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Even if we're not friends por asuna

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Palavras: 4533
Acessos: 7903   |  Postado em: 20/03/2017

Capítulo 5

A água quente do chuveiro envolveu-me numa bolha de pensamentos, enquanto refletia sobre as palavras de Meg. Suas indagações sobre minha sexualidade ecoaram na minha mente, desencadeando uma série de questionamentos e reflexões que eu evitara constantemente explorar. Por anos, meu foco havia sido exclusivamente em Claire, mas agora, ao mergulhar mais fundo em minhas próprias emoções, comecei a questionar se o que eu interpretava como amor não seria, na verdade, uma forte amizade. A ideia de que eu poderia ter confundido os sinais, interpretado erroneamente os sentimentos, e projetado em Claire algo que eu talvez ansiasse encontrar em um rapaz começou a ganhar força. E se o que eu sentia por ela não era amor romântico, mas sim um laço profundo de amizade? E se, ao longo desses anos, eu estivesse reprimindo outros sentimentos, outras possibilidades, por medo ou por simples falta de consciência? Aquelas perguntas pairaram no ar, envoltas pelo vapor do chuveiro.

            O interesse dos rapazes era evidente, com algumas declarações já recebidas, contudo eu os mantinha à distância, nunca permitindo que ultrapassassem as barreiras que eu tinha erguido em torno de mim. James era um daqueles rapazes que parecia ter o mundo aos seus pés. Popular, carismático e atlético, com uma presença que não passava despercebida. O típico popular entre as garotas, cercado de admiradoras e sempre no centro das atenções. Contudo, essa aura de charme não parecia ter o mesmo efeito em mim. A falta de interesse era evidente, e talvez isso causasse estranheza para os outros ao meu redor. Depois de muito ponderar, decidi dar-lhe uma oportunidade, mesmo que meu interesse inicial fosse praticamente inexistente. Talvez esta fosse a hora de explorar novos horizontes.

            O relacionamento com James parecia mais uma tentativa de preencher um vazio do que algo genuíno, acabando por se revelar um verdadeiro desperdício de tempo. Por mais que tentasse, simplesmente não conseguia sentir aquela atração romântica que se esperava. Era como se nos estivéssemos a seguir um roteiro pré-determinado, sem qualquer faísca de emoção autêntica. Essa sensação aumentou no nosso quarto encontro, quando este se inclinou para me beijar. Seus lábios frios tocaram os meus de forma bruta e inesperada. Era como se estivesse experimentando algo mecânico e desprovido de emoção, algo que definitivamente não se enquadrava nas minhas expectativas de um primeiro beijo. “Lá se foi o meu primeiro beijo" entoou no meu pensamento. Ao afastar-me, senti uma mistura de frustração e incómodo. Aquele momento só confirmou o quanto aquele relacionamento estava fadado ao fracasso. Rapidamente, deixei claro o quão desconfortável me sentia, deixando-o perplexo com a revelação. Quando minhas amigas souberam do ocorrido, o escândalo foi inevitável.

- Como assim não vale a pena continuar? - Interrogou Kate, visivelmente surpresa com a minha decisão.

- Simplesmente não sinto nada. Como é que eu poderia continuar a sair com alguém por quem não sinto absolutamente nada? - Expliquei, enfatizando a minha falta de emoção.

- O sentimento vem com o tempo, Bia. - Respondeu Meg, com convicção, o que me fez soltar uma risada seca.

- Não me faças rir, Meg. - Disse, balançando a cabeça em descrença diante da ideia.

- É verdade, Bia. Nunca namoraste para saberes. Esta seria a tua oportunidade de descobrir. - Insistiu, lançando-me um olhar encorajador.

- Agora, cada vez que eu discordar, vocês vão me jogar na cara que eu não sei das coisas porque nunca namorei? Por favor... Eu sei muito bem que para sair com alguém, no mínimo, tem que haver interesse de ambas as partes, atração, ou o que quer que seja... Eu não sinto nada pelo James, nem quando nos beijamos. - Fechei os punhos, tentando conter meu nervosismo, enquanto Kate e Meg me olhavam com deceção estampada em seus rostos.

- Eu não acredito que tu não te sentes atraída por aquele pedaço de homem... Desculpa, mas tu não és normal. - Kate exclamou, com uma mistura de surpresa e desapontamento estampada em seu rosto.

- Vocês deveriam era estar felizes por eu o ter rejeitado. Querem assim tanto aquele "pedaço de homem"? Então ganhem coragem, convidem-no e saiam com ele. - Concluí, levantando-me bruscamente, dirigindo-me rapidamente em direção à porta, sentindo como se um abismo se abrisse entre nós, separando-nos em mundos distintos.

Após esse incidente, as minhas "amigas" nunca mais tocaram no assunto ou me incentivaram a sair com alguém, o que, de certa forma, trouxe um alívio para mim.

No dia em que completei 17 anos, ao abrir a caixa de entrada do meu email, deparei-me com uma mensagem de “"Feliz Aniversario” enviada por Claire, apesar da brevidade do conteúdo, um misto de surpresa e felicidade surgiu no meu peito, tornando aquele pequeno gesto o ponto alto do meu dia. Contemplando a tela do computador, hesitei por alguns instantes antes de responder. O impulso de lhe perguntar se estava tudo bem, se ela estava bem, foi forte, quase irresistível. Mas, por alguma razão, contive-me. Optando por uma resposta simples, agradecendo-lhe pela mensagem e expressando o quanto esta significava para mim. Depois de enviar o email, esperei por uma resposta que nunca chegou. A ausência de Claire deixou um eco de desapontamento e tristeza no meu coração. Era como se a esperança que eu tinha nutrido naquele breve momento tivesse sido apagada tão rapidamente quanto uma vela em um sopro de vento. A ferida no meu peito, que eu tentara tão arduamente cicatrizar, voltou a latejar dolorosamente, recordando-me da distância que se havia instalado entre nós.

            Alguns meses depois, na última semana das férias antes de iniciar o meu último ano escolar. Phil, com entusiasmo, apareceu na casa da minha avó, aproximando-se de mim animadamente. Franzi o cenho com curiosidade enquanto o observava.

- Bia, é sexta-feira, queres sair comigo? - Perguntou Phil, com um sorriso irresistível.

- Não é normal convidares-me para sair à noite... - Estranhei, arqueando uma sobrancelha em desconfiança.

- Uma amiga minha vai tocar no bar do David, e como te tenho visto a murchar por aqui, decidi convidar-te... vou fazer o sacrifício de te ter como minha acompanhante, mas nada de bebidas alcoólicas, já sabes que só bebes a partir dos 18. - Afirmou, tentando manter uma postura autoritária fazendo-me soltar uma gargalhada.

- Só irei se houver álcool, caso contrário não vou. - Brinquei, fingindo um ar sério, cruzando os braços de forma teatral.

- Acho que irás gostar da companhia, da música e da coca-cola. - Piscou-me o olho, com um ar de cumplicidade que me fez rir ainda mais.

- Tudo bem, convenceste-me pela música.

            Saímos de casa por volta das 21 horas, ao chegarmos ao local, fiquei surpresa. O bar estava localizado na Gay Village, uma área conhecida por sua atmosfera inclusiva e vibrante. Ao observar a rua, notei que vários estabelecimentos exibiam orgulhosamente bandeiras de apoio ao movimento LGBT+. A energia do lugar era contagiante, um sorriso largado formou-se no meu rosto, enquanto observava o ambiente ao meu redor.

-  Não sabia que frequentavas este tipo de bares. - Comentei, surpresa.

- Ah, eu tenho amigos gays... por vezes venho até aqui para me encontrar com eles... espero que te sintas confortável. - Phil respondeu, visivelmente embaraçado. Sua sexualidade ainda era uma incógnita para mim, porém eu não queria fazer suposições. Sorri, tentando tranquilizá-lo

- Descontraí, acho que vai ser uma noite fantástica. Obrigada por me trazeres. - Agradeci, mostrando um sorriso sincero.    

Ao adentrar no local, a primeira coisa que fiz foi analisar o ambiente. O bar não estava muito cheio, a decoração moderna e a iluminação adequada criavam uma atmosfera convidativa. A música jazz ecoava suavemente contribuindo para o clima relaxante e acolhedor do lugar.

- Vamos, acho que o pessoal já chegou. - Disse Phil, interrompendo meus devaneios, me levando até uma mesa próxima do pequeno palco.

Assim que nos aproximamos, meu primo começou a cumprimentar as pessoas. Na mesa, havia dois rapazes e três garotas. Ao me afastar de Phil, senti os olhares curiosos delas sobre mim, como se me analisassem de cima a baixo.

- Começo já por avisar as leoas para conter a fome, pois a minha prima está fora do menu. - Disse o meu primo, com os braços cruzados e um sorriso malicioso. - Vou apresentar as meninas: aqui temos a Hannah, a Kristen e, por fim, a Samantha. Quanto aos meninos, temos o Steven e o Kieran. Pessoal, esta é a minha prima Beatriz. - Acrescentou, com um tom divertido, enquanto eu apenas sorria, um tanto constrangida.

- Boa noite, prazer em conhece-los. - Disse timidamente antes de cumprimentá-los com um beijo.

- Onde está a Ashley? - Perguntou meu primo, olhando ao redor.

- Ela esteve aqui há pouco tempo, mas o David precisou dela. Acho que agora só a veremos quando ela fizer o intervalo. - Respondeu Steven

- Ah, que pena, eu queria ter falado com ela antes do show começar... Ela contou como foi a viagem?

- Sim, ela falou um pouco por alto, não muito, entretendo o David apareceu e ela teve de ir com ele.

- Bem, irei ter que esperar pelo intervalo para falar com ela. Bia ainda estás aqui de pé, senta-te ai numa cadeira. Queres beber alguma coisa? - Interrogou Phil, puxando uma cadeira para eu sentar.

- Sim por favor.

- Eu já venho. Nada de flertar aí com as leoas, olha que eu estou de olho. – Sussurrou, fazendo-me rir.

            Observei enquanto o meu primo se afastava e, mais uma vez, dei uma olhada ao redor, analisando o espaço. Com o passar do tempo, mais pessoas foram entrando, o burburinho das conversas intensificou-se fazendo abafar a música de fundo.

- Estás cá há muito tempo? - Perguntou a ruiva do meu lado, cujo nome eu estava tentando lembrar, acho que era Samantha. Virei-me na sua direção fazendo um esforço para me recordar.

- Tem pouco mais de um ano. - Respondi, enquanto continuava a procurar Phil entre as pessoas que enchiam o local.

- É a tua primeira vez num bar gay? - Perguntou Samantha, sem rodeios, deixando-me constrangida.

- Sim, é... - Respondi, sentindo-me um pouco nervosa diante da pergunta tão direta.

- Ainda estou na dúvida... - Ela continuou, sua expressão um tanto enigmática, enquanto me analisava atentamente. - És apenas uma curiosa? Ou só acompanhaste o Phil? Se for curiosidade, estou disposta a mostrar-te o lado bom da coisa. - Disse, piscando o olho de forma sugestiva, fazendo meu rosto corar instantaneamente. Antes que eu pudesse articular qualquer resposta, Phil chegou, entregou-me a bebida e colocou suas mãos nos ombros de Samantha.

- Sam, qual foi a primeira coisa que eu falei quando aqui cheguei? - Phil questionou Samantha, com um tom de desafio.

- Eu estava a tentar ser amigável com a menina. - Ela respondeu, com um sorriso irônico.

- Sim... achas que não te conheço o suficiente? Olha, por que não deixas a minha priminha desfrutar da noite e dás atenção àquela loira que não para de olhar para cá? - Ele sugeriu, com um tom divertido.           

            A ruiva olhou para o lado, seguindo o olhar de Phil, segundos depois olhei na mesma direção, uma loira platinada, lançava agora um sorriso sugestivo na direção de Sam.

- Bem acho que irei conversa uma pouco com ela. - Afirmou Samantha ajeitando o cabelo ruivo. Antes de se afastar, esta olhou para mim. - Só para que fique claro, eu continuo à disposição. – Acrescentou com uma voz sensual. Desvie o olhar dando um gole na coca-cola, tentando disfarçar o embaraço.

- Bia, não leves a Sam a sério. – Interveio Phil, notando a minha reação.

- Não... está tudo bem. Quando começa o show? – Mudei rapidamente de assunto, sentindo ainda o calor no rosto.

- Hum, deve estar prestes a começar. - Phil olhou para o relógio, e no momento em que terminou a frase, as luzes do palco se acenderam, preenchendo o ambiente com um brilho suave e misterioso. Uma garota de cabelo castanho claro, vestida casualmente, entrou com um violão na mão. Seus olhos percorreram a plateia. Com passos decididos, posicionou-se na cadeira, ajustou o microfone para a altura adequada e sorriu para o público.

- Boa noite, pessoal! - Sua voz era suave, contudo cheia de energia. - Agradeço desde já a vossa presença. Espero do fundo do coração que apreciem o show.

            Estendi o braço para alcançar novamente o meu copo, porém assim que a melodia começou, reconheci-a instantaneamente. A música que ecoava pelo bar era "When You Say Nothing at All" de Ronan Keating, uma das minhas preferidas. Um arrepio percorreu meu corpo no momento em que as primeiras palavras da letra foram proferidas, deixando-me boquiaberta. Sua voz era impressionantemente afinada. Cativada, pela emoção da sua voz, senti-me incapaz de desviar minha atenção dela. Os meus olhos fixaram-se nela, enquanto tentava compreender o que me fascinava tanto. Enquanto isso, Phil assobiou, chamando a atenção da cantora. Depois de terminar "When You Say Nothing at All", ela continuou com "Unwritten" de Natasha Bedingfield e "Photograph" de Ed Sheeran, realizando covers surpreendentemente bons das músicas. Cada nota, cada inflexão, transmitia uma emoção única, deixando-me completamente envolvida pela sua performance.

- Deixa-me dar-te uma dica. - Comecei olhando para o meu primo. - Da próxima vez que quiseres melhorar o humor de alguém, leva essa pessoa para um espetáculo de comédia, não para um show de músicas melosas.

- Ah, por favor, Bia, eu sei que tu és uma fã incondicional deste estilo de música.

- Pensei que era para me animar, não para me transformar numa poça de tristeza! - Ele riu-se da minha dramatização.

- Ah, não me leves a mal, priminha, pensei que adoravas um pouco de drama na tua vida! – Brincou. - És linda Ash. - Gritou, chamando mais uma vez a atenção da cantora que agora direcionava seu olhar para Phil. Peguei novamente na minha bebida, sentindo o líquido gelado contra meus dedos. A atmosfera estava carregada de música e emoção, então, pela primeira vez, o meu olhar cruzou-se com o dela no momento que voltei a minha atenção para o palco. Instantaneamente, fui aprisionada pela intensidade dos seus olhos. Mergulhei nas profundezas daqueles olhos expressivos, perdendo-me na sua profundidade, sua expressão serena misturada com uma aura de mistério despertou o meu interesse e curiosidade. Determinada, segurei o seu olhar o máximo que consegui, absorvendo cada detalhe. Um sorriso tímido surgiu nos seus lábios no momento em que esta quebrou o nosso contato visual, fazendo-me engolir em seco.

            Quando ela terminou de interpretar "A Thousand Years" de Christina Perri, a cantora anunciou que faria uma pausa. Enquanto esta se preparava para sair do palco, observei-a atentamente, notando cada movimento gracioso e cada expressão em seu rosto. Contemplei quando esta pousou o violão com cuidado e pegou sua garrafa de água, levando-a aos lábios num gesto suave. Desviei o olhar no momento em que a vi dirigir-se à nossa mesa, fingindo interesse repentino em meu copo vazio.

- Ashley, que bom ver-te. - Ouvi a voz de Phil dizer ao meu lado, olhei na sua direção, enquanto este se aproximava para a abraçar.

- Phil, que surpresa! Obrigada por teres vindo. – Respondeu animada, já nos braços do meu primo.

            Com o copo vazio em mãos, peguei no celular e comecei a mexer nele, tentando disfarçar a vontade intensa que tinha de a contemplar. Enquanto os minutos passavam, eles continuavam a conversar, alheios à minha inquietação. Por alguma razão desconhecida, uma sensação de apreensão começou a surgir em mim.

- Ash, quero apresentar-te a minha prima. - Phil tocou-me no ombro, tentando chamar a minha atenção. - Beatriz, esta é a Ashley.

            Encarei a amiga do meu primo sem demonstrar qualquer emoção. Seus olhos eram castanhos, e sua pele apresentava um tom bronzeado que se destacava sob a luz ambiente. Um sorriso largo adornava seus lábios, revelando dentes perfeitos. Sem proferir palavra alguma, aproximou-se de mim e depositou um beijo em meu rosto. Um leve arrepio percorreu meu corpo no momento em que senti o calor de seus lábios contra minha pele, fazendo-me prender a respiração por um instante.

- Prazer em conhecer-te! Phil fala muito sobre ti. - Disse, olhando-me nos olhos.

- Beatriz é uma menina encantadora. - Olhei na direção de Phil, tentando perceber qual era a ideia dele.

- Gostaste da primeira parte do espetáculo? - Perguntou timidamente.

- Sim, tens uma voz incrível. - Fui sincera, arrancando-lhe um novo sorriso.

- Sentem-se, meninas, eu vou buscar uma bebida para vocês.

- Podes trazer-me uma 7up, Phil, por favor?

- Claro! E tu, Bia, vais ficar pela coca-cola?

- Pode ser... - Disse reticente.

- Já volto.

            Ficamos um momento em silêncio, sentadas à mesa, enquanto eu observava os rostos à minha volta, tentando decifrar o que sentia. Uma mistura de emoções borbulhava dentro de mim, desde curiosidade até uma ligeira apreensão.

- O que estás a achar da cidade? - Ela perguntou, quebrando o silêncio.

- É um pouco diferente daquilo a que estava acostumada... - Respondi, deixando transparecer um leve ar de contemplação.

- E do colégio? Phil contou-me que estavas a estudar num colégio interno.

- O que mais te contou sobre mim? - Perguntei, um tanto desconfiada, fazendo-a remexer-se na cadeira.

- Não contou muita coisa, só falou sobre o colégio, disse que tinhas 17 anos e que estava preocupado contigo, pois passavas as férias sozinha... Fui eu que lhe sugeri que te convidasse para assistires ao show.

- Parece que já tens um dossiê completo sobre mim. Será que devo preocupar-me?

- Podemos equilibrar as coisas... - Respondeu, com um sorriso torto, fazendo-me sorrir. - Tenho 20 anos, faço faculdade e passei as minhas férias viajando.

- Qual é a área que estudas? - Perguntei, num tom de curiosidade genuína, enquanto as palavras fluíam entre nós numa dança de descoberta mútua.

- Música. - Respondeu orgulhosa, chamando-me atenção.

- Imagino que música seja uma área difícil para encontrar trabalho futuramente.

- É verdade, mas se nós não correr-mos atrás dos nossos sonhos, ninguém o vai fazer por nós. Prefiro seguir o meu enquanto tenho oportunidade do que mais tarde me arrepender de não o ter feito. - Ponderei aquelas palavras enquanto a observava. Até aquele dia, só tive um sonho. Infelizmente, decidi desistir dele.

- E quanto a ti, já sabes que área irás seguir depois de concluíres o secundário? - Perguntou, fazendo-me acordar dos meus pensamentos.

- Talvez desporto... Gestão desportiva, para ser mais precisa.

            Phil apareceu com as nossas bebidas e sentou-se ao nosso lado, interrompendo a conversa.

- E então, a conversa está interessante? - Phil questionou, ao sentar-se connosco.

- Estamos apenas a falar sobre faculdade. - respondeu a cantora, antes de dar um gole na sua 7up.

- Assunto chato. Mudem de conversa por favor. Ash, fala-me da tua viagem. - E assim começou ela a falar sobre os locais que tinha visitado, despertando o meu interesse. Enquanto falava, esta gesticulava com as mãos, mostrando o seu entusiasmo, os seus olhos brilhavam. Por alguma razão, achei aquilo familiar.

- Bem, a conversa está ótima, mas tenho de voltar para o palco.

- Se não nos virmos depois do show, eu mando-te uma mensagem para sairmos um dia destes. - Disse Phil, levantando-se com ela.

- Isso seria perfeito. Gostei muito de te conhecer, Beatriz. Espero encontrar-te novamente. - Falou ela, olhando nos meus olhos.

- Eu também.

            Quando a vi afastar-se, sentei-me novamente e percebi a presença de Phil ao meu lado, observando-me em silêncio. Não trocamos palavras, fechei os olhos e deixei-me envolver pela voz dela.

Enquanto estávamos no carro de volta para casa, Phil quebrou o silêncio:

- Divertiste-te esta noite? - Ele perguntou, dirigindo-me um olhar de cumplicidade no espelho retrovisor.

- Sim, foi uma noite diferente. - Respondi, tentando não demonstrar o quão impactada eu estava.

- Acho que aproveitaste mais a companhia do que a música. - Ele comentou casualmente, fazendo-me erguer uma sobrancelha em surpresa.

- Qual é a tua ideia? - Perguntei cautelosa, notando um sorriso travesso surgir em seus lábios.

- A Ashley ficou interessada em ti... - Revelou, provocando uma mistura de sentimentos em mim.

- Phil, eu não quero ninguém. - Respondi rapidamente, tentando evitar qualquer especulação sobre o assunto.

- Beatriz, tens 17 anos e não estás a aproveitar a tua juventude. Tens de sair, conhecer pessoas novas, curtir... não podes ficar presa ao passado. - Phil argumentou, tentando me convencer.

- Eu não estou presa a nada. - Falei entre dentes. - Eu quero me concentrar nos estudos, tu sabes melhor do que ninguém que daqui alguns meses eu irei embora.

- Isso não te impede de te relacionares com as pessoas.

- Eu não quero entrar num relacionamento, e ninguém vai me impedir de voltar para o meu país. - Afirmei com firmeza.

- Quem falou em algo sério? Ashley é linda, talentosa e inteligente. Ela não... - Phil tentou argumentar, mas cortei-lhe a palavra.

- Eu não quero magoar ninguém. Vamos parar com esta conversa? - Implorei, sentindo um nó se formar na minha garganta.

- Bia, tens de seguir a tua vida. Se não quiseste confessar os teus sentimentos quando tiveste oportunidade, não podes ficar presa a isso. – Insistiu com a voz firme e repleta de preocupação.

- Eu não estou presa. - Sussurrei, lutando contra as lágrimas que ameaçavam escapar.

- Olha para mim e diz que já a esqueceste. – Exigiu com um olhar penetrante, fazendo-me sentir vulnerável. - Do que adianta teres vindo para cá se continuas a pensar nela? Bia, não podes deixar que o que sentes te impeça de conheceres pessoas novas.

- Eu não quero conhecer pessoas novas. - Confessei, minha voz embargada pelo peso das emoções.

- Beatriz, se estiveste este tempo todo sozinha e não a conseguiste esquecer, acho que está na altura de passar para o plano B. - Sugeriu.

- E qual é o plano B? - Questionei, sentindo-me perdida em meio às minhas próprias incertezas.

- Dar uma oportunidade a outra pessoa. – A sua resposta foi suave, porém carregada de uma emoção palpável, como se ele estivesse compartilhando um conselho vital, moldado pela experiência e pela compreensão das complexidades da vida.

- Eu não quero outra pessoa. Eu quero a Claire. - Gritei desesperada, deixando escapar toda a dor e frustração que vinha guardando dentro de mim.

- Ah, então admites que ainda não a esqueceste? – Proferiu calmamente, observei os seus olhos por alguns segundos.

- Phil, por favor... - Implorei, a voz embargada pelas lágrimas que teimavam em cair.

- Se estás aqui para esquecer a Claire, tens que considerar outras maneiras de fazer isso... - Phil estacionou o carro em frente à casa da minha avó e virou-se para me encarar. - Às vezes, é possível deixar alguém para trás quando permitimos que outra pessoa entre em nossos corações.

- Eu não quero magoar ninguém. Irei embora no final do ano escolar. - As palavras escaparam dos meus lábios num sussurro entrecortado pelas lágrimas.

- Esquece o que irá acontecer daqui alguns meses e pensa no agora. - Falou gentilmente enquanto passava a mão no meu rosto para secar as lágrimas. - Não percas a oportunidade de conhecer novas pessoas. Posso dar o teu número à Ashley, ela pediu.

- Faz o que quiseres... - Murmurei, saindo do carro sem olhar para trás, deixando-me levar pelo peso das minhas próprias emoções.

            Assim que entrei em casa, corri para o meu quarto fechando rapidamente a porta, caminhei ate a minha cama e deixando-me cair sobre ela, deixando escapar um suspiro pesado. Olhei para mesinha de cabeceira, onde repousava a pequena caixa que a Claire me tinha dado. Com mãos trêmulas, abri-a e tirei de dentro o colar prateado, cuidadosamente trabalhado. Segurei-o entre os dedos e observei-o por alguns minutos, perdida em pensamentos. Fechei os olhos e, no silêncio do meu quarto, quase pude ouvir a voz dela, chamando-me pelo apelido carinhoso "Bih". Um suspiro escapou-me e, com relutância, desviei o olhar para a tela do computador.

            Decidi acessar as minha redes sociais, reativando o meu perfil, mergulhando em lembranças ao contemplar a minha foto perfil, aquela que capturava um momento especial entre nós duas. Permaneci ali, imersa na nostalgia, enquanto a saudade pulsava dentro de mim. Desviei minha atenção para a lista de pessoas "online" e senti um leve formigamento quando vi o ícone verde ao lado do nome dela. Um misto de ansiedade e incerteza tomou conta de mim. Abri a janela de mensagem privada e, com o coração batendo mais forte, comecei a digitar: "Sinto a tua falta." Era como se todas as palavras não ditas, todos os sentimentos reprimidos, estivessem clamando por expressão naquele momento.Num impulso, pressionei "enviar", e imediatamente meus dedos congelaram sobre o teclado. Um turbilhão de dúvidas e arrependimentos invadiu minha mente, enquanto eu me perguntava se aquilo fora a escolha certa.

            Ganhei coragem e entrei no perfil de Claire, sentindo uma pontada no peito ao notar que a foto principal tinha sido alterada. Aquela que antes era a foto de nós duas, tinha sido substituída por uma em que esta pousava de óculos de sol. Cliquei na foto, desejando me permitir afundar nos detalhes, mas ao mesmo tempo temendo o que poderia encontrar. As fotos deslizaram pela tela, cada uma um novo golpe na minha já combalida estabilidade emocional. Os amigos, os momentos, tudo parecia ter um significado diferente agora. Uma foto recente em que esta estava acompanhada por Mari chamou a minha atenção, examinei-a minuciosamente ignorando a pontada de ciúme que o abraço das duas propulsionou em mim, foquei a minha atenção nos olhos de Claire detetando algo diferente no seu olhar. Na foto, Claire sorria, contudo, o seu sorriso não alcançava seus olhos. A ansiedade cresceu dentro de mim, enquanto me via devorando cada detalhe, em busca de respostas. As lembranças de como os seus olhos se iluminavam quando esta sorria ainda estavam bastante visíveis na minha mente, contudo, naquela imagem, os seus olhos escuros e sem vida, deixaram-me intrigada.

Apressei-me a abrir o chat, constatando que ela havia visualizado minha mensagem. Um suspiro frustrado escapou de meus lábios diante da ausência de resposta. Contudo, segundos depois, fui inesperadamente cativada pela imagem que surgiu em minha tela. Claire estava de biquíni, em uma pose que não era nem um pouco inocente. Seus lábios entreabertos, o olhar desafiador, tudo nela parecia gritar uma mensagem que eu não queria compreender. Um turbilhão de emoções atingiu-me, enquanto eu lutava para processar o que via. O ciúme, o desejo, a admiração, a confusão... Tudo misturado em num coquetel explosivo dentro de mim. Por um momento, senti-me dominada pela tentação de ler os comentários. Mas o orgulho, ou talvez o medo do que poderia encontrar, impediu-me. Em um último ato de desespero, voltei ao álbum de fotos, em busca de um fragmento da nossa história. Porém, para minha surpresa e desespero, não encontrei nada. Nenhum registro, nenhuma lembrança, como se nosso passado tivesse sido deletado junto com aquelas imagens.

Fim do capítulo

Notas finais:

 

Boa tarde Gente!!!

 

Suponho que todas vocês que acompanham a historia estejam ansiosas pelo retorno de Beatriz ao seu país... Uma boa noticia eu não irei enrolar mais vocês :)

 

Quero voltar agradecer pelos comentários e agradecer por me terem dado a vossa opinião quanto ao capitulo de Claire, eu decidi que irei avançar com a sugestão, então podem esperar por ele, em breve será postado.

 

Espero que tenham gostado do capitulo

 

 Tenham uma ótima semana Beijos **

 


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Comentários para 5 - Capítulo 5:
thays_
thays_

Em: 17/03/2025

Lembro de quando eu era adolescente e da pressão que eu sentia porque nunca tinha beijado ninguém e morria de medo que meus amigos descobrissem que eu gostava de mulheres. A primeira vez que beijei um cara foi um misto de alívio com estranheza. Estava aliviada por finalmente ter dado o primeiro beijo e na minha cabeça ninguém mais desconfiaria que eu era lésbica e a estranheza porque nao senti absolutamente nada.

Acho que quando Beatriz voltar ao seu país ela colherá os frutos de ter se afastado tão abruptamente de Claire. 

Será que ela dará alguma chance a Ashley?


asuna

asuna Em: 18/03/2025 Autora da história
Obrigada pela partilha!! A pressão da adolescência e o medo da descoberta podem levar-nos a tomar decisões que, no fundo, não correspondem ao que realmente sentimos. Acho que muitas pessoas se identificam com essa parte da história, porque a sociedade impõe tantas expetativas que acabamos por tentar seguir um caminho que não é realmente nosso. Mas, mais tarde ou mais cedo a verdade sempre acaba por se impor. Cabe a nós aceitá-la.



asuna

asuna Em: 18/03/2025 Autora da história
Obrigada pela partilha!! A pressão da adolescência e o medo da descoberta podem levar-nos a tomar decisões que, no fundo, não correspondem ao que realmente sentimos. Acho que muitas pessoas se identificam com essa parte da história, porque a sociedade impõe tantas expetativas que acabamos por tentar seguir um caminho que não é realmente nosso. Mas, mais tarde ou mais cedo a verdade sempre acaba por se impor. Cabe a nós aceitá-la.


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patty-321
patty-321

Em: 01/05/2017

A Bia esperava o que? Foi embora sem dar tchau. A Claire ficou perdida.

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Val Maria
Val Maria

Em: 29/03/2017

Mais um capítulo dessa estória que realmente amo. Estou encantada com a Bia. 

Parabéns pelo trabalho admirável. 

Bjssss autora. 


Resposta do autor:

Ainda bem que gostaste!! 

Beijo *

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purcina
purcina

Em: 21/03/2017

Clarie apagou tudo, nao condeno sua atitude. afinal, a Beatriz sumiu e agora vem com essa de mandar msg dizendo que esta com saudades. Esperava o que? Clarie deve ter muita magoa, sem falar que acho que esta namorando. Proximos capituos prometem e muuuuuuuuuito


Resposta do autor:

Acho que Beatriz é um pouco ingenua, ela não imaginava que as coisas fossem ser dessa forma xD

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Ana Luisa
Ana Luisa

Em: 21/03/2017

Acertou em cheio, mais que ansiosa pelo o retorno da Beatriz. Fico feliz que estaja se dedicando pra postar rápido os capítulos e agora vai avançar com a historia, Não é atoa que ta fazendo muito sucesso esse casal que ainda não é casal ne rsrsrs

Parabéns!

Volta logo, promete?


Resposta do autor:

Eu aproveito os fins de semana para escrever, então agora vou voltar ao intervalo de 5 dias, possivelmente o proximo capitulo será postado sabado ao final da tarde/noite.

 

Obrigada pelo apoio  

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Japa
Japa

Em: 21/03/2017

Vc falou o que eu ia comentar, kkkk. Ia falar pra dar uma acelerada na historia, pra não ficar muito parada so nisso da Beztriz com as lembranças, Creio que a historia começa de fato com o reencontro delas e o que virá pela frente, então.... Muito ansiosa aqui já! Bjus


Resposta do autor:

Eu não queria ter me prolongado tanto, mas depois fui tendo umas inspirações xD

beijos

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Dudinha_CR
Dudinha_CR

Em: 21/03/2017

To começando a ficar do lado da Clarie, agora a Bih vai sentir ....


Resposta do autor:

Acho que ela já esta sentindo :)

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Elaine Henry
Elaine Henry

Em: 20/03/2017

Olá , realmente não tem como não se sentir pressionado quando todos sabem que você nunca namorou , eu mesma passei por isso, enfim. Estou absurdamente ansiosa pro reencontro da duas , pela covardia da Beatriz o preço a pagar será alto , pra ambas . Você escreve de uma forma tão gostosa, até parece fácil e.e Obrigada ! 


Resposta do autor:

Oh obrigada pelo elogio

Proximo capitulo sairá em principio no fim de semana :)

 

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Rita
Rita

Em: 20/03/2017

Normal que ela apagou tudo. A amizade acabou no momento em que ela foi embora sem falar nada e parar com qualquer contato entre elas. Agora que não pense que tudo ficaria igual. Tudo mudou 

Naquela parte em que as amigas disseram que o sentimento vem com o tempo, será verdade? Tenho um amigo que os pais estão a obrigá-lo a namorar com uma moça filha de um casal muito amigo. Eles não gostam um do outro e os pais já estão falando em casamento, porque como são duas famílias influentes é o par perfeito. O meu amigo tá em pânico mas não pode contrariar os pais visto que ainda está na universidade e não tem dinheiro para se sustentar sozinho precisa dos pais. É uma situação complicada.


Resposta do autor:

É uma situação complicada.

Eu na minha modesta opinião eu acho que é possivel um sentimento surgir com o tempo contudo depende de muitos fatores. Acho possivel porque as pessoas vão mudando ou seja eu não sou a mesma pessoa que era no ano passado, tu podes conhecer hoje uma pessoa que não te faz sentir nada e daqui a 1 ano podes te interessar por ela... Mas existencia de pressão complica sempre as coisas.

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Jauregui
Jauregui

Em: 20/03/2017

Oiie

Cara, não é surpresa a Claire ter apagado as fotos delas juntas, ela está magoada e até eu estaria. Foi sacanagem a Beatriz ter ido para outro país sem ao menos mandar uma mensagem nem que fosse no ultimo momento...

Estou ansiosa para o reencontro das duas rsrs...

Parabens a historia está maravilhosa :)

Bjoos


Resposta do autor:

È verdade ela foi covarde, só pensava em proteger a amizade, contudo a maneira como lidou com a situação não foi a melhor.

Imagino, eu propria estou ansiosa enquando escrevo o capitulo rsrs

Obrigada espero que continues a gostar

Beijo

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