Ela aceitou, agora eu nem sei mais o que fazer. Droga, estou realmente voltando a ser adolescente...rs. essas borboletas no meu estômago não ficam quietas.

Chegamos. E pra variar nos molhamos no caminho do carro a minha casa. Busquei toalhas pra todo mundo e coloquei os meninos para tomar banho, banho de chuva sempre vem acompanhado de resfriado...

A Cleo parecia meio envergonhada depois que consegui convencê-la a sair da porta. Nem banho ela queria ir tomar antes do Juninho terminar. Será que ela estava com medo de que eu tentasse algo?

Tudo bem que é uma baita tentação tê-la aqui tão perto e não poder ao menos roubar um beijo... Acompanhei ela até meu quarto pra que pudesse tomar banho e se livrar daquela roupa molhada. Tudo o que eu não queria nesse momento era perder a companhia da minha Cleo pra um resfriado.

Mostrei a toalha e um dos meus camisetões preferidos, que separei pra que ela pudesse trocar após o banho e estava saindo do quarto, quando ela disse que precisava de ajuda. Encostei nela e o meu corpo arrepiou inteiro, juntamente com o arrepio subiu um calor... Agora me digam quem em sã consciência pede para alguém abrir um zíper no meio das costas de frente pra quem está utilizando a roupa com o zíper?

Pois bem, a Cleo inventou essa. A minha vontade quando levei a mão ao zíper foi abri-lo e levá-la pra minha cama. E só sair de lá depois que tivéssemos nos amado até a saudade acabar.

No meu caso seria nunca, porque a minha saudade da Cleo não acaba jamais.

Por favor, não achem que é possessividade da minha parte, pois não é. É apenas vontade de estar sempre perto de alguém que me faz muito bem.

Quando a Cleo juntou os nossos lábios num beijo apressado, urgente. Mas que ao mesmo tempo realizava o meu desejo de senti-la em mim, foi como se eu viajasse até a lua e voltasse flutuando, os lábios dela são magníficos, macios, carnudos... Nossa... que beijo... Aproveitei ao máximo o passeio com minha língua em sua boca.

Mas que droga, só agora me dei conta que destruí o zíper dela, desastrada pra mim é pouco, porque além de ter estragado o zíper eu interrompi o nosso beijo pra falar dele, Senhor, que lerdeza minha.

Ainda bem que ela nem ligou para o que tinha acontecido com o zíper e iniciamos um outro beijo, agora mais calmo. Peraê, calma só a movimentação dos nossos lábios.

Porque ela já iniciou o beijo com uma das mãos na minha nuca, alguém avisa a ela que esse contato na minha nuca me acende inteira!!!! Na verdade, quando se trata dela, até em vê-la sorrir eu me acendo inteira, ela tem esse poder de me deixar molhada só me olhando. Imagina com essa mão na minha bunda.

Caramba... Eu vou mandar minha razão passear e vou conduzir a minha Cleo pra cama e matar esse desejo de fazer amor com ela que me consome há muito tempo.

Esse amasso nosso vai nos levar pra cama já já... eu não estou conseguindo mais... manter a minha razão... eu quero fazer amor com ela, quero senti-la de todas as formas... já estou ofegante. Opa...

O Juninho nos trouxe a razão, esqueci de levar a roupa dele pro banheiro e ele chamou a mãe pra poder pegar. Salvas pelo gongo... rsrs. A Anna entregou a roupa a ele e a Cleo foi pro banho.

Confesso que minha vontade era entrar naquele banheiro com ela. Mas... Não era o momento de acontecer ainda.

Concentra Bárbara, respira... Isso, se acalma. Tirei o vestido molhado e me enfiei no meu roupão quentinho. Fui pra cozinha preparar algo para os meninos e nós comermos.

Fiquei mais desnorteada que tudo com aquele contato com a Cleo. A mulher é maravilhosa demais, estava muito distraída na cozinha. Quase corto a mão, derramei açúcar.... Jesus. Momento "desastre em forma de Bárbara". Rs

Vejam só vocês, minha filha me chamando atenção por conta dessa minha falta de atenção... olha que exagero da Anna. Nossa. Incendiar a casa também já é demais, vou tomar banho. Quem sabe não dê a sorte de ainda encontrar a Cleo no banheiro?!

Eita. Ela já está aqui. Mania de ficar encostada nas portas sem falar nada, gente me perdoem mas ela está muito gostosa dentro dessa camiseta, e por essa pontinha suspensa dá pra perceber que ela está sem... calcinha? Não é possível não... que visão maravilhosa. O belo par de seios dela desenhados na camiseta... as pernas de fora. Concentra Bárbara e passa por ela, prende a respiração, porque você não está mais respirando, tá suspirando... Nossa, nossa... Chovendo e eu estou com um baita calor.

Passei por ela quase de olhos fechados, e senti o cheiro de banho recém tomado...hum. Que vontade de beijá-la novamente.

Para Bárbara, se controla. Nossos filhos estão aqui na cozinha. Quando terminei de passar ela fez uma gracinha que me levou a bater o dedo mindinho do pé na parede do corredor... que dor. Avee. Pra completar ela ainda me oferece ajuda, não aguento com isso não. Subi correndo, tomei banho e voltei pra cozinha.

Aparentemente estava tudo muito calmo, será que todos já foram dormir? Encontrei a Cleo na pia lavando a louça, nossos filhos não estavam mais por lá, não resisti.

A abracei por trás e aproveitei pra deslizar a mão por baixo da camiseta dela e confirmar a minha suspeita...

– Que saudade de você – falei em seu ouvido, enquanto beijava seu pescoço.

– Bárbara...

– Diz amor, diz...

Ela ficou seria de repente. Entendi o recado e parei a minha “gracinha”... mas claro que ainda mantive o contato dos nossos corpos por um tempinho.

Ajudei com a louça e sentamos para degustar o chá e as torradas que ela havia preparado para nós.

A convidei pra assistir um filme comigo. Um romance, que por sinal eu amo demais. Sabem quantas vezes eu sonhei em assistir "Cartas para Julieta" ao lado da Cleo? Pois bem, foram tantas que até já perdi as contas. Não sei se ela gosta do filme tanto quanto eu, sabe a Sophie, já sei as falas dela inteirinhas... sim eu sou apaixonada pelo filme. Rs.

Ela me ofereceu colo e muito cafuné enquanto assistíamos, acabei pegando no sono. Bom demais o colo da Cleo...

Acordei as oito, estava na sala. A TV desligada, e um cobertor sobre mim... A minha Cleo é mesmo um amor. Levantei ainda lembrando de cada detalhe da noite anterior, embora goste muito do meu sofá, dormir nele não é lá muito confortável.

– Ei, acho que você precisa de uma roupa pra ir embora.

– Desculpa, não queria te acordar.

– Não se preocupa com isso, já estava acordada, vem cá. – abracei a Cleo e beijei seu rosto. – Vocês dormiram bem? Desculpa ter dormido sem te dar boa noite. Como você tá? O que faremos hoje?

– Linda. – sorriu. – Não se preocupa, você estava cansada. Depois você me recompensa, Bah. Eu tô bem, o Ju ainda tá dormindo. Estava sem sono, resolvi levantar pra preparar o café. Acho que nossas agendas estão livres hoje – me encarou com aquele olhar sedutor. – Mas se você quiser podemos arrumar algo pra fazer – falou no meu ouvido.

Essa mulher ainda me mata do coração gente... Mas era uma sensação muito boa, sabe. Eu nunca vivi isso com ninguém, e viver esse "xaveco" com a Cleo é maravilhoso demais.

O domingo foi bem leve. Como continuou a chover, ficamos em casa mesmo, assistindo filmes.

Ah a Cleo? Não está aqui, ela foi embora, ou então eu já teria feito uma loucura. Ter aquela mulher semi nua passeando na minha frente, não ia ser muito fácil de resistir não.

Mas sim, a Cleo e o Ju tomaram café conosco e em seguida foram embora. Eles tinham um compromisso, algo que a Cleo tinha esquecido por sinal. Não entendi bem, mas acho que a Andressa também estaria no mesmo evento, algo assim.

Então estamos eu e a minha pequena aqui curtindo o domingo em casa.

Tem chovido muito forte por aqui ultimamente, tá muito frio. Tem quase um mês que eu e a Cleo não conseguimos um tempo só para nós. Desde aquele final de semana que ela e o Ju dormiram aqui os nossos horários estão meio incompatíveis.

Esqueci de contar, mais entrei em sociedade em um consultório de arquitetura com um amigo da época de faculdade, há uns dois meses. E estamos abarrotados de projetos, logo minha vida social está virando pó.

Claro que nesses dias que não estamos nos vendo pessoalmente trocamos muitas mensagens e conversamos muito sobre tudo, e sabe as chamadas de vídeo no skype? Voltamos a fazê-las também. Da pra matar um pouquinho mais da saudade por elas.

Temos o final de semana prolongado essa semana. Estamos pensando em fazer algo juntas. Já que os nossos filhos vão viajar com a família do meu irmão.

Não vamos acompanhá-los por conta da incompatibilidade de horários também. Eles viajam na quinta a tarde e voltam na segunda.

Eu trabalho até sexta a tarde no escritório. E tenho uma reunião inadiável no sábado. A Cleo não pode se ausentar da cidade porque está acompanhando a ampliação de um dos edifícios da empresa que tá gerando um dor de cabeça enorme pra ela.

Mesmo que não dê para passarmos o feriado inteiro juntas, preferi ficar aqui pra ficar mais perto dela. E quem sabe a gente não consiga passar ao menos um dia inteiro juntas, ou então tudo dá certo por aqui e conseguimos ir encontrar os nossos filhos?!

Fim do capítulo