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Estrada para Liberdade por KatherynStrange

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Palavras: 2308
Acessos: 1061   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 3

Voltar pra casa foi estranho, sentia um misto de vergonha e alívio. Não conseguia olhar para minha mãe, mas também não queria sair de casa. Me olhava no espelho tentando entender o que tinha acontecido, mas não entendia. No dia seguinte, fui para a escola e precisava encarar a Bia novamente. No final da aula, ela me entregou uma carta e pediu que eu lesse na saída. Saí rapidamente do colégio, atravessei a rua e desdobrei o papel. Comecei a andar pelo canto da calçada, enquanto lia sua palavras. Li, reli, rasquei o papel e joguei-o em um latão de lixo o mais rápido possível. Ela estava apaixonada! E eu estava apavorada!

Não podia lidar com uma situação dessas naquele momento. Como assim, apaixonada? Uma mulher apaixonada por mim? Que absurdo! Duas mulheres não se apaixonam assim.

Eu tinha 14 anos, não era nenhuma beleza grega, estava acima do peso e , ainda, naquela transição da adolescência onde parece que nenhuma parte do corpo combina com a outra. Meus cabelos tinham um tom castanho claro acinzentado e cacheavam nas pontas, mas dificilmente estava solto. Lavava o cabelo todos os dias quando acordava e já o prendia em um rabo-de-cavalo e assim o mantinha até a hora de dormir. As vezes, antes de dormir, fazia duas traças que caíam pelos ombros e deixava os cabelos comportados para, no dia seguinte, conseguir prendê-lo. Era final dos anos 90 e não haviam muitas coisas a se fazer em um cabelo rebelde, escovas deixavam parecendo uma vassoura e seco naturalmente também, só mudava o tipo da vassoura. Meus olhos castanhos, bem escuros, eram grandes, mas não desproporcionais ao nariz ou a boca que também ocupavam um bom espaço no meu rosto. Nessa época, meu rosto redondo me deixava com mais cara de criança. Meus dentes bem alinhados ficavam sempre à mostra a cada sorriso largo. Não neste período. Nos meses que se passaram eu sorria menos.

Voltei pra casa ainda perplexa com a carta que havia recebido. Eu tentava entender e, ao mesmo tempo esquecer o que havia acontecido, e ela se declarava pra mim? Então decidi me afastar. Lembrei de uma história de alguns anos atrás quando ainda morava em São Paulo e meus pais me proibiram de falar com uma amiga. Eles me disseram que ela estava tentando se aproveitar de mim, mas eu não entendia e obedeci. A gente tinha 12 anos e conversava várias horas por dia, ela parecia um menino, mas eu não achava nada demais. Sabia que ela era uma menina. Giovanna era o nome dela. E, assim, de um dia para o outro, nunca mais nos falamos. Decidi fazer o mesmo com a Bia, mesmo que estivéssemos na mesma sala, ia fazer o possível para ser apenas educada e não se falar mais nisso.

Mas é claro que as coisas não funcionam assim. Logo nos primeiros dias, a Cá percebeu que tinha algo de diferente e me perguntou o que tinha acontecido.

Saímos para o intervalo e resolvi contar pra ela o que tinha acontecido, precisava tirar aquele peso de dentro de mim. Então contei, sem muitos detalhes, como tinha sido nosso feriado na praia. Ela ouviu tranquilamente e disse:

- Isso é normal, Júlia!

- Normal? Como assim? - perguntei sem entender o que ela quis dizer.

- Ah! Acontece... Não significa que você não gosta de homem ou qualquer coisa parecida. É normal entre as meninas.

Fiquei um pouco chocada e comecei a pensar que eu estava levando tudo muito a sério. Se ela, que mora em um bairro super conservador, acha normal, é porque deve ser. Eu só nunca devo ter ouvido nada porque cresci com dois irmãos mais velhos. E então, uma outra ideia começou a passar pela minha cabeça.

Passei os dias seguintes menos preocupada, mas continuava com vergonha da minha mãe. Era como se ela pudesse ouvir meus pensamentos. De qualquer forma, ainda não queria chegar perto da Bia, acho que o problema era com ela, mesmo. Ela não me atraía em nada. Mesmo se eu gostasse de meninas, ela não seria o tipo de menina que eu teria vontade ficar.

Então, algumas semanas depois, ela me chamou para ir dormir na casa dela e eu, rapidamente, chamei a Cá para ir junto e me defender. A esta altura, a situação já tinha virado piada entre mim e ela. A Bia continuava com aquele olhar apaixonado que eu evitava a todo custo encarar.

Naquela noite, quando a Bia me convidou para dormir na mesma cama que ela recusei e disse que ia dormir no chão, com a Cá porque tinha mais espaço. E assim foi! A Bia virou para o lado mau-humorada e não falou mais com a gente. Eu e a Cá deitamos no chão e eu me encaixei atrás dela. Naquela noite repeti o que a Bia tinha feito comigo algumas semanas antes e descobri que era fantástico ver alguém tendo prazer pelas suas mãos. A partir deste momento, embora a Bia não tenha gostado de ouvir a movimentação no chão, aos pés de sua cama, eu me sentia mais viva do que nunca.

Nos dias que se passaram, eu e a Carla dividimos a mesma cama, ora na minha casa, ora na dela. O terror que tinha sentido após a primeira vez com a Bia tinha passado e eu só queria viver ali, com a Cá, pra sempre.Sua mãos frias e suas unhas compridas me arrepiavam ao mais leve toque, fazendo com que a segurasse com força em meus braços. Seus olhos me provocavam em todos os lugares, inclusive na sala de aula, onde precisava me concentrar para não deixar que outras pessoas percebessem, inclusive a Bia, que desde então havia ficado um pouco arisca com a gente. Eu até percebia, mas eu era egoísta demais pra pensar no que ela estava sentindo. As aulas já estavam acabando e não precisaria mais acordar cedo ou perder meu tempo estudando.

Em uma manhã , quando a professora de química faltou e fomos dispensados mais cedo, saímos do colégio e tivemos a ideia de aceitar um jogar o jogo da verdade. O jogo era comum entre nós, principalmente nessa época, quando a gente quer saber o que os outros pensam e querem e queremos que os outros também tenham curiosidade sobre nós. Neste dia, só eu, a Cá e a Bia participamos. Estava claro que a Bia, quem tinha dado a ideia, queria arrancar da gente o que estava acontecendo.

Eu odiava machucar outras pessoas. Não sabia o que responderia se me fosse perguntado a respeito da Cá e, muito menos, se me perguntassem porque gostei de ficar com a Carla e não com a Beatriz. Nem eu sabia. Não estava apaixonada pela Cá, mas era delicioso ficar com ela. Éramos mais parecidas, existia uma provocação sexual mútua e sabíamos a hora de parar. A Bia não tinha limites, era mimada e queria sempre tudo do jeito dela. Senão, emburrava e não queria falar com mais ninguém. Pra mim, era simples. "Não quer conversar? Tchau!" E eu saía de perto.

Quando a garrafa rodou a primeira vez e apontou para mim, já comecei a rir, tentando disfarçar a tensão. Quem ia perguntar era a Bia e sabia que viria bomba. Ela não media as palavras e tinha prazer em te colocar em uma situação constrangedora.

- Está acontecendo alguma coisa entre você e a Carla? - perguntou sem pestanejar.

- Oi? - perguntei com um riso nervoso - Isso é pergunta que se faça? Assim, na lata?

- É jogo da verdade... Prefere consequência? - ela me respondeu em um tom provocador.

Nunca iria preferir uma consequência vinda da Bia, ela podia pedir qualquer coisa que eu nunca teria coragem de fazer. Até dançar na boquinha da garrafa era uma opção e eu não tinha perfil pra dançar esse tipo de coisa.

- Tudo bem... vamos lá... - respondi pausadamente, tentando encontrar as palavras certas. Olhei para a Carla e ela estava com o rosto corado, entregando antecipadamente a minha resposta. - É... a gente... como posso dizer? A gente tem "ficado" de vez em quando. - sem esperar uma reação girei a garrafa novamente e a garrrafa caiu apontando para a Bia, mas quem perguntava desta vez era a Carla.

- Por que você quer saber o que esta acontecendo entre a gente? Ciúme? - perguntou a Carla, provocativa, se vingando da pergunta anterior.

Bia ainda engolia seco a resposta anterior e vi suas bochechas corarem de raiva com a pergunta. 

- Não - respondeu com desdém - só achei que ela não ia ficar com outra menina depois da praia. O que significa que o problema foi comigo.

Eu não tinha o que dizer e não disse. As duas me olharam nessa hora e eu girei a garrrafa mais uma vez tentando dispersar a atenção. Agora era a vez da Bia perguntar para a Carla:

- Você gosta da Júlia?

- Claro que gosto - respondeu rapidamente

- Quero saber se está apaixonada por ela? - insistiu a Bia.

Cortei a conversa e disse que essa já era outra pergunta. Girei a garrafa e era a minha vez de perguntar para a Bia.

- Você ainda está apaixonada? - perguntei sem brincadeira, olhando nos seus olhos. Ela desviou o olhar e disse que não queria mais brincar.

Ela foi para o canto da área onde estávamos e sentou-se na mureta. A casa era um bar abandonado e a área não tinha portão, assim muitos alunos acabavam indo ali para se jogar no chão e ouvir música, jogar baralho, namorar ou só conversar. Pedi para a Cá esperar um pouco e fui conversar com a Bia. Sabia que ela estava triste e não sabia se podia fazer alguma coisa pra consertar a situação.

- O que está acontecendo, Bia? Não quero brigar... sei que me afastei desde que voltamos da praia, mas é porque eu estava confusa e não sabia o que pensar. Você me mandou aquela carta que me deixou mais desesperada. Não era o que eu queria pra mim. Não queria gostar do que aconteceu.

- Então você gostou? - ela perguntou com os olhos brilhando.

- Claro que gostei, foi por isso que me afastei. Precisava saber o que estava acontecendo...

- E saiu correndo para os braços da Cá?!? - Disse com irritação

- Não foi isso, aconteceu, assim como aconteceu com você. Eu precisava tomar uma iniciativa, saber como era estar no controle, saber se eu gostava de menina ou se era só prazer sem culpa.

Ela assentiu com a cabeça e perguntou:

- E descobriu? 

- Não! Mas está gostoso, não posso negar - e soltei um sorriso sacana que ela conhecia.

Voltamos para perto da Carla e já estávamos mais descontraídas. Já tinha combinado de ir pra casa da Cá naquela tarde e prometi pra Bia que iria na casa dela no dia seguinte.

Não sabia onde estava me metendo, mas não queria magoar a Bia nem deixar de ficar com a Cá. E desse jeito comecei a minha vida dupla. Um dia ia pra casa da Cá e no outro pra casa da Bia. Elas sabiam o que acontecia, mas como não existia compromisso e esse negócio de ficar com outra menina não era sério, ninguém se incomodava.

Nas idas a casa da Cá, acabei conhecendo boa parte de sua família e todos gostavam de mim porque eu era uma menina educada e inteligente. Tinha as melhores notas no colégio e várias vezes nos trancávamos no quarto com a desculpa de ir estudar. Lógico que nunca abrimos um livro, mas também não deixamos nossas notas caírem. A Bia já não tinha as melhores notas, estava sempre com dificuldades e não conseguia se concentrar nas aulas. E a situação continuou igual, menos o fato que agora fazia todos os trabalhos com a gente e conseguia notas melhores em grupo.

Nossos namoros "sem sal" do colégio ficaram pra trás e não nos preocupávamos muito. Queríamos nos divertir, passar trotes nos meninos, jogar video-game, fazer churrasco e esperar a hora de ir p cama.

Um dia, estávamos as três na casa da Cá e resolvemos passar um trote por telefone no seu primo. Eu não o conhecia, mas a Bia, que era uma "tarada", dizia que ele era um gato e que ainda ia ficar com ele. Na verdade, ela queria todo mundo, mas não era o tipo de menina que os meninos queriam namorar, então, logo a fama de "galinha" se espalhou e ela acabou "pegando" todos os meninos da escola, mas nada durava. A gente nunca sabia o que ela fazia com os meninos, pois ora inventava ora falava a verdade e nunca sabíamos no que acreditar. Eu e a Bia ainda dormíamos juntas, mas eu não conseguia tocá-la e como era sempre ela que me procurava, não me sentia na obrigação. Ao contrário do que acontecia com a Carla, éramos quase namoradas. Nos beijávamos com paixão, sentíamos necessidade de estar juntas, não cansávamos nunca e ainda dormíamos de mãos dadas.

Neste dia, na casa da Carla, liguei para seu primo e comecei a cantá-lo por telefone, dizendo que estava apaixonada e inventando histórias a partir do que elas me falavam sobre ele. O nome dele era Bernardo e já tinha 18 anos. Conversamos um bom tempo antes de contar que era um trote. Ele era um menino muito simpático e aceitou numa boa a brincadeira. Fui conhecê-lo de verdade alguns dias depois, enquanto jogava video-game na casa da Cá. Ele começou a ir mais na casa de sua prima e logo já estava participando dos nossos churrascos com seu melhor amigo, o Guilherme.

As festas de fim de ano estavam chegando e a Bia me convidou para voltar a Camboriú passar os primeiros 15 dias do ano por lá.

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capítulo 3:
Rita
Rita

Em: 15/02/2017

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