Capítulo 27
--Bom dia doutora – Elis sussurrou no ouvido da loira que logo arrepiou-se.
--Bom dia – Disse ainda de costa com a outra grudado em seu corpo, e suas mãos fazendo um leve carinho na sua barriga.
--Dormiu bem?
--Muitíssimo bem, como a muito não durmo.
--Que bom, você fica mais linda ainda quando dormi sabia? – Roçou os lábios no pescoço da loira, viu quando os pelos ficaram eriçados
--Elis não faz assim – Disse já sentindo o sex* molhar com a provocação da outra.
--Só não te faço goz*r agora por que quero ter tempo para isso – Falou com a voz rouca, Estela quase gozou sem nem precisar ser tocada, Elis beijou novamente o pescoço dela e levantou da cama.
--Você é mal sabia? – Estela disse a olhando levantar.
--Você me fez prometer que me comportaria e é isso que eu estou fazendo, me comportando, vou acordar Leo senão ele se atrasa – Saiu do quarto apenas vestida com um blusão e uma shortinho minúsculo de malha.
--Dai-me forças para aguenta isso – Estela levantou pegou sua bolsa e foi ate o banheiro, debaixo do chuveiro tentou esfriar todo aquele desejo, mas não conseguiu então resolveu se tocar, após goz*r com seus próprios dedos constatou que não diminuiu muito o desejo do seu corpo que implorava pelo toque da outra, após o banho trocou de roupa e saiu do quarto, encontrou Elis na cozinha preparando o café da manhã, Estela sentiu o corpo estremecer ao vê-la daquela maneira, apenas com aquele blusão e cantarolando alguma musica baixinho.
--Quer ajuda? – Estela se ofereceu.
--A doutora sabe cozinhar?
-- Um pouco, sei fazer panquecas te asseguro que são gostosas.
--Mas já está pronta para ir trabalhar, deixa para outro dia – Deu um selinho nela. – A doutora está linda. – Puxou a cadeira da mesa para a loira sentar
--Onde está Leo e a Fran?
--Leo está acabando de se arrumar e a Fran está no banho.
--Leo vai para a faculdade e quem fica com a Fran?
-- Minha irmã ela fica lá na casa da Betania enquanto o Leo não chega.
--Ela não estuda?
--Ela não vai há quase dois anos, desde que começou o tratamento.
--Mas por que, dá para ela ir ao menos as vezes.
--Eu sei, mas a questão é que tenho medo dela se expor a alguma virose, e tem mais, sempre que posso dou umas aulas a ela, tenho uma... – Pensou bem antes de falar – Amiga que é professora e fez uma grade de estudo para eu seguir com ela, dai ou eu ou Leo passamos algo para ela não ficar tão atrasada.
--Tia bom dia – Franciele chegou na cozinha já pulando no colo da loira.
-- Bom dia meu anjo, dormiu bem?
--Dormi tia.
--Fran senta para comer olha a hora.
--Não estou com fome – Fez manha
--Tenta comer um pouco meu anjo.
--É Franciele coma ao menos um pãozinho
--Tá certo, mas não vou tomar leite.
--Já conversamos sobre isso Fran, tem que tomar leite.
-- Eu não quero.
--Tá bem Franciele agora come, a Estela não pode se atrasar, Leo olha a hora –Falou mais alto.
--Pronto, já cheguei.- Disse entrando na cozinha.
--Bom dia para você também – Elis falou repreendendo por ele não ter falado com Estela.
--Bom dia Estela, mãe você não vai acreditar – Disse sorrindo
--O que foi?
--A Soraia topou ir ao cinema comigo.
--Cuidado na vida. – Disse olhando para Estela.
--É cuidado na vida que ela é uma garota boa.
--Vou cuidar, preciso de grana
--E onde foi parar sua mesada?
--Já acabou, desenrola ai não posso fazer feio com a gata.
--Eu ate dou, mas depois quero um favor
-- O que tenho que fazer para compensar?
--Depois explico, mais tarde transfiro para tua conta e não vai ser muito.
--Tá bem, valeu.
--Leo me leva para o cinema – Franciele pediu
--Essa semana não dá gatinha, tenho que ensaiar esses dias.
--Droga, a mãe não pode por que chega tarde você toda vez tem ensaio, eu gosto tanto de cinema. – Fez bico.
--Filha sábado conversamos sobre isso, vou trocar de roupa rapidinho eu volto. – Levantou da mesa, fez um afago no ombro de Estela e saiu para o quarto
--Que tal irmos amanhã? Acho que consigo sair mais cedo do hospital, mas tenho que ver com sua mãe se ela deixar.
--Serio Tia? Seria demais, mas – Voltou a fazer uma carinha triste.
--Mas o que?- Estela perguntou
--A Elis vai pensar que eu pedir a senhora e não vai deixar eu ir.
--Não se preocupe que eu converso com ela – Esticou a mão para a garota --Combinado? - Ela apertou a mão
--Combinado, vai ser irado – Ela abraçou a loira.
--O que será irado? – Elis chegou já arrumada por trás da medica
--Eu convidei a Fran para ir ao cinema comigo, isso se você concordar.
--Não quero ti atrapalhar. – Estela virou para vê-la e pode admirar o quanto ela estava linda vestida mais formal, com uma calça preta e uma blusa de botões com mangas, cabelos arrepiados para cima e um discreto brinco.
--Não vai atrapalhar, eu já ia sair mais cedo do hospital amanhã mesmo – Elis percebeu o olhar de cobiça que a loira lançava em si.
--Vou pensar no caso, agora Leo já para a aula, vamos? –Olhou para Estela.
--Claro vamos sim – Levantou e pegou sua bolsa saindo.—Boa aula Leo – O garoto voltou e deu um beijo na bochecha da loira e saiu andando rápido.
--Filha comporte-se, qualquer coisa me liga – Deu um beijo na testa da menina e caminhou ate a casa da irmã abrindo um pequeno portão que tinha em um pequeno muro.
--Ate mais tia, depois nos falamos para acerta as coisas – Franciele deu um abraço em Estela na mesma hora que Betânia abriu a porta.
--Bom dia- Estela cumprimentou a mulher com a cara fechada, ela deu espaço para a menina entrar e encarou Elis antes de falar
--Ao menos não é nenhuma pobretona com jeito de drogada dessa vez – Disse olhando para Estela
--Ate mais tarde Bel – Saiu com a cara feia para o carro, Estela entrou no carro e preferiu não falar nada. --Não liga para ela, esse foi o jeito dela de dizer que você é legal. – Tentou desfazer a mau impressão que a irmão transmitiu
--Entendo, não tem problemas, Elis voltando ao assunto de levar a Fran ao cinema, você autoriza? Se não, não se preocupe eu entendo perfeitamente, nós mal nos conhecemos não se pode deixar sua filha assim nas mãos de uma pessoa que é quase estranha. -Elis a interrompeu
--Ei não é nada disso, você não é uma estranha, eu ti levei para minha casa, se não confiasse em você pode ter certeza que não faria isso, é que você tem sua vida, não tem obrigação de tá com a Fran para cima e para baixo.
--Eu já te falei que adoro a Fran, tanto ela como o Leo, não tem nada a ver com o que estamos tendo, se você hoje falar que não quer mais olhar na minha cara vou continuar agindo da mesma forma com eles, então não vou aceitar essa desculpa.
--Tudo bem ,vou falar para a Bel que você vai sair com ela amanhã, ela vai adorar, só não vai fazer todos os gostos dela e eu acho que nunca conseguiria. – Falou para frente.
--Nunca conseguiria o que? – Estela não entendeu
--Nunca mais olhar na tua cara- Como estava parada em um sinal a encarou, Estela novamente sentiu o coração vibrar, chegava a assusta-se com as reações que sentia ao escutar algumas coisas ditas por Elis.
--Sinceramente? Eu também acho que não conseguiria. – Ficaram alguns segundo encarando-se ate o sinal abrir e os carros atrás buzinarem, elas completaram o resto do caminho quase que em profundo silencio, perdidas nos pensamentos.
--Pronto está entregue, obrigada pelo final de semana maravilhoso – Tirou o cinto e aproximou-se da loira.
--Digo o mesmo, adorei está com vocês. – Estela viu a hesitação em beija-la e não perdeu tempo e a beijou com carinho. –Tenha um bom dia – Deu alguns selinhos
--Impossível, um bom dia seria com você ao meu lado – Deu outro selinho nela.
--Conquistadora você – Sorriu – Preciso ir, ver se me liga.
--Claro que ligo, não conseguiria mais ficar muito tempo sem escutar a sua voz
--Nem eu a sua, fica bem – Deu outro beijo e desceu do carro subiu para a sua sala e começou o dia de trabalho, no meio da manhã escuta seu telefone tocar, não conhecia o numero, mas resolveu atender.
--Oi, bom dia doutora, é a Cassia a assistente social responsável pelo o Esdras, à senhora pediu para vim ao hospital e lhe procurar lembra?
--Oi Cassia, claro que lembro já está no hospital?
--Sim estou, mas a atendente disse que a senhora não atende consultas e pediu para eu procurar o hospital publico, por isso liguei para o numero do cartão que a senhora me deu.
--Como assim? Onde você está nesse momento?
--Na frente do hospital, ia para a parada do ônibus voltar para o abrigo.
--Não vá, eu estou descendo para a recepção lhe encontrarei lá.
--Tá certo doutora, vem Esdras – A mulher desligou e Estela desceu para a recepção do hospital, assim que chegou escutou a forma que a recepcionista estava tratando a mulher.
--Eu já disse que ela não atende assim, a senhora pode ir embora.
--Mas ela... – Não deixou ela completar e continuou
--Mas nada senhora, infelizmente os médicos daqui são todos pagos, a senhora e esse negri... – O sangue de Estela ferveu e não deixou ela completar a frase.
--Cale-se. – A mulher virou assustada.
--Do... doutora e essa senhora quer... – Estela não a deixou terminar.
--Eu não acredito que você iria discriminar mais ainda eles, só um instante Cassia, sente-se já volto e você velha comigo – Deu as costas e saiu pisando duro com uma mulher assustada a seguindo, na primeira sala que viu entrou era uma copa e tinha alguns funcionários ali lanchando.
--Doutora ela estava insistindo que a senhora tinha marcado uma consulta, a doutora as vezes atende na emergência, eu estava explicando a ela.
--Cale-se, onde você estava com a cabeça? Você iria chamar a criança de negrinho era isso?
--Mas eu... – Tentou falar, mas Estela não deixou estava enfurecida.
--Mas nada, eu não admito- Olhou para alguns funcionários que estavam ali espantados. – Eu não admito nenhum, eu falei nenhum tipo de preconceito dentro desse hospital, isso é inadmissível, agora você vai lá pedir desculpa a eles e se ela quiser prestar uma queixa contra você na delegacia eu serei testemunha, eu não acredito que ainda existam pessoas como você, e se existir não ficará aqui nesse hospital, estão me ouvindo? – Olhou para os demais, que apenas gesticularam com a cabeça.
--Eu pedirei desculpas à mulher – Disse de cabeça baixa.
--Peça e depois junte suas coisas, você está demitida, passe no RH imediatamente. -Saiu caminhando para a recepção sem olhar para trás ainda escutou os sussurros das pessoas de fora da sala que escutaram.
--Cassia te peço desculpas eu não acredito que ela foi capaz de tratar vocês assim – Abaixou se aproximando do menino. –Oi Esdras como você está? – O menino alheio a tudo apenas olhou para a loira que sorria para ele e acabou retribuindo o sorriso.
--Não se preocupe já estou acostumada a lidar com isso. – Cassia Falou
--Não é para se acostumar, não podemos nos acostumar com pessoas do tipo dela. – Viu a Ex funcionária vindo em direção a elas com o rosto banhado em lagrimas.
--Desculpe senhora, não quis agredir a senhora – Disse de cabeça baixa.
--Tudo bem, não faça com as outras pessoas, isso machuca, não por mim que já estou acostumada, mas pela criança.
--Cassia se quiser prestar queixa dela por descriminação racial eu serei sua testemunha. – Disse olhando com uma cara feia para a garota.
--Não, ela se arrependeu, não foi? – A outra apenas balançou a cabeça em afirmativo.
--Ótimo vem, vamos ver esse garotão aqui – Estela o pegou no braço
--Gatorão – O menino tentou repeti o que ela falou
--Isso mesmo, garotão, vamos Cassia – Caminhou com ela ate as outras duas recepcionistas do hospital que pareciam assustadas;
--Me arrumem um consultório vazio e façam um cadastro para o pequeno Esdras, transfiram todas as despesas diretamente para a minha conta pessoal, não podemos fazer por conta do hospital, pois a auditoria não permite nesse momento, vou leva-lo para fazer uma radiografia e ficarei esperando.
--Sim doutora farei isso agora – Estela saiu com o menino no braço que brincava com seu estetoscópio.
--Você gostou? Coloca assim – Estela brincava com o garoto enquanto esperavam o elevador, assim que entraram e as portas fecharam o menino abraçou firme a medica que sentiu uma alegria em seu peito com aquele abraço. –Não tenha medo meu anjo – Acariciou a dele.
--Ele desde pequeno tem medo de lugares fechados.
-- Será que é claustrofobia?
--Não sei ao certo, mas sempre foi assim.
--Tudo bem, pronto acabou – O elevador se abriu e ele afrouxou o abraço, -- A tia vai tirar uma foto do seu pezinho – Bateu na porta da sala de raio x pouco segundos o operador abre e a ajuda em deixar o menino confortável e com o pé imóvel, depois de alguns minutos assim que saiu a moça da recepção já esperava
-- Tem um consultório na ala ortopédica vazio doutora, queria pegar alguns dados do garoto - Pegou o tablet e olhou para Cassia.--Nos acompanhe. – A mulher saiu mostrando o consultório a mulher, viu assim que entrou que era o consultório de doutor Humberto um senhor muito gentil.
--Bem vamos ver o que temos aqui – Colocou a radiografia no Negatoscópio(caixa de luz para radiografia). – Bem realmente precisamos fazer uma intervenção cirúrgica e rápida, podemos o internar? Não queria ele pisando por ai isso vai apenas piorar a situação dele.
--Mas assim rápido?
--Sim não tem por que esperar, vou pedir para a doutora Laura fazer os exames para ver se ele poderá fazer a cirurgia, se ela liberar amanhã mesmo entraremos na sala de cirurgia.
--Nossa que rápido – A mulher ficou impressionada.
--Então? Vamos fazer?
--Claro, eu vou ligar para o abrigo e falar que conseguimos a cirurgia, ficarei aqui com ele.
--Tudo bem, providencie o internamento dela na pediatria, peça para o pediatra de plantão me encontrar e também a Laura, preciso conversar com eles.
--Tudo bem doutora.
--Esdras a tia vai resolver umas coisinha depois volta tá certo?
--Tá certo – O menino repetiu
-- Cuide deles – Olhou para a funcionária que afirmou com a cabeça vendo a loira sair.
--Nunca vi uma doutora tão legal. – Cassia disse sorrindo –Mulher respira parece que está sufocada – A mulher soltou o ar.
--É que nunca a vi tão brava assim, ate demitiu a Zelda.
-- Ela demitiu aquela mulher e ela é chefe de vocês?
--Ela é a dona do hospital senhora – A mulher disse enquanto mexia no tablet
--Serio? Ela é tão legal – A assistente social seguiu as instruções da atendente enquanto Estela entrava em sua sala com seu melhor sorriso.
Fim do capítulo
Ola minhas flores, como vcs estão?
Quem é vivo sempre aparece não é mesmo!!!!
A Elis está brincando com fogo, será que vai se queimar?
E esse menino fofo que a Estelinha está tão encantada?
Para me redimir em não está com tempo livre para responder todos os comentarios (lindos e maravilhosos que eu tanto amo em ler) vou postar outro capitulo ainda esse final de semana.
BJS.
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jake
Em: 18/02/2017
Parabéns. ...essa história eh simplesmente gostosa de ler ...Estela e a Elis tem tdo haver seria uma família linda...Paola poderia se apaixonar loucamente pelo Leo...jah q se não me falhe a memória ela gosta do estilo do Leo...tbm eles seriam um ótimo casal tem a música em comum enfim que rolê o amor...
Bia08
Em: 18/02/2017
Eu comecei a ler suas histórias essa semana e estou amando. Só não comentei antes, pq não conseguia parar de ler. Fico rindo sozinha, até me emociono principalmente com a parte da Paola. Se não for pedir muito, não demore tanto, pfv. E obrigada.
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Mille
Em: 17/02/2017
Olá Lili
Quando essas duas se entregar o apartamento (casa) vai pedar fogo e a Estela quer ir devagar para não sofrer e se os sentimento que a Elis sente por ela, saberá esperar mais sempre deixando a lourinha louca de tesão.
Pior que o mundo está cheio de preconceito, e infelizmente nem tudo é como as histórias que lemos mais torcer que a humanidade diminua seu preconceito em massa.
Endras conquistando a loirinha e algo diz que ela já será a mãe desse pequeno e aumentar a familia da Elis Regina.
Bjus e até o próximo
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Ada M Melo
Em: 17/02/2017
bom Estelinha e Elis tudo haver então que peguem fogo juntas....acho que a Estela vai adotar o pequeno...
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JeeOli
Em: 17/02/2017
Vou ser bem sincera acho a Elis super legal e tals mas tinha um amor tão grande pela Estela com a Yas que fiquei triste demais com o modo como elas terminaram, principalmente por tudo que a Yasmin passou ate conseguir ficar com a amiga, mas pelo visto nunca foi verdadeiramente amor e isso é triste pq no final foi só uma ilusão, sdds das outras personagens
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