Isabella subiu as escadas devagar, já previa que Laís estaria mal humorada, bateu na porta e não obteve resposta, então entrou devagar. Encontrou Laís sentada na cama, aproximou-se com cautela:

_Eu não quero que você faça isto apenas para mim não me machucar ou por medo do que o seu cavalo pode me fazer. Quero que faça por você, quando sentir-se pronta para isto. Mas eu quero que saiba que eu não vou desistir assim tão facil, eu não sou uma criança Laís, sou uma mulher e vou te provar isto.

Isabella colocou a aliança que lhe tinha sido entregue mais cedo sobre a cama e deixou que a mulher decidisse o que fazer. Então entrou no banheiro e suspirou, dando-se conta que mal tinha respirado desde que havia entrado no quarto.

Laís olhou a aliança sobre a cama e ficou em dúvida sobre o que fazer, quantas vezes já não tinha brigado com as namoradas por causa da aliança, e naqueles cinco anos aquela tinha sido a primeira vez que tinha tirado, mas pensava se deveria colocar novamente, tinha tirado num rompante de preocupação, mas agora estava realmente em dúvida sobre o que fazer.

Isabella saiu do banho e jogou-se na cama, estava cansada. Olhou Laís ainda sentada num enorme dilema, fez um carinho na coxa da morena e fechou os olhos devagar:

_Você está brava?_ A mulher mais velha perguntou reticente.

_Apenas com sono, mas não tenho motivos para ficar brava com você.
Isabella adormeceu quase imediatamente, Laís ainda ficou um tempo admirando a menina dormir, parecia quase um anjo.

***

Ana Victoria estava jogada na cama esperando Carol sair do banho, pensava no quanto aquele relacionamento estava ficando sério, tão distraída com os pensamentos não percebeu quando a amada saiu do banheiro e lhe abraçou ainda molhada. A loirinha sentiu todos os pelos se arrepiarem e o sex* molhar instataneamente, mas aquele era um passo que não sabia se estava preparada para dar.

_Carol..._ A voz saiu sussurrada.

_Eu prometi que esperaria o seu tempo, mas jamais prometi que não provocaria.

_Eu ainda não estou pronta.

_Eu vou esperar, mas adoro saber que o seu corpo deseja o meu.

_Amor meu._ Ana Victoria sentou-se na cama com um semplante sério.

_Diga minha loira linda._ Carol também sentou-se.

_Você acha que daremos certo? E se a sua mãe decidir se mudar de novo?

_Vivi, mamãe jamais se mudará novamente, nem por todo o dinheiro do mundo.
Ela queria sim o reconhecimento da profissão, mas ela deseja ainda mais estar perto de Laura, agora ela tem ambos e eu duvido seriamente que um dia ela ainda se mude.

_E se você quiser ir embora, você tem apenas vinte anos.

_Ana, eu tenho vinte anos e no momento eu amo você, nenhuma de nós duas pode saber do futuro, a unica coisa que te prometo é sinceridade sempre, eu não vou te abandonar igual a sua mãe, se um dia o amor acabar você ainda terá a minha amizade incondicional.

_Eu sinto tanta falta de uma família.

_Você tem a mim, e tem a Isa, eu sinto a minha irmã voltando ao que ela sempre foi e sei que ela vai se aproximar de nós, mamãe quase te adotou já e temos que admitir, seu pai te ama também, ela só ainda não aprendeu a conviver com a saudade que a sua mãe deixou.

As duas meninas se abraçaram e beijo aconteceu devagar,  queriam aproveitar cada momento daquela união, sempre dormiam juntas, mas Ana Victoria ainda não estava pronta para se entregar completamente aquela paixão, tinha medo de tudo, era uma menina magoada pelo abandono da mãe e a ausencia do pai que pela primeira vez tinha se deparado com o amor.

***

Laura e Júlia chegaram no meio da tarde sorridentes, entraram pela porta dos fundos:

_Até que enfim filha, vocês foram fazer piquinique onde?_ Seu João perguntou sorrindo, estava sentado a mesa da cozinha e conversava alegre com a esposa.

_Na cachoeira pai._ Laura respondeu ficando vermelha._ Eu vi um carro lá fora, é o de Laís? Ela já chegou?_ Questionou mudando o rumo da conversa.

_Chegou filha, as meninas chegaram ainda antes do almoço. Uma graça suas meninas Júlia.

_Obrigada seu João._ Júlia agradeceu sorrindo.

_Onde estão elas pai?_ Laura ingadou achando estranho o silencio.

_Estão no quarto, e como vocês esqueceram de nos avisar que a menina Carol ia trazer a namorada tivemos que fazer alguns ajustes. Sua mãe está reformando a alas dos hóspedes e por isso só tinhamos um quarto de hóspedes vago. Não pudemos colocar a Isabella junto do casal não é? Então ela ficou no quarto da Lalazinha que era a única a dormir sozinha. Carol e Ana Victoria estão no quarto ao lado do nosso.

_Pai._ Laura gritou.

_O que foi filha?_ Dona Ântonia se preocupou com a reação da filha.

_Laís e Isabella vivem em pé de guerra, brigam feito cão e gato, elas vão acabar se matando, se é que já não fizeram.

_Laura deixei de exagero, elas subiram tem mais ou menos uma e hora não ouvimos nenhum barulho desde então.

Laura e Júlia preocuparam-se, sabiam que as duas tinham temperamentos difíceis e juntas no mesmo quarto não poderia sair coisa boa, se dirigiram as escadas e nem pararam para responder quandos seu João perguntou para onde estavam indo, as duas mulheres esqueceram a boa educação e entraram de uma vez, mas a cena que encontraram, nem nos delirios mais loucos de ambas poderiam imaginar.

Fim do capítulo