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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

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Palavras: 12708
Acessos: 10721   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 47

-- Bom dia. -- Carlos falou sentando-se a mesa para tomar o café da manhã.

-- Bom dia. -- Lúcia desejou com a simpatia que sempre recebia o marido. -- Deixa querida eu mesmo sirvo. -- Falou dispensando a secretaria e servindo o marido. 

-- Seu filho não deu notícias? -- Carlos indagou olhando Lúcia que voltava a sentar para terminar seu café.

-- O nosso filho. -- Enfatizou olhando. -- Sim ele liga às vezes, está bem. 

-- Bem!? -- Sacudiu a cabeça em negação levando sua xicara de café a boca. o filho estava demorando a retornar à casa, pensava, na certa Lúcia estava o mantendo. -- Isso porque ainda deve ter dinheiro. -- Falou.

-- Sim ele tem, mas ao contrário do que está pensando, não sou eu quem está dando a ele. -- Lucia falou calma, conhecia o esposo. 

-- Quem mais? -- Ele a fitou. 

-- Pelo visto você não conhece seus filhos, nenhum deles. -- Advertiu. -- Felipe está trabalhando Carlos. 

-- Trabalhando? -- Riu incrédulo. -- Essa é nova... Logo cansa e volta pra vida boa. -- Alertou crente. 

-- Felipe apoiou a irmã de forma fervorosa e você o desafiou, como é de teu feitio. Deveria apoiar e dar forças para ele seguir em frente sozinho, como vem fazendo, querendo ser uma pessoa melhor, mas não, fica fechado no egoísmo de sempre se achando o dono da verdade. – Falou séria. -- Nádia é outra que trabalha sempre em busca do melhor pra Fazenda e eu nunca vi você elogiá-la ou algo do tipo, sempre quer que ela melhore isso ou aquilo, que faça assim e assado, sempre a seu modo... Todo esse tempo você depositou seus anseios na Eloá, e até dias atrás ela era sua perfeição em pessoa, filha, casamento empresária, advogada. E foi só descobrir que ela ama outra mulher que tudo veio por água abaixo. -- Lucia narrou calma, mas firme. -- Você tem três filhos de ouro e nunca deu o devido valor a nenhum. 

-- Já chega, Lúcia. -- Carlos falou, mas não usou um tom de voz alto. 

-- Carlos o que te fez se tornar esse homem amargo e mal humorado com tudo e todos? -- Lucia indagou o olhando. -- Você queria sim ser um homem bem sucedido financeiramente e conseguiu, mas não esqueça que parte desse sucesso você deve a suas duas filhas. -- Avisou. -- Mas o que mais me intriga é onde está aquele homem por quem me apaixonei e casei, homem que acima de tudo queria ser bom pai que sonhava em ter uma família feliz, que se preocupava com os filhos e não somente consigo mesmo e com seu ego. 

-- Eu vou a empresa. -- O homem disse jogando o guardanapo na mesa.

Lucia rapidamente pegou no braço dele o detendo. -- Apesar de você não está dando valor, ainda amamos você, eu estarei a seu lado até quando Deus me permitir, mas não posso dizer o mesmo de teus filhos. Pense bem antes de destruir definitivamente sua família. -- O soltou e observou ele sair calado. 

 

*****

 

-- Oi Ligia? -- Fabrício falou ao telefone. 

-- Dr Carlos está aqui. -- A voz da mulher soou formal e serena deixando Fabrício surpreso e em alerta. 

-- Droga. -- Fabrício falou espontâneo. -- Desculpa Lígia. Deixa ele entrar. -- Riu. -- Logo cedo? -- Indagou sozinho arrumando alguns papéis sobre a mesa. -- Não estou num dia bom. 

-- Nem adianta arrumar. -- Carlos falou ao entrar. 

-- Bom dia pra você também. -- Fabrício o olhou com feição séria.

-- Bom dia. -- Carlos já se acomodava em uma cadeira em frente à mesa.

-- Olha estou cheio de trabalhos, meu dia ontem não foi nada bom e hoje já começou ruim, então se o senhor puder dizer logo a que veio eu agradeço. -- O homem mais novo pediu tentando controlar o tom de voz diante a irritação. 

-- Certo, meu dia não começou bem Também é quero resolver logo isso. -- Carlos declarou de ajeitando na confortável cadeira. -- Qual a real situação da empresa quanto a ausência da Eloá? 

Fabrício ficou a observa-lo durante alguns segundo, de Carlos poderia esperar tudo, pensava.

-- Ok... Claro que com a Eloá aqui dentro tudo ficaria mais fácil, digo no sentido de agilizar os processos. Pois enquanto eu fazia uma parte ela fazia outra, examinava e assinava... Enfim o senhor conhece bem. -- Fabrício explanou por alto. 

-- Sei, Sei... -- Carlos proferiu atento. -- Mas e agora? 

-- Bom... Isso não vai prejudicar em nada a empresa de um modo geral, fique tranquilo... Mas adianto que só não prejudicará, se a sua filha continuar fazendo o excelente trabalho como já tem feito. -- Sorriu sincero. 

-- Ela não está mais aqui. -- Carlos enfatizou com semblante sério. 

-- Eu sei. -- Fabrício falou pegando uma série de pastas. -- Mesmo não estando presente aqui, Eloá está trabalhando como pode pra mantermos a ordem. -- Revelou. -- Veja você mesmo. -- Entregou os vários relatórios. -- E aqui um possível contrato. -- Entregou outros papéis. -- Sorriu ao notar a surpresa do ainda legalmente sogro. 

Carlos percorreu o olhar dentre às várias páginas, não precisava de muito para entender o excelente trabalho em suas mãos e feito pela filha, mas permaneceu imparcial durante os poucos minutos que ficou a ler algumas linhas dos vários relatórios e principalmente do possível contrato, excelente seria se fosse fechado, observou. 

-- Como pode ver, embora não estando fisicamente presente, Eloá continua fazendo o trabalho dela, da melhor forma possível. -- Fabrício o advertiu. -- Desculpa se vou ser grosso ou o que for, se veio aqui com a intenção de boicotar sua própria filha, não vai dá certo, o senhor não tem os mínimos dos argumentos para tirá-la da presidência dessa empresa. -- Afirmou com altivez  notando Carlos o fitar de forma séria. -- E digo ainda que, se permanecer nessa ideia vai ter que sentar com cada um de nossos clientes e explicar o porque a melhor advogada deles vai deixar de representa-los. -- Finalizou, não aumentará o tom de voz em momento algum, mas fora suficientemente claro. 

Carlos riu perante as palavras de Fabrício o que deixou este sem entender. 

-- O que prova mais uma vez que minha filha sempre foi melhor que você. -- Declarou devolvendo as pastas para o presidente. 

-- Olha se não lembra eu sou Engenheiro e faço a minha parte muito bem. – Afirmou. -- Mas se achou que esse comentário iria me ferir, enganou-se Dr. -- Fabrício sorriu sincero. -- Nunca neguei isso, sua filha tem um jeito especial de trabalhar. -- Enfatizou o Sua filha. -- Isso também me orgulha, acredite. – Declarou. -- O que me admira é que nessas horas ela é sua filha, a que serve pra inflamar o seu ego, o pior é que o orgulho que surge aí no seu peito não é dela é sim de si mesmo, por pensar que ela deve o sucesso a você. -- Fabrício falou dramatizando alguns gestos. -- Porque o senhor só pensa em si, essa é que é a verdade.

-- Já chega! -- Carlos bradou batendo o punho na mesa. -- Quem você pensa que é pra dizer o que eu penso ou deixo de pensar, sinto ou deixo de sentir!? -- Gritou furioso. -- Meta-se com a sua vida, entendeu? 

Fabrício ficou à espera de algo a mais, mas não veio, já esperava uma reação típica do outro homem, sabia onde estava se metendo. Antes guardava mais as palavras, mas agora não tinha nada a esconder. 

-- Tem razão, por isso peço desculpas. -- Falou, mas estava aliviado por ter soltado algumas verdades presas. -- Tudo bem? -- Perguntou olhando Carlos que levou a mão ao rosto. 

-- Sim. -- Afirmou ajeitando-se no acento. -- Vamos logo ao que interessa. -- Falou o olhando. 

-- Só um minuto. -- Fabrício pediu pegando o telefone. -- Lígia traga uma água, por favor.  -- Pediu e desligou. -- Então? -- Indagou o encarando curioso. 

-- É muito simples o que vou falar. -- Avisou olhando Fabrício de forma imparcial. -- O melhor para a empresa é a Eloá ficar na presidência. -- Soltou não escondendo o tom resignado. Fabrício riu incrédulo, o observando sem palavras. -- Mesmo de lá, está fazendo bem para esta empresa. -- O senhor completou. 

-- E no mesmo padrão de qualidade. -- Fabrício acrescentou surpreso e satisfeito.

-- Com licença. -- Lígia entrou indo a até eles. -- Suas águas e seu café Dr. -- Serviu profissionalmente sem se importar com o olhar sempre intimidador de Carlos. Aprendeu a lidar da melhor forma, sorriu. -- Com licença. -- Saiu a passos calmos. 

-- Eu não quero café. -- Carlos avisou sério.

-- Você quem sabe. -- Fabrício deu de ombros, ria intimamente. 

 

*****

 

-- Oi Fá, tudo bem? -- Amanda atendeu o celular já sorrindo. 

-- Tudo bem sim linda. -- A voz máscula dele soou não muito confiante mediante as palavras que dizia. 

-- Humm. -- Amanda proferiu desconfiando. -- O que houve, Fá? -- Perguntou interessada. 

-- Não sei porque ainda tento. -- Ele falou soltando um sorriso do outro lado da linha. 

-- Pois é. -- Amanda sorriu. -- Me conta. -- Pediu num tom mais sério. Ouviu um suspirar forte do homem. 

-- Juliana contou tudo pro papai. -- Soltou.

-- Nossa! -- Amanda falou surpresa. -- E ele? Como foi isso? 

-- Ontem num almoço, conversa vai e vem e o assunto entrou no nosso caso. Na verdade no seu caso e toda a discussão entre você e seu pai... Enfim. Juliana tomou as dores, papai não gostou, eles bateram boca e ela soltou que era lésbica. 

-- Nossa Fabrício... Imagino o clima pesado depois, que complicado. Não era pra ser assim. -- Amanda falou com pesar e entendimento. -- Como a Ju está? 

-- Olha pelo que notei, está mais aliviada, mas triste pela reação do papai. 

-- Igual a do meu suponho. -- Lembrou com pesar. 

-- Semelhante. -- Fabrício não escondia a decepção. 

-- Ele falou várias besteiras pra ela Eloá, daquele jeito... 

-- Imagino. E ela como está reagindo com isso tudo? 

-- Chorou muito ontem, mas agora está bem melhor... Está lá em casa. 

-- Ele a expulsou? -- Amanda não queria acreditar. 

-- Não chegou a fazer isso. Porém depois do que disse, como ela ficaria lá? Decidiu sair. 

-- Entendo bem... Ligarei pra ela. 

-- Faça isso... 

-- E sua mãe? 

-- Mamãe ficou surpresa, Claro. Não esperava, mas deu apoio.  -- Sorriu feliz. -- Como eu já esperava, Ela agiu com o amor que sente pela Juliana. -- Declarou. 

-- Ah fico feliz, Ju se sentirá bem melhor com o apoio dela. -- Amanda falou certa. 

-- Vai sim. Já está. -- Ele falou risonho. 

-- Menos mal...

-- Sim... Mudando de assunto. Quando você vai mandar a Natty?

-- Ahh queria ela sempre aqui. -- Confessou manhosa e ouviu Fabrício rir. 

-- Eloá. -- Ele proferiu rindo. 

-- Eu sei, eu sei... É por isso que já comprei a passagem dela. Embarca quarta de manhã. -- Avisou desgostosa. -- Te passo tudo certo por mensagem. 

-- Ok... Eloá tenho um outro assunto. 

-- Espero que não seja ruim. -- Amanda falou sincera.

-- Pra ser sincero eu não sei o que dizer desse fato. -- Revelou.

-- Como assim? -- Amanda indagou confusa.

-- Seu pai esteve aqui e...

-- O que ele aprontou dessa vez? -- Amanda o interrompeu preocupada. 

-- É isso que me intriga meu amor... ele não aprontou nada, não dessa vez, ou ainda... ah sei lá. -- Era evidente sua confusão.

-- Então fala logo Fabrício, o que ele queria? -- Estava curiosa. 

-- Ele acabou de ir embora na verdade... Ele elogiou seu trabalho. Bem não foi exatamente nas palavras exatas mas esse foi o principal sentido. -- Ele sorriu do outro lado e Amanda o acompanhou prestando a atenção. -- E o melhor, ele desistiu de te tirar da presidência ou ao menos tentar. -- Revelou empolgado. 

-- Não?! Isso é sério? -- Amanda indagou incrédula. -- Assim sem mais nem menos? Depois de tudo que me disse? -- Indagava. 

-- Foi... Por isso ainda acho estranho. Mas veio aqui, claro que com a mesma postura de dono da verdade e tal. Toda aquela pose dele, você sabe bem, no entanto, foi curto e direto, você fica na empresa. Segundo ele é pela empresa e seu melhor, o que é bem uma verdade. -- Fabrício acrescentou. 

-- Eu não sei o que dizer. -- Amanda realmente estava sem crer, no fundo estava feliz por ouvir aquilo... -- Será que ele está cedendo Fá? -- Questionou em esperança.

-- Sobre você ser lésbica? -- Fabrício indagou. -- Eloá não viaja, desculpa, Mas ele fez isso somente pela empresa, ele só pensa nele. Desculpa Mesmo, no entanto, tenho que te dizer isso, ele não mudou... Eu vejo isso o mesmo preconceito, basta observar ele olhar a Lígia, sei lá, ele a olha de um jeito que... ah esquece. -- Ele desistiu de explicar, nem ele compreendia. -- O bom é que ela já aprendeu a lidar com ele. 

-- Entendo... -- Amanda não escondeu seu ar triste, sabia que Fabrício tinha razão, seu pai não mudaria, não entenderia sua vida nunca.

-- Desculpa. Liguei pra falar de coisa boa e acabei te magoando. -- Ele notou. 

-- Não Fá, você disse a verdade. -- Avisou mexendo em seu anel. 

-- Tudo bem, mesmo assim desculpa. -- Ele insistiu. 

-- Ei? -- Amanda Sorriu. -- Estou tão feliz, Fá. -- Confessou. 

-- Olha estou sentindo. Diga logo, diga. -- Ele insistiu animado. 

-- A Sam me pediu em casamento. -- Sorriu deslumbrada pondo a mão em frente ao olhar. 

-- Uou!! Isso é ótimo, meus parabéns minha linda, você merece, merece muito tudo de bom... Te amo. -- Ele declarou feliz.

-- Ai Fá estou tão feliz. Quero logo ajeitar tudo, minha vida sabe!? E finalmente seguir da forma que sempre sonhei. Ah eu amo tanto a Sam, quero ficar pra sempre com ela e se possível logo casada de verdade com tudo que temos direito. -- Sorriu empolgada. 

-- Está no 220 mesmo hein? -- Ele riu alegre. -- Você tens toda razão, linda.

-- Sim... Fabrício falta muito pra terminar o processo do nosso divórcio? 

-- Olha você sabe bem como é. Mas está nas mãos da Marina e ela está conseguindo agilizar tudo. -- Explicou contente. -- Logo estará livre de mim. -- Fez drama.

-- Seu besta. -- Amanda riu. -- Como é amigável vai ser bem mais fácil pra ela. 

-- Isso ai. Felicidades meu anjo... Olha preciso desligar. 

-- Tá bom... Beijos.

-- Beijos... Ah tem trabalho pra você no seu e-mail. -- Ele avisou.

-- Já vi. -- Amanda sorriu. -- Assim que terminar te envio. 

-- Tudo bem. Tchau linda. 

-- Tchau Fá. -- Amanda sorriu e desligou. 

-- Mãe!? -- Natelly a chamou entrando no quarto praticamente correndo. -- Tia Juliana contou que é lésbica e o vovô ficou Puto, rolou maior discussão e ela foi morar lá em casa. -- A jovem resumiu a notícia. -- Ela acabou de me contar. -- Mostrou o celular com as mensagens. 

Amanda primeiro riu com a afobação da filha em lhe dar a notícia. -- Eu sei filha seu pai acabou de me dizer. 

-- Chato porque o vovô não aceitou né? -- Natelly sentou ao lado da mãe na cama. -- Mas ela falou que está feliz por ter de livrado desse peso. -- Sorriu animada pela tia. 

-- Eu sei como é. -- Amanda sorriu puxando-a para um abraço apertado, já estava com saudades da filha. -- Você vai embora na quarta. -- Revelou triste. 

-- Mesmo? -- A jovem perguntou num misto de felicidade e decepção. 

-- Sim. -- Amanda falou a olhando com carinho. 

-- Eu fico feliz e triste. Feliz porque vou voltar pra casa, pros meus amigos e a escola. Mas triste porque você não vai está lá. -- Revelou sincera. 

-- Ah meu amor. -- Amanda a abraçou sentida, também ficaria com essa tristeza. -- Sabe que por mim você não iria embora nunca. -- Avisou tentando não chorar, beijou os cabelos da filha. -- Mas não posso fazer isso a escolha é sua, você tem toda uma vida lá... Seu pai, sua irmã, seus avós, escola, amigos... -- Amanda compreendia aquela situação. 

-- Eu venho te ver sempre. -- Natelly afirmou. 

-- Vem sim. -- Amanda sorriu emocionada. -- Te amo muito. 

-- Também te amo mãe. -- Sorriu a beijando no rosto. 

-- Ai vamos parar com esse clima de despedida porque ainda temos hoje e amanhã juntas. -- Amanda sugeriu. 

-- Tem razão. -- A jovem concordou. -- E já que estamos aqui sem nada pra fazer que tal um filme? -- Sugeriu empolgada.

-- Acho ótimo. -- Amanda sorriu animada.

-- Vou preparar o filme. -- Falou levantando.

-- Ei? -- Amanda a chamou. -- Eu não falei que seria aqui. -- Riu. 

-- Ué. E onde mais? -- Natelly Indagou confusa.

-- No cinema meu amor. -- Revelou. -- Vem vai ser ótimo, conheço um lugar bem legal. -- Amanda avisou levantando animada.

-- Mãe é segunda de manhã. -- Falou. -- Quem vai ao cinema numa segunda de manhã? 

-- Nós! Vamos comemorar em um novo estilo. -- Amanda falou mostrando a mão que estava seu anel de noivado. -- Não acha que mereço? -- Questionou sorrindo. 

-- Tens toda razão mãe! -- Natelly afirmou feliz. Ela é Agatha souberam da novidade no café da manhã em família. Simplesmente amou, queria sua mãe feliz e notava que ela estava.

-- Se não for se arrumar vai assim mesmo. – Amanda gritou do closet. 

-- Tá bom, já estou indo. -- Riu se empolgando. 

 

*****

 

-- Oie. -- Alexsandra disse entrando sorridente no consultório de Victória e logo se dirigindo até ela. -- Bom dia linda.  -- Desejou beijando o rosto de Victória como carinho, como de costume. 

-- Bom dia. -- Victória sorriu olhando a amiga com um sorriso frouxo. 

-- Pelo visto seu compromisso do final de semana não foi muito bom. -- Alexsandra disse notando a nostalgia da outra mulher enquanto sentava à frente dela. 

-- Que compromisso? -- Indagou realmente desentendida enquanto arrumava alguns papéis sobre sua mesa. 

-- Vixe! -- Alexsandra proferiu ficando realmente preocupada com sua amiga. -- Você não passou a sexta o sábado e o domingo me dizendo que tinha um compromisso!? -- Alexsandra disse tentando a fazer lembrar. 

-- Ah Isso? -- Sorriu fraco ao lembrar-se dos acontecidos. 

-- Ahhh. -- Alexsandra a imitou de forma debochada. -- Vick o que você tem? Aconteceu alguma coisa? -- Alexsandra perguntou interessada, estranhando o comportamento da outra. 

-- Não, nadinha. -- Victória negou de imediato. -- É que... -- Fitou Alexsandra por um instante e riu ao vê-la a incentivar para que falasse logo de uma vez. -- Ah sei lá Alex, deve ser a TPM, juntando com meu compromisso ruim desses dias. -- Falou fazendo aspas em compromissos. -- E por isso não quero nem falar nesse assunto, portanto, nem me faça perguntas. -- Advertiu logo. 

-- Eita que a coisa foi das feia hein? -- Alexsandra observou falando de forma séria. 

-- Foi feia sim, e ainda está... Eu pensei que conseguiria levar numa boa, mas a verdade é que eu estava errada... -- Falou fitando Alexsandra de forma pensativa. -- Enfim, não quero falar e tenho que esquecer. -- Sorriu forçado. -- Para meu bem... creio eu... -- Avisou ficando calada e voltava sua atenção para o computador.  

Alexsandra a observou por alguns instantes, sabia que sua amiga não estava bem, mas como sempre esperaria o tempo dela. 

-- Não tem consulta? -- Victória indagou sem desviar seu olhar da tela.

-- Tenho sim, daqui a pouco. -- Alexsandra respondeu calma.

Ouviram duas batidas na porta e logo uma mulher entrou com prontuários em mãos, Victória os pegou e agradeceu com simpatia. 

-- Bom, vou indo também. -- Alexsandra falou levantando. -- Podemos almoçar juntas? Está livre? -- Perguntou empolgada. 

-- Não sei Alex, tenho um...

-- Compromisso!? -- Completou. -- Ah Vick fica aí com tua deprê que já me encheu. -- Falou e logo saiu sem nem se dá ao trabalho de fechar a porta, a distância da amiga estava a irritando.

-- Alex!? -- Victória gritou ao notar que a amiga ficara realmente chateada, saiu correndo atrás de Alexsandra, sabia que ela não tinha culpa, estava errada em querer desconta-los nela, seja qual fosse os seus problemas. -- Alex? -- A chamou mais uma vez e para seu alívio a morena virou e a esperou. -- Olha me desculpa, você não tem culpa de nada e eu descontando meus problemas em você. -- Falou a fitando de forma arrependida. -- Desculpa mesmo, não queria te chatear. -- Sorriu tentando amenizar o clima ruim entre elas. -- Ah vai, não se faz de difícil. -- Victória falou pegando na mão de Alexsandra ao notar que a mesma não fizera nenhuma reação. -- Desculpada? Diz que sim diz que sim simmmm? -- Riu. 

Alexsandra sorriu não resistindo diante da insistência da amiga, então a puxou para um abraço apertado. -- Desculpada sua chata. -- Falou sorrindo. 

-- Chata que você ama. -- Victória falou a olhando após desfazerem o contato. 

-- Chata e convencida. -- Alexsandra observou rindo. -- Mas confesso que prefiro você assim. -- Advertiu.

-- Eu também. -- Victória falou e ambas riram. -- Combinado o almoço?

-- Perfeito. -- Alexsandra sorriu. 

-- Suponho que será a três? -- Observou. 

-- Não, não. Laila vai almoçar na facul. -- Falou com um sorriso apaixonado ao lembrar da namorada. 

-- Humm. -- Proferiu em entendimento.

-- Como não sei que horas me desocupo eu a deixei livre hoje. -- Sorriu, era evidente a sua felicidade e encantamento ao falar de Laila facilmente notado por Victória. 

-- Sendo assim vamos aproveitar pra fofocar como sempre. – Victória sugeriu animada. 

Alexsandra riu. -- Pode ser... -- Disse olhando a hora. -- Preciso ir. -- Avisou. 

-- Vai lá.

-- Tchau. -- Disse afastando-se. -- Ah fique sabendo que tu quem vai pagar o almoço. -- Advertiu rindo. -- Pelo desaforo. -- Deu as costas novamente.

-- Sabia que não ia ficar barato. -- Victória gritou rindo e apenas viu a amiga levantar a mão em um aceno rápido. 

 

*****

 

-- Sam? -- Sheila disse entrando na sala da amiga. -- Assina aqui pra mim. -- Pediu entregando alguns papéis para a médica. -- Fiz o que me pediu, sobre os seguranças particulares.

-- Ah que ótimo Sheila. -- Sorriu em agrado. 

-- E já que você está nessa confusão de papéis. -- Falou observando a mesa da chefe e riu. -- Selecionei o que achei melhor e hoje a tarde você já pode conversar com eles.  

-- Sheila tu é um máximo! -- Samantha falou em sinceridade. 

-- Eu sei. -- Sorriu divertida. -- Busquei referências e são muito bem recomendados e de confiança e também caros. -- Avisou fazendo uma careta. 

-- Imaginei mesmo que teria que desembolsar um preço alto. -- Samantha falou em compreensão. -- Marca com eles hoje mesmo. Quero conversar com o chefe e principalmente com quem vai ficar com a Agatha. -- Afirmou.  

-- É uma mulher. -- Sheila informou.

-- A chefe? -- Samantha indagou surpresa. 

-- Não. A pessoa que vai ficar com a Agatha. -- Esclareceu. 

-- Humm. -- Samantha balbuciou gostando da ideia. -- Acho que vai ser melhor pra Agatha. -- Observou. 

-- Também acho... Vai contratar somente pra ela Mesmo? E a Amanda e você? -- Questionou a olhando.

-- Amanda não quer, já não tinha antes e agora disse que não ver motivos para andar com um segurança na cola, isso segundo ela. -- Explicou. -- E quanto a mim? Sinceramente não me vejo com uma sombra do lado, não Sheila, além do mais acho que não preciso. A Minha preocupação mesmo é a minha filha. Vou me preocupar menos sabendo que tem alguém de olho nela o tempo todo, não sei. -- Suspirou. -- Tudo que aconteceu me deixou com medo de que algo possa acontecer com ela. Amanda me deu total apoio quanto a isso e vai ser melhor assim, pelo menos por enquanto. 

-- Entendo e concordo. -- Sorriu em acordo. 

-- Pois é... Que isso? -- Samantha questionou  pegando os papéis sobre a mesa. 

-- É onde você passa todos os seus bens para mim. -- Sheila disse rindo.

-- Ótimo, então deixa aqui que vou ler primeiro pra ver se assino. -- Samantha falou deixando o documento de lado. 

-- Assina logo caramba. -- Sheila riu. -- É a liberação para compra de matérias que estão faltando. -- Avisou. 

-- Leu? -- Samantha perguntou foleando os papéis. 

-- Sim, Tudo certo. -- A loira afirmou. -- Amanda ligou. -- Avisou. 

-- Pra você? -- A médica estranhou. 

-- Sim, disse que te ligou, mas você não atendeu. 

-- Não vi. -- Samantha afirmou procurando o seu celular. -- Droga, não está comigo. -- Notou após revistar sua mesa e seus bolsos. 

-- Não está ali dentro? -- Sheila questionou.

-- Deve ser. -- Levantou a procura do aparelho. -- O que ela disse? -- Indagou voltando com o celular em mãos. 

-- Falou que estava no cinema com a Natelly e que de lá ia pegar a Agatha. -- Sorriu ao notar o sorriso de Samantha. -- Falou pra você não se preocupar com isso. 

-- Tudo bem. Vou só ligar pra avisar que ela vai pegá-la. -- Lembrou sentando de volta em sua cadeira. 

-- Ei não tive tempo de te encher o saco ainda. -- Sheila disse rindo. -- Como assim você já está noiva e não quer uma festa do babado Sam? -- Indagou decepcionada com a amiga. 

Samantha gargalhou abertamente. -- Sheila estamos feliz isso que importa. Festa mesmo só no casamento. -- Advertiu feliz. 

-- Ah Sam ia ser lindo você pedindo a Amanda em casamento na frente de todos da família e amigos, ah ia ser um máximo, emocionante. -- Explanou enquanto Samantha ria. -- Essas coisas lindas a gente não faz no quarto escuro não Samantha. -- Parecia decepcionada de verdade. -- Mesmo que tenha sido bem fofo. -- Sorriu. 

-- Ai Sheila só você mesmo... -- Samantha sorria. 

-- Ah ia ser lindo. -- Insistiu sorrindo. 

-- Pode ser, mas foi perfeito do jeito que aconteceu. -- Samantha afirmou sorrindo. 

-- Foi, mas podia ser melhor, só acho...

Samantha riu. -- Toma aqui os meus bens. -- Falou lhe entregando os papéis assinados.

-- Besta. -- Riu levantando-se. -- Deixa eu trabalhar quier. 

-- Vai lá que eu vou ficar aqui entre os papéis. -- Riu. -- Ei avisa pros estagiários que hoje às 16 horas vou passar a introdução dos assuntos ok? 

-- Sam alguns estudam essa hora. 

-- Eu sei Sheila, avisa que quem puder vir que não falte. Tenho que dar essa introdução hoje ainda. Amanhã quero começar logo com os trabalhos. Os que perderem vejo depois o que faço. -- Explicou. -- Estou cheia aqui, vou aproveitar que a Amanda vai pegar a Agatha e só vou sair daqui quando organizar tudo. -- Revelou certa. 

-- Tá certo. -- A loira saiu.  

 

***** 

-- Oi amor? -- Amanda atendeu o celular. 

-- Oi amor, tudo bem? -- A voz da médica soou tranquila e risonha. 

-- Sim amor e por aí? 

-- Cheia de trabalho amor. -- Samantha confessou. -- Por isso que liguei, não vou poder ir em casa agora. -- Falou com pesar. 

-- Ah poxa. -- Amanda disse sentida, mas entendia sua namorada. -- Olha eu sei bem como é, não preocupe, ficaremos bem. -- Falou sorrindo. 

-- Está certo meu amor. -- Samantha sorriu do outro lado. -- Já está na escola? 

-- Quase. -- Sorriu. -- Estamos chegando amor. -- Avisou. 

-- Tudo bem... Olha preciso desligar.

-- Tá bom amor.

-- Desculpa por não ir...

-- Sam eu entendo, já falei, não se preocupe com isso meu amor. Vamos ficar bem, com saudade, mas bem. -- Avisou.

-- Eu também meu amor... Da um beijão na minha filhota por mim. Te amo. Beijos.

-- Beijos. Também te amo. -- Sorriu. 

-- Tchau. -- Samantha falou e após obter uma resposta desligou. 

-- Aqui senhora. -- O motorista do táxi avisou. Estavam em frente à escola de Agatha. 

-- O senhor pode esperar um pouco? -- Amanda indagou. 

-- Claro. -- Ele sorriu simpático. 

-- Vem comigo? -- Indagou olhando Natelly a seu lado.

-- Não, vou esperar aqui. -- A adolescente respondeu a olhando e logo voltou a digitar no celular. 

-- Já volto. -- Amanda falou saindo do carro. -- Oi tudo Bem? -- Sorriu para o homem que ficava próximo ao portão.

-- Olá senhorita. -- Ele sorriu simpático. -- Em quê posso ajudar? 

-- É que eu vim buscar minha filha. -- Amanda falou com felicidade enquanto observava as várias crianças correrem em brincadeiras, mas não encontrava Agatha no meio delas, tantas delas, notou. 

-- Ah claro. -- Ele sorriu entendendo. -- A senhorita é nova, nunca a vi por aqui. -- Ele observou. 

-- Sim. Na verdade a menina que vim buscar não é minha filha de sangue, mas é como se fosse. -- Sorriu ao explicar. 

-- Ah sim, compreendo. -- O homem sorriu entendendo. -- Quem veio pegar? 

-- Amandaaaa! -- Agatha correu até ela. 

-- Oi meu amor. -- Amanda sorriu contente ao vê-la. Pegou no rosto da pequena ainda com a grade entre elas. 

-- Você que veio me pegar hoje? -- Ela indagou surpresa e feliz. 

-- Foi sim. Sua mãe está muito ocupada no trabalho. -- Explicou. -- Mas te mandou um beijo bem grande. 

-- Vai abre pra mim. -- A pequena pediu agoniada. 

-- Já vai mocinha. -- O homem falou rindo. -- Seu nome senhorita, normas da escola. -- Ele falou portanto uma ficha. 

-- O nome dela é Amanda, ela vai casar com a minha mãe e vai ser minha mãe também. -- Agatha se antecipou em explicar. -- Vai abre logo. -- Insistiu batendo o pé. 

-- Nossa a mocinha está apressada hoje. -- Ele observou enquanto ria e procurava o nome lhe indicado. 

-- Olha só. -- Amanda o chamou. -- Procure por Eloá Bartovisck. -- Avisou lhe entregando a identidade. -- O nome Amanda tem uma longa história. -- Avisou. 

O homem apenas sorriu e após encontrar o verdadeiro nome de Amanda no papel ele abriu o portão de forma contente. 

-- Até amanhã mocinha linda. -- Ele sorriu.

-- Tchau. -- Agatha lhe sorriu dando tchau. -- Você vai vir me buscar todo dia? -- Indagou caminhando ao lado de Amanda que segurava sua mão. 

-- Sempre que possível eu venho buscar sim. -- Amanda sorriu a olhando. – Me dá essa bolsa aqui. -- Amanda pediu e abriu a porta do carro. 

-- Natty. -- Agatha pulou para dentro do automóvel. 

-- Oi lindinha..-- Natelly a beijou no rosto e a pôs no seu colo. 

Amanda sorriu e entrou se acomodando ao lado delas. Indicou para aonde o motorista deveria seguir e logo já estavam em direção à casa. 

-- Desculpe-me senhorita, sua filhas? -- O Taxista perguntou fitando Amanda pelo retrovisor. 

-- Sim, são minhas filhas. -- Amanda sorriu em felicidade observando Natelly e Agatha entretidas no celular enquanto conversavam sem parar. 

-- São lindas. -- O homem afirmou em um leve sorriso. -- E com todo respeito a senhorita também. -- Sorriu.

-- Obrigada. -- Amanda retribuiu o sorriso. -- Tem filhos? 

-- Tenho sim, um casal, mas já estão crescidos. 

-- Entendo... Ei? -- Amanda riu sentindo Agatha pular em seu colo. 

-- Eu quero aquele joguinho que a Natty joga no eu tablet. -- A criança ria. -- Coloca pra mim quando a gente chegar em casa? 

-- Só se você me dá um beijo. -- Amanda advertiu sorrindo. 

Agatha lhe deu um, dois, três... Vários beijos e todas riram. 

-- Está bem, eu instalo pra você. -- Amanda falou a fazendo um carinho. 

-- Instalo é colocar? -- Estava em dúvida. 

-- É sim. -- Amanda sorriu.

-- Ebaaaa. 

-- Como foi na escola hoje? -- Amanda perguntou interessada.

-- Foi bem legal, eu gostei. -- A menina sorriu. -- Natty quero jogar de novo. -- Agatha passou para o colo dela. 

Amanda riu, Agatha estava elétrica como sempre. 

-- Ela é sempre alegre assim? -- O homem sorria.

-- Sempre. -- Amanda informou sorrindo. 

-- Bom... Isso prova que ela é saudável e bem amada. -- Ele avisou prestando atenção no trânsito. 

Amanda sorriu contente com a observação do outro, olhou as duas filhas e sorriu mais feliz ainda, sim, elas eram muito amadas.

 

*****

 

-- Vick olha o que eu comprei pra Laila. -- Alexsandra falou após entrar na sala da amiga. 

-- Ah que saco Alexsandra! -- Victória falou batendo com força a caneta que segurava na mesa junto com sua mão. -- Laila isso, Laila aquilo, Laila, Laila... -- Victória levantou passando a andar de um lado a outro enquanto tinha ambas as mãos sobre os cabelos volumosos. Alexandra a observava deveras surpresa e assustada com a reação da amiga. Não soube emitir qualquer palavra assim como nenhuma reação além do semblante surpreso. 

-- Vick o quê que foi isso? -- Alexsandra enfim conseguira falar algo. 

-- Alex, me deixa sozinha. -- Victória falou jogando-se de volta na cadeira atrás de sua mesa. Além de ainda manter suas mãos no rosto não conseguiu esconder a voz embargada pelo choro. 

-- Está chorando? -- Alexsandra indagou preocupada, não tardou em cruzar a distância entre elas. -- O que você tem? Fala. -- Ela pediu tentando fazer a amiga descobrir o rosto, estava ajoelhada na frente dela, e sinceramente preocupada. 

-- Por favor, por favor, sai daqui Alex. -- Victória clamou deixando seus olhos cruzarem o da morena, mal conseguia vê-lá mediante as lágrimas que jorravam fortes de seus belos olhos. Era evidente o olhar de preocupação que Alexsandra lhe dedicava, notou e sorriu num misto de carinho e decepção. 

-- Lógico que não vou sair daqui com você nesse estado Vick. -- Alexsandra afirmou com sinceridade e aflição, queria entender aquela situação e principalmente ajudar sua amiga. -- Ei, ei... -- Alexsandra proferiu notando o choro da outra mulher se intensificar. -- Vick olha pra mim. -- Pediu levando sua mão ao rosto dela. -- Me ajuda a te ajudar. -- Pediu a olhando com carinho. 

-- Ah Alex... -- Falou em meio ao choro que era silencioso, mas abundante. -- Você não pode. -- Forçou um sorriso fraco. 

-- Tenta. -- Alexsandra sorriu em incentivo.

Victória pegou a mão de Alexsandra em seu rosto e a beijou com ternura, em seguida a apertou com carinho, sorriu e levou a sua outra mão até o rosto da morena a sua frente para uma caricia. -- Você é tão linda Alexsandra... 

-- Ah eu sei. -- Alexsandra sorriu fazendo a outra rir, queria vê-la bem novamente. 

-- É por esse, dentro tantos outros motivos inexplicáveis que eu... -- Victória parou deixando apenas sua mão passear pelo rosto da amiga e em instantes seus dedos já acariciavam os lábios de Alexsandra. 

-- Vick. -- Alexsandra falou notando a intenção dela. 

-- Me perdoa, mas eu preciso. -- Victória inclinou-se percorrendo rapidamente a pequena distância entre elas e capturou os lábios de Alexsandra em urgência, necessidade incontrolável. 

Alexsandra não esperava, tanto que, não teve tempo de expressar reação alguma por milésimos de segundos, até de repente conseguir levar suas mãos aos ombros de Victória e a empurrar quase bruscamente. 

-- Victória! -- Falou levantando com irritação enquanto limpava os lábios, sabia que estava borrado com o batom da outra mulher. -- Laila!? -- Alexsandra proferiu vendo sua namorada em pé na porta a olhando com tristeza, aquilo lhe originara uma dor enorme no coração. 

-- Ah que ótimo, ela não sabe bater na porta. -- Victória falou irritada, mas no fundo lamentava por sua atitude de instantes. 

Alexsandra não sabia o que fazer, dizer...

-- Eu bati, mas agora sei o motivo da ausência de resposta. -- Falou dando as costa para ambas. 

-- Laila? -- Alexsandra a chamou finalmente indo atrás dela. 

-- Alex? -- Victória a chamou, mas sem sucesso. -- Mas que droga! -- Gritou passando as mãos pela mesa e fazendo tudo dali ir ao chão. -- Me perdoa Denguinho. -- Falou deixando o choro ecoar naquele lugar.  

-- Laila, amor? -- Alexsandra a chamou em desespero enquanto corria, mas Laila nem olhou para trás. -- Amor? -- Alexsandra a acompanhou pondo-se a sua frente. -- O que viu eu juro que não queria, não sabia. -- Falava apressada tentando não deixar sua namorada passar, já que a mesma continuava a andar sem ao menos olhá-la. 

-- Eu sabia Alê, eu sempre soube! -- Laila parou a olhando nos olhos, olhos que marejavam encobrindo o brilho de felicidade que existia ali antes. Fato que fez Alexsandra agoniar-se ainda mais. -- Eu preciso ir. Me deixa passar. -- Falou limpando às lágrimas que insistiram em cair. 

-- Não! Meu amor, vamos conversar com calma, por favor. -- Alexsandra pediu desesperada. A essa altura elas já eram o alvo de curiosos naquele corredor e notando isso Laila começou a andar apressada. -- Amor eu não esperava, eu fui mostrar um presente que comprei pra você e ela do nada começou a gritar e depois a chorar e quando vi já me beijava. Por favor, me escuta. -- Alexsandra caminhava e falava, sentia um medo tremendo de perder sua namorada. -- Laila? -- Alexsandra pôs-se na frente dela novamente.  

-- Alexsandra agora não. -- Laila conseguiu passar e abrir uma porta, mas logo já estava com o braço preso na mão de Alexsandra que, suplicava agora em silêncio, apenas com o olhar. 

-- Desculpa. -- Alexsandra pediu ao ver Laila fitar sua mão no braço dela. -- Me deixa explicar. -- Pediu ainda sem se dar conta de onde estavam. 

-- Algum problema Doutora Alexsandra? -- Samantha indagou despertando a atenção da irmã. Só então Alexsandra ergueu a cabeça vendo que todos os estagiários ali as observavam curiosos.  

-- Não. -- Disse. Quando na verdade queria gritar que estava com sérios problemas, os piores possíveis de toda sua vida. Buscou o olhar de Laila novamente pedindo uma chance de se explicar, mas o que conseguia ver era um amarelado turvo cheio de incertezas, não conseguia entender e nem decifrar o que significava e nessa confusão sentimental ela saiu dali, não conseguia pensar direito, a não ser o fato de que estava preste a perder o amor de sua vida, passou suas mãos nos cabelos e as levou aos olhos, sentia leves lágrimas descer pela face, olhou de um lado a outro, pessoas passavam a olhando curiosas, mas não estava nem ai... Andou sem ânimo algum até sua sala. 

-- Alex! -- Victória falou a vendo entrar. 

-- Ah não... -- Alexsandra sentiu raiva vendo a amiga ali, isso se realmente podia considerá-la amiga. 

-- Olha me desculpa, eu não queria que aquilo acontecesse eu juro. -- Victória falou se aproximando de Alexsandra e a tocando. 

-- Vick sai daqui. -- Alexsandra se afastou rapidamente. 

-- Eu posso conversar com a Laila e explicar tudo, a culpada foi eu. -- Falou tentando amenizar de alguma forma aquela situação. 

Alexsandra riu contrariada. -- Ela não quis me ouvir Victória, ela não vai com a sua cara. -- Alexsandra avisou em voz alta. -- Ela me falou que eu não devia confiar muito em você sabia? -- Lembrou sentida, quase dando razão a namorada. 

-- Não fala assim, Alex. -- Victória pediu começando a chorar novamente. -- Eu errei feio, eu sei, mas juro que não fiz por mal, só não pensei... -- Sua voz soou chorosa. 

-- Então porquê? -- Alexsandra a olhou tentando entender. 

-- Porque eu amo você Alexsandra! -- Victória revelou em meio às lágrimas. 

-- O quê? -- Alexsandra sorriu incrédula, achando ser uma brincadeira de mal gosto da amiga. 

-- Eu te amo, sempre amei. -- Victória repetiu... -- Ahh. -- Proferiu tentando achar fôlego e deter suas lágrimas. -- Alex eu não sei desde quando ou como isso aconteceu, mas eu me apaixonei por você. Quando estávamos juntas, só a gente eu era a mulher mais feliz desse mundo e em cada momento que pude ter você em meus braços eu tinha a esperança de ver um amor diferente em seus olhos. -- Fechou os olhos em demasia de sentimentos. -- Eu sempre tinha quase certeza de que se um dia você se apaixonasse por uma mulher, essa mulher seria Eu. -- Sorriu fraco. 

-- Vick eu... Não sabia... Não sei... eu... -- Alexsandra não soube o que dizer. -- Desculpa. 

-- Tudo bem... você não tem culpa. -- Riu limpando seu rosto, às lágrimas tinham cessado um pouco. -- De repente eu volto de uma viagem e encontro o brilho que sempre sonhei em ver nesses olhos. -- Declarou olhando-a com carinho. -- Mas logo descubro que não é por minha causa. O amor estava lá eu vi, e ainda vejo. -- Sorriu de alguma forma conformada. -- Mas atende por Laila. -- Disse e buscou o teto com o olhar tentando inutilmente não chorar mais. -- Eu juro que tentei Alex, tentei entender que você não me ama como eu amo você, tentei não demonstrar meu ciúme diante de você e dela, tentei me manter longe, imparcial. -- Confessou sincera. -- Mas a cada demonstração de carinho e amor de você pra ela eu me segurava pra não... explodir em desespero... Veio o jantar na casa do tio Rique e todo aquele clima... eu senti inveja da Laila. -- Confessou novamente em lágrimas. 

-- Vick... não chora. -- Alexsandra levou sua mão na direção do rosto dela, mas retrocedeu, a verdade era que não sabia o que pensar, como agir, muito menos o que dizer. Era fato que sentia uma dor pelo sofrimento evidente de Victória, mas não sabia lidar com aquilo tudo. 

-- Ai você me chega dizendo da noite de vocês e... Ah eu não aguentei Alexsandra. -- Falou desviando o olhar para o chão, às lágrimas sempre caindo, pareciam não ter fim. -- Me perdoa. -- Pediu num fio de voz. 

Alexsandra esqueceu completamente os receios, confusões e a abraçou forte, não podia culpá-la e muito menos se fazer de incompreensível diante da sinceridade daquela mulher, sua melhor amiga. Victória a apertou com a mesma intensidade, deixando o som do seu desespero ecoar na sala. 

-- Tudo bem, tudo bem... Não chora. -- Alexsandra pediu ainda no contato. 

-- É melhor eu ir. -- Victória falou desfazendo o abraço. 

-- Para aonde vai? -- Alexsandra perguntou preocupada. 

-- Não sei, qualquer lugar longe de você. -- Falou e saiu apressada. 

-- Victória!? -- Alexsandra chamou sem sucesso. Então a deixou ir, também não estava confortável diante de tudo o que aconteceu, imediatamente seu pensamento se tornou apenas um, Laila. Pegou o celular, para se decepcionar com o mesmo, estava descarregando, imediatamente mandou uma mensagem "Por favor, me escuta!". Logo recebeu uma resposta " Estou muito ocupada, depois conversamos". Apenas conseguiu ler para logo a tela do aparelho apagar de vez. -- Droga! -- O jogou sobre a mesa. -- Entra. -- Falou completamente sem paciência passando as mãos nos cabelos, ato peculiar quando estava preocupada, impaciente, desesperada. 

-- Doutora a paciente das 4:30. 

-- Ah... Eu tinha esquecido. -- Alexsandra proferiu irritada, não estava em menores condições de atender alguém naquele momento. -- Cancela. -- Advertiu a assistente. 

-- Ela não vai gostar. -- A moça avisou calma.

-- Olha pouco me... -- Alexsandra começou em um tom mais alto, mas logo reprimiu-se. Esse era um defeito seu, descontar seus problemas nos outros. Respirou fundo e voltou a olhar para a assistente. -- Avisa a ela que não estou bem, que peço mil desculpas por não atendê-la hoje. Remarca pra quando der e fala que a Consulta a vai ser 0800 Ok? -- Explicou mantendo a calma.  

-- Assim acho que ela topa. -- A moça sorriu e saiu. 

Alexsandra pegou o celular novamente para logo o jogar no mesmo lugar, não tinha a menor ideia de onde estava o seu carregador. Então o jeito era esperar, esperar o tempo passar, foram os 90 minutos mais demorados da face da terra.

 E às 18 horas já estava em frente à porta que deixara sua namorada. Viu os estagiários saírem um a um e nada de seu amor surgir sobre sua visão, a cada instante ficava mais impaciente, passou as mãos nos fios lisos enquanto ainda esperava impaciente. 

-- Licença. -- Pediu já entrando, não conseguia mais esperar. E para sua surpresa e aflição não encontrou Laila ali, percorreu o olhar entre os três últimos estagiários que saiam, e nada de Laila. 

-- Ela foi pra casa. -- Samantha avisou notando a presença da irmã. 

-- Porque? -- Indagou angustiada. 

-- Porque pelo que sei o fêmur fica na perna e não no braço. -- Samantha respondeu séria.

-- O quê? -- Alexsandra indagou sem entender nada. 

-- Alexsandra o que houve? -- Samantha perguntou notando que a irmã não estava bem. 

-- Ah Sam aconteceu tanta coisa. -- Falou sentando em uma das cadeiras. -- Você não devia ter deixado ela ir. -- Avisou a olhando. 

-- Ela não estava nada bem, mas não se preocupe a Sheila foi levá-la em casa. -- Samantha avisou. 

-- Menos mal, obrigada. -- Sorriu fraco. -- O que ela estava fazendo aqui essa hora? 

-- Marquei com eles de manhã, precisava ter essa conversa com eles hoje pra amanhã eles terem uma base... Enfim. -- Explicou.

-- Ela deve ter ido me avisar, sei lá. -- Alexsandra falou pensativa. -- Só conversamos de manhã. 

-- Então? -- Samantha insistiu em uma explicação. 

-- Ela viu a Vick me beijando. -- Revelou. 

-- O quê? Alexsandra! -- Samantha falou surpresa. 

-- Olha foi tudo uma confusão está bem!? E ela não me deixou explicar. -- Lamentou. -- Estou com medo de perdê-la, Sam. -- Confessou com tristeza. 

-- Deixe-a se acalmar e amanhã vocês conversam. Tenho certeza de que vão se entender. -- Samantha falou sincera. Era evidente o amor delas. 

-- Será mesmo? -- Alexsandra proferiu sem muita esperança. 

-- Tenha paciência. -- Sorriu. -- Me conta o que aconteceu. 

Alexandra narrou o que tinha acontecido, sem omissões nem mesmo do caso que vinha tendo com Victória. 

-- Você realmente é uma caixinha de surpresas. -- Samantha sorriu. 

-- Dessa vez eu me dei mal. -- Alexsandra proferiu. 

-- Ei cadê aquela Alex determinada quando quer? -- Samantha indagou tentando animar a irmã. 

-- Tem razão. -- Sorriu. -- Vou atrás dela. 

-- Calminha aí. -- Samantha a impediu. -- Ela deve está de cabeça quente e você também está, não é uma boa hora, acredite. -- Samantha avisou de forma calma. -- Deve ser complicado pra ela, processar o que viu, deve está ligando isso a seu passado. 

-- Droga Samantha não está ajudando. 

-- Alexsandra quer ficar calada e me escutar? 

-- Desculpa...

-- Isso é natural Alex. Mas pelo que sei de Laila ela só precisa de um tempo para pensar. Dê esse tempo a ela. 

-- Tudo bem... -- Concordou. Mas ainda teria que saber lidar com sua impaciência e receio. 

-- Vai pra casa e descanse... Também pode pensar na melhor forma de se explicar. -- Incentivou. -- Vamos, te levo pra casa da mamãe. -- Samantha a chamou levantando-se.  

-- Não precisa Sam e nem quero ir pra lá sabe como a mamãe é. -- Falou levantando também. 

-- Ah que isso, vem logo ela vai te ajudar. -- Samantha insistiu, na verdade não queria deixar a irmã ficar sozinha em casa. 

-- Olha eu vou com você, mas me deixa em casa, quero ficar sozinha. -- Alexsandra pediu para logo seguir ao lado da irmã. 

 

 

******

 

Sheila dirigia tranquilamente rumo a casa da jovem mulher a seu lado, fitou-a de canto de olho pela milésima vez, não queria ser indelicada e nem intrometida, mas estava preocupada e curiosa para saber o porquê da evidente tristeza de Laila. Esta, mantinha a mão direita no queixo e fitava com olhar completamente perdido o ambiente fora do carro.

-- Olha se quiser falar... -- Sheila falou calma. Notou Laila mexer-se no banco sem muito interesse. 

-- Eu estou com raiva da Alexsandra. -- Laila quebrou o silêncio em afirmação.

-- Ok, raiva... -- Sheila falou sem entender muita coisa. 

-- Sim, mas ao mesmo tempo sei que ela não tem culpa de nada. -- Falou deixando o seu olhar encontrar os azuis da loira. 

-- Se ela não tem culpa, por que está com raiva dela? -- Indagou confusa.

-- Me dá raiva é que falei pra Alê e ela achou loucura... Ah não sei Sheila. -- Laila deixou claro sua confusão. Não entendia seus sentimentos, sempre sabia agir conforme as situações, mas nesse caso não estava conseguindo separar as coisas, seus sentimentos. -- O que sei é que preciso deixar essa sensação ruim passar, entende? -- Falou sentida. -- Só assim sei que vou saber conversar com a Alê. 

-- Acho que sei como é... posso saber o que aconteceu?

-- Vi a Victória beijando a Alexsandra. – Avisou se mexendo desconfortável no banco. -- Eu sabia que essa Vick sentia algo a mais pela Alê, não conseguia confiar nela.  

-- Estou surpresa... Elas sempre foram megas amigas... Não se confundiu?

-- Sheila, eu sei o que Vi!

-- Desculpa. -- A loira pediu apertando levemente as mãos no volante. Apenas queria entender... realmente parecia brincadeira, conhecia a amizade das outras duas, ou achava que conhecia. 

-- Me desculpa também, não quis ser grossa. -- Laila explicou. -- Minha cabeça está doendo. -- Laila falou passando a mão direita na testa de forma cansada. 

-- Quer passar numa farmácia?

-- Não...Lá em casa tem remédio, apesar de saber que não vai resolver...

-- Laila por que não conversa logo com a Alex? -- Perguntou vendo a preocupação dela com toda aquela situação. -- Pelo que noto você quer conversar, quer uma explicação...

-- Eu quero Sheila, mas eu me conheço e assim não dá. Eu vou acabar falando e sentindo o que não quero e a Alê não merece ouvir algo que não seja o justo. 

Sheila a observou por alguns instantes, sabia que Laila estava triste e sofrendo por ter que deixar a namorada sem se explicar de imediato. Mas era admirável a postura da jovem, mesmo com sentimentos como a raiva, não deixava a mesma lhe tomar o consciente, o senso justo, sorriu realmente admirada. 

-- Avisou a ela que você está bem? -- Sheila indagou. -- Bom não bemm, mas que vai ficar, sabe? Ah você entendeu. -- Sheila riu e Laila não reprimiu um leve riso. 

-- Sim. -- Confessou. -- Quando ainda estava no hospital falei que depois conversávamos e agora a pouco mandei uma dizendo que ficaria bem sim e desliguei o celular. 

-- Olha te confesso que se fosse comigo eu tinha mandado para aquele lugar. -- Avisou rindo, Laila apenas riu fraco. -- Escuta onde é a sua casa? -- Perguntou, pois já estavam na rua que a garota lhe indicara. 

-- Nossa! Já passamos Sheila. -- Laila avisou notando onde estavam. Estava tão desligada que não observou esse detalhe. Sheila a olhou e logo gargalhou em resposta freando o carro imediatamente. Laila também riu um tanto tímida diante aquela situação. 

-- Desculpa... 

-- Ah relaxa... -- Sheila sorriu. 

-- Dá pra voltar de ré. Fica a 4 casa antes. -- Advertiu. 

-- Ok. -- A loira manobrou o automóvel. 

-- Obrigada... -- Laila falou a olhando sincera. O carro havia acabado de estacionar em frente a sua casa. 

-- Ah que isso. -- Sheila disse pondo a mão sobre a perna da outra. -- Agora descansa viu que amanhã é outro dia. -- Sorriu. 

-- É sim. -- Sorriu fraco. -- Obrigada. 

-- Ok para com isso e vamos lá. -- Sheila falou abrindo a porta do carro e saindo. Laila a acompanhou fazendo o mesmo do outro lado. -- Meu serviço é completo. -- Avisou dando a volta e as duas seguiram juntas. 

-- Fica a vontade, Sheila. -- Laila avisou. -- Quer alguma coisa? 

-- Não. 

-- Já volto. -- Saiu em direção a cozinha. 

-- Seu pateta cadê meu fone? -- A voz de Mônica ecoou na sala vindo da parte superior da casa. -- Pode me... -- A jovem surgiu ao topo da escada e só então notou que não se tratava da chegada do irmão mais novo. -- Oi. -- Mônica proferiu desconfiada e encantada como os olhos azuis que a fitavam sorridentes. 

-- Oi. -- Sheila sorriu. 

-- Mônica! -- Laila a repreendeu, segurava um copo com água. 

-- Laila!? -- Falou surpresa. -- Desculpa pensei que era o Michael. -- Explicou olhando dela para Sheila. 

-- Sheila essa é Mônica minha irmã. Mônica essa é Sheila uma amiga lá do hospital. -- Laila as apresentou. 

-- Imaginava. -- Sheila sorriu. -- Tudo bem?

-- Tudo bem sim. -- Mônica sorriu mais a vontade. -- Você é linda. -- Falou naturalmente. 

-- Obrigada. -- Sheila sorriu, não esperava pelo elogio. -- Cida já me falou sobre vocês, só não os conhecia pessoalmente.

-- Conhece a mamãe? 

-- Claro. Sou amiga da Sam, então...

-- Ahh... -- Mônica balbuciou em entendimento e buscou a irmã com o olhar. -- Dor de cabeça? -- Indagou vendo Laila massagear as têmporas. 

-- Daquelas...

-- Laila estás entregue, vou indo. -- Sheila foi até ela e pegou suas mãos. -- Se cuida. -- Sorriu e a abraçou com carinho, já tinha um carinho especial por ela. -- Tchau. 

-- Tchau Sheila e obrigada. -- Falou sincera. 

-- Cuida da sua irmã. -- Sheila sorriu olhando Mônica. -- Foi um prazer.. Tchau. 

-- Tchau. -- A garota sorriu observando Laila a acompanhar até a porta. 

-- Mônica por um acaso você estava tentando cantar a Sheila? 

-- Eu? -- Mônica perguntou surpresa. -- Eu não! -- Negou. Realmente não teve a intensão, embora não pudesse negar que ficou encantada com a beleza da Loira. 

-- Desculpa, pensei... Sei lá. -- Laila sentou no sofá. 

-- O que aconteceu? -- Mônica indagou notando o abatimento da irmã. 

-- Ah Mônica... -- Foi somente o que falou antes de iniciar um choro. Era a primeira vez que se permitia extravasar os sentimentos ruins que estava sentindo. Mônica rapidamente sentou ao lado dela e a abraçou forte. 

-- Calma linda... -- Mônica falou preocupada. -- Seja o que for vai se resolver, vai ver. -- Tentava acalmá-la. 

-- Queria apagar sabe? -- Laila falou chorando.

-- Ok, você quer dormir... -- Mônica disse em compreensão. -- Vem, Vou te dar um calmante e você vai dormir um pouco. -- Mônica avisou levando a irmã para o quarto dela. 

Laila se deixou conduzir e logo já estava deitada abraçada a um travesseiro enquanto chorava silenciosamente. Mônica a deixou por alguns minutos e voltou lhe dando um comprimido é um copo com água.

-- Vai fica tudo bem maninha. -- Afirmou fazendo um carinho no cabelo de Laila. -- Vou ficar aqui até você dormir. -- Sorriu.

Laila apenas fechou os olhos e suspirou profundamente... Após um tempo ela dormia. 

-- Só pode ter sido alguma coisa com a Alex. -- Mônica deduziu. Olhou a irmã mais uma vez e saiu a deixando dormindo. -- Ei? -- Falou vendo o irmão. -- Dá meu fone seu... -- Falou puxando os fones do ouvido de Michael. 

-- Aiii. -- Ele reclamou.

-- Shii... Cala boca que a Laila não está bem e está dormindo. 

-- O que ela tem? -- Indagou interessado. 

-- Acho que ela e a Alex brigaram. -- Mônica revelou.

-- Vixe...

-- Pois é... Vem, bora descer e arrumar lá embaixo antes da mamãe chegar. 

Eles desceram, a mãe cobrava uma casa organizada sempre. 

-- Filha do que realmente tem medo? -- Cida indagou preocupada com sua filha mais velha. Havia acabado de chegar em casa e foi logo a procura de Laila ao saber do seu estado pelos outros filhos. 

-- Não sei mãe... -- Fitou um canto qualquer. 

-- Sabe sim... Pense no que te fez sentir essa raiva da Alexsandra. 

-- Vick ao lado dela o tempo todo. -- Confessou. -- Não gosto mãe, não gosto. -- Deixou às lágrimas caírem. -- Sinto raiva da Alê por ela permitir toda essa intimidade e sinto raiva da Vick por forçar uma amizade comigo, sendo que sei que no fundo ela deve me odiar... Ah mãe, sei lá. -- Levantou confusa. -- Sinto raiva de mim por cobrar uma coisa que não tenho o direito. Elas são amigas a um tempão... -- Parou. -- Mas não é só isso... Não foi só amizade entre elas. -- Falou envergonhada pelo ciúme. -- Eu tenho muito medo de perder a Alê. -- Olhou a mãe em apreensão. 

-- Seu medo? -- Cida questionou 

-- Sim. -- Afirmou sentando na cama novamente, pois a cabeça nas pernas da mãe. -- Pareço uma idiota né? -- Indagou e Cida riu. 

-- Não meu amor... Não é idiotice amar e ter medo de perder quem amamos. -- Avisou fazendo carinho nos cabelos da filha. 

-- A senhora acha que eu errei em não ter conversado com a Alê? 

-- Você acha que iria conseguir conversar com ela nessa confusão de sentimentos, incluindo a raiva? Saberia dosar à medida certa de tudo? 

-- Não. -- Negou sincera. 

-- Então não errou em adiar filha. -- Avisou. -- Amanhã você conversa com ela. As duas estarão livres de ressentimentos. -- Falou calma sem interromper os movimentos nos cabelos de Laila. Esta, não falou mais nada, apenas ficou ali de olhos fechados sentindo o amor da mãe até que conseguiu dormir novamente... 

-- E aí? -- Mônica perguntou assim que a mãe saiu do quarto de Laila. 

-- Ela está dormindo. -- Cida falou puxando Mônica para se afastarem do quarto. -- Chorou e pegou no sono. 

-- Ela falou o que aconteceu?

-- Sim. -- Cida parou olhando Mônica, estava sentida pela angústia da filha. -- Disse que tinha visto a Vick, uma amiga da Alexsandra a beijando...

-- Sim eu sei quem é, a Laila me falou sobre ela, disse que não confiava nessa Vick. -- Mônica lembrou ficando irritada com a cunhada. -- Como a Alex teve coragem...

-- Ei. Não julgue sem saber o que aconteceu. -- Cida advertiu. -- Pelo que a Laila me contou Alex não teve culpa do beijo que Laila viu, não intencionalmente. 

-- Foi um Beijo, e a senhora ainda defende? -- Mônica perguntou com raiva. 

-- Mônica não estou defendendo ninguém, estou apenas sendo justa com ambas, principalmente com a minha filha. Laila ama a Alex e não deve desistir disso por um pequeno obstáculo da vida nem ela nem a Alexsandra. Elas merecem explicações sobre o que aconteceu. 

-- Eu sei. -- Mônica teve que ponderar. -- Mas e a Laila? 

-- Ela permitiu a raiva do momento a guiar, no entanto, sabe que tem que ouvir a namorada... Apenas precisa desse tempinho de descanso. -- Cida sorriu transmitindo confiança para Mônica. -- Amanhã elas conversam com calma e ficarão bem. -- Falou confiante puxando a filha do meio para um abraço. 

-- Tomara. -- Mônica sorriu. -- Eu gosto da Alex, mas a Laila é minha maninha chata né, Quero ela bem pra poder encher o saco. -- Riu ganhando um leve tapa de Cida, elas riram. 

 

 

*****

 

Amanda estava sentada no sofá, mantinha o computador sobre as pernas. A visão por detrás de uma lente transparente observava compenetrada a tela do aparelho a sua frente. Escutou o barulho da porta, mas não desviou o olhar, sabia que era sua namorada, no entanto, queria terminar algo que digitava para não perder o raciocínio do mesmo.

Samantha andou até a outra mulher e parou a um pequeno espaço entre elas, sorriu notando o empenho e atenção de Amanda em seu trabalho. Porém, outro detalhe lhe despertou mais a atenção, ela usava um óculos a deixado com um ar bem mais profissional é incrivelmente mais sexy. Samantha não soube como descrever aquela cena nova, a não ser, bela em todo conjunto. 

-- Oi amor. -- Amanda falou ainda sem a olhá-la. -- Já falo com você. -- Afirmou. 

Samantha apenas sorriu, abaixou as chaves numa mesinha ao lado do sofá deixando a bolsa também de lado. 

-- Ai terminei. -- Amanda sorriu deixando o computador sobre o sofá e olhando sua noiva. -- Demorou muito amor. -- Falou praticamente pulando nos braços de Samantha e a beijando em recepção. 

-- Desculpa, tive que levar Alex em casa, ela não estava bem. -- Falou a olhando e lhe fazendo um carinho na região da cintura. 

-- O que ela tem? -- Perguntou preocupada.

-- Ela teve um pequeno atrito com a Laila, mas logo elas conversam e se acertam. -- Advertiu calma.

-- Poxa... Mas como disse elas vão ficar bem. -- Sorriu na torcida. -- Desde de manhã sem te ver, tava com saudade. -- Amanda afirmou fazendo um carinho na nuca da médica, sorriu e a beijou de novo. -- Ai desculpa, uso pra descanso, me sinto mais confortável.-- Amanda pediu ao se atrapalhar com o objeto no rosto. -- E esqueci completamente que tava com ele. -- Confessou rindo.

-- Não, não, deixa. -- Samantha a impediu de tirar o óculos. -- Fica linda com ele. -- Avisou. -- E bem sexy. -- Falou próximo ao ouvido dela.

-- Ah é? -- Amanda indagou. -- Ui. -- Proferiu sorrindo de um jeito safado.  

-- Uii digo eu. -- Samantha avisou passando a beijar o pescoço da namorada. 

-- Comporte-se. -- Amanda disse saindo dos braços da morena. 

-- Ei? -- Samantha a puxou de volta. -- Não quero me comportar. -- Declarou beijando a nunca de Amanda, tinha a abraçado por trás. 

-- Amor a Letícia está aí. -- Amanda avisou. -- Está conversando com a Agatha. 

-- Ah ela falou mesmo que vinha hoje. -- Samantha lembrou, depositou mais um beijo em Amanda e a soltou. 

-- Pois é amor. 

-- Então nada de usarmos a imaginação? -- Samantha sorriu de lado. 

-- Agora não. -- Amanda falou rindo.

-- Ah poxa eu estava cheia de ideia. -- Sorriu, mas mantinha uma leve distância de Amanda, assim como, um tom de voz baixo. 

Amanda riu pegando o computador -- Guarde para mais tarde. -- Avisou em interesse. -- Vou tomar banho. -- Piscou. -- E você abra a porta. -- Riu escutando a campainha e subiu. 

-- Sempre essa porta pra atrapalhar. -- Samantha afirmou e seguiu para a porta rindo. -- Pai!? -- Sorriu ao ver o pai em pé sua frente, não escondeu sua surpresa em tê-lo ali. 

-- Eu sei... -- O senhor ainda de ar juvenil lhe sorriu. -- Será que eu posso? -- Ele indagou apontando para dentro do apartamento. 

-- Ah lógico que pode. -- Samantha riu lhe dando passagem. -- Desculpa. -- Falou deixando para trás a porta fechada. 

Henrique voltou a encará-la com semblante risonho. -- Tudo bem filha. 

Samantha sorriu avançando a distância entre eles e o beijou com carinho. -- Senta. -- Indicou. 

-- As meninas e Amanda? -- Ele indagou após sentar no espaçoso e confortável sofá. 

-- Agatha está conversando com a Letícia, sabe a psicóloga. E Amanda tomando banho. Natty deve está no quarto dela. -- Explicou olhando o pai a sua frente. -- Acabei de chegar. 

-- Agatha ainda está tendo os pesadelos? -- Perguntou preocupado.

-- Ela diz que não. Bom, tem dormido bem esses dias, ela veio se ocupando bastante também, então dorme bem com o cansaço. -- Riu. -- Letícia achou melhor conversar mesmo assim e eu apoiei. 

-- Compreendo. -- Henrique sorriu.

-- O que realmente veio fazer pai? -- Samantha indagou notando o homem mexer de forma rápida o dedo indicador em um fiapo qualquer do sofá. 

Henrique cruzou as mãos voltando a fitá-la agora com seriedade. -- Paulo Santana. -- Declarou.

Samantha se mexeu no sofá sentindo-se inquieta, involuntariamente seus músculos contraíram-se inquietantes, sinal em absoluto de que não estava confortável diante daquele nome. Desde que cruzara com aquele sujeito pela última vez, não tinha mais deixado a raiva dele lhe consumir, no entanto, não estava tendo esse controle naquele momento. Lembrou tudo o que passou por causa de Paulo, sentiu um aperto no coração... Levou suas mãos ao rosto e de lá para os cabelos longos, estava impaciente, não escondia. 

-- Filha? -- Ouviu o pai despertá-la. 

-- Pra vir aqui em vez de ligar suponho que não vou gostar do que vou ouvir não é mesmo? -- Samantha proferiu tentando refazer sua calma. 

O senhor não impediu o riso, sua filha o conhecia bem, assim como, ele à ela. 

-- Ele tem um excelente advogado e como não tem antecedentes, tem uma boa referência de família...

-- Pai... -- Samantha clamou para ele ser direto. 

-- Ele responderá em liberdade e o máximo que pegará será serviço comunitário, isso se não pagar salários mínimos. -- Revelou.

Samantha riu contrariada enquanto mexia deliberadamente as mãos uma na outra, sinal claro de seu nervosismo e raiva e ato inútil para seu autocontrole. 

-- Arhrhr. -- Samantha levantou-se pegando um objeto decorativo e com evidente raiva o atirou contra a porta. O barulho ecoou no ambiente assim como os estilhaços de vidro pelo chão. -- Mas que droga! Filho da puta, desgraçado. -- Samantha andou de um lado e outro com uma mão na cintura enquanto passeava com a outra em seus cabelos, ato claro de sua decepção e raiva. 

-- Filha calma, por favor. -- Henrique levantou na intensão de ir até ela. 

-- Sam!? -- Amanda surgiu descendo as escadas. -- Que barulho foi esse? -- Falou olhando a médica e depois o sogro. -- O quê... -- Amanda viu os pedaços de vidro pelo chão e voltou a olhar sua namorada assustada. -- Amor... -- Amanda notou que Samantha não estava bem, sentiu sua morena lhe apertar com fervor aninhando o rosto em seu pescoço. O coração dela pulsava descontrolado. Samantha não queria, mas tremia diante da notícia que o pai lhe dera, mais ainda por ter perdido o controle em efeito. Fechou os olhos sentindo o cheiro é o carinho da mulher que amava, seu porto seguro... E Amanda a recebeu com bom grado e preocupação, antes de tudo daria seu apoio físico e emocional a sua noiva, assim o fez. 

-- Vovô! -- Agatha correu em alegria para os braços do senhor. 

-- Ei mocinha. -- Ele a pegou no colo enquanto sorria. -- Cadê o beijo do vovô?-- Indagou a olhando sorrindo, mas no fundo estava preocupado com a filha. 

-- Aqui. -- A pequena o beijou com carinho. -- Olha Letícia o meu avô. -- Falou com empolgação vendo a psicóloga aparecer a sala. 

-- Oi Letícia eu sou o vovô Henrique. -- Ele falou simpático. 

-- Oi. Muito prazer. -- Sorriu, mas notava o clima ruim ali. 

Samantha desfez o abraço assim que ouviu a voz da filha, ouviu Amanda perguntar se ela estava melhor, assentiu sincera. Amanda sorriu deixando seu braço ao redor da cintura da morena a mantendo colada a seu corpo, sentiu Samantha a envolver da mesma forma e lhe beijar os cabelos.  

-- Porque que a porta tá cheia de vidrinhos? -- A menina perguntou assim que viu. 

-- É que escapuliu da mão da mamãe. -- Samantha falou sustentando um sorriso. -- Letícia... -- Samantha falou em um pedido mudo.  

-- Agatha você me disse que fez um desenho na escola hoje, pode me mostrar? -- Sorriu passando empolgação. 

- Aram. -- Sorriu em acordo. 

-- Vai lá mocinha e me espera lá que também quero ver esse desenho. -- Henrique falou a vendo se afastar junto com a mulher. -- Gentil essa moça. -- Sorriu. 

-- Sim. -- Samantha proferiu. 

-- Afinal o que houve? -- Amanda indagou olhando de Samantha para o sogro.

-- Paulo não vai ser preso minha querida. -- Henrique falou com pesar. 

-- Paulo!? O que mandou fazer o sequestro...

-- É esse desgraçado ai mesmo. -- Samantha falou impaciente, sentou-se sentindo a raiva querer voltar. 

-- Amor... -- Amanda sentou ao lado dela, apertou com carinho uma das mãos da namorada e com a outra lhe acariciando os fios lisos. -- Não vale a pena você sentir essa raiva toda... Fará mal pra você, só pra você. -- Amanda narrou calma. 

-- Filha Amanda tem razão. -- Henrique falou logo tendo a atenção de ambas. -- Eu sei que é difícil, que isso tudo foi e está sendo injusto com você e sua família. Mas por meios legais fizemos o que devia ser feito. -- Explicou a olhando com carinho, sabia que ela esperava mais, ao menos tinha a esperança disso. -- Não é justo, mas até Jesus sofreu injustiças em sua vida. -- Sorriu tentando lhe passar tranquilidade. -- Então quero, não... -- Ele proferiu juntando as mãos em súplica. -- Eu peço, por favor, deixe isso nas mãos da justiça sendo ela justa ou não. Não se meta mais com esse cara, não o procure, se o ver na rua mude de lado. Pode fazer isso? -- Ele a olhava com semblante calmo, mas suplicante. -- Esqueça, ao menos tente, e viva sua vida com sua família. -- Completou olhando entre ela e Amanda. 

Samantha entrelaçou sua mão a de Amanda e a olhou com eterno amor, sorriu emocionada, encostou sua cabeça na dela para logo sentir o cheiro peculiar dos cabelos claros... Suspirou forte e olhou o pai. 

-- Prometo não procurar aquele miserável pra quebrar a cara dele. -- Samantha advertiu e sorriu ao ver o homem rir após seu argumento. 

-- Já é um começo. -- Riu, conhecia a filha. -- Até porque você já fez isso não é!? -- Avisou. -- Agora fique quieta. -- Sorriu em pedido. 

-- Ela vai ficar. -- Amanda falou a olhando também em acordo com Henrique, sorriu obtendo o mesmo gesto da outra mulher. -- Olha não é a minha área, Mas pelo que sei um bom advogado conseguiria esse feito mesmo. -- Avisou. 

-- Espera! -- Henrique proferiu em um olhar fixo a mão de Amanda. -- Esse é o anel da sua avó? -- Indagou olhando da filha a nora em um sorriso. 

Samantha sorriu olhando sua amada que fez o mesmo. 

-- É sim. -- Samantha confirmou contente. -- Agora ele pertence a outra linda mulher. -- Avisou buscando os olhos cor de mel que lhe sorriram felizes.

-- Logicamente. -- Henrique concordou. -- Ah sua avó iria ficar tão feliz filha. Eu estou feliz. -- Confessou sincero. 

-- Ela está pai. -- Samantha falou em um sorriso. E junto apertava a mão da noiva em um carinho morno. 

-- Noivas? -- Ele indagou sorrindo. 

-- Sim. 

-- Ah que felicidade. -- Ele disse levantando e indo até elas. -- Quero abraços. -- Avisou alegre e ambas as mulheres levantaram rindo. O senhor as abraçou de uma vez só, estava festivo. -- Quero festa pra comemorar e oficializar pra família toda. -- Avisou. -- Isso não pode ficar assim sem ninguém saber. Não, não pode, temos que fazer alguma coisa e já. -- O senhor dramatizada enquanto nitidamente demonstrava pensar em algo. Samantha e Amanda apenas o observavam rindo divertidas. -- Quando você pediu? -- Indagou olhando a filha.

-- Ontem à noite. -- Samantha sorriu.

-- Humm... pede de novo na festa isso vai ter que acontecer. -- Ele sorria. -- Onde querem a festa? Como querem? 

-- Pai?

-- Que foi? -- Ele a olhou. 

-- Não queremos festa. -- Samantha avisou  

-- O quê? Como não? É um noivado filha, tem que ter festa. -- Avisou. -- Amanda fala pra ela que temos que ter uma festa. 

-- Seu Henrique concordo com a Sam. Agora preferimos algo simples, tanto que amei o jeito que ela me pediu. -- Amanda sorriu olhando sua morena. 

-- Festa não? -- Ele ainda indagou. 

-- Nesse momento não pai  

-- Uma jantar com poucos amigos. -- Sugeriu esperançoso. 

-- Pai! 

-- Bom eu tentei. -- Ele desistiu e as outras riram. 

-- Desculpa. Daremos a notícia sem muitos alardes. 

-- Se é assim que querem eu respeito. -- Ele sorriu. -- Meus parabéns, vocês são lindas juntas. -- Afirmou. 

-- Obrigada. -- Elas agradeceram em conjunto.

-- Vovô olha. -- Agatha novamente surgiu correndo com um caderno em mãos.

-- Desculpa, eu não consegui mais detê-la. -- Letícia também apareceu logo atrás.

-- Tudo bem. -- Samantha sorriu em entendimento. -- Obrigada por tudo. -- Sorriu sincera.

-- Nada. -- A mulher sorriu notando que o cima havia melhorado. -- Olha eu vou indo, depois quero falar com vocês, está bem?

-- Ah sim, claro. -- Samantha sorriu em acordo.

-- Foi um prazer. -- Olhou Henrique sorrindo. -- Tchau lindinha. 

-- Tchau. -- Agatha sorriu.

-- Tchau Samantha tchau Amanda. 

 – Olha, espera, deixa eu limpar isso primeiro. -- Samantha pediu. 

-- Não precisa, da pra passar... Isso não é exatamente vidro. -- Observou já se dirigindo a porta com cuidado. 

Samantha também a seguiu para logo abrir a porta. -- Obrigada... Boa noite. -- Sorriu. 

-- Boa noite. -- Saiu. 

-- Cuidado amor. -- Amanda falou olhando Samantha voltar. 

-- Filha eu deixei sua mãe sozinha e preocupada. -- Henrique falou dando um beijo carinhoso na neta. -- Vou indo também. -- Ele avisou. 

-- Já vovô? 

-- Já meu amor. Vovó está sozinha, vou ficar com ela. -- Falou lhe dando mais um beijo. -- Tchau. -- Sorriu. 

-- Tchau. -- Ela sorriu. 

Henrique se despediu da filha e da nora mais uma vez desejou os parabéns, demonstrando sua felicidade com a notícia descoberta. 

-- Mãe olha meu desenho. 

-- Deixa eu ver. -- Samantha sorriu. -- Olha que lindo o seu desenho filha. -- Samantha observava com carinho. -- Parabéns meu amor. -- Falou a beijando no rosto. Amanda sorria as observando com amor. 

-- Gostou? 

-- Amei o seu desenho filha. -- Samantha advertiu notando a felicidade da filha. 

-- Amanda cadê a Natty? 

-- No quarto dela meu anjo. -- Avisou.

-- Vou lá. -- Saiu correndo.

-- Nem banhou né!? -- Samantha notou.

-- Tava me preparando quando ouvi o barulho. -- Amanda falou a abraçando. -- Está bem? -- Indagou interessada.

-- Sim amor. -- Afirmou. -- Não deve se preocupar, prometi e vou cumprir. -- Sorriu.

-- Ótimo meu amor. -- Amanda sorriu contente. 

-- Deixa eu limpar essa bagunça antes que alguém se machuque. -- Lembrou, deu um beijo rápido em sua amada e se afastou. 

-- Te ajudo. -- Amanda avisou. 

Elas rapidamente limparam e organizaram tudo, sempre em divertimento entre um beijo e outro. 

-- Banha comigo!? -- Amanda perguntou sorrindo em incentivo.

-- Proposta irrecusável. -- Samantha avisou sorrindo.

-- Vamos. -- Amanda a puxou e elas subiram praticamente correndo. 

O banho delas foi regado de bastante carinho, toques amorosos, e beijos saboreados com bastante calma e desejo. Não foram além, entretanto, estava claro o amor e o prazer de estarem juntas e felizes.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá amores.

Foi isso, espero que tenham gostado. 

Beijos até mais. 

 


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Comentários para 47 - Capítulo 47:
Lea
Lea

Em: 12/10/2021

Desconfiei que a Vick sentia algo a mais pela a Alex,assim que a Alex falou que estava apaixonada pela namorada. 

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Andreia
Andreia

Em: 15/11/2020

Enny mais uma vez parabéns perfeito é magnífica sua história até aqui neste momento perfeito muito mais envolvente extraordinário.
Muita coisa aconteceu até aqui ainda bem q Amanda era casa de mentirinha né, Quem diria Marcela está mudando continue assim e ainda de quebra vai dar uma casal com Marina na torcia.
Samantha muito corajosa tentar pegar cara sozinha da tentativa do sequestro, tava certa era Paulo e nem vai ficar na cadeia que mereceu a sura da médica mereceu.
Agora Aghata foi muito esperta entregando diário para Amanda ler. Ainda bem q ela recuperou memória.
Agora Carlos um homofóbico preconceituoso de mão cheia em como ele manipula a Elóa. E como ele teve coragem de bater na própria filha apesar que tem pais que fazem pior.
Ainda bem que Carlos não morreu senão Elóa desistiria da médica. Irmão da Amanda muito. Corasojo em comprar briga ele.
Ainda bem que Amanda foi bem esperta e Carlos tomou na taraqueta direitinho queria tirar tudo dela mais ela já tinha feito a cama bem feitinho dela.
Eu acho que Carlos vai terminar sozinho.
Muito bacana e maravilhosa que VC colocou o casal para lutar junto para superar junto os problemas delas por mais difícil que seja ai q que mostra que tendo amor, confiança, diálogo , compreensão e união caminhar junto tudo consegue. Bjsssssss.........

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rhina
rhina

Em: 13/07/2020

 

A Autora tinha que colocar pimenta neh......colocou a Vick amando a Alex.

Não poderia ter deixado como estava.?

Logo me faz questionar que o tipo de relação qie eoas tinham não dá Certo ..... Alguém sempre ama e finge que não ama.....e vai levando assim.....

Rhina

 

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rhina
rhina

Em: 02/03/2017

 

Oi

Boa noite 

capítulo perfeito. ....Vick amando a Alex. ....Laila sempre desconfiou. ...para mim novidade.....gostaria que a Vick não sofresse por amar e não ser amada....e principalmente pela pessoa que é. ...amo a amizade delas. ....mas se apaixonar pela melhor amiga faz parte da vida. .....agora? 

Rhina

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Rapha
Rapha

Em: 27/02/2017

Volte looogo!!! :(

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Gi Costa
Gi Costa

Em: 25/02/2017

No Review

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