--Bom dia Estela, a senhora acordou cedo.

--Foi, Soraia quero procurar uma academia para mim, faz um bom tempo que não malho, alguma indicação?

--Sim tem uma bem grande dizem ser a melhor da capital.

--Me leva lá? Ou está muito ocupada?

--Pode ir já preparei tudo aqui – Severina disse para a sobrinha

--Tudo bem tia, vou trocar de roupa. – A garota foi trocar de roupa enquanto Estela tomava seu café da manhã, logo após saíram para o caminho indicado pela jovem.

--Ela parece ser bem equipada mesmo.

--É a mais famosa do Recife – Elas foram ate a recepção logo uma das responsáveis apresentava a academia.

--Vocês tem aulas de artes marciais?

--Sim senhora temos, Judo, muay thai e jiu jitsu, agora mesmo estamos tendo aula de muay thai, gostaria de ver?

--Gostaria sim, vamos Soraia?

--Então como disse a senhora temos nas três modalidades, turmas femininas, masculinas e mistas e ainda são dividas entre iniciantes e com já alguma pratica a senhora já pratica algumas delas?

--Sim no Judo sou faixa verde e no Jiu jitsu sou marron treino desde criança.

--Que legal a senhora vai adorar o treinador, bem aqui são as aulas mistas, lá trás ficam os tatames – A mulher mostrava a loira que observava a tudo, porem assim que olhou para o ringue seus olhos foram atraídos por um par de olhos negros que a encarava, a luta foi interrompido por um chute no rosto de Elis que caiu desacordada.

--Elis- Estela correu e rapidamente entrou no ringue.

--Ei abram, deem espaço – Um homem alto e muito forte falou afastando alguns alunos que rodearam a mulher desmaiada.

--Eu não tive culpa, pensei que ela fosse desviar – O homem que a golpeou disse preocupado.

--Ei acorda – O homem alto que pareceu ser o professor disse dando tapinhas no rosto dela.

--Ela está sangrando – Disse retirando vagarosamente o capacete de proteção.

--É eu estou vendo cuidado, não retire o capacete assim.

--Eu sou medica fique tranquilo sei o que estou fazendo – Estela disse para o professor.

--Oi, não foi um sonho- Elis disse sorrindo para a loira, todos que rodeavam começaram a sorrir.

--Não foi você foi derrubada perdeu a atenção, agora vamos na enfermaria ver esse corte.- O treinador disse

--Estela é você?- Perguntou olhando para a loira.

--Sou eu, consegui levantar?  Vamos para o hospital, vamos fazer uma tomografia agora.

--Não precisa, eu estou bem – Disse sentando e colocando a mão no canto na bochecha que estava cortada.

--Como não precisa? Você desmaiou, temos que ver se não causou nenhum dano.

--Não causou, fique tranquila, não foi a primeira vez que isso aconteceu comigo. – Disse retirando as luvas

--Então vamos ate a enfermaria para eu ver esse corte

--Ela vai sim, vamos pessoal voltar à aula. – O professor disse ajudando ela a descer do ringue.

--Vamos a enfermaria é por aqui. – A moça que estava apresentando o local a Estela apontou para uma sala ao lado, logo a enfermeira veio para ver o que houve, logo reconheceu a medica.

--Doutora Estela ? – Olhou espantada -- Algum problema ?

--Já me conhece?

--Sim senhora, dou plantão no hospital.

--Ótimo, me trás os materiais eu mesmo limpo por favor

--Claro - ela entregou luvas, algodão, gases e os matérias para limpeza de ferimento.

--Não foi muito fundo – Estela disse olhando para o corte enquanto Elis apenas olhava para os olhos da loira.

--Vai precisar de sutura doutora? – A enfermeira perguntou

--Não, só um curativo pequeno para não sangrar, vai arder – Colocou a gases ensopada de antisséptico.

--Auu! Doeu – Disse encarando a medica. –Não dá para assoprar?  - Na hora Estela teve vontade de sorrir com a carinha que a outra fez, porem lembrou-se do quanto ela foi bruta com ela.

--Não, já acabou lembre-se de lavar direito para não infeccionar – Disse tirando as luvas e dando as costas para ela. – Onde faço a matricula? – Perguntou olhando para a mulher que estava acompanhando-a.

--Venha comigo, eu acompanho a senhora.

--Estela espera, quero falar com você. –Elis levantou e pegou no braço da loira.

--Eu estou ocupada – Retirou o braço da mulher e saiu caminhando com a funcionária da academia, lá ela se matriculou para tanto para malhar quanto para as aulas de Jiu jitsu.

--Obrigada por nos escolher ate breve – A simpática atendente disse sorrindo.

--Estela me escuta, preciso falar com você – Elis com uma mochila nas costa esperava em frente da sala onde a medica estava.

--Eu não tenho nada para falar com você- Disse caminhando para o seu carro

--Tem sim Estela, por favor, me escuta. -  Já estavam no estacionamento.

--Estela, eu a procurei e não achei – Soraia disse aproximando-se.

--Claro linda, vamos – Disse sorrindo para a jovem que não entendeu nada. –Como ia ti falando estou ocupada, e não tenho nada o que falar com você.- Saiu andando com Soraia que não estava entendendo nada. –Desculpas Soraia só estava tentando me livrar dela. – A garota começou a sorrir.

--Ela me olhou tão feio, achei que iria pular no meu pescoço – Estela começou a sorrir junto.

--Nada, não tenho nada com ela, novamente me desculpa não podia ter feito o que eu fiz.

--Não tem problemas, será que ela creditou que eu era sua namorada?

--Não sei se acreditou, mas não me importa – Voltaram para casa e assim que chegaram encontraram Valeria e Laura na piscina aos beijos.

--Ei olha o respeito, tem de menor no recinto – Disse olhando para Soraia que olhava envergonhada para a cena.

--Desculpas, não vi vocês chegando – Valeria disse afastando-se

--Licença vou ajudar a minha tia – A jovem disse saindo para a casa.

--Você não está pegando a de menor não é? – Valeria perguntou assim que a loira aproximou-se.

--Lógico que não, ao menos é não é isso que a Elis acha – Sorriu --Ela me acompanhou ate uma academia.

--Como assim não é isso que a Elis acha?

--Eu a encontrei na academia e ela queria conversar comigo, dai fingir estar com a garota para ela me deixar em paz.

--Que safada ainda queria conversar depois do que falou?

--Isso mesmo Val, desculpa Laura sei que ela é sua amiga, mas é muito descaramento dela.

--Eu não estou entendendo a Elis, ela é a pessoa mais doce que eu conheço, não sei por que ela falou aquelas coisa para você.

--Não sei o motivo, mas falou, agora deixa-me subir que para vela eu preciso de muito ainda, vou dá uma voltinha no Recife antigo depois, Laura a Fran me convidou para um show que você a contratou o que é?

--Uma apresentação que fazemos anualmente para levantar fundos para a ala de oncologia da santa casa, reunimos artesanatos que as mães e crianças fazem, e tem as apresentações das crianças.

--Que legal vai ser quando?

--Sábado, finalzinho da tarde.

--Pronto eu irei, ela pediu com tanto carinho, ate mais tarde.

--Vai, daqui a pouco vamos para a casa de Laura.

--Divirtam-se e cuidado que o horário não permite fazer certas coisas na piscina – Saiu sorrindo e deixando as amigas na piscina, foi para seu quarto e aproveitou para ligar para sua afilhada.

--Então meu anjo como está se sentindo?

--Eu estou indo tia, a mãe fica resmungando a toda hora, tenho ate evitado ficar em casa, quando não estou na casa das avós estou trancada no quarto praticando ou com a Gaby.

--Não se preocupa meu amor, ela vai se acostumar e vai ver o quanto está errada.

--O remédio que a tia Milla passou é ótimo, não estou enjoando a toda hora. – Conversaram por quase uma hora, Estela foi almoçar, não encontrou nem Thiago nem Geraldo, foi ate o escritório e começou a analisar uns papeis do hospital, assim que percebeu que já passava das cinco da tarde trocou de roupa e foi dá uma volta, resolveu ligar para o uber lhe levar, lá chegando começou a caminhar comprou um sorvete e ficou olhando para as tantas pessoas que estavam ali, vários jovens conversando, alguns casais namorando logo uma rodinha de jovens sentados no chão tocando violão lhe chamou atenção, três garotas e quarto garotos, ela viu Leo no centro com um dos violões, resolveu não se aproximar não iria se meter entre os jovens, depois de algumas musica ele levantou esticando a coluna e viu Estela parada em um dos bancos, ela já nem olhava mais em direção ao grupo.

--Estela, que surpresa – Leo aproximou-se.

--Oi meu querido, como está? – Deu dois beijinhos nele.

--Estou bem sim, está perdida por aqui?

--Sim estava trabalhando demais, para não pirar vim dá uma volta.

--E sozinha? – Ela afirmou com a cabeça  -- Estou com uma turma ali quer se juntar a nós?

--Não, estou velha para isso e outra vou para casa amanhã tenho muito trabalho, como está a Fran?

--Ela está melhor, quando eu sair estava ensaiando para a apresentação dela.

--Apresentação não, show – Falou e sorriram.

--Vou lá então ate outra hora.

--Ate, se cuida – Deu dois beijinhos nela e saiu, Estela caminhou mais um pouco e decidiu ir para casa, assim que chegou foi para o quarto já na cama ao fecha os olhos lembrou da cara de manha que Elis fez ao sentir a dor, Como pode ser tão linda,  pensou e depois cochilou.

A semana passou rápido, Estela estava a cada dia mais entrosada com toda a burocracia do hospital, sempre estava em contato com a mãe e o irmão que a ajudavam, no meio da semana foi ver Fran que estava fazendo exames, mas mal olhou para a mãe da garota

 

 

 

-- Gaby eu não entendo você, correu atrás da minha irmã agora que ela quer você fica se saindo o que aconteceu?

--Ka é que ela acha que estou apaixonada por ela e não vou iludir ninguém, você sabe que não sou de se apaixonar e ela é uma garota legal, não vou fazê-la sofrer.

--Gaby eu não te entendo, devia deixar rolar, mas como não quer vamos comer alguma coisa que estou morrendo de fome.

--Eu também a minha aula de hoje foi bem cansativa.

--E a minha também, vamos chegar lá na lanchonete. – Sentaram na lanchonete da faculdade, pediram alguns sanduiches e continuaram conversando.

--Eu não sei o motivo daquela patricinha loira não para de olhar para cá, pelo que eu saiba ela é hetero – Kaline se referia a Nayara.

--Ela é uma bela FDP. – Gaby que não tinha engolido ate o momento o que a garota tinha aprontado com sua mãe.

--O que ela fez para você ter tanta raiva dela, acho que ela só quer que uma de nós coma ela – Disse Enquanto mordia o seu sanduiche

--Eu não como aquela vadia nem se fosse a ultima mulher do mundo e deixa ela para lá, não quero perder minha paciência– Voltou sua atenção para seu celular que anunciava uma nova mensagem.

--Nossa que sorriso é esse?

--Sorriso nenhum, só uma garota conhecida da família, mandou um vídeo do pé dela a coitada caiu na paulista eu e a Paola que a socorreu.

--E?

--E o que?

--Ela é gostosa?

--Ai ela tem uns dezesseis anos e parece que é hetero.

--Ta bem, vou acreditar- Kaline disse sorrindo.

--Deixa de ser chata, vamos ou não para a festa mais tarde?

--Essas calouradas só dão em merd*, lembra da ultima?

--Não foi culpa minha, não sabia que a garota tinha namorado, ela que deu encima de mim.

--E quase apanhei tentando segurar aquele troglodita.

--Depois ficou bebendo com ele enquanto ele chorava por me ver pegando a namorada dele – Disse sorrindo

--Coitado, ele estava com dor de corno – Sorriu

--Então nos encontramos lá?

--Claro que sim, vou chamar a Ritinha ela disse que estava em duvida se iria ou não.

--Já disse que enquanto você não pegar essa garota ela vai ficar fazendo jogo duro.

--O que você quer que eu faça agarre ela?

--Não apenas a conquiste, tanto que eu te ensino – Gaby balançou a cabeça sorrindo.

--Você é uma conquistadora isso sim, nem parece a que é filha da tia Milla ela é toda seria.

--Mas sou neta de Emile Aquino minha querida, ela me ensinou tudo que eu precisava saber sobre como conquistar uma mulher e outra eu tenho esse rostinho bonito que ajuda não é mesmo? – Sorriu

--Sua idiota, vai voltar para aula ou já largou?

--Larguei, vou ao banheiro, me espera que já volto. – Foi para o banheiro, após  sair do reservado encontrou a loira a encarando

--Bem que você não é de se jogar fora, prefiro as mais velhas, mas você ate que é bem... – Olhou Gaby de cima a baixo – Gostosinha – O sangue de Gaby ferveu e sem a outra esperar ela a agarrou a prensando contra a pia.

--É isso que você quer não é garota? – Segurou o queixo dela com força e ficou bem próximo da boca dela. – Você quer que eu te foda não é? Mas eu não vou fazer isso, eu repudio mulheres assim igual você, me enojo – Afastou dela, lavou as mãos deixando a garota ali.

--Nossa que cara é essa?

--A Naiara foi me provocar no banheiro, estou indo ate mais tarde – Pegou sua bolsa e saiu encontrou a mãe no Estacionamento.

--Oi filha já largou?

--Larguei sim, vai para casa?

--Vou sim, ficarei com os gêmeos hoje. Estou em falta com eles.

--Quero contar uma coisa a senhora, te encontro em casa. – Camila afirmou com a cabeça e saíram para casa.

-- Então filha o que houve? – Camila ao chegar foi direto para o quarto da filha que chegou antes dela.

--Oi mãe, é que a Naiara me interceptou no banheiro hoje, veio com uma conversa mole.

--E você ? não me diga que você...

--NÃO! – Não esperou a mãe acabar de falar – Logico que não, disse a ela que não ficaria com ela nem que fosse a ultima garota do mundo, só te falei por que a senhora pediu para dizer se ela tentasse algo.

--Tudo bem, foi bom você ter falado, essa garota é perigosa demais.

--Eu não suporto essa menina, ai que saco.

--Eu sei, só evita contato com ela

--Por mim quero só distancia

-- Faça isso, vou dá uma voltinha com os meninos quer ir?

--Não eu vou na calourada da galera de Administração.

--Está bem só não se meta em confusão.

--Tá bem, não se preocupe – Camila deu um beijo na bochecha da filha e saiu do quarto, Gaby então pegou o seu celular e viu uma mensagem da Livia, desejando uma boa tarde então ela resolveu puxar papo.

--Boa tarde para você também, então fazendo o que de bom?

--Nada estudando para as provas.

--Acaba esse ano?

--Não só ano que vem, infelizmente morro de vontade de entrar na faculdade, deve ser tudo de bom.

--É legal, mas o ensino médio é mais divertido.

--Eu não acho um monte de pirralho chato.

--Eu curtia mais no ensino médio.

--Eu não curto, aposto que você namorou muito na escola.

--Namorar não, mas fiquei muito isso pode ter certeza.

--Imagino, que sim... – Elas ficaram um bom  tempo de conversa ate Gaby despedir-se para ir a tal festa, após trocar de roupa passou na casa da amiga e foram juntas para a festa que já estava rolando a todo vapor

--Eu acho que vou me dá bem hoje, olha só aquela gatinha ali me dando maior trela.

--Vai lá agora ver se não assusta a menina – Sorriu e a amiga se afastou, ela pegou um copo de refrigerante e ficou em um cantinho vendo a movimentação da festa, ate que sentiu alguém a abraçar pelas costas e sussurrar em seu ouvido:

--Hoje só fez me deixar na vontade sabia? – Mordeu o lóbulo da orelha dela que ao associar a voz a sua dona se desfez do contato imediatamente.

--Ficou maluca , não quero saber de você, não entendeu isso?  - Disse olhando para ela,

--Também não precisar falar assim eu só acho você gata – Começou a chorar, e Gaby ficou sem saber o que fazer.

--Ei calma eu só não quero nada com você, afinal você aprontou com a minha mãe, nunca iria querer alguém que fez uma sujeirada  daquelas.

--Tudo bem não precisa me humilhar sei que não me quer – E saiu correndo.

--Agora pronto, que droga odeio ver mulher chorar – Respirou fundo e foi atrás da outra, não encontrou ela em lugar algum, deu nos ombros e voltou para a festa, lá encontrou uma garota que já tinha ficado e não se fez de rogada ao ver que a garota estava querendo sair dali para “diverti-se” em outro lugar.

 

--Não é melhor ir lá para casa? – A garota perguntou assim que viu Gaby guiar o carro para dentro de um motel.

--Não gata aqui ficamos mais a vontade – Fez um carinho nos cabelos dela, após algumas horas dois corpos ofegantes tentavam recuperar suas forças.

--Nossa Gaby bem que poderíamos sair mais vezes não é?

--Claro que dá, você é incrível, mas agora vou ter que ir estou de castigo não posso dormir fora de casa. – Deu um beijo na garota e levantou indo para o banheiro tomou um banho, trocou de roupa e chamou a garota para irem embora, ainda passaram alguns minutos em frente da casa da garota e partiu para casa, ao chegar encontrou Elise também chegando do restaurante.

--Na farra ate agora filha?

--Foi mãe estava numa festa da faculdade. – Elise encarou a filha preocupava-se que ela nunca tinha namorado serio e também nunca falará de alguém que estava gostando, sempre foi curtição para ela.

--Vamos comer alguma besteira?  - Gaby abraçou a mãe e seguiu ate a cozinha.

--Nossa Gaby ela ao menos era bonita, por que esse perfume não dá – Disse ao sentir o cheiro da garota na filha.

--Era mãe, uma gata. – Sorriu

--Bem temos sorvete de morango, e mouse de chocolate. – Elise colocou as vasilhas no balcão. –Acho que eu vou querer os dois – Serviu-se

-- Eu também – A mãe a serviu e sentou-se ao seu lado no mesmo balcão.

--Sabe filha eu conheci sua mãe bem nova, mas como você sabe nos separamos, mesmo eu a amando não vou dizer que o tempo que fiquei separada dela fui uma santa, eu me divertir muito, mas eu procurava ficar com uma garota que me fazia bem, ate tive alguns namoros bem duradouros, mas meu coração pediu pela a baixinha e voltei para ela – Deu um sorriso de lembrando do passado. – Mas eu não entendo você, nunca te vi se apegar a ninguém, você já se apaixonou alguma vez?

--Não sei mãe acho que nunca, nem sei como é amar, acho que não nasci para isso.

--Não filha todos nós nascemos para amar, eu só acho que não chegou ninguém que te prendesse.

--Eu acho que não conseguiria me prender a alguém, acho lindo o amor sabe? Passar a vida inteira com a mesma pessoa dividir tudo com ela, mas acho que não é para mim não consigo me centrar em apenas uma pessoa, dai prefiro ficar assim se é para fazer outra pessoa sofrer eu prefiro ficar na minha, coloca mais para mim? – Pediu para a mãe que colocou.

--Mas você vai ver no dia que se apaixonar de verdade não vai ter espaço para ninguém mais na sua vida. – Parou de falar ao ver Camila entrar na cozinha

--Festinha de madrugada e nem me chamam? – Camila disse olhando o que elas estavam comendo.

--Só estamos jogando conversa fora mesmo, quer amor – Ofereceu a colher cheia a mulher que aceitou

--Isso é bom – Apoiou-se no meio das pernas de Elise.

--Continuando a conversa, será que vou conseguir um dia ficar com apenas uma garota, sem dá bola para mais nenhuma? – Gaby disse fazendo uma cara de pensativa e as mães sorriram

-- Como eu disse se realmente amar uma pessoa não vai ter espaço para outra.

--E como eu saberei que estou amando?

--Quando você não conseguir tirar a outra pessoa da cabeça, quando tudo que você faz leva a pensar na pessoa, quando você fecha os olhos e sua cabeça lhe leva para junto da outra, e apenas com isso seu coração se alegra de tal forma que não consegue esconder que sua vida não depende mais exclusivamente de você e sim de um complemento para estar plenamente feliz – Camila disse e Elise abraçou seu pescoço.

--Isso foi profundo – Gaby sorriu

--Não filha foi romântico – Elise beijou o pescoço de Camila

-- Acho que vou dormir e deixar vocês duas aqui com o romantismo de companhia – Beijou as mães e foi para seu quarto.

--Escreve o que eu vou falar, no dia que ela se apaixonar será um amor que nem ela saberá mensurar – Elise disse sorrindo

--Também acho princesa, agora vamos lá para cima que você precisa retribuir o romantismo

 

--Concordo plenamente – Elise desceu e subiram para o quarto.

Fim do capítulo