Capítulo 14 - Álcool e Timidez
Enfim teria uma chance de tentar algo mais ousado, essas pequenas provocações parecia não estar surtindo efeito algum na armadura que a minha digníssima doutora parecia usar. Putz! Será que ela não era humana? Como alguém poderia simplesmente não notar meu interesse e o pior dormir toda a noite tão juntinha e não sentir nada, sem falar da massagem em que ela simplesmente dormiu. Mas não iria desanimar, afinal haveria de existir algo que fizesse toda a altivez da doutora ruir, ela não poderia ser imune a tudo.
Na verdade adoraria que apenas as duas tivessem ficado na fazenda assim seria muito mais simples ter um tempinho a sós com ela, mas como nem tudo é perfeito Diego e Pedro, que estava mais pra pedra no sapato, resolveram ficar. A impressão que tive foi a de que estavam cheios de segundas intenções, mas preferi ignorar enquanto pude a ousadia de Diego cercando a minha doutora, enquanto o chato do Pedro vinha cheio de dedos e conversa mole pro meu lado.
Acabei percebendo que ela também não estava nada a vontade com a situação e vi seus olhares nada amistosos pro lado de Pedro. Enfim tinha descoberto uma forma de afetar a doutora, ela estava com ciúmes, e eu faria o possível pra me aproveitar disso, queria ver até onde ela agüentaria a pressão.
A parte chata era ter que aturar o estilo polvo que Pedro parecia ter, era mão que não acabava mais. Decidimos dançar. Diego já tinha desistido então só faltava mesmo ela tomar coragem de assumir que também me queria.
Putz! Tem coisas que definitivamente parecem acontecer apenas comigo, ao invés de conseguir que ela me desse atenção ela resolveu contra atacar. E o efeito foi devastador em mim. Meu desespero foi total quando vi o tanto de homem esperando pra dar o bote, bastou ela levantar que logo um deles se aproximou e a convidou pra dançar. Mas também seria impossível resistir a ela que estava ainda mais linda aquela noite usando aquele shortinho deixando a mostra aquela pele tão branquinha e um blusa simples com um decote perfeito tão feminina provocante, que não lembrando em nada as roupas costumeiras da coleta, os cabelos vermelhos cacheados soltos na altura dos ombros, enfim ela estava perfeita.
Quando eles começaram a dançar comecei a suar frio. Aquele homem na certa estava cheio de más intenções, se bem que as minhas intenções nem eram muito diferente das dele se eu pudesse estar sozinha com ela. Vi quando a mão do sujeito começou a descer e meu sangue ferveu, assim era demais pra mim. Quando ela era que estava com ciúme estava tranqüilo, mas ser torturada daquela forma eu não suportaria.
Deixei Pedro de lado e fui resgatar minha doutora das mãos daquele aproveitador. Agi mais por impulso e quando notei já dava dando uma de heroína.
-Desculpe moço, mas acho que a minha amiga não esta mais a fim de dançar. Já esta ficando tarde e precisamos ir. Vamos Malu?
Apesar da cara pouco amigável ele acabou nem criando caso e eu aproveitei a deixa pra tirar minha doutora da confusão que ela tinha procurado. Ela não falava nada e só ficou me olhando com uma cara meio surpresa e de gratidão ao mesmo tempo. Afastei-me um pouco pra avisar ao rapazes que voltaríamos pra fazenda e Pedro não reagiu nada bem, mas acabei cortando logo a show dele.
- Vai me deixar aqui sozinho por conta da doutora arrogante?
-Me desculpe Pedro, mas se tive que escolher entre a sua arrogância e a dela ficarei com a da doutora, sem contar que meu interesse por ela e muito maior do que por você. Desculpe-me!
Ele pareceu bem surpreso com a resposta e fez uma cara de nada satisfeito, mas se limitou a ficar calado.
- Vamos doutora, os rapazes passaram a noite na cidade, acho mais tranqüilo ficarmos na fazenda mesmo.
Aff! Pra que tinha começado aquela brincadeira idiota de ciúmes agora era eu que tava completamente perdida. Aquele silêncio no carro estava me matando e não me ajudava nada a manter meu controle eu simplesmente não conseguia evitar olhar seu decote que mostrava aquelas lindas pintinhas em seus seios eu precisava me controlar. Tinha que prestar atenção na estrada.
-Obrigada pela ajuda e desculpe por arruinar sua noite com Pedro.
Era bom ouvi-la dizer algo novamente ao menos serviria pra tirar minha atenção de seu corpo e me livrar dos pensamentos nada inocentes.
- Que isso nem precisa agradecer, você acabou me dando um bom motivo pra me livrar do mala do Pedro.
- Sabe ainda não acredito que você namorou com um cara desses.
- Na verdade nem eu acredito. Mas ele não é de todo mal, só meio convencido.
Chegamos a fazenda e eu não poderia perder a oportunidade de estar a sós com ela então tive a brilhante idéia de chamá-la pra tomar um pouco de vinho, só o suficiente pra ficarmos mais a vontade e quem sabe aproveitar melhor a noite.
-Meu tio tem uns vinhos maravilhosos aqui o que acha de beber um pouquinho pra aquecer a noite?
Ela aceitou o convite e tive que me conter pra não dar pulinhos de alegria. Mas logo notei que minha doutora não tinha lá muita intimidade com álcool e logo estava a vontade até demais e eu que comecei a noite provocando a gora estava ali sofrendo com toda a provocação inconsciente de minha doutora, acho que ela nem tinha se dado conta do quanto podia se sensual e envolvente, resolvi me aproveitar um pouco a aparente falta de timidez.
- Posso saber por que dispensou o Diego, ele me parecia bem interessado em você essa noite.
Notei que ela exitou e já esperei por uma resposta mal educada, mas logo ela respondeu com ar mais ousado.
- Não era nele que eu estava interessada essa noite.
Resolvi continuar o jogo de perguntas.
- Hum e em que estava interessada essa noite doutora?
-Por que a curiosidade menina, esta com ciúmes?
Nuss!! Quase me engasguei com o vinho diante daquela resposta. Todos os meus alarmes soaram, ela definitivamente não estava mais tão bem, maldita idéia de tomar vinho. Estava me sentindo num filme de comédia romântica daqueles em que o rapaz deixa a moça tomar todas pra diminuir a resistência, daí eles tem uma noite fantástica de sex* e no outro dia a mocinha olha com a cara mais confusa sem se lembrar de nada. Decidi parar por ali mesmo enquanto eu ainda parecia estar no controle da situação.
-Talvez eu esteja sim doutora, mas acho melhor continuarmos nossa conversa amanhã, sem vinhos.
Já fui logo levantando e tirando as taças pra não dar tempo dela relutar e fui pra cozinha, mas definitivamente não esperava por aquele contato atrás de mim e aquela voz tão sensual no meu ouvido. Socorro!! Golpe baixo não vale.
- Que foi menina, ficou com medo? Justo você que adora provocar.
Aquele Abraço por trás foi demais, mas o toque de seus lábios de leve na minha sua nuca foi covardia, a tensão no meu corpo aumentou e senti meus pelos se arrepiarem. Ela queria me enlouquecer e estava conseguindo, fiquei de frente pra ela e perguntei.
- O que você quer heim doutora?
-Quero você!
A doutora tinha surtado de vez, já foi me beijando e minha resistência foi dar uma volta. O que era aquela mulher? E aqueles beijos que eu desejei tanto e que ela não se negava a me dar agora tornado tudo cada vez mais intenso. Nuss, foi me jogando na parede e deslizando as mãos pelo meus corpo. Putz! Será que eu tava sonhando? Eu tinha que tocar também pra crer que era real. Suas mãos logo encontraram o meu vestido deslizando por entre minhas pernas, não contive meus gemidos, quando ela tocou de leve seu sex*. Sentia meu corpo tremer com toda a vontade, ela queria tanto quanto eu, mas eu precisava me conter. Quando sua mão tocou meu sex*, tentando se livrar da barreira gerada pela calcinha, eu usei todas as minhas forças pra conter a minha vontade de levar tudo adiante e segurar sua mão, apesar de meu corpo querer desesperadamente que ela continuasse, mas eu não queria que fosse daquela forma.
-Malu não. Assim eu não quero!
- Que isso menina? Primeiro você me provoca e me tortura durante um mês e agora não quer.
- Você esta bêbada Malu é melhor parar por aqui.
Ela aproximou seu corpo mais uma vez do meu e sussurrou no meu ouvido, quase tirando completamente toda minha razão.
-Não estou bêbada, só menos tímida. Sei que me quer tanto quanto eu quero você.
Putz!! Só podia ser brincadeira. Beije a com muita vontade foi um beijo longo que parecia sugar nossas forças. Depois sussurrei no seu ouvido também.
- Se você me disser isso quando estiver sem nem um pouco de álcool em seu sangue você terá de mim tudo que quiser.
Fui pra varanda esfriar a cabeça e organizar meus pensamentos. Esperava não ter jogado fora a minha única chance de tê-la. Eu a queria muito, mas já conhecia a sensação de ter alguém por uma noite e no outro dia nada fazer diferença alguma, não queria que com ela fosse assim. Voltei pro quarto enquanto ela tomava um banho aproveitei pra fazer o mesmo e acalmar meu corpo também que estava tenso.
Vesti-me e deitei quando ouvi batidas na porta. E ela logo entrou com um sorriso. Será que ela tinha esquecido que estávamos sozinhas no casa?
- Os outros quartos estão vazios doutora você não precisa dormir aqui.
- Acho que me acostumei a dormir com você por perto. Prometo me comportar.
Aquelas palavras foram quase uma bandeira branca estendida, não pude deixar de sorrir e entrar na brincadeira.
-Tudo bem Doutora, admita logo que esta com medinho de dormir sozinha.
Ela já foi se enfiando embaixo das cobertas ao meu lado e senti o calor de seu corpo.
-Tudo bem estou com medo sim e daí! Posso te pedir de novo uma coisa?
Com aquele olhar ela podia pedir até minha alma que daria de bom grado.
- Nuss falando assim me da até medo, mas peça.
-Me chame de Malu, sei que me chama de doutora por pura provocação.
Não era só por provocação, mas tudo bem, ela queria uma trégua e eu daria. Ela sorriu e deitou de costas pra mim eu deitei e a abracei. E sussurrando ao seu ouvido.
-Boa noite Malu.
Ela se aconchegou em meu abraço de uma forma tão deliciosa e respondeu.
-Boa noite Iara.
Eu teria sim uma boa noite, só não sei se o sono faria parte dela.
Fim do capítulo
Olá meninas desculpem o total abandono, para compensá-las ai vai o texto completo, não vai dar pra fazer mais alterações então espero que gostem assim mesmo e em outra ocasião poderei melhorar um pouco mais o texto.
Beijos a todas e espero que curtam.
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