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Estrada para Liberdade por KatherynStrange

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Palavras: 1806
Acessos: 1048   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 5

"Respiro aqui como se fosse o fim

Porque ninguém sabe agora

O que vai ser depois"

(Milton Guedes)


Quando as aulas começaram, a Bia logo conseguiu realizar seu sonho de ficar com o Bernardo, o simpático primo da Carla,  e eu acabei ficando com seu amigo. Nenhuma das duas situações durou. O amigo dele não me atraía em nada e, pra piorar no dia seguinte apareceu com uma aliança de namoro. Ri por dentro. Se ele soubesse que eu estava apaixonada por uma menina tão linda, não perderia seu tempo comigo. Mas conversei com ele e disse que não era bem o que eu queria, mas que poderíamos ser amigos. Ele não gostou muito, mas ainda continuou por perto por um tempo. Já o Bê, como o chamava agora, terminou com a Bia, com uma certa dificuldade, e alguns dias depois apareceu no colégio. Bia saiu empolgada para vê-lo, mas ele disse que queria falar comigo. Imaginei que ia me pedir pra que eu conversasse com a Bia e fazer com que ela parasse de pegar no pé dele. Eu sabia que não era fácil se desvencilhar dela.

Dei tchau pra Bia e atravessei a rua em sua direção. A Carla já não andava mais com a gente e eu ainda estava brava por ela ter se tornado uma religiosa e se arrependido de tudo que tínhamos vívido. Se era pra ser assim, não queria só a amizade dela. Até hoje não sei o que senti por ela, mas sei o quanto ela me fez falta. Andava pela escola observando-a de longe, querendo abraçá-la e conversar como se nada tivesse acontecido, mas o meu orgulho também era grande. Nunca mais nos falamos.

Embora Bê fosse primo dela, ele nunca soube porque nos afastamos e continuamos sendo amigos da mesma forma. Ele morava um pouco depois da minha casa e aproveitei sua companhia para ir embora. Ele desceu da bicicleta e começou a andar ao meu lado. Ao contrário do que imaginava, ele não estava preocupado com a Bia. Começou a gaguejar e falar em como eu era importante pra ele, embora nos conhecêssemos há pouco tempo, e que mesmo que ele tenha me apresentado seu amigo, estava apaixonado por mim desde aquele trote.

Fiquei em silêncio, sem saber o que responder. Achava-o bonito, ele tinha uma barba cerrada que eu achava linda, era um menino muito simpático que falava pelos cotovelos e soltava uma piada atrás da outra.

Não soube o que responder.

- Posso pensar um pouco? Você me pegou de surpresa... - disse sem graça

Afinal, ele tinha ficado com a minha amiga, eu tinha ficado com o amigo dele, com a prima, com a ex.

Cheguei em casa pensando que era hora de parar com essa brincadeira de ficar com meninas e começar a namorar sério. Apresentar o namorado para os pais, sair de mãos dadas, tomar sorvete... Ser uma menina normal.

E, assim, foi. No dia seguinte, conversei com a Bia e ela disse pra eu ir em frente, que ela já tinha desencanado do Bê e que já estava de olho em outro piá.

Começamos a namorar.

Nos divertíamos bastante, eu explorava toda a minha sexualidade com ele. Não tínhamos vergonha um do outro, mas a tradição dizia que não poderia perder minha virgindade tão cedo. Então, fazíamos o mesmo que eu já havia feito com as meninas. Pra mim era suficiente, embora o tórax peludo dele não me atraísse como... Ah! A Bruna... Ela sempre voltava nos meus pensamentos como símbolo de tudo que eu mais desejava na vida.

Balançava a cabeça e jogava o pensamento fora. Agora minha vida era normal de novo. Apresentei ele para os meu pais, que o adoraram, e até meu irmão mais velho, conhecido por ser ranzinza, ficou amigo dele. O namorado perfeito.

Logo as escola foi se tornando normal de novo. Fiz novas amizades, entrei para o time de futebol feminino, organizei uma peça de teatro sobre o descobrimento do Brasil e voltei a me preocupar com os estudos.

Neste ano, conheci a Denise . Ela havia chegado de Foz do Iguaçu e estava na mesma situação que eu estava há menos de um ano. Ela era bonita, de pele negra e cabelos encaracolados, apaixonada por teatro e, sagitariana, adorava uma grande aventura. Rapidamente nos tornamos amigas. Comecei a assistir suas peças e vivíamos juntas. Eu andava de bicicleta pelo bairro todo. Então, quando estava entediada em casa, pegava a bicicleta e saía para visitar os amigos e o namorado. Eu e o Bê estávamos indo bem. Já até usávamos aliança de namoro e discutíamos como seriam nossos filhos. Sabia que era uma discussão utópica, mas se eu ficasse com ele pro resto da vida, ele seria um bom pai para os meus filhos.

Eu não parava mais em casa. Ou ia até a casa da Bia ou para a casa do Bê ou pra casa da Denise. E ainda tinha a Mel, que era uma amiga que só ouvia sobre todas as minhas aventuras, sem nunca participar delas. Mais tarde ela perdeu sua virgindade com o Bê. Mas isso é uma outra história.

Eu e a Denise fomos ficando cada vez mais íntimas e, de vez em quando, ficávamos sozinhas na sua casa. A mãe dela ia para a igreja e levava seus dois irmãos mais novos junto, enquanto sua irmã mais velha trabalhava. Nós tínhamos momentos muito intensos. Não sei se pela idade, pelo teatro na vida dela ou se pelo drama constante em minha vida, nossas conversas eram longas e dramáticas. Contávamos cada detalhe do que já tinha acontecido em nossas vidas e o quanto sofremos ou sorrimos com aquilo. Uma noite, estávamos na sala, enquanto dobrávamos alguns origamis, contei sobre minha relação com a a Bia e com a Cá, em como a Cá se tornara evangélica e tinha se afastado dos pecados e como minha paixão platônica pela lendária Bruna me fazia sofrer.

Ela era artista, fazia teatro, era super descolada, sem preconceitos e logo caímos na gargalhada pensando nos amores e desamores dos nossos curtos 15 anos de vida. Ficamos em silêncio e voltamos a dobrar papéis em formato de cisne, embora os meus nunca parecessem com nada.

De repente, ela, sorrindo, pergunta:

- Você me beijaria?

- É claro! - respondi rápido, sem pensar -Quer dizer, você tem uma boca muito bonita - fiquei sem graça e abaixei a cabeça sorrindo. Pensando se ela estava me cantando ou se era só aquelas perguntas entre amigas para melhorar o ego e dormir se sentindo linda.

- Se você fosse um cara, eu também te beijaria - ela disse.

Naquela noite, estávamos mais inquietas que o normal e quando todos chegaram, fomos deitar. A casa dela era pequena, de madeira (como a maioria das casas bairro) e eu tinha que dormir na cama dela com ela. Já tinha dormido outras vezes lá e ela já tinha dormido na minha casa, mas aquela pergunta parece que reacendeu algo que eu tentava esquecer. Deitei de frente pra ela e ficamos conversando baixinho até a casa ficar silenciosa. Eu estava tremendo e sua boca estava muito próxima a minha. Tive vontade de beijá-la. Como se ela lesse meus pensamentos, foi chegando mais perto, até sentir seu hálito quente nos meus lábios. Passei meu braço pela sua cintura e puxei-a pra mais perto. Ela tinha uma boca macia e seus lábios pareciam saber exatamente o que fazer. Me deixei levar pelo seu beijo. Nada mais aconteceu naquela noite. Seus beijos foram suficientes nesta noite.

No dia seguinte, fingimos que nada havia acontecido e eu pensei no Bê. Será que era traição? Não podia ser. Com mulher não era traição e me convenci disso. Não tinha motivos para sentir minha consciência pesar. Não conhecia outras mulheres assim, então devia acontecer com todas e ninguém contava pra ninguém. Era nosso segredo.

Alguns meses se passaram e nós já éramos praticamente namoradas, tirando o fato que eu já tinha um namorado. As vezes, eu ia para o centro da cidade e encontrava a Bruna. Ela estudava em um colégio particular perto da Praça Rui Barbosa . Ainda era meu grande amor, mas nunca teria coragem de contar pra ela e deixá-la se afastar de mim, com nojo. Não sei o que ela pensava. Devia ser estranho, devia parecer uma louca, perseguindo-a e me oferecendo para almoçar com ela e suas amigas. Mas na época não pensava nisso. Dizia que estava indo ao médico e que aproveitara para passar por ali. Durante alguns anos, senti meu estomago revirar sempre que via aquele uniforme colegial do Bom Jesus.

Em abril desse mesmo ano, descobri que a Bruna estava fazendo academia perto da minha casa e convenci minha mãe que precisava me exercitar e que podia começar a ir pra academia com minhas amigas. Comecei a fazer aulas de axé (o máximo que poderia combinar comigo era um street dance) e me tornei uma perseguidora oficial da Bruna. Sabia todos os seus horários, tinha sempre um assunto inútil pra iniciar uma conversa e ficava na academia até ela ir embora. Um dia, juntei todas as minhas forças e contei pra ela o que eu sentia. Não aguentava mais o silêncio, precisa de um sim ou de um não para seguir minha vida. Assim, quando estávamos no pátio da academia, esperando a mãe dela vir buscá-la, chamei-a para conversar longe da Bia e do seu atual namorado, o Diogo. Me lembro com dificuldade daquele dia. Já era noite, todos estavam cansados, mas como adolescentes, estávamos sempre rindo e tirando sarro um do outro. Quando comecei a falar com ela, lembro que fiquei séria, com um tom dramático, quase cinematográfico, como se fosse dizer a ela que alguém havia morrido. Mas eu estava falando sobre a minha paixão absurda. O que disse? Como disse? Não me lembro. Lembro apenas do que ela me disse:

- Ai, Júlia! Gosto de você e não ligo, não. A gente pode continuar sendo amiga. - e, assim, com doçura e um sorriso de pena, ela me dispensou.

Sorri, e foi um dos meus sorrisos mais tristes. Balancei a cabeça, concordando com a amizade, me despedi cegamente de todos e saí correndo para casa. Literalmente, correndo. Atravessei a rua e cheguei na praça em frente ao terminal completamente zonza. Não tinha ninguém ali e tudo girava. Parei para respirar e percebi que meu rosto já estava molhado pelas lágrimas. Meu corpo inteiro formigava e parecia estar perdendo os sentidos. Tentei manter o controle e tentei voltar a correr mais devagar, controlando a respiração, o choro e meus movimentos, que já começavam a espasmar. Estava em desespero. Levava uns quinze minutos até chegar em casa e quando cheguei, passei de cabeça baixa pela minha mãe e fui direto para o meu quarto. Naquela noite, dormi chorando.  


Fim do capítulo


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Comentários para 5 - Capítulo 5:
Rita
Rita

Em: 15/02/2017

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