a luz que batia na lateral de seu corpo denunciava que se a perfeição existisse realmente, estaria próximo daquela imagem, o vento frio entrou pela porta, peguei o celular do bolso.
- Fique parada- ela virou a cabeça para o lado e o cabelo longo caiu sob seus seios como um vel. Fui até ela mostrando a foto incrível que fiz dela- eu poderia te fotografar pelo resto da minha vida, tanto pela minha retina como por lentes. Juro que poderia!
- Não precisa jurar, só fique, esteja, menina.
Soltei o celular numa mesinha que ficava próxima da porta e recolhi o cobertor e as roupas aos pés dela, coloquei tudo no chão dentro da casa, tirei as botas que usava, ela estava descalça.
- Preciso de uma carona até o banheiro- ela olhou para os pés um pouco sujos por ter andado um pouco a pé no caminho pra casa- e depois eu volto para buscar minhas botas. Mas deixa eu ver o que você esconde por baixo desse casaco- ela me puxou para perto pelo pano do casaco que usava, depositou um beijo doce em meus lábios e colocou as mãos MUITO geladas na minha barriga de uma só vez, segurando o riso e esperando minha reação que foi quase instantânea.
- AAAAI! Não faça isso- fui correndo para dentro da casa e tirei o casaco no caminho, fui para o banheiro tentando conter o riso, coloquei a banheira para encher com água quente e despejei um pouco de sais de banho e óleo de camomila na água. Tranquei a porta do banheiro e joguei a mochila de lado, terminei de tirar a roupa, destranquei a porta, entrei na banheira.
Cinco minutos se passaram e nada daquela mulher foguenta de minutos atrás aparecer. Nem mesmo a moleca que colocou as mãos frias no meu corpo quente. Ou então a criança que apostou corrida comigo mais cedo. Nenhuma delas veio.
Dez minutos e meu corpo estava totalmente relaxado na banheira. Liguei o aquecedor da água para que ela não esfriasse e saí enrolada na primeira toalha que achei pela frente. Um cheiro bom começou surgir quando cheguei próximo de onde era a cozinha e meu olhos se encheram ao ver Vitória com uma taça mediana de vinho na beira do fogão, nua mexendo em algo que estava nas panelas.
- Não fique aí babando, você precisa comer, se sente!
Não cogitei retrucar, sentei-me no balcão de madeira polida que ficava próximo ao fogão, pude senti o calor que tinha ali e olhando para ela, o calor que tinha em mim. Vic virou em minha direção e levou a taça até a boca acabando com o conteúdo que tinha nela em um só gole. O cheiro bom da comida dela estava incrível, me senti obrigada a elogiar.
- O que você está cozinhando aí? O cheiro está incrível! Posso provar?
Ela negou com a cabeça, se servindo de mais vinho, sorveu um gole e voltou me encarar com um sorriso sacana se formando nos lábios. Que lábios!
- O gato comeu sua língua?
Novamente nega com a cabeça, mas dessa vez se aproxima de mim e me beija com a boca de vinho, me entrega a taça e eu bebo todo o líquido ali. Eu adoro vinho.
- Será que uma gatinha pode comer você?
Não fala nada, faz sinal com mão direita espalmada em minha direção indicando que eu esperasse e eu concordei com a cabeça, entrando no jogo silencioso e gostoso dela. Me estiquei o suficiente para pegar a enorme garrafa de vinho, que estava quase cheia pois a etiqueta natural de Vitória não a permitia encher uma taça até onde desse... mas a minha permitia e foi o que fiz, pensei em curiar o que tinha na panela mas quando encostei na tampa ela me aparece com um cigarro de maconha na boca e fala com uma voz rouca e desejosa:
- Nem pense nisso!
Obedeço e deixo de pensar naquilo no mesmo instante. Bebo um pouco do vinho e a encaro. Ela pega um fósforo e acende o “beck”, traga e segura, traga novamente, segura e me oferece o cigarro. Eu aceito. Essa é uma das pouquíssimas coisas que eu continuo fazendo depois do crossfit e de todo esse amor pela academia, por mais que eu saiba de todos os efeitos que aquilo tem sobre mim, a sensação de estar chapada é interessante e para mim é uma sensação boa. Eu trago o cigarro grosso e bem bolado, seguro a fumaça e depois de um tempo solto, trago novamente e ofereço-o para Vic, que o pega. Nos olhávamos como animais observando de perto a caça, sentindo o cheiro, imaginando o sabor, mas o tato não acontece, não nos tocamos nem mesmo falamos nada, continuamos em silêncio, eu tomo metade da garrafa de vinho, nós fumamos boa parte daquele generoso baseado e cerca de 20 minutos depois já estou sentindo os efeitos de ambas as drogas. Desço do balcão e vou em direção a saída da cozinha, sou detida por uma bolinha de papel, quando me viro para tentar entender aquilo, levo outra, bem no rosto e percebo que ali estaria travada uma guerra. Recolho as bolinhas que ela joga em mim ao mesmo tempo que tento me esquivar das novas, não entendo ainda como alguém amassa tão rápido folhas de papel toalha e quase não erra o alvo, mas sigo juntando munição. Nós duas estamos rindo de doer a barriga até que ela percebe que o rolo estava no final e... acabou. Ela olha para o lado mas está cercada, começa andar para trás em direção à mesa de jantar mas sem sucesso na defesa é acertada por uma enxurrada de bolinhas, me aproximo enquanto rio e jogo, ela reclama de cada bolinha que a acerta e eu não erro uma sequer, até que a última bolinha está em minhas mãos quando eu estou com o corpo quase tocando o dela, as risadas param, solto a bolinha no chão, a encosto na parede, pressiono meu corpo contra o dela e alcanço aquela bunda maravilhosa, a puxo para cima e ela enlaça as pernas em meu quadril e os braços em meu pescoço, nos encaramos até que o tino da cabeça dela lembra da comida que estava fazendo e ela pula do meu colo indo em direção ao fogão, me aproximo e sento novamente ao balcão, mas dessa vez em um dos bancos de madeira que estava por ali e puxo um para ela se sentar ao meu lado, ela vai até a pia e serve dois pratos, volta com eles em minha direção, recolho a taça de vinho e termino de toma-la, pego a garrafa e encho-a novamente, o cheiro da comida que ela fez está tão bom que engulo a saliva que já enchia minha boca.
- Macarrão integral no molho branco com cenoura, mandioquinha e brócolis, senhorita Gabriela.
- Você fez tudo isso em 50 minutos?
- Eu tenho a tarde, a noite e a vida inteiras para te mostrar mais coisas que faço... mas essas não são tão rápidas. Vamos comer!
- Vamos, por favoooor- faço bico de manha- achei que nunca iria me alimentar- aumento o bico.
Ela se senta nua, com toda a classe que só ela tem, ao meu lado, comemos rindo de assuntos impertinentes. A garrafa de vinho acaba, já não sinto frio.
Outra garrafa é aberta e esvaziada até a metade entre risos e beijos lascivos.
- Vamos nos escovar para tomar um banho?
- Gabi, você escova os dentes quantas vezes por dia?
- Eu nunca conto, mas são algumas, gosto da sensação de dentes escovados, é uma ótima sensação.
- Realmente. Pegue a garrafa de vinho e pode ir na frente, logo te acompanho. Ela se levante e recolhe os pratos, me dá um beijo na testa e vou até o banheiro, agradecendo por ter aquecedor naquela banheira. Entro na água e logo ela chega com o baseado novamente aceso na boca, um roupão de banho branco e límpido e um volume na região da pélvis. Logo sei do que se trata e a olho mordendo o lábio, bebo o vinho que restou na minha taça e fico de joelhos dentro da enorme banheira quadrada.
- Venha cá- ela me obedece e quando chega perto de mim, abro seu roupão e dou de cara com um strap-on, olho para ela, que leva o beck até minha boca, trago-o enquanto ela o segura e começo tirar o strap-on dela, que me olha sem entender nada, mas deixa que eu termine de tirá-lo, no mínimo pensando que eu não queria usar ele naquela hora. Solto a fumaça do beck e saio do banheiro com minha mochila em mãos pedindo que ela entre na banheira e esteja molhada para mim. Ela sorri e eu posso ouvi-la dizer algo sobre pagar, não prestei atenção.
Vou até o quarto e tiro do fundo falso da mochila uma caixa que tinha um outro vibrador a prova d’água. Sorrio pensando no acaso de estarmos na banheira. Ele tinha uma função diferente, as duas podiam ser penetradas ao mesmo tempo. Começo vesti-lo e só percebo o tamanho real do meu tesão quando penetro uma das pontas em minha entrada e ela entra com facilidade, aperto o botão na velocidade 1 para testar e solto um gemido pesado e baixo quando sinto a ponta se mexendo dentro de mim, desligo o vibrador pois sei bem que ficaria por ali se não tivesse uma deusa me esperando nua e chapada numa banheira de hidromassagem. Acoplo o cinto na cintura e coxas, vou até o banheiro sentindo o dildo dentro da minha vagin*, tentando me controlar para chegar até lá e quando chego encontro Vitória se masturbando dentro da água, quase arrancando um pedaço do próprio lábio de tão forte que o mordia, ela gem* ao me ver entrar com um brinquedo novo entre as pernas e me chama entre gemidos.
- Ah... vem a..qui! Acho que estou... ah!... molhada o suficiente.. ah!
Vou até ela com pressa, sento de frente para ela, me encostando na banheira e ela vem para cima de mim sem dó alguma, senta-se no dildo e começa cavalgar rápido, fazendo com que a parte de silicone que fica em meu clitóris até a entrada de meu sex* se movimente também, roçando nos dois com força, eu gemo junto dela enquanto seguro o controle do vibrador em minha mão para fora da água, minha outra mão está na cintura dela, a respiração arfada dela faz com que seus seios dancem na altura da minha boca, sugo um deles com força, nós duas gem*mos alto e firme, aperto a velocidade 1 do controle e sinto os braços dela em torno do meu pescoço arrepiando, ela solta um gemido mais fino e tenta procurar meu sex* com uma das mãos enquanto cavalga moderadamente em meu colo, mas ao perceber que eu também estava sendo penetrada e por isso também sentia tudo e gemia tanto quanto sentia prazer, ela sorri um sorriso safado e audível.
Agora nós duas nos movimentamos com força chocando nossos corpos. Seguro o enorme cabelo molhado dela curvando sua cabeça um pouco para trás, o suficiente para que comece mamar em seus seios vorazmente. Solto seus fios longos e ela se apoia na borda da banheira atrás de mim, toma o controle de minha mão e aumenta duas vezes a velocidade, soltando o controle devido a forte sensação dentro de seu sex*. E do meu também. Não tínhamos mais pudor, ela me chamava de “vadia”, de “gostosa”, pedia para eu goz*r mais uma vez para ela, eu não fazia diferente, queria sentir o gozo dela junto com meu. Não demorou até que nos entregamos ao gozo juntas, procurei o controle e desliguei o vibrador, agora éramos só nos ali, num movimento calmo e gostoso, num beijo lascivo, a água da banheira tinha caído um pouco para fora devido a movimentação ali dentro, mas depois resolveríamos isso.
Ela alcança o beck e o acende novamente, ainda quicando devagar e gostoso em meu colo, seguro sua cintura com força e ela põe a mão em minha nuca, com o cigarro aceso, puxa minha boca para perto e solta toda a fumaça que tragou em minha boca, deixando um beijo breve e uma forte mordida em meu lábio. Fecho meus olhos me movimentando no vibrador lentamente, solto a fumaça e levo minha mão até minhas coxas e cintura, soltando uma cinta de cada vez, tiro o dildo da minha vagin* e ela logo tira o dela, colocando o brinquedo na borda da banheira e tragando mais uma vez, prendendo a fumaça.
- Eu quero te foder mais, Gabriela. Aqui, em todos os lugares dessa casa. Eu amo os efeitos que você tem em meu corpo, amo seus toques- parou de me encarar e me beijou delicadamente nos lábios-, amo seus gemidos, seu gozo, seu sabor e eu amo você.
- Eu amo tudo com você. Eu amo tudo em você! Eu amo você, Vitória.
Ela desce de meu colo e entra na água, agora calma, senta entre minhas pernas e encosta a cabeça em meu ombro. Ficamos ali por um tempo, eu fiz carinho em seu cabelo, bebemos vinho direto da garrafa e terminamos aquele baseado até que... começamos tudo de novo em todos os lugares da casa, mais de uma vez em cada lugar até a noite se fixar e relaxarmos o corpo um pouco, deitadas para dormir. Ligamos para Laura e ela contou como foi o dia com Eliza e o filho dela, já que voltaram pra casa em São Paulo e fizeram uma sessão cinema os três juntinhos.
Dormimos em paz, nossos corações calmos, nossos corpos juntos em baixo dos cobertores, nossas almas se comunicando enquanto nosso destino era escrito ali, Nossa história.
Fim do capítulo
Notas finais:
Oi, queridas.
Eu tô pra postar esse capítulo faz dias, né? Recebi um e-mail muito atencioso que me deu ânimo para escrever(um beijo a queridíssima que o enviou
Eu tô pra postar esse capítulo faz dias, né? Recebi um e-mail muito atencioso que me deu ânimo para escrever(um beijo a queridíssima que o enviou
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