Capítulo 49
-- Laila... -- Alexsandra balbuciou se mexendo de forma mais intensa. Estava sonhando? Abriu os olhos, jurava que tinha sentido o aroma inconfundível de sua namorada... -- Laila!? -- Ela estava numa dúbia dúvida entre o sonho e o Real.
-- Alê. -- Laila sorriu assim que seus olhares se cruzaram.
Alexsandra obtinha a visão do rosto da namorada, Laila lhe sorria deitada a seu lado.
-- Está aqui mesmo? -- Alexsandra sorriu em dúvida. -- Não estou sonhando?
-- Estou aqui. -- Laila avisou. -- Não está sonhando. -- Laila sorria para logo lhe fazer um carinho no rosto.
Alexsandra fechou os olhos deleitando naquele momento. Pegou a mão quente de Laila e a beijou com ternura.
-- Está aqui mesmo. -- Constatou sorrindo ainda de olhos fechados. -- Me perdoa. -- Alexsandra abriu os olhos. -- A começar por...
-- Ei... Agora não. -- Laila a impediu de continuar.
-- Mas...
-- Shiii. -- Laila pôs o dedo indicador nos lábios de Alexsandra e ambas sorriram. -- Depois.
-- Promete? -- Alexsandra indagou.
-- Prometo. -- Laila afirmou sorrindo. Alexsandra a acompanhou em felicidade.
-- Vem pra pertinho de mim? -- Alexsandra sorriu em pedido.
Laila sorriu e sem falar nada levantou o cobertor e juntou seu corpo ao da namorada, sabia ela que estaria completamente nua ou no máximo de calcinha, no entanto, aquilo não a incomodava mais, apenas queria sentir Alexsandra bem. Alexsandra sorriu a recebendo satisfeita, a abraçou e elas ficaram assim, na companhia e carinho uma da outra.
Laila sorriu sentindo a respiração leve de Alexsandra em seu pescoço, já fazia um tempinho que a morena a mantinha agarrada a ela. Estava feliz em está ali, apesar dos acontecimentos sabia que estavam bem. Precisavam conversar, claro, mas não parecia ser um problema. Iniciou novamente um carinho no braço da namorada que lhe envolvia a cintura. Alexsandra moveu-se um pouco atrás dela e logo Laila sentiu mais um aperto carinhoso em sua cintura.
-- Tão bom ter você aqui, assim... -- Alexsandra revelou contente, mantinha os olhos fechados, sentia os cabelos de Laila acariciar seu rosto.
-- Melhor? -- Laila indagou sorrindo.
-- Sim. -- Afirmou. -- Eu dormi muito? -- Indagou sem noção.
-- Um pouco . -- Laila avisou.
-- E você aqui. -- Alexsandra sorriu fazendo Laila virar, deixou seu corpo ficar parcialmente sobre o dela e ambas sorriram felizes. -- Precisamos conversar. -- Lembrou fechando o semblante, mas o deixando sereno.
-- Onde você estava ontem? Porque bebeu? -- Laila perguntou preocupada.
Alexsandra caiu para o lado e suspirou forte. Laila girou seu corpo ficando de lado a observando.
-- Desculpa por esse vexame todo amor. -- Alexsandra pediu a olhando arrependida.
-- Alê eu só quero entender. -- Laila avisou tranquila.
-- Ontem depois que você entrou na sala sem me deixar explicar o que viu... -- Falou lembrando, respirou aliviada por ter Laila ali. -- Enfim... Eu fui pra minha sala e esperei, mas acabei descobrindo que você tinha ido pra casa. Samantha e eu conversamos eu contei tudo a ela e ela foi me deixar em casa. -- Alexsandra resumia aquela parte. -- Eu fiquei lá andando de um lado pro outro sem saber o que fazer, pensava tanta coisa ruim. -- Alexsandra fitou a namorada. -- Um tempo depois um colega meu me ligou me chamando pra uns rachas...
-- Rachas? -- Laila indagou confusa.
-- Corridas de moto. -- Alexsandra explicou.
-- Alexsandra! -- Laila a repreendeu sentando na cama rapidamente.
-- Eu sei, eu sei... -- Alexsandra também sentou-se ajeitando o lençol em seu corpo. -- Só me ouve está bem. -- Pediu e Laila assentiu. -- Fazia um tempinho que não via essa galera, aí tava em casa pensando besteira, então aceitei e fui. Começamos a brincar, a galera é Boa, cada um fazia suas manobras e tudo mais... Qualquer dia te levo pra ver como é. -- Alexsandra proferiu e sorriu.
-- Isso era na rua? Digo no meio dos carros? -- Laila indagou preocupada
-- Não... Claro que não. No mesmo lugar que fomos no domingo. Temos o maior cuidado com isso. Sempre que reunimos a galera vamos pra lá.
-- Alê vocês levam bebidas? -- Laila indagou.
-- Não amor. Isso foi um caso a parte. -- Alexsandra proferiu levando sua mão até o rosto de Laila. -- Um cara lá convidado de um amigo do meu amigo levou. Depois que a gente deu um tempo nas brincadeiras com as motos ficamos conversando e já estava quase amanhecendo, esse cara ofereceu a bebida e eu e outras pessoas lá, aceitamos umas doses. Confesso que me deixei influenciar, e quando vi já estava bêbada. Lembro que não bebi muito, mas como não sou acostumada fiquei alta logo. Eu nunca tinha ficado bêbada antes, quando nos reunimos assim, vamos na boa mesmo sem qualquer bebida... Nem sei porque fiz isso. Perdi o controle, sei que errei, mas prometo que não vai mais acontecer. -- Falou a olhando nos olhos, estava arrependida.
-- Alê não estou julgando você. -- Laila falou sincera. -- Mas, por favor, tenha cuidado Alexsandra, e falo também desses negócios ai que você faz com a moto. -- Laila avisou calma, mas levemente preocupada.
-- Eu sei amor... Vou ter cuidado. Obrigada. -- Sorriu.
-- Você veio sozinha?
-- Não. Esse amigo que me convidou veio me trazer.
-- Que bom... Pelo menos você lembra do que fez.
-- Boa parte. -- Alexsandra riu. -- Ele não bebeu, acho que sabia que precisaria praticamente me carregar. -- Riu notando que Laila ficou imparcial. -- Ele é uma ótima pessoa amor, estudamos juntos alguns anos...
-- Entendi... Vocês já namoraram? -- Perguntou.
-- Não! -- Alexsandra negou de pronto. -- Somos apenas amigos mesmo, na verdade bons colegas. -- Explicou notando o semblante de sua namorada suavizar.
-- Ele me trouxe de táxi, vou ter que buscar minha moto. -- Lembrou. -- Agora eu não lembro onde deixei o capacete. -- Riu fazendo uma careta. -- Muito menos as chaves. -- Se preocupou. -- Caralh*.
-- Alexsandra! -- Laila a repreendeu.
-- Desculpa, desculpa... -- Pediu rapidamente pegando no rosto de Laila com ambas as mãos. -- Foi sem querer... Desculpa. -- Sorriu.
-- Sei... As chaves estão com sua mãe, ela guardou.
-- Ah que bom. -- Alexsandra sorriu aliviada.
-- Lembra que foi a sua irmã quem te trouxe pra cá e te dei banho? -- Laila perguntou curiosa.
-- Mais ou menos. -- Disse sincera. -- Meio que fleches. -- Suspirou. -- Samantha vai me dá uma bronca daquelas. -- Riu.
-- Sua mãe disse que ela foi um amor e que estava preocupada com você. -- Avisou a olhando.
-- Samantha sabe ser carinhosa quando precisa e o mesmo vale para quando quer ou precisa ser dura. -- Declarou.
-- Entendo...
-- Estou tão feliz que esteja aqui comigo. -- Declarou lhe fazendo um carinho.
-- Eu também amor. -- Laila sorriu em compreensão.
-- Ontem eu fiquei com tanto medo, desesperada pensando que perderia você. -- Falou sincera e num impulso abraçou Laila.
-- Eu estou aqui meu amor, não vai me perder assim como não vou perder você. -- Laila afirmou retribuindo aquele contato amoroso, beijou o ombro da namorada.
-- Eu fui pega de surpresa pela Vick. -- Alexsandra falou desfazendo o abraço e olhando a namorada nos olhos. -- Ela me beijou, eu não retribui, eu nem esperava.
-- Eu sei Alê. -- Suspirou. -- Ela ama você. -- Laila falou não gostando da ideia. -- Eu sempre notei que ela sentia algo diferente por você, sei lá, aquele jeito dela, não me deixava acreditar que era somente amizade o carinho dela por você e eu te falei isso algumas vezes. -- Avisou.
-- Olha me desculpa por não te ouvir, mas...
-- Tudo bem Alê, me desculpa você, por está te jogando isso na cara. -- Desviou o olhar para a cama.
-- Não vejo assim amor. -- Alexsandra a fez olhá-la. -- Você tinha razão e tentou me alertar... Eu não acreditei e meio que soube de uma forma... indesejada.
-- Vocês conversaram? -- Laila perguntou curiosa e enciumada.
Foi a vez de Alexsandra suspirar fortemente desviando o foco do olhar.
-- Mais ou menos. -- Falou voltando a fitá-la. -- Ela meio que explodiu e veio me falando tudo de uma vez, eu não sabia o que dizer o que fazer... Não fazia ideia do que ela sentia por mim, pra mim, era apenas amizade e ponto, da minha parte sim...
-- Entendo...
-- Eu fui na sala dela, falei de você e do nada ela danou a dizer que eu só falava de você, ficou irritada mesmo, entende? Fiquei assustada com a reação dela, e quando vi ela estava chorando, fui tentar ajudar de alguma forma, aí fui até ela, perguntei o que ela tinha, e quando vi ela já me beijava a empurrei e foi quando te vi.
-- E eu saí correndo. -- Laila falou.
-- Foi... Depois que você entrou naquela sala eu voltei pra minha, quando cheguei lá a Vick me esperava eu mandei ela embora, mas ela não foi... A sensação que tenho é que ela não queria causar tudo isso... -- Falou triste e em compreensão.
-- Agora mais calma eu também penso isso. -- Laila confessou.
-- Ela me disse que não fez por mal, que poderia conversar com você e explicar... E depois me confessou que tinha se apaixonado por mim. -- Riu fraco. -- Eu fiquei surpresa, achando que era uma brincadeira, mas logo vi que não... Ela chorou, me pedia perdão, falou que tinha a esperança de que um dia eu poderia me apaixonar por ela, mas viu que tinha perdido quando eu falei que tinha você. -- Alexsandra falava calma e sempre buscava os olhos amarelos de Laila que, por sua vez a ouvia atenta. -- Ela falou que tentou entender, respeitar e levar numa boa, mas não conseguiu, o que fez tudo vir a tona... Eu não sabia como agir, o que falar e vê-la chorar tentando se explicar me deixava tão perdida e ao mesmo tempo sentida por ela. -- Alexsandra desviou o olhar, pois já tinha os olhos marejados. -- Eu gosto tanto da Vick, muito mesmo, amo... -- Sorriu sentindo às lágrimas escorrerem. -- Mas é bem diferente do que ela sente por mim. -- Advertiu limpando o rosto e voltando a olhar Laila. -- Está sendo tão difícil lidar com isso. -- Confessou. -- Acho que de alguma forma a culpa também é minha.
-- Não se culpe Alê, você não tem essa culpa, não escolhemos quem amar, nem a Vick tem culpa por amar você como ama. -- Laila avisou tentando tranquilizar sua namorada. Alexsandra sorriu feliz pela compreensão de Laila e a buscou para um abraço apertado.
-- Você é uma pessoa incrível sabia!? -- Alexsandra proferiu emocionada e feliz por tê-la naquele momento. Procurou os lábios de Laila colando os seus em um beijo amoroso e apaixonante. -- Você me deixa leve. -- Confessou e sorriu lhe fazendo um carinho na costa.
-- Fico feliz meu amor. -- Laila sorriu. -- Quero me desculpar por não te ouvir antes, mas se eu fizesse isso ontem nossa conversa não seria nada agradável, acho que nem possível. -- Falou sincera.
-- Tudo bem... Valeu a pena esperar pra ter você aqui comigo, assim... -- Alexsandra sorriu fazendo Laila sorrir também em seguida a beijou várias vezes tanto nos lábios quanto no rosto e pescoço, e terminaram rindo abertamente com aquelas carícias.
-- Alê?
-- Hum? -- Alexsandra a olhou.
-- Você sabe que tem que conversar com a Vick não é? -- Laila avisou calma.
Alexsandra suspirou. -- É eu sei. Mas não estou com coragem de fazer isso. Não sei o que dizer. -- Confessou.
-- É difícil eu concordo, porém vocês precisam conversar com calma amor. -- Laila ponderava. -- Confesso que não gosto da ideia de ter vocês juntas e sozinhas, mas eu entendo que ela é sua amiga e que vocês precisam conversar e se acertarem. -- Falou sincera enquanto a olhava. -- Faça um esforço, hum!?
-- É você está certa. Como quase sempre. -- Sorriu.
-- Como sempre. -- Laila corrigiu rindo.
-- Quem é a convencida aqui?
-- Você e eu estou certa disso. -- Laila afirmou e Alexsandra gargalhou em resposta.
-- Linda. -- Alexsandra sorriu e a beijou deixando seu corpo cair na cama e trazendo o de Laila consigo. -- Ah não. -- Alexsandra proferiu ao ouvir toques na porta do quarto.
-- Comporte-se. -- Laila riu saindo de cima da namorada.
-- Vai não amor. -- Alexsandra a puxou, mas Laila conseguiu sair da cama.
-- Entra! -- Laila avisou rindo.
-- Atrapalho? -- Regina indagou olhando entre a filha e a nora.
-- Lógico que não Dona Regina. -- Laila sorriu a recebendo com carinho.
-- Como está filha? -- Indagou observando Alexsandra.
-- Estou bem mãe. -- Disse estendendo a mão para a senhora que sentou-se na cama ao lado dela.
-- Ah que ótimo minha menina. -- Regina sorriu fazendo um carinho na não da filha. -- Fiquei tão preocupada com você. -- Falou.
-- Desculpa mãe. -- Alexsandra pediu e a beijou no rosto. -- Desculpa mesmo.
-- Tudo bem meu amor, só quero te ver bem. Mas que isso não se repita. -- Advertiu séria.
-- Assim não seria eu. -- Alexsandra riu.
-- Maria Alexsandra!
-- Eu estou ótima dona Regina não se preocupe mais. -- Alexsandra proferiu e sorriu lhe fazendo um carinho. -- Não vai se repetir.
-- Ah que bom... Levanta e vai comer alguma coisa. -- Avisou. -- A Laila ainda não comeu nada também, vão vocês duas. -- Regina sugeriu as olhando.
-- Que horas é essa? -- Alexsandra indagou, estava com fome.
-- Quase quatro. -- Laila avisou calma.
-- Amor porque não almoçou? -- Alexsandra indagou preocupada.
-- Ah, estava sem fome.
-- Ela não quis nada filha, não saiu de perto de você. -- A senhor revelou.
-- Sério? -- Alexsandra sorriu feliz.
-- Sim. -- Regina afirmou. -- Ela está com fome.
-- Pois vamos resolver isso. -- Alexsandra advertiu puxando o lençol e saindo da cama enrolada nele. -- Ohh. -- A médica sentou na cama novamente.
-- Filha!?
-- Amor... Tudo bem? -- Laila perguntou preocupada.
-- Tá. Tudo bem. -- Alexsandra falou passando a mão na cabeça. -- Acho que levantei rápido demais e fiquei tonta.
-- Filha tem que ter cuidado. Melhor você deitar de novo eu trago a sua comida aqui. -- Regina disse preocupada.
-- Não mãe. Não precisa eu estou bem, foi só uma tontura por levantar rápido, já passou. -- Falou levantando novamente. Beijou o rosto da mãe e os lábios da namorada e seguiu para o closet.
Laila fitou Regina e sorriu um pouco tímida.
-- Bem, já que está tudo bem eu fico despreocupada. -- A Mulher mais velha avisou. -- Vou descer querida. -- Avisou pegando no braço de Laila em um toque leve.
-- Tá bom, já descemos também. -- Avisou.
*****
-- Ah eu quero férias. -- Marcela falou ao chegar em casa e se jogar no sofá. -- Liihh? -- Chamou pela irmã.
-- Aqui. -- A garota apareceu e sentou no sofá ao lado dela. -- Demorou um pouco mais hoje. -- Disse dando um beijo na irmã.
-- Papéis e papéis e papéis... -- A voz dela saiu chorosa. -- Posso me demitir? -- Fez uma cara deprimida e cansada.
-- Acho que não. -- Lisandra riu.
-- Cara eu juro que pensei que ia ser fácil. -- Marcela confessou deixando sua cabeça descansar no colo da irmã que, a recebeu com carinho.
-- Não entendo muito, mas imagino como deve ser difícil pra você.
-- Está sendo muito, muito mesmo. -- Marcela a revelou. -- Acho que a mamãe tinha a esperança de que eu estaria ao menos preparada com a faculdade de administração ou sei lá o quê. -- Voltou para o colo da irmã. -- Senão, não tinha me deixado com tudo.
-- Não fala assim. Você é sim capaz e está provando isso. Além do mais, a empresa e todo o resto é seu por direito.
-- Estou cansada. -- Suspirou forte.
-- Tome um bom banho, jante e descanse. -- Lisandra avisou calma.
-- O que é o jantar? -- Marcela olhou a irmã em curiosidade.
Lisandra riu divertida. -- Não se preocupe, não é macarronada. -- Avisou.
-- Graças. -- Marcela agradeceu de forma aliviada.
-- Credo! -- Lisandra falou e elas gargalharam cúmplices.
-- Não me leve a mal. Sua macarronada é gostosa, mas todo dia abusa. -- Falou rindo.
-- Tenho que concordar. Por isso, pedi uma coisinha diferente, você vai gostar.
-- Ah que bom. -- Levantou. -- Vou banhar e já volto. -- Marcela disse seguindo para seu quarto.
-- Diga lá mama mia. -- Lisandra riu ao ouvir a mãe lhe repreender. -- Tá de boa mãe. -- Sorriu respondendo a outra mulher ao telefone. -- Sim, agora a pouco... Ah não mãe não vou voltar pra casa agora não. -- Negou em aflição. -- Mas mãe... Ah o papai só tá fazendo isso porque está com raiva da Marcela. -- Advertiu irritada. -- Mãe deixa eu ficar, por favor... -- Pediu. -- O papai o papai. Não vou mãe e a Marcela não vai deixar também...
-- Lih viu meu... -- Marcela voltou a sala já enrolada em uma toalha.
-- Má o papai quer que eu vá pra casa. -- Lisandra avisou em desgosto.
-- É ele? -- Marcela indagou irritada.
-- A mamãe. -- Avisou.
-- Me dá aqui. -- Marcela pediu o aparelho. -- Cadê o meu pai? -- Questionou com voz altiva. -- Não interessa, passa pra ele. -- Marcela insistiu e logo ouviu a voz do pai ao telefone. -- Lisandra está muito bem aqui e não vai voltar. -- Avisou e fechou o semblante em maior irritação ao ouvir as palavras do homem. -- Ah é!? Pai eu sei muito bem que ela é de menor e vocês são os pais dela, não sou idiota não... -- Falou com clara raiva, olhou Lisandra notando que esta a observava aflita. -- A que ponto chegamos não!? -- Falou em um suspiro forte. Andava de um lado a outro, mas a passos calmos. -- Pai ela não vai... Ok eu tentei ser legal. -- Avisou. -- Quer que ela vá não é? -- Indagou e viu Lisandra a olhar nervosa em negação, fez sinal a tranquilizando. -- Então se quer que ela vá eu deixo, porém... -- Sorriu para a irmã. -- O senhor terá que arcar com todas as despesas dela, escola, roupas, os cursos que ela já faz, médicos... enfim... Tudo. Porque eu não vou mais pagar nada. -- Avisou enquanto equilibrava seu peso em uma perna só, fitava as unhas de forma despreocupada, sabia que tinha pegado no ponto fraco do pai, já que o mesmo não estava muito bem financeiramente, olhou a irmã e sorriram cúmplices. -- Ah ela disse aqui que a mensalidade da escola está atrasada o senhor não pagou? -- Indagou séria, mas ria do silêncio que obtinha do pai. -- Quando o senhor vem buscar ela? Posso pôr ela num táxi e mandar, tanto faz. -- Falou fingindo desinteresse. -- Ah acha melhor ela ficar mais uns dias. -- Marcela repetiu rindo. -- Ela fica aqui o quanto quiser, caso contrário, já sabe. Assunto encerrado. Passa pra sua mulher. -- Marcela pediu. -- Você é formada em Recursos humanos não é? -- Marcela perguntou interessada logo obtendo a resposta. -- Ah ótimo. -- Sorriu. -- Olha vai amanhã lá na empresa que quero conversar com você. -- Explicou calma. -- Amanhã explico está bem!? -- Avisou. -- Mas vá mesmo, deixa as vontades do papai de lado e cuida de você mesmo. -- Avisou. Marcela não sabia o por que, mas mesmo diante das circunstâncias da vida, gostava da madrasta e até chegava a confiava mais nela que no próprio pai. Além de ao longo dos anos notar que a madrasta vivia muito a margem de seu pai, fazendo apenas o que era de interesse do marido e não o seu próprio. -- Tá ok, te espero lá... Ah pode vir visitar a Lih quando quiser. -- Avisou olhando a irmã sorrindo. -- Vou passar pra ela. Tchau. -- Entregou o celular para a irmã e a beijou no rosto.
-- Mãe já eu ligo pra você. -- Lisandra disse ao celular e desligou. -- Pra que quer que a mamãe vá na empresa? -- Indagou curiosa.
-- Lih sua mãe é formada e vivi a mercê do papai por que quer ou sei lá. Ela é legal, apenas faz muito o que o papai quer. -- Lembrou. -- Preciso de uma pessoa lá na empresa e lembrei dela. -- Sorriu. -- Vou fazer a sugestão, ela terá a chance de fazer diferente, ser diferente, se não aceitar a escolha será dela..
-- Ela vai aceitar. -- Lisandra avisou feliz.
-- Cê acha?
-- Lógico que vai, ela vai gostar da ideia. -- Sorriu
-- Ótimo. Porque vai me ajudar muito. -- Sorriu. -- Deixa eu voltar pro banheiro. Ah viu meu creme de depilar?
-- Vi. -- Riu.
-- Bandida tu usou tudo. -- Marcela pegou uma almofada e mirou na irmã.
-- Minha perna. -- Lisandra gritou ponto ambas as mãos em frente ao corpo.
-- Tá. Salva por isso. -- Avisou deixando a almofada de lado.
-- Má a gente tem que ir ao supermercado. Hoje eu comi as últimas coisas da geladeira. Uma maçã, quatro uvas e um pouco de iogurte e fim de estoque. -- Falou rindo.
-- Quatro uvas? -- Marcela falou rindo.
-- Sim. Exatamente 4 uvas. -- Insistiu.
Marcela suspirou pondo as mãos na cintura, como antes comia muito fora de casa mal ligava para abastecer a geladeira. Agora era diferente tinha a irmã e ela própria que, estava aderindo a comida feita em casa.
-- Tô achando que vou precisar de alguém pra cuidar disso e da casa. -- Marcela observou.
-- Eu também acho isso. Até porque logo vou voltar pra escola ai já viu.
-- Verdade...
-- Podemos ir amanhã. -- Falou.
-- Ah não Lih eu sou uma negação pra isso. Sem chance! -- Marcela afirmou.
-- Ah Má eu sempre ia com a mamãe ou com a Zélia, é legal. -- Lisandra revelou.
-- Ir ao supermercado? Legal? -- Marcela indagou incrédula enquanto arqueava a sobrancelha.
-- Sim. -- Sorriu. -- Você não quer ser diferente? Isso é ser diferente... Ah vamos vai ser divertido. -- Riu.
-- Não sei quem é mais louca se é você por achar isso legal ou eu por topar isso aí. -- Falou não muito empolgada.
-- Então é sim?
-- É pode ser. -- Falou.
-- Massa. Vai ver como é legal.
-- Rum. -- Desacreditada. -- Ah amanhã vemos isso. Agora preciso de um banho. -- Falou se dirigindo ao quarto. -- E sem depilar. -- Gritou e Lisandra gargalhou em resposta.
Lisandra se jogou no sofá, ria divertida, pegou o celular e retornou a ligação para sua mãe, iria dar incentivo para ela ir a empresa e aceitar a proposta de Marcela. Esta, tomou um banho rápido, e retornou à sala, estava com fome.
-- Bora comer. -- Marcela chamou olhando a irmã mexendo no celular.
-- Vamos. -- Levantou animada. -- Ah seu celular tem mensagem. -- Avisou..-- Será Marina!? -- Riu empolgada e mais ainda quanto Marcela rapidamente foi a procura do aparelho dentro da bolsa. -- Eita. -- Ria divertida.
-- É ela sim. -- Marcela sorriu lendo a mensagem.
-- Olha o que pedi. -- Lisandra mostrou.
-- Comida japonesa. Aí tu é um máximo. -- Marcela declarou sorrindo.
-- Eu sei. -- A garota riu. -- Mas então, como estão? -- Lisandra perguntou enquanto arrumava para comerem.
-- Olha acho que estamos muito bem. -- Marcela falou sem desviar a atenção da tela do celular. -- Ela é legal, tem um papo ótimo... Me deixa feliz sabe? -- Fitou a irmã. -- Sei lá, eu gosto de conversar com ela.
-- Você está gostando dela? -- Lisandra quis saber.
-- Não é bem isso... Quer dizer eu gosto dela, gosto mesmo. Mas não estou pronta pra um namoro. Tem tanta coisa que meio que nos atrapalha, me atrapalha... Ah Lih não sei. Não estou preparada, é tudo tão novo... de alguma forma é. -- Disse ficando pensativa, sem querer seu pensamento lhe trouxe a lembrança de Samantha, um remorso e culpa lhe abateu de repente...
-- Pode ser, só deixa fluir, Má. -- Lisandra sugeriu a despertando.
-- Acho que estou fazendo isso. -- Sorriu sacudindo o celular e a irmã riu.
-- Vamos atacar?
-- Vamos. estou faminta. -- Marcela falou rindo.
Marcela deu um tempinho do celular e elas se deliciaram em uma comida diferente e que as duas adoravam. Conversaram amenidades assim como coisas da empresa. Lisandra gostava de ouvir a irmã narrar os progressos alcançados pela mesma.
-- Vou pro meu quarto tá. -- Marcela revelou vendo a irmã deitar no sofá.
-- Vai lá, vou dá um tempo aqui... -- Sorriu.
-- Vai lá me dá um beijo depois. -- Marcela disse já seguindo para seu quarto.
-- "Estava a sua espera" -- Marcela leu e sorriu logo respondendo. -- "Aqui estou"
Marina: "Cansada?"
Marcela: "Sim. Mas normal."
Marina: "Verdade." "Quer descansar? Eu deixo. rsrs"
Marcela: "Kkkk" "Depois. Já que te deixei esperando tenho que compensar". -- Marcela escreveu, mantinha um sorriso nos lábios.
Marina: "Ah isso é bem verdade."
Marcela: "Convencida"
Marina: "Você já me disse isso"
Marcela: "E continua sendo. kkkk"
Marina: "Logicamente. rsrs" "Mas me diz, como você está de sentindo diante dessa vida nova?"
Marcela: "Sinceridade!?"
Marina: "Aram"
Marcela: "Louca por férias, mega Cansada, um pouco traumatizada kkk"
Marina: "Nossa!" "Mas..."
Marcela: "Como sabe que tem um porém?"
Marina: "Porque se não tivesse você já teria desistido de tudo" "Assim penso eu pelo pouco que sei... Pouco que só aumenta e que me faz te admirar ainda mais."
Marcela leu aquelas mensagens e sorriu boba, Marina de alguma forma a ajudava a seguir em frente. Parecia realmente acreditar nela, de que era capaz de conseguir, ser uma pessoa melhor.
Marina "Oiee"
Marcela riu divertida, havia se perdido em pensamentos.
Marcela: "Desculpa. Tava pensando aqui..."
Marina: "Compartilha comigo."
Marcela: "Eu estou feliz!"
Marina: "Um excelente porém"
Marcela sorriu em acordo: "Sim" "E obrigada pela força que de alguma forma me dá".
Marina: "Conte com isso!"
Marcela leu e novamente deixou seus pensamentos tomarem sua mente...
Marcela: "Quero que me responda uma coisa".
Marina: "Sei o que vai perguntar".
Marcela: "Então me diz"
Marina: "Pergunta aí por via das dúvidas. rsrs"
Marcela: "Besta"
Marina: "Ai me ofendeu, Não respondo mais" -- Marina escreveu e em seguida mandou várias carinhas triste. Marcela apenas ria.
Marcela: "Desculpa" "Mas não vai fugir" "Como conseguiu meu número?"
Marina: "Me promete que não vai ficar chateada com a pessoa que me deu e muito menos comigo?"
Marcela: "Não sei..."
Marina: "Prometa!"
Marcela: "Ok. Eu prometo"
Marina: "Bem melhor" "Samantha Cooper"
Marcela leu aquela mensagem, leu novamente, mas não parecia acreditar. Como assim Samantha dera seu número para Marina? Elas se conheciam? Como? Há quanto tempo? Eram tantas perguntas em sua cabeça. Tantas dúvidas... De repente viu-se chateada por pensar que Samantha lhe queria fora de seu caminho. Por isso, lhe oferecia a outra pessoa? Seria isso? Quem sabe assim poderia lhe deixar em paz, não procurá-la mais... Deixou o celular de lado e encolheu-se na cama numa redoma de pensamentos, muitos deles involuntários e dolorosos... Era difícil acreditar que fora feliz e tinha acabado com aquela felicidade. Era bem doloroso saber que por sua culpa, intolerância e arrogância tinha deixando o carinho que Samantha lhe oferecia acabar, havia desperdiçado tudo. Carinho, proteção, prazer, amor, família... Marcela sentiu lágrimas quentes de arrependimento molhar seu rosto... Deixou seu egoísmo ser maior que o próprio amor que sentia pela morena, lhe consumir... Queria tanto que Samantha fosse somente sua, que esqueceu de ser dela, e principalmente da filha... Era evidente o amor de Samantha por Agatha, era mãe... Óbvio que seu desinteresse e empatia pela pequena afastava a médica dela... Agora era tudo tão claro que, se tornava quase insuportável a dor que sentia no peito... Não queria, mas ainda amava Samantha. Era doloroso admitir que a culpa era somente sua por não aproveitar esse sentimento forte e fazer diferente, a raiva que despertara em Samantha e Agatha fora culpa dela. Jogara no lixo a felicidade que tinha e agora era tarde demais para voltar atrás, pensava Marcela. Por mais que doesse, Samantha era seu passado, guardaria as boas lembranças e os bons momentos e faria deles um sentimento bom, para seguir em frente e fazer diferente... E diferente de tudo, era a primeira vez que Marcela se permitia chorar por um sentimento verdadeiro de seu passado turbulento.
-- Ei? -- Lisandra se assustou ao entrar no quarto de Marcela e vê-la soluçar deitada na cama. Correu até ela preocupada. -- Má o que você tem? Porque está chorando? -- Perguntou sentando ao lado dela. Marcela não falou nada, buscou o colo da irmã e a envolveu pela cintura deixando sua cabeça descansar na perna dela, com o cuidado de fazer isso com a perna sem ferimento.
-- Foi a Samantha. -- Falou chorosa.
-- A Samantha que te fez chorar? -- Lisandra não tinha entendido.
-- Foi ela que deu meu número pra Marina. -- Esclareceu.
-- Elas se conhecem?
-- Não sei. -- Marcela fungou. -- Eu acho que sim.
-- Tudo bem, fica calma. -- Lisandra pediu mexendo nos cabelos da irmã. -- Chora... -- Aconselhou mantendo o carinho.
-- Tenho tantas dúvidas Lih, medos. -- Marcela confessou depois de um tempo, estava mais calma.
-- Que tipo? -- Perguntou observando Marcela a olhar, estava com os olhos vermelhos.
-- Ah várias... De onde Samantha conhece a Marina? Se é uma estratégia da Sam pra eu deixar ela em paz. Ah Lih, tanta coisa que estão na minha cabeça que, nem sei se faz algum sentido. -- Marcela disse realmente confusa.
-- Marcela, vocês apaixonados complicam tudo viu? -- Lisandra falou um tanto intrigada. -- Pergunta pra ela Má. -- Sugeriu pegando o celular da irmã e é lhe entregando.
Marcela pegou o aparelho e curiosa abriu as mensagens de Marina. -- "Você prometeu!" -- Marcela leu. -- "Está aí?" "Fala comigo, me deixa explicar". "Ao menos isso" "Por favorzinho. rsrs" -- Marcela riu ao ler as mensagens.
-- Está vendo? -- Lisandra avisou rindo. -- Poxa Má para de sofrer antecipado e cheia de dúvidas, sendo que pode perguntar. -- Advertiu.
-- Não é isso... Bom, boa parte pode ser. Mas ainda amo a Sam e dói entende?
-- Posso imaginar. -- Lisandra falou abraçando a irmã. -- Mas fora isso, tente entender o que puder. -- Indicou o celular e sorriram cúmplices. -- Olha só ela é das boas, atende. -- Lisandra falou observando o celular tocar, era Marina ligando.
-- Ah Lih não sei, ela nunca me ligou antes. Nunca nos falamos assim... -- Revelou.
-- Primeira vez existe pra tudo. -- Lisandra sorriu. -- Ah atende logo! -- Gritou sem paciência.
-- Tá... Oi. -- Marcela atendeu timidamente.
-- Oi. -- A voz de Marina soou num misto de surpresa e contentamento. -- Pode me ouvir? -- Pediu calma.
-- Posso sim. -- Marcela disse em um sorriso tranquilo. A voz um pouco rouca de Marina soou suave lhe despertando um prazer involuntário.
-- Sua voz é mais bonita do que eu me lembrava. – Marcela ouviu de Marina e apenas sorriu boba, pensando a mesma coisa. -- Você ficou com raiva de mim?
-- Não é isso. -- Marcela confessou sincera. Fitou a irmã, esta gesticulou sorrindo em incentivo da conversa.
-- Isso é bom ou ruim? -- Marina questionou.
-- Acho que é bom. -- Falou em dúvida. -- Eu só preciso entender. -- Declarou.
-- Tem razão. Cedo ou tarde eu teria que explicar, então fico feliz que esteja me escutando agora. -- Marina falou deixando transparece que sorria no final da frase.
-- Então me explica, quero saber tudo, desde como fez para conseguir meu número com a Samantha. -- Marcela avisou.
-- Olha eu sei que você já namorou com ela, soube por.... -- Marina revelou deixando Marcela surpresa.
-- Bom, pelo visto você sabe mais sobre mim, do que eu te contei. -- Marcela a interrompeu numa mistura de sentimentos.
-- Foi por acaso, eu não sabia, nem seu nome, nada. -- Marina tentava explicar antes que Marcela desistisse de escutá-la.
-- Marina não precisa mais, não quero saber, acho que não vai dá em nada... -- Marcela falou.
-- Eu quero explicar. -- Marina suspirou tentando acalmar-se. -- Posso?
-- Está bem... Pode.
E Marina narrou de forma calma e clara desde o motivo que foi para Curitiba até conseguir o número de Marcela, os receios para entrar em contato com ela, as conversas delas até aquele momento.. Falou tudo que dizia respeito a elas e que achava que Marcela tinha o direito de saber. Marcela ouviu a tudo calada, fazia apenas reação de que estava escutado e prestando a atenção no assunto, cada palavra de Marina lhe despertava surpresa e alguns sentimentos diversos. Além do prazer e surpresa de todo um processo do destino ou da vida... Em poucos minutos tudo estava claro em sua mente. Suas dúvidas estavam sanadas e a maioria delas era sem fundamentos, Mas, ainda assim, não lhe deixava de causar alguma dor ao lembrar de alguma coisa do passado. Ainda não sabia o propósito de Marina ter cruzado seu caminho, mas fora uma surpresa boa, a outra mulher lhe fazia bem, se sentir bem, capaz, querer ser melhor. Gostava de tê-la em sua vida. Era sempre um prazer conversar com Marina. Não podia e nem queria culpá-la por nada e muito menos se chatear com ela ou algo que ela tenha feito antes, não mesmo.
-- Foi isso. -- Marina suspirou. -- Agora estou aqui um tanto aflita pra saber sua opinião disso tudo. -- Confessou.
-- Marina eu agradeço por ter me contado tudo isso, principalmente os seus motivos, achei realmente legal de sua parte. Mas hoje Eu tive um dia cansativo e todo esse assunto me deixou meio que estressada, sei lá. -- Falou sincera.
-- Entendo... Mas não vai me abandonar não, não é? -- Marina deixou transparecer na voz a sua preocupação e Marcela riu, de alguma forma intrigante não conseguia ser indiferente com ela.
-- Não. Só preciso de um tempinho para processar tudo.
-- Tudo bem... Bom vou deixar você descansar. Obrigada por me ouvir e... bem Boa noite, bons sonhos.
-- Boa noite Marina e bons sonhos você também. -- Sorriu espontaneamente e desligou. -- Que foi? -- Indagou observando Lisandra a olhar rindo.
-- Sei não viu...
-- O que? -- Marcela ria.
-- Você fica toda besta sorrindo a toa e fala com todo carinho e tudo mais. -- Falou sorrindo. -- Você está gostando dela sim.
-- Não Lih. -- Marcela negou sorrindo.
-- Viu!? Olha o sorriso. A Má não nega, você gosta dela. -- Lisandra observou.
-- Olha eu gosto de conversar com ela sim, não nego. Mas Lih, daí a gostar dela de outra forma seria mentira minha falar isso. -- Falou séria.
-- Não quer é admitir. -- Sorriu.
-- Não é isso, ok? Marina é linda, legal, me deixa leve eu confesso, mas eu não estou apaixonada por ela. E vamos parar com esse papo. -- Marcela avisou se arrumando para dormir.
-- Ainda... -- Lisandra falou baixinho.
-- Oi?
-- Nada! -- Lisandra riu. -- Boa noite, Má. -- A jovem beijou a irmã. -- Te amo.
-- Te amo. Boa noite. -- Marcela sorriu.
Fim do capítulo
Olá lindas,
Espero que tenham gostado.^^
Perdoem os erros leves e se for grave me comuniquem. Hehe.
Quero agradecer a todas vocês a todas mesmo pelo carinho dedicado a minha pessoa e a Duas Vidas... Brigadão! As que comentam um beijo mega carinhoso eu leio e amo cada comentário!!! As da Moita, um beijo mega carinhoso também e espero vê-las me dando um oi um dia. ^^
Hoje é o Niver de uma pessoa muito especial para mim, e esse capítulo foi postado em dedicação a aniversariante, Érica um beijão estalado pra você! O niver é seu e todas nós ganhamos um capítulo novo. /
Até mais lindas.
Comentar este capítulo:
Fernandaaa
Em: 11/03/2017
Volta quando? hahahah
Amando suas aparições rápidas aqui
beijos
Resposta do autor:
Oi Fernandaaa.
Volto logo. Assim espero!
Obrigada.
Beijão
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gabrielacng
Em: 11/03/2017
Gente do ceu, a Laila é tão fofa!
Resposta do autor:
Oi amore
Laila realmente é um amor.
Beijos
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