Tatiana por May Poetisa
-Alacridade: qualidade do que é intenso.
Alacridade
Capítulo II – Alacridade
Na sexta-feira, acordei bem cedo e fui correr na areia da praia. O dia amanheceu lindo e ensolarado. A pousada é bem localizada e próxima do mar. Foi delicioso fazer exercícios matinais ao ar livre, tendo como companhia toda a paisagem maravilhosa de Paraty. Quando voltei para o quarto tomei um bom banho e acordei a minha irmã.
- Tata, sua dorminhoca é hora de acordar.
- Bom dia! (falou bocejando).
- Bom dia! Levanta sua preguiçosa, eu já fiz até atividade física, tomei banho e quero sua companhia no desjejum.
- Nossa quanta disposição logo cedo. Vou tomar um banho para acordar e já vamos tomar café.
- Ei agora pela manhã eu quero ir numa galeria de fotos que adoro.
- ok nós vamos.
Enquanto a Tata tomava banho, li algumas notícias, respondi e-mail e ajustei minha máquina fotográfica. Nós tomamos café da manhã na pousada mesmo e depois fomos para a galeria, localizada no centro histórico. Admirei fotos incríveis e a maioria retratava a cidade. Também aproveitamos para visitar um ateliê e admiramos todas as obras de arte. Voltamos para a pousada e depois do saboroso almoço nos arrumamos para sair. Encontramos com a Edwiges na recepção e fomos no carro da morena.
- Tati se lembrou de pegar sua máquina fotográfica?
- Claro, eu não ando sem ela.
- Edwiges a Tati é uma excelente fotógrafa (contou Tabata).
- Que legal, vou querer ver suas fotos (falou Edwiges).
- É só um hobby, nada demais (esclareci).
- Tatiana você conhece a história do Forte Defensor Perpétuo?
- Edwiges, conheço sim, na época da faculdade fiz trabalho de campo aqui em Paraty, fiz um semestre do meu curso aqui no Rio e também já apresentei a cidade para alguns grupos de turistas.
- Que legal então você conhece bem a cidade.
- Ei, eu também estou aqui viu e quero saber a história, alguém trate de me contar (Tabata reclamou).
- ok eu conto e Edwiges se faltar algum detalhe acrescente, por favor, durante a época colonial Paraty era um importante centro comercial, visando defender a cidade de ataques piratas e dos possíveis invasores, além de proteger o porto, os portugueses construíram vários fortes militares. De acordo com a história, o Forte Defensor Perpétuo foi construído em 1703, o nome é em homenagem ao imperador Dom Pedro I. A vista lá de cima é incrível, tem também o museu e é possível avistar todo o centro histórico como se fosse miniatura.
- Tati sua descrição foi excelente e não faltou nenhum detalhe (afirmou Edwiges).
- Obrigada e já estamos chegando (comuniquei).
Passeamos por todo o Forte Defensor Perpétuo, fiz inúmeras fotos, admiramos todo o espaço histórico, voltei a falar sobre o local, atraindo também a atenção das pessoas que passavam, tenho facilidade para explanar sobre diferentes localidades e o faço com paixão.
Em seguida seguimos para a praia da Barra do Corumbê, aproveitamos as águas calmas para nadar, também fomos até um restaurante, comemos alguns petiscos, bebemos água de coco e depois curtimos uma piscina na praia com água da cachoeira. Voltei a tirar várias fotos, inclusive das meninas, que formam um belo casal. Nós nos divertimos muito naquela tarde e retornamos somente no final do dia.
- Adorei essa sexta-feira na companhia de vocês (mencionei).
- Eu também adorei e que praia linda. O que faremos amanhã? (perguntou Tabata).
- Podemos alugar uma canoa ou um caiaque para passearmos em rios e mangues. O que vocês acham? (sugeriu Edwiges).
- Eu gostei da ideia (respondeu Tabata sorridente).
- Então, já esta decidido. Amanhã teremos mais uma atividade divertida, vamos desbravar os mangues de Paraty e já estou animada. Podemos sair pela manhã? (questionei visando aproveitar bastante a minha estadia).
- Sim, podemos sair da pousada por volta das dez horas da manhã.
- Combinadas! Edwiges obrigada pelo passeio, eu já vou entrando, até amanhã! (falei já deixando o carro, pois eu queria deixar as duas sozinhas).
Ao entrar na pousada comecei a conferir várias coisas no meu celular e fiquei surpresa quando vi a minha irmã entrando no quarto.
- Tata o que faz aqui? (indaguei).
- O que? Tá doida menina? Querendo o quarto só para você é?
- Achei que você fosse namorar e aproveitar a noite.
- Deixa de ser danada Tati.
- Mana hoje na praia fiquei observando e vocês duas combinam muito.
- Sério? Você acha mesmo?
- Sim, formam um belo casal.
- Obrigada! Eu vou tomar um banho.
- Vai lá, que depois eu vou também.
Nós tomamos banho, lanchamos no quarto mesmo, assistimos filme juntas e logo adormecemos.
O sábado amanheceu lindíssimo e radiante em Paraty, pratiquei minha habitual atividade física, em seguida tomamos banho e café da manhã, no horário combinado encontramos com uma Edwiges sorridente, deixamos a pousada e fomos passear.
- Eu já reservei uma canoa para nós com três lugares, mas se vocês quiserem caiaques individuais tem vários disponíveis. (relatou à morena).
- Pode ser a canoa mesmo, em equipe é mais legal e divertido. Lá também alugam coletes salva vidas e remos? (perguntei).
- Sim tem tudo e é muito boa a qualidade dos equipamentos. Já tem um bom tempo que não pratico, mas sempre recomendamos para os hóspedes e todos adoram.
- Ótimo! Nosso passeio será excelente e tenho um convite para vocês (falei fazendo certo suspense).
- Qual o convite irmã?
- Hoje à noite eu quero a companhia de vocês para ir num barzinho, com MPB ao vivo, lá no centro mesmo e próximo da pousada. Na última vez que estive em Paraty, conheci este local e é muito agradável, vocês também vão gostar.
- Vamos Edwiges? (perguntou Tabata sorrindo).
- Vamos sim (respondeu sorrindo também).
Nós passeamos de canoa por duas praias desertas e belas; também deambulamos por um mangue. Durante todo o passeio observamos a fauna e a flora da região. Fiz novas fotografias e almoçamos no meio da tarde em um restaurante à beira mar. Por volta das cinco horas da tarde voltamos para a Pousada Aconchego, descansamos e combinamos de sair novamente às nove horas da noite.
Eu dormi cerca de duas horas e descansei bastante. Quando acordei fiquei enrolando, batendo papo nas redes sociais e demorei um pouco para tomar banho e me arrumar. Optei por usar um macaquinho floral bem curtinho, já que fazia muito calor e calcei uma sandália rasteira. Encontrei com as meninas na recepção e deixamos a pousada comentando sobre o passeio que tínhamos realizado naquele dia.
Chegamos ao barzinho rapidinho e escolhemos uma mesa próxima do bar, com uma boa visão do palco.
- Irmã legal aqui né
- É sim Tati bem amplo e bonito.
- E muito bem frequentado, cheio de pessoas bonitas, dá uma olhada (comentei já olhando em volta) - Garçom, eu quero uma porção de fritas e cerveja. O que vocês querem?
- Coca-Cola com gelo e limão, por favor, (pediu Tabata).
- Eu quero um suco de maracujá (falou Edwiges).
- Casal licença, eu vou ao banheiro (avisei deixando a mesa).
Ao retornar notei o público bem diversificado e em sua maioria, jovens. Voltei para a mesa, comemos, bebemos e animadas assistimos a apresentação de um grupo que tocava MPB. Interagimos bastante e nos divertimos muito. Acabei me enturmando com um grupo de quatro pessoas que estavam na mesa ao lado, um casal hétero, um rapaz gay e uma garota bem alternativa, conversamos bastante e eles me convidaram para esticar a noite em um lual, próximo dali. Um convite tentador, que prontamente aceitei.
- Eu vou aceitar o convite para o lual, aproveitarei a noite de sábado. Podemos fazer o passeio de jipe amanhã à tarde?
- Por mim tudo bem. Você pode Edwiges?
- Posso sim! (afirmou à morena).
- E vocês vão ao lual ou preferem um programinha mais íntimo e de casal? (provoquei).
- Tati deixa disso e juízo viu.
- Ok irmã, eu tenho juízo. Almoçamos juntas amanhã?
- Sim. Que tal uma churrascaria?
- Pode ser. Então até amanhã mana e cunhadinha. Boa noite para vocês e aproveitem o sabadão (joguei uns beijos no ar, deixei a mesa, me juntei ao grupo e saímos do bar).
O lual era bem próximo dali, em uma praia muito bonita e várias pessoas já circulavam pelo ambiente. Logo que o casal soube da minha bissexualidade me chamaram para um ménage, já participei duas vezes, certa vez com duas mulheres em um festival e em outra oportunidade com um casal hétero, porém desta vez eu não estava disposta e eles não tinham despertado meu interesse.
Gostei muito da música, bem intimista, voz e violão, cantavam reggae e MPB. Certo momento comecei a trocar olhares com uma mulher, que aparentava ser um pouco mais velha, uma loira com um estilo vintage rock.
- Boa noite! Você esta sozinha? (tentei uma aproximação).
- Boa noite! Sim, agora estou, vim com um amigo, que conheceu um rapaz e me abandonou aqui.
- Aceita a minha companhia? (flertei).
- Claro! (respondeu piscando).
Depois de receber aquela piscada, já deduzi que eu tinha chances e que aquela noite de sábado poderia terminar de uma forma deliciosa.
- Prazer, Tatiana, mas pode me chamar só de Tati mesmo.
- O prazer é todo meu, Isabel e você pode me chamar do que quiser (estimulou).
- Interessante! E você beija bem?
- Prove!
Sim, ela beijava muito bem. Tem uma boca e uma língua deliciosas. Permanecemos mais um tempo no lual e trocamos vários beijos.
- Estou hospedada em um chalé a uma quadra daqui.
- Apenas um relato ou devo entender que se trata de um convite?
- Entenda como quiser.
- Vamos então (desta vez também resolvi piscar para ela).
Acompanhei-a até o local, por lá tinham vários chalés e como já era madrugada tinha pouco movimento. Ela abriu o portão, caminhamos um pouco e o pequeno chalé que ela estava hospedada ficava bem nos fundos, com uma linda visão do mar.
- Uau! Seu chalé tem uma localização privilegiada.
- Aqui é ótimo e com esta noite clara, fica ainda melhor para admirar a natureza. Vamos entrar?
- Sim!
Logo que entramos começamos a nos beijar desenfreadamente e no mesmo ritmo as roupas foram sendo jogadas ao chão. Com muita desenvoltura, Isabel me deitou na cama, começou a alisar, ch*par e apertar os meus seios, depois foi descendo sem muita pressa. Quando ela começou a massagear o meu clit*ris com a língua, fiquei louca de desejo. Comecei a gem*r muito e senti deliciosas contrações. Rapidamente me entreguei e adorei! Cada prazer que ela me dava eu queria retribuir e o fiz. Nossa noite foi deliciosa. Isabel é muito experiente e hábil. Atingimos o clímax várias vezes durante aquele sex* voraz. Nossos corpos colados e em um ritmo furioso nos proporcionou prazeres intensos. A madrugada já estava se despedindo quando deixei o chalé de Isabel. Antes de chegar à pousada parei para admirar o nascer do sol, a praia estava deserta e o dia amanheceu lindo naquele domingo. Chegando ao quarto tomei um bom banho e adormeci, estava exausta.
Dormi poucas horas e logo a Tata me ligou, tínhamos combinado de almoçarmos juntas. Organizei minhas coisas e aguardei o casal em frente à pousada.
- Boa tarde! Tudo bem com vocês? (falei entrando no carro).
- Boa tarde! Sim e contigo? (respondeu Edwiges).
- Tudo ótimo.
- Boa tarde irmã! E essa carinha de quem acordou agora a pouco hein (disse sorrindo).
- Ainda bem que meu óculos escuro esta aqui na bolsa. Eu cheguei pela manhã. O lual foi delicioso e fui dormir só depois de assistir o nascer do sol.
- Você é maluquinha demais Tati.
- Ontem vocês falaram sério sobre churrascaria? (questionou Edwiges)
- Sim (confirmou Tabata).
- Mas a Tati não é vegetariana?
- Sou sim e eu vou numa boa em churrascarias, encontro muitas opções de saladas e geralmente ganho desconto. Entendeu cunhada?
- Agora eu entendi. Então lá vamos nós para uma churrascaria.
- E depois passeio de jipe. Vou adorar! Meninas meu ônibus sai às nove da noite. Vocês me levam na rodoviária?
- Claro (concordou a morena).
- Edwiges não precisa se preocupar, eu a acompanho.
- E vocês vão até a rodoviária de táxi e depois você volta sozinha à noite?! Nada disso. Eu estarei contigo e nem adianta reclamar dona Tabata (minha cunhada falou toda protetora).
- Boa cunhadinha, mostra para ela quem é que manda (brinquei).
- TATIANA! (reclamou Tabata).
- Tata meu amor eu só estava brincando.
- Vou brincar de te bater daqui a pouco se você continuar me azucrinando (ameaçou).
- Ok! Mana, já parei.
- Tati e o lual durou a madrugada toda? E estava bem movimentado? (perguntou Edwiges).
- Foi bem legal e eu acho que acabou por volta das quatro da manhã. Eu estava meio que ocupada sabe, então não olhei no relógio, ainda bem que eu fui, foi delicioso e que sábado, adorei! (comentei feliz).
- Como você é safada Tati, pintou e bordou né
- Sou só um pouco Tata e me dei muito bem na noite passada (comemorei).
- Você não muda irmã, sempre maluquinha.
- Ruivas chegamos e essa é uma das melhores churrascarias da cidade (explicou Edwiges).
Nós almoçamos; depois seguimos para uma agência de turismo no centro da cidade, lá compramos um passeio de Jeep Tour, com duração de aproximadamente cinco horas, na companhia de um instrutor e motorista, deixamos Paraty e o novo destino era o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Percorremos trilhas no meio da mata atlântica, visitamos cachoeiras lindas, conhecemos a biodiversidade do local, fiz várias fotos, nós também observamos as inúmeras espécies de pássaros da região e ficamos encantadas com as belezas da natureza. Durante o passeio visitamos alambiques e apreciamos vistas panorâmicas e maravilhosas da cidade. Antes de retornarmos para a pousada passamos em uma sorveteria e ch*pamos sorvetes artesanais.
- Casal lindo minha mala já esta pronta, mas quero tomar um banho antes de ir embora. Eu não demoro. Até já! (avisei antes de deixar o carro).
Entrei, tomei um bom banho e me arrumei.
- Vou pegar uma troca de roupa para dormir na casa da Edwiges.
- Dormir? Sei!
- Tati, você é mesmo terrível.
- Aproveitou bastante à noite passada e quer continuar aproveitando hoje né danada!
- Olha quem fala.
- Mana, somos jovens, temos que aproveitar e não desperdiçar nenhuma oportunidade. Já estou pronta, vamos?
- Sim!
Um pouco antes das nove horas da noite chegamos à rodoviária.
- Edwiges muito obrigada por todos os passeios; gostei muito da sua pousada, você esta de parabéns e adorei ter te conhecido (falei me despedindo da morena).
- Tati muito obrigada! Eu também adorei te conhecer, você é uma excelente pessoa e volte sempre.
- Volto sim e obrigada por cuidar tão bem da minha irmã, ela esta muito mais feliz ao seu lado (falei agradecida).
- Nem precisa agradecer. Sua irmã é um anjo e gosto muito dela.
- Ei eu estou aqui tá (informou Tabata que até então só observava).
- Irmã eu te amo tanto. Adorei te reencontrar e melhor foi ver que você esta toda feliz. Continue se cuidando e boa sorte com a nova obra. Será mais um sucesso! Nós nos veremos no natal na casa dos nossos pais.
- Poxa só no natal, sentirei saudades. Te amo minha querida e gostei muito do nosso reencontro, pena que passou tão rápido. Se cuida sempre hein e mande notícias. Juízo e boa viagem!
Trocamos abraços e beijos. Ficamos grudadas por longos minutos e depois entrei no ônibus.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]