Capítulo I - Encetativo

 

Tenho 23 anos, recém-completados e comemorei esta nova primavera em Porto, Portugal. Sou formada em turismo, comecei um tecnólogo ainda quando eu morava no Brasil, cursei um semestre em São Paulo, outro no Rio de Janeiro, também fiz intercâmbios e vivo viajando a mais de cinco anos. Atualmente, estou cerca de um mês sem visitar meus familiares, trabalho como guia de turismo e uma das melhores coisas da vida é viajar. Aquela citação famosa que é propagada por inúmeras pessoas “escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida”, é verídica, me divirto muito com o meu ofício e tenho o privilégio de conhecer inúmeros locais. Gosto de conviver com diversas pessoas e não tenho parada, me enjoo fácil, sou irrequieta por natureza. Lembro que na época do colégio, mudei tanto de escola, minha mãe nunca conseguia decorar o nome das minhas professoras, gosto muito de mudanças, de novos locais, de novos rostos, as diferentes culturas e sotaques me encantam. Além do turismo minha outra paixão é a fotografia, um hobby delicioso, comecei a fotografar ainda na adolescência, já fiz foto em muitas cidades e países, sou muito viajada, trabalho em uma empresa multinacional e como tenho disponibilidade, eles me mandam para qualquer parte do mundo e eu adoro. Eu exploro e desvendo cidades, sou incansável, faço fotos de tudo, desde pessoas, como natureza e também de conjuntos arquitetônicos. Foi na Espanha que fiz um incrível curso de fotografia, depois disso nunca mais parei de fotografar. Sou fluente em três línguas, português, espanhol e inglês. Compreendo um pouco também do francês e japonês, mas ainda não tive oportunidade de me aprofundar. Eu sou ruiva de nascença, tenho olhos claros, um tom diferente de azul, várias sardinhas por todo o corpo e algumas tatuagens, todas bem pequeninas e delicadas. Pratico atividades físicas diariamente, gosto de correr, fazer ginástica e também dos esportes em equipe, principalmente futebol e voleibol. Sou toda saudável, cuido bem do meu corpo e também da minha alimentação, sou vegetariana, não como nenhum tipo de carne, aos meus quinze anos fiz esta escolha e me sinto bem melhor com esta opção alimentar.

De acordo com os meus clientes, amigos e familiares, eu tenho um alto astral contagiante, gosto muito de ser leve e feliz. Sou muito tranquila, é raro quando me estresso. Sou muito comunicativa, sincera e aventureira.

Sou uma pessoa que coleciona paixões. Já me apaixonei várias vezes. Mas sempre paixões passageiras, da mesma forma que surgiram, também acabaram como num piscar de olhos. Já o tal do amor, tão esperado e que todos buscam, ainda não encontrei e nem sei se um dia nos encontraremos, deixo para que o destino se encarregue. Eu sou um pouco estranha e gosto de ser assim, tem época que me relaciono mais com mulheres, já em outros períodos curto homem também. Nem eu me entendo, mas felizmente eu me sinto bem com minha bissexualidade. Quem me ajudou muito com relação a isso foi minha irmã, que é um ano mais velha do que eu, a Tabata, carinhosamente apelidada de Tata. Ela que sempre me aconselhou, pois eu nunca fui tão bem resolvida como ela e sempre tive dificuldade para lidar com a minha sexualidade.

Meu primeiro beijo foi em uma mulher, chamada Paula, eu tinha uns quinze anos, estávamos no vestiário do colégio e jogávamos juntas no time de futebol. Minha irmã viu a cena e eu quase tive um ataque, porém ela foi incrível comigo, não demonstrou preconceito, me apoiou e foi tão compreensiva, tenho a melhor irmã e amiga do mundo. Depois do ocorrido com a Paula, tomei mais cuidado e passei a ser mais discreta. Quando eu terminei o ensino médio perdi a virgindade, com o Miguel, um rapaz muito bonito e gentil, porém a minha primeira experiência não foi das melhores, eu nem mesmo sabia direito o que eu estava fazendo. Depois dele me relacionei com outros homens e mulheres também. Gostei muito na primeira vez que fui para a cama com uma mulher, foi maravilhoso, na época eu já cursava turismo e em uma aula conheci a Alice, nossos momentos íntimos foram deliciosos, até hoje me recordo com entusiasmo. Após estas experiências dialoguei com a minha irmã e compreendi que inicialmente eu me sentia melhor sem me rotular, posteriormente me assumi bissexual, em alguns momentos escuto comentários muito discriminatórios, repletos de preconceitos, tais como “você tem o dobro de opções ou você ainda nem decidiu o que quer”, “quem é bi é confuso, fica em cima do muro e acaba atirando para todos os lados”, “você é uma hétero mal resolvida”, “te falta um homem de verdade e ninguém ainda te pegou de jeito”, dentre outros. Talvez seja mesmo só uma fase, ou não, a vida é tão mutável. Pode ser que eu encontre alguém que concorde com um relacionamento aberto e se estivermos dispostos, qual o problema? Sou um pouco romântica e quando eu encontrar a pessoa certa, posso sim sossegar e ser somente dela ou dele. Já me perguntaram se eu tenho uma preferência, sim eu tenho, por pessoas! Eu paquero tudo e todos.

 

Eu tenho uma prima transexual que mora na Inglaterra, nasceu como Rafael, mas se tornou Raphaella e para a minha família nunca foi um problema, felizmente temos facilidade para aceitar, respeitar e conviver com a diversidade. Tenho muita sorte!

Sou muito dedicada com a minha profissão, tomo várias precauções, tais como conhecimento prévio dos locais de visitação, adequação de fusos horários, ambientação e logística da localidade. Além disso, procuro me enturmar bastante e geralmente acompanho grupos, não tenho preferência, trabalho com idosos, crianças, adultos, jovens e também com grupos empresariais. Procuro ser solicita e também aproveito muito as viagens, gosto tanto da boemia como também da vida diurna, sou apaixonada pela vida e por todos os seus prazeres e sabores.

Gosto muito das terras lusitanas, mas já estou cansada, precisando de novos horizontes, já estive por Portugal algumas vezes e as estadias são sempre agradáveis, porém já tem mais de vinte dias que estou por aqui e neste período este já é o terceiro grupo que acompanho. Sou uma guia de turismo que gosta de ir além das orientações, eu me divirto muito nos passeios, mas convenhamos que ficar repetindo por dias o mesmo trajeto é maçante. Sorte que já estou encerrando esta temporada e em breve retornarei para o Brasil, saudades da minha terra e dos familiares. Decide que vou cobrir um evento em São Paulo, na terra da garoa, onde nasci e em seguida ficarei uns dias de folga.

Encerrei minhas atividades profissionais em Portugal e trabalhei em um evento grandioso em terras paulistanas. Em seguida passei dias agradáveis na companhia dos meus pais, Julia e Afonso me mimaram muito, matamos as saudades e aproveitamos em demasiado. Eu já tinha combinado que visitaria a minha irmã, que também mora em SP, contudo, estava em viagem numa cidade encantadora, Paraty – RJ.

Tabata e eu somos opostos, nem parece que saímos do mesmo ventre, em comum temos somente dois quesitos: semelhança física e gosto musical, pois amamos MPB. A Tata cursou letras e eu turismo, eu gosto de trabalhar em equipe, já ela prefere o individual, sou guia de turismo e ela escritora profissional; até mesmo nos esportes, não combinamos, jogo futebol e vôlei, enquanto ela prefere natação e xadrez. Nem mesmo nosso gosto alimentar é semelhante, sou vegetariana e ela muito carnívora. Minha irmã casou muito nova, tinha somente dezoito aninhos, muito corajosa. Mas atualmente esta separada e demorou a superar o término, também foram sete anos de relacionamento, casou justo com o primeiro namorado e a princípio era muito feliz com ele. Torço tanto pela felicidade dela, que encontre outra pessoa, fique bem e em paz; ela merece!

Meu reencontro com a Tata foi maravilhoso, já tinha um mês que não nos víamos e uns três anos que eu nem visitava a colonial Paraty, ouso dizer que é uma das cidades mais charmosas do Brasil e gosto muito do Rio de Janeiro.

 

- Tati, que saudade! (falou Tabata já me puxando para um abraço de urso).

 

- Muita saudade meu amor, tudo bem? (perguntei com todo meu afeto).

 

- Tudo sim e contigo irmã? Como foi a viagem?

 

- Estou ótima e a viagem foi tranquila. Só quero tomar um banho, eu e esta minha mania de sempre tomar banho quando chego de viagem.

 

- Tem coisa que não muda irmã, vamos pegar um táxi então e logo que chegarmos à pousada você toma um banho gostoso.

 

- Tata essa felicidade toda é só pela minha chegada mesmo? Seus olhinhos estão brilhando (comentei observando detalhadamente).

 

- Tatiana! Tenho tanta coisa para te contar (revelou toda animada).

 

- Me chamou de Tatiana, então o assunto é sério. Conta logo!

 

- Na pousada eu conto tudo e é pertinho daqui.

 

- Vamos logo então, pois estou muitíssimo curiosa (afirmei entrando no táxi).

 

Durante o trajeto papeamos um pouco e o dia estava lindo em Paraty.

 

- Nossos pais mandaram beijos e pediram para você se cuidar.

 

- Eles são uns amores, gostou dos dias que você passou com eles?

 

- Gostei muito, eles me mimaram bastante e eu estava saudosa.

 

- Você fica no Brasil até quando?

 

- Até o final do mês.

 

- E vai ficar aqui comigo?

 

- Só até domingo. Na segunda cedo preciso receber um grupo no aeroporto “Santos Dumont”, vou ficar com eles no RJ por uns quinze dias e depois vou trabalhar na Inglaterra.

 

- Tati, você não tem sossego mulher, não para em lugar nenhum.

 

- Não mesmo e acredita que já perdi a conta dos lugares que conheci.

 

- Também em um ano você visita a trabalho uns dez países.

 

- Senhoras, chegamos! (informou o taxista).

 

Pagamos, descemos do táxi e entramos na pousada. Fiquei hospedada na mesma pousada que a Tabata já estava, inclusive no mesmo quarto. Depois de um delicioso banho pulei na cama que a minha irmã estava e determinei:

 

- Tata, já tomei uma gostosa ducha e sou toda ouvidos meu bem. Conte-me tudo já!

 

- Irmã lembra-se da cantora que te contei por e-mail e que é dona desta pousada?

 

- Lembro sim, que te socorreu também né (falei pegando meu celular).

 

- Isso, ela me ajudou quando torci o tornozelo, depois me levou para conhecer lugares incríveis e ela é adorável.

 

- Entendi. Você fez uma nova amiga aqui em Paraty.

 

- Não é só isso.

 

- Então me conta criatura, o que tem demais? (perguntei).

 

- Eu senti certas curiosidades com relação à Edwiges.

 

- Espera quem é essa de nome diferente? (eu já não estava entendendo mais nada).

 

- Tati você não esta prestando atenção. Largue o celular!

 

- Ok! Já larguei e eu estou prestando atenção sim. Mas você me confundiu, estava falando da cantora e do nada começou a falar de alguém com nome diferente.

 

- Tatiana, a Edwiges, é a cantora e a dona desta pousada (explicou impaciente).

 

- Ah, agora sim compreendi (confirmei deixando o celular de lado e o jogado na cama).

 

- Eu beijei a Edwiges.

 

- Você o que? Como assim? Beijou uma mulher! Uau que show isso (fiquei abobada com a notícia).

 

- Eu fiquei encantada por ela e num certo dia falei que estava curiosa a beijei, ela não recusou e adorei.

 

- Para tudo que eu vou descer. Irmã que legal! Tudo que eu mais queria era que você seguisse em frente, mas nunca na minha vida imaginaria que você beijaria uma mulher. Que tudo!

 

- Há um tempo eu também nem imaginaria. Mas aconteceu e eu gostei.

 

- Mas e depois do beijo, vocês continuaram amigas ou você se assustou com o ocorrido e não encontrou mais com ela? (sondei).

 

- Depois do primeiro beijo ocorreram muitos outros e eu não me assustei nem um pouco.

 

- Como eu te admiro. Você sempre tão decidida e corajosa. Quando que eu vou conhecer essa sua amiga colorida?

 

- Hoje à noite, ela vai tocar e cantar durante o jantar.

 

- Que legal, vou querer conhecer esta mulher, você fala dela com um carinho.

 

- Irmã, então a história não para por ai.

 

- O que? Você aprontou mais alguma coisa por Paraty? Você anda ousada nesta viagem.

 

- Eu dormi com ela e não foi só uma vez.

 

- Sério? Quando você diz dormir inclui trans*r também? (perguntei perplexa).

 

- Na verdade nós fizemos amor (confessou Tabata).

 

- Eu vou desmaiar. Minha irmã toda heterossexual, que casou com o primeiro namorado, que nunca teve nem mesmo curiosidades com relação ao universo gay, foi para a cama com uma mulher. Me abana! Me belisca!

 

- Deixa de exagero! (ela afirmou me beliscando).

 

- Ai! Sua louca! Eu estava brincando, não era para me beliscar. Doeu! (reclamei massageando o braço direito).

 

- Você que pediu.

 

- Eu quero detalhes! Você gostou? Como foi?

 

- Gostei muito e é tão diferente.

 

- Eu sei (concordei).

 

- Como? Você nunca me contou nada.

 

- Eu sou tímida para falar destas coisas (falei envergonhada).

 

- Mas poxa irmã, nós somos amigas.

 

- Claro que somos. Mas nunca fui tão bem resolvida como você. Sempre tive dificuldade para lidar com a minha sexualidade.

 

- E isso tem melhorado?

 

- Eu sou toda estranha, tem época que me relaciono mais com mulheres, já em outros períodos curto homens também. Nem eu me entendo, mas atualmente eu me sinto bem com minha bissexualidade.

 

- Irmã o que importa é se sentir bem e ser feliz.

 

- Você tem razão.

 

- Tati você nunca se apaixonou? Ainda não encontrou um grande amor nessas suas viagens?

 

- Tata, eu coleciono paixões (comentei rindo).

 

- Não entendi.

 

- Já me apaixonei várias vezes. Mas a paixão é passageira, da mesma forma que ela surge, ela também acaba como num piscar de olhos. Já o amor, eu ainda não encontrei.

 

- Você é uma figura. Então você também já foi para cama com uma mulher?

 

- Sim e gostei muito.

 

- Com quantas?

 

- Já disse que sou tímida para essas coisas e que eu saiba você é a pauta da nossa conversa e não eu (respondi me esquivando).

 

- ok eu conto. Como você sabe minha primeira vez foi com o Fernando, depois dele apenas outros dois homens. Já mulher somente a Edwiges. Sua vez!

 

- Contou porque quis, eu não vou falar nada (avisei enfática).

 

- Sua chata.

 

- Dentre os homens com o Fernando foi melhor? (indaguei).

 

- Claro.

 

- Devido as suas reações, acredito que ele perde para Edwiges.

 

- Com certeza, com ela é mil vezes melhor, foi mais intenso, tão sensual, repleto de carinhos e muito mais gostoso (revelou toda sorridente).

 

- Irmã você esta falando igual minhas amigas lésbicas e por falar nisso, ela é lésbica ou uma curiosa igual você?

 

- Ela é lésbica e já foi casada com uma mulher.

 

- Que interessante. Irmã, confesso que fiquei surpresa com as novidades, nunca sonharia que você me contaria isso tudo. De verdade pensei que você fosse falar sobre seu lindo trabalho ou até mesmo que esqueceu seu ex. Mas foi bem melhor, você superou, colocou uma pedra no seu passado e descobriu uma nova Tabata.

 

- Exatamente.

 

- Já sou fã desta mulher, como é o nome dela mesmo? (eu ainda nem tinha compreendido, pois era muito diferente).

 

- Edwiges.

 

- Igual o nome da coruja do Harry Potter, agora não me esqueço mais.

 

- Você vai virar fã quando assistir a apresentação dela. Eu me tornei muito fã dela.

 

- Meu bem que você é fã dela dá para notar nos seus olhos, fala da garota e se derrete toda. Apaixonou-se foi?

 

- Não posso me apaixonar, depois de terminar o livro volto para sampa (contou com certa tristeza).

 

- Leva ela junto!

 

- Não é simples assim, ela tem uma vida aqui, é proprietária de três pousadas.

 

- Então é só você mudar para Paraty, esta cidade é perfeita.

 

- Tati você é louca, diferente de você eu crio raízes.

 

- Mas irmã não é todo dia que viajamos, encontramos o amor da nossa vida. Ela também te salvou, te fez superar, presenteou você com felicidade e te fez voltar a viver.

 

- Nossa eu ainda nem tinha pensado por este ângulo (disse pensativa).

 

- Mana eu sei que ainda é cedo para falar em mudanças, mas pense nisso, você pode levar seu trabalho para onde você for. Se ela te pedir para ficar e se de fato existir amor entre vocês, não hesite.

 

- Ei calma, não se empolgue tanto.

 

- Tabata, é sério e falo por mim, viajar faz parte da minha vida e eu sou um tanto romântica, apesar de louca, quando eu encontrar o amor, seja mulher ou homem, meu sonho é que essa pessoa também ame viajar, assim como eu. Mas se este ser não conseguir me acompanhar e se for amor verdadeiro, eu estarei disposta a criar essa tal raiz que você diz, será complicado no meu caso, porém todo amor merece ser vivido, é tão difícil encontra-lo e desperdiça-lo é burrice.

 

- Tati, como você é linda!

 

- Eu sei (afirmei sorrindo).

 

- Sua convencida. Agradeça a genética por sua beleza, mas saiba que sou muito mais bela que você (brincou).

 

- Boba!

 

- E você o que tem de bom para me contar?

 

- Nada e mesmo se tivesse não chegaria aos pés do que você me contou.

 

- Tati, foi tão diferente, o mais engraçado que nunca tive nem curiosidade e acabei tomando a iniciativa.

 

- Nem na faculdade você teve curiosidade, também já namorava seu ex.

 

- Após o nosso primeiro beijo a Edwiges me contou que já estava interessada, fiquei tão feliz. Depois de uns dias ela me levou para a casa dela.

 

- Você ficou muito insegura?

 

- Um pouco, não sabia muito como agir, mas foi fluindo e quando dei por mim tinha sido maravilhoso.

 

- Ela tem pegada? Por que lésbica com pegada é tudo de bom!

 

- Tem sim e que pegada. Bem entendida você hein, fique longe dela, é muito feio furar o olho da irmã e você tem experiência com mulheres, melhor eu tomar cuidado (comentou rindo).

 

- Ela é loira? Por que eu tenho uma queda forte por loiras (confessei).

 

- Não. Ela é morena. Sério que você prefere as loiras?

 

- Sim, gosto bastante. Tata, já estou com muita fome.

 

- Nossa conversamos muito que nem vi a hora passar, vou só arrumar meu cabelo e já vamos jantar.

 

- E no restaurante tem bastante opção para uma pessoa saudável e vegetariana?

 

- Tem sim, a comida é deliciosa, você deveria abrir exceção para peixes e frutos do mar, são tão gostosos.

 

- Nem tente. Você que deveria deixar os animaizinhos vivos.

 

- ok! Paz e amor! Vamos para o restaurante!

 

- Tata, amanhã, nós vamos aproveitar muito o dia.

 

- Vamos aproveitar sim e nem vou trabalhar nos próximos três dias, quero curtir minha caçulinha.

 

- Quanto amor!

 

Deixamos o quarto e seguimos abraçadas até o restaurante, felicidade nos resumia.

 

 

Conheci Edwiges e compreendi a razão dos sorrisos, no olhar da Tata, além de bonita a morena também é simpática, interessante, cordial, toca e canta muito bem. Durante a apresentação as duas trocaram diversos olhares apaixonados, duas lindas e fiquei muito feliz pela minha irmã. Parabenizei a minha cunhada e logo deixei as duas sozinhas, eu precisava descansar e não tenho vocação para vela. Já de volta no quarto, carreguei meu celular, conferi as redes sociais, me preparei para dormir, li um pouco e logo adormeci.

Fim do capítulo