--Nossa hoje já é sexta? Vamos sair? – Geraldo perguntou animado

--Eu vou está de plantão – Valeria responde

--Só vou se for para beber – Estela disse colocando os pés sobre a própria mesa

--Eu topo, vamos Thi?

--Não estou afim, vão e divirtam-se.

--Vamos em casa antes?

--Não vamos direto para lá não estou afim de me arrumar mesmo.

--Eu estou limpinho, fui para casa na hora do almoço e me troquei, sou uma mocinha cheirosa – Geraldo despertou os sorrisos dos demais.

--Por que tínhamos que vim numa balada? Não poderíamos ter ficado em um barzinho?

--Não é muito chato, vamos ficar aqui paradinhas no bar enchendo a cara. – Geraldo disse para a amiga já erguendo o copo no bar da boate, depois de vários drinks , a medica já estava um pouco alta.

--Um brinde a minha vida amorosa que sempre foi uma bela merd* – Disse a medica erguendo o copo.

--Ai chefinha, não fala assim.

--Como não vou falar assim? Deixa-me te provar o que falei com os fatos, aos 15 conheci o meu primeiro amor, ate hoje foi o sentimento mais forte e bonito que tive então ela não aguentou a homofobia dos pais e se matou, depois que cosigo desencanar e voltar a curti novamente descubro que minha melhor amiga está apaixonada por mim e vejo que também gosto dela, dai embarcamos em um lindo relacionamento de 10 anos, depois desse tempo todo descubro que estou levando um belíssimo par de chifres, então minha vida amorosa é um fracasso.

--Ao menos você já amou, já sentiu esse fogo que é amar e ser amado, eu não sei o que é isso.

--Mas pode descobrir.

--Como assim?

--Tem um belo rapaz que não para de olhar pra ti, e ele é um gato.

--Serio em que lado?

--Do meu esquerdo, não olha agora, agora vai- O rapaz virou discretamente e viu o rapaz o encarando.

--A garota que ele está também é linda, vamos chegar neles?

--Não estou muito afim prefiro ficar aqui, vai lá.

--Não, só vou se você for – Disse olhando novamente para o rapaz que levantou o copo em sinal de cumprimento. —Ai como ele é lindo – Fez carinha de choro

--Está bem, só vou chamar ela para dançar uma musica depois volto para aqui.

--Ai que tudo, te amo chefinha, vamos lá – Eles foram ate eles e se apresentaram, depois de um tempo Estela convidou a garota para dançar, elas foram para pista e ficaram em um canto conversando a garota sempre que dava tocava a cintura, cabelos e braços de Estela, que ate achou a garota linda se estivesse realmente na onda ficaria com ela facilmente, mas sem ela esperar sentiu uma mão lhe puxar, só conseguiu ver quem era quando já estavam em um canto.

--Você ficou louca?

--Não estou louca, só queria saber o que é isso? Primeiro aquela garota lá na academia, agora esse projeto de vadia, o que você quer esfregar na minha cara que pega quem quiser?

--Ei calma ai, quem você pensa que é para me questionar de algo? Primeiro eu não ti devo satisfação da minha vida, e segundo eu faço o que bem entender, ficou maluca em me puxar assim? Que levar em vez de um chute um soco no meio da cara?

--Não fala assim senão eu – Estava com os olhos negros a encarando, enfurecidos

--Senão eu o que? O que vai fazer? Fala!- Estela não conseguia afastar-se daquele olhar, mas não a deixava por cima

--Senão... Er... Senão eu vou... – Puxou a loira pelo braço e a beijou, um beijo forte, cheio de desejo, Estela não conseguiu fazer outra coisa a não ser retribuir com a mesma intensidade, Elis forçou um pouco o corpo da loira que encostou na parede, suas línguas se tocavam com desejo, um fogo que fazia os corpos queimarem, foram interrompidas pela vibração do celular de Elis tocando insistentemente. –Droga, eu tenho que atender – Afastou-se um pouco e pegou o celular. –OI... não estou aqui sim, já subo.... Tudo certo – Desligou o celular e olhou para a mulher que a encarava.

--Vou ter que ir, está na minha hora de subir, me espera? – Pediu para a medica que deve uma imensa vontade de ceder, dai lembrou-se das palavras duras da outra.

--Claro que não, eu não vou cair nesse teu joguinho, não sou dessas que quando você tem vontade leva para o primeiro motelzinho que encontra. – Deu as costas e saiu, deixando a mulher ali parada, Estela ligou para Geraldo que não atendeu, mandou uma mensagem falando que já estava indo para casa e entrou no primeiro taxi que encontrou.

--Droga ela está pensando o que? Não sou nenhuma dessas garotas fúteis, que vai está aos pés dela a seu bel prazer, se eu quiser sex* eu vou atrás e consigo sem muito esforço – Estela resmungava ainda dentro do carro.

--Falou alguma coisa senhora? – Perguntou o taxista, ela negou e voltou a seus pensamentos, ao chegar em casa tomou um banho e deitou-se, passou a noite sonhado com Elis, primeiro sonhou brigando com ela, depois elas fazendo amor, acordou com o corpo em brasas e não conseguiu mais dormir.

Fim do capítulo