Capítulo 11 - Julgamento, surpresas e admiração
Tentei manter a minha cabeça ocupada para não pensar no acontecido em meu quarto, mas estava quase impossível. Troquei a colcha, quase acabei com um vidro de perfume para apagar o cheiro de Fernanda que se apossou de tudo. Evitei vê-la durante os dias seguintes, mas soube que um pequeno grupo de alunos da faculdade foi escolhido para assistir ao julgamento de Helena Mendes e eu estou entre eles, graças ao Antônio. O caso aconteceu há três meses, mas havia toda uma pressão pelo fato da vítima ser um policial militar. A imprensa de Curitiba estava incansavelmente em cima como um bando de abutres. Maria Fernanda acreditava que havia muito mais por trás de tudo aquilo.
“Ela estaria certa?”
24 de março.
- Não acredito que estamos aqui. – Marilia estava muito empolgada. – Isso é excitante demais.
- Inacreditável... – Seria a primeira vez que veria Maria Fernanda em uma audiência e estava estupidamente nervosa. – Isso é chato. – observava a Fernanda, sentada ao lado da acusada e do outro lado um estagiário. Os fios castanhos, quase loiros, estavam presos em uma trança que terminava próximo ao bumbum, um blazer preto cafona com uma blusa branca de botões por dentro, acompanhada por uma saia e um scarpin preto. Ela era insuportavelmente metida.
“E linda...”
- Você é chata. – Marilia retrucou. – Maria Fernanda é muito gata. Isso tá mesmo acontecendo?
Rolei os olhos.
- Todos de pé para receber a excelentíssima Joana Marta Figueiredo. – Uma das juízas mais renomadas do estado entrou no tribunal. A mulher exalava poder e intimidação.
A audiência começou e ninguém ousava ao menos piscar. As coisas pareciam feias para a acusada, mas Maria Fernanda parecia inabalável. Foram ouvidas as testemunhas, que eras nulas ao favor da acusada e a vítima. O pai da Helena a olhava em todo momento durante a sua narração. Chorou e disse que apesar de amar a filha, não iria sair a seu favor naquele crime. Até que a acusada, que já havia se declarado culpada há algum tempo atrás, foi chamada. Um reboliço se iniciou, mas logo foi contido pela juíza. O advogado de acusação foi implacável em suas perguntas, mas a calmaria de Fernanda era invejável.
- Sem mais perguntas, meritíssima. – O advogado do pai de Helena Mendes sorriu vitorioso. Olhou para Fernanda e piscou de forma debochada. Sabia que a Maria deveria ter revirado os olhos. Quis rir com essa constatação.
Quando os malditos olhos não eram revirados para mim, até que me divertia.
- Advogada de defensa é a sua vez. – Maria levantou em sua pose de dona do mundo. Teria revirado meus olhos, se eu não estivesse imóvel a observando andar pelo tribunal fudidamente poderosa e sexy.
“Que porr* estou pensando?”.
Perdi a noção, só pode.
- Senhorita Mendes, você se considera culpada ou inocente da acusação que lhe é projetada? – um burburinho se iniciou. Como Maria Fernanda lança uma pergunta dessas? O objetivo não era defender Helena?
- Culpada. – Helena olhava para a loira que havia ido contratar Maria. Franzi meu cenho e algo veio em minha mente.
- Silêncio! Silêncio... – a juíza pediu. Marilia estava parecendo criança ao meu lado.
- Sossega, Marilia... – cutuquei.
- Isso é muito excitante. – Balancei a cabeça em negativo.
- Está agora disposta a contar a sua versão do ocorrido, senhorita Mendes? – Fernanda perguntou firme.
- Sim... – seu olhar correu para os pais, um homem de pele clara e cabelos quase inexistentes, deveria ter quase um e noventa de altura. Ele era um pouco assustador. E sua mulher, que vi nos jornais, de cabelos encaracolados e pele morena clara. Lembrava bastante a Helena. Vi tanto ressentimento no olhar da mesma. A juíza teve de intervir mais algumas vezes.
- Prossiga... – fez um gesto com a mão.
- Há três anos, o meu pai descobriu que eu namorava uma mulher... – todos fizeram um som em surpresa. Ela falou tão firme e sem constrangimento algum. Me lembrou a Maria no dia em que me disse que era lésbica.
- Protesto meritíssima. O que isso tem a ver com o caso? – o advogado interviu.
- O que minha cliente tem a dizer é de extrema importância, meritíssima. – Fernanda lançou um olhar de desdém para o advogado de defesa. – Tudo o que ela tem a dizer é.
- Essa garota é tão foda! – Marilia disse com admiração.
“Foda mesmo.”
Acho que suspirei.
- Protesto negado. – A juíza foi firme. – Prossiga. Quero ouvir o que a ré tem a dizer...
- Como eu estava dizendo, meus pais descobriram que eu namorava Lorena Alcântara. – Vi um brilho nos olhos daquela mulher em direção a loira. – Por serem pessoas da igreja, eles me obrigaram a me afastar. Continuamos a nos encontrar as escondidas, mas uma semana depois eu não tive mais notícias da Lorena e exatamente um mês depois o meu pesadelo se iniciou... – agora havia ódio em sua expressão e olhar. Pude ver a sua mão, que estava sobre o corrimão a sua frente, se fechar. – Meu pai, homem da lei e temente a Deus, passou a fazer visitas constantes ao meu quarto durante a noite.
Fiquei chocada com a revelação. O povo se agitou no tribunal, a juíza pedia silêncio, enquanto os ânimos se exaltavam. Maria me olhou pela primeira vez em três dias. Sua calma era inabalável, me fazendo admira-la. Meu coração, inexplicavelmente, acelerou.
- Por essa eu não esperava. – Um dos garotos escolhidos cochichou para o outro ao meu lado.
- Que tipo de visitas, senhorita Mendes? – Fernanda perguntou assim que o silêncio voltou a reinar na sala. O júri não tirava a atenção de Helena.
- Visitas sexuais... – seus olhos se encheram de lágrimas.
- E por que a senhorita não o denunciou? – Fernanda perguntou. Tão segura de si. Respirei fundo.
- Denuncia-lo para quem? Para os amigos do distrito policial? Para a minha família que me acha uma abominação? Para a minha mãe submissa? Quem iria acreditar em uma garota de quinze anos? Quem iria acreditar que o “exemplo” de pai estava arruinando a minha vida por noites seguidas? – senti meu peito apertar com a declaração. Fernanda esperou a moça se acalmar e o burburinho parar.
- Isso é mentira! – o pai de Helena gritou.
- Senhor advogado, contenha o seu cliente. – A juíza foi firme. - Silêncio! – pediu impaciente.
- O que aconteceu no dia em que você atirou em seu pai? – Fernanda olhou para o homem. Seu olhar era de pura repulsa.
- Naquele dia eu estava completando dezoito anos. Peguei o carro dele durante a tarde e fui para uma área rural. Estava com a arma dele em mãos. – arregalei meus olhos. - Naquela tarde, eu covardemente tentei tirar a minha vida. – Meu Deus!
Meu Deus, meu Deus!
- Estava cansada e não poderia suportar mais aquilo. Três anos sendo abusada sexualmente pelo homem que deveria ser o meu herói. Eu estava exausta e vi ali uma oportunidade de fugir pra sempre. – os olhos da garota estavam nublados por lágrimas. Aquilo parecia história de filme de terror. - Tentei três vezes, mas a arma falhou. Certa que não conseguiria nada, voltei para casa, direto pro quarto. A casa estava vazia, eles estavam para a igreja, mas logo eu... eu ouvi um barulho e soube no mesmo momento que era ele, escondi a arma debaixo do travesseiro e o vi entrar já se despindo. Senti meu estomago embrulhar. Tirei a arma e apontei para ele, que me olhou descrente, com aquele sorriso nojento e avançou, eu atirei três vezes, mas somente dois tiros o acertaram. – Helena estava com o rosto molhado. O tribunal inteiro estava em choque com a revelação. – Eu só o queria longe de mim. Eu não aguentava mais nenhum segundo sequer... eu me sentia imunda...
- Meritíssima, isso tudo é apenas uma forma de denegrir a imagem de meu cliente. Peço que desconsidere cada palavra da acusada. – O advogado se pôs de pé. – Obviamente, é apenas uma acusação sem o menor cabimento. Meu cliente é um homem integro.
- Meritíssima, temos como provar que minha cliente agiu em legitima defesa e sobre os abusos ocorridos... – Maria Fernanda pegou alguns papeis e entregou para a juíza. – Esse é um pedido de teste de DNA. Peço extrema urgência para os resultados. Minha cliente está gravida de quatorze semanas do senhor Rodolfo Mendes.
O tribunal quase veio a baixo. Fernanda voltou para o seu lugar de forma altiva. O advogado de acusação parecia totalmente perdido. Fiquei surpresa com o talento inquestionável que a Maria Fernanda possuía. A reviravolta foi inesperada e causou um alvoroço na sala. Todos bestificados com a declaração da acusada.
- Além de linda é muito foda. – ouvi algum garoto dizer. Revirei meus olhos.
Maria Fernanda me olhou e eu senti o coração dar um solavanco dentro do peito. Ela sorriu, aquele sorriso torto de menina arteira. Tentei, mas não consegui ficar inume e então sorri de volta, de forma débil. Ela mordeu o lábio e eu quase esqueci de onde estávamos. O estagiário falou algo para ela e tomou sua atenção.
- O que foi isso? – Marilia cochichou em meu ouvido.
- Isso o que? – perguntei confusa.
- Esse ar quase sufocante de tesão entre você e a Maria Fernanda? - arregalei meus olhos.
- Tá louca, Marilia? – ela sorriu de lado.
- Estou quase certa que sua calcinha está derretendo. – Ela riu baixinho.
- Você só pode ter perdido o juízo. – A olhei feio, mas ela não sabia o quanto estava certa. – Deve ser a sua. Toda caidinha pela pobretona.
- Sei, você acha mesmo que engana alguém. – Piscou para mim, ignorando meus dizeres. – Quando quiser falar, estarei aqui.
- Cala a boca, Marilia. – A empurrei de leve.
- O tribunal entra em recesso até às nove horas da próxima segunda-feira. – A juíza decretou.
****
Foi um pouco complicado sair do tribunal pelo alvoroço de repórteres na entrada. Marilia me segurava firme pelo braço. Nos despedimos no momento em que chegamos ao estacionamento. Na verdade, eu estava fugindo de qualquer tipo de conversa com ela. Suas palavras ecoavam de forma chata em minha cabeça. Cheguei em casa e fui direto para a cozinha.
- Menina, cadê a Nanda? – Ângela, que estava lavando algo na pia, perguntou.
- Acho que daqui a pouco ela chega. – dei de ombros. – O que tem para o almoço?
- Fiz carne com batatas, arroz branco e uma salada com bastante tomate. Do jeito que você e a Nanda gostam. – Meu estomago fez festa.
- Menina, que reviravolta. – Maicon entrou na cozinha.
- Do que tá falando homem? – Ângela se virou.
- Do caso que a menina Nanda pegou. – Foquei minha atenção no que era dito. – A moça que estava sendo julgada era abusada pelo pai.
- Meu Deus! – Ângela levou a mão na boca. – Em que mundo vivemos?
- Infelizmente, Ângela, o mundo está do avesso. – comentei e tive a atenção dos dois. – Eu vi o sofrimento que essa menina carregava nos olhos.
- Minha filha. Que dor por essa moça. Espero que esse canalha pague pelo que fez. – Ângela ficou zangada.
- Eu pegava um cara desses e cortava aquilo lá. – Maicon respirou pesado.
- Se existe mesmo justiça no Brasil, ele irá pagar. – Peguei uma rodela de tomate. – Vou tomar banho e já desço pra comer.
- Não demora. – Ela mandou.
Tomei um banho rápido, troquei de roupa e antes de descer, ainda falei alguns minutos com o meu pai. Ele estava eufórico pelo caso que Maria pegou. Detesto admitir, mas eu estava orgulhosa da pobretona. Continuo não suportando direito, mas devo dar o braço a torcer, ela era boa no que fazia.
- Estou morrendo de fome. – escutei a voz dela vinda da cozinha. – Ângela do céu. Isso tá delicioso.
- Deixe um pouco pra mim. – falei assim que entrei. Fernanda me olhou sorrindo e eu mais uma vez retribuir.
- Tem o suficiente para repetir, até... – Ângela pôs a minha frente um prato com o almoço assim que sentei do outro lado da mesa, ficando de frente para a Fernanda.
- Você foi fantástica. – falei e até me assustei com minhas próprias palavras. Ela me olhou demoradamente. Senti que até Ângela ficou surpresa.
- Obrigada. – olhar analítico. – Acho que estou até passando mal com esse elogio. Alguém me abana, por favor.
- Não pode receber um simples elogio sem estragar tudo? – ela gargalhou.
- Você fica uma graça quando se zanga. – Senti minha face arder. Corei absurdamente. – Uma graça.
- Eu sou um amor. Eu sei disso. – falei para sair da saia justa. Ela sorriu torto, me olhando da mesma forma que me olhou há três dias atrás, quando nós beijamos em meu quarto.
“Aquele beijo...”
Desviei meus olhos dos dela. A impressão que eu tinha era a de estar nua diante daquelas írises castanhas.
- Menina, aquele moço bonito está na sala. – Nem tinha percebido que Ângela havia saído ou até mesmo ouvir o interfone. – Homem lindo. Que bom gosto você tem menina.
- Eu já irei até lá, Ângela... – não queria, mas acabei encarando a Fernanda. Seu rosto, que antes estava sereno, agora estava fechado. Desviou o olhar do meu e levantou, pegando a sua bolsa. – Você não terminou... – me atrevi a dizer.
- Fiquei sem vontade. – deu de ombros, mas não me olhou. Me senti incomodada com aquela atitude.
- O que foi? – ela parou na porta. Eu não sabia de onde estava saindo aquela coragem toda.
- Estou com dor de cabeça. – Sua voz era fria. – Bom apetite, Alice... – algo me dizia que ela não estava falando da comida. Não me deu tempo de dizer mais nada.
- Que droga! – joguei o talher sobre o prato. – Que merd* é essa?
Perdi totalmente a vontade de comer. Fui receber o Ricardo, que parecia feliz em me ver. Me esforcei para não parecer indiferente. Não queria ficar na sala, na verdade, eu não queria que Fernanda me visse com ele ali. Eu não estava entendendo a mim mesma.
- Tudo bem, Alice? – Ricardo me perguntou. Estávamos deitados em minha cama. Ele propôs ver um filme o qual eu não estava prestando a mínima atenção.
- Desculpe. Estava pensando na audiência de hoje. – Menti na cara dura.
- Nossa, aquilo foi muito inesperado. Gostaria ter visto. – Ele fazia carinho em meu braço e eu não sentia nada com aquilo.
- Você iria gostar. Foi muito forte... – falei e não pude deixar de lembrar da maestria de Fernanda no tribunal.
- Ouvi meu pai se rasgar em elogios para a Maria Fernanda. – Fechei meus olhos. – Ela é muito boa no que faz.
- Sim, ela é.
Passei a dar atenção ao filme e depois de mais alguns, me despedi de Ricardo. Ele me beijou animado antes de ir embora, mas retribui no automático. Aproveitei que estava lá embaixo, fui para a cozinha e desejei encontrar Fernanda ali.
- O que é isso? – passei as mãos pelos meus cabelos e os baguncei.
Comi algo e subi para tentar dormir. Minha cabeça estava fervilhando com tantas coisas ao mesmo tempo. E no silencio daquela casa, peguei no sono, acordando com o barulho chato do alarme do meu celular. Aquela sexta amanheceu nublada. Tomei um banho rápido e desci para tomar café, mas parei assim que ouvi a voz de Ângela.
- É amanhã... – ela parecia triste.
“O que tinha amanhã?”
- Essa menina já sofreu tanto, Ângela. Não merecia nada disso. – Maicon falou com o mesmo tom de voz.
- Tadinha da minha menina. A Nanda vai precisar de nós. – eu não estava entendendo nada. – Você sabe como ela fica nas datas do aniversário da mãe ou do pai.
- Sei sim mulher. A menina se isola. Vamos tentar mantê-la alegrinha. – Maicon falou carinhoso.
Eu já vi uma vez, quando ela ainda morava com o meu pai, o seu estado no aniversário de sua mãe. Fernanda se trancou no quarto e só saiu de lá dois dias depois. Lembro que os meus pais ficaram muito preocupados com ela.
- Amanhã é o aniversário da mãe dela. – sussurrei.
Entrei na cozinha como se não houvesse ouvido nenhuma palavra. Cumprimentei os dois e tomei meu café. Sai antes de ver a Maria Fernanda. Cheguei à faculdade e Ricardo me esperava na entrada. Não sabia ao certo o que tínhamos e nem se queria ter algo sério com ele. Minha cabeça era um péssimo lugar para se estar naquele momento.
- Bom dia... – ele me beijou os lábios de leve.
- Bom dia. – Tentei ser doce.
- A Marilia tá na lanchonete. Vamos lá? – ele segurou a minha mão. Fiquei incomodada, mas não recusei o gesto.
- Vamos sim...
Marilia estava com Ronni e o Rafa. Sentamos com eles, que falavam sobre o ocorrido de ontem. Estavam todos caídos de amores pela Fernanda. Tive que aguentar os olhares sugestivos de Marilia para cima de mim.
- Você não me engana...
Foi o que ela me disse antes de irmos para as aulas. O assunto na cozinha hoje mais cedo se repetia incansavelmente em minha cabeça. Tentei expulsar tudo e me concentrar no que era dito pelo professor.
- Almoça na minha casa? – Ricardo me perguntou, assim que saímos da faculdade.
- Não será estranho? – Ricardo queria mesmo algo sério e aquilo me assustava.
- Por que estranho? – ele me abraçou pela cintura. – Vamos lá. Aceita...
Naquele momento, vi um carro conhecido sendo estacionado. Fiquei imóvel quando a Fernanda saiu do veículo. Usava uma calça jeans azul apertada, uma regata preta e os cabelos estavam presos em um coque. Nossos olhares se encontram como dois raios. Senti um solavanco no peito e logo em seguida uma raiva sem explicação quando a Carolina também saiu do carro. Ela me olhou por mais alguns segundos, até por os ósculos que estavam em sua mão.
- Vamos sim. Vou adora almoçar com você.
Beijei Ricardo como nunca havia feito antes, movida por algo totalmente desconhecido para mim. Quando o soltei, Fernanda não estava mais lá. Uma sensação muito chata se apossou de do meu interior.
Chegamos à casa de Ricardo. Na verdade, era uma mansão em uma área nobre de Curitiba. Almoçamos entre conversas leves e as várias tentativas de perguntas mais pessoais de Ricardo. O loiro parecia disposto a me conhecer e por mais que eu quisesse, uma grande parte de mim gritava a plenos pulmões me chamando de tola.
Percebi que desde o dia em que Fernanda e eu trans*mos, a minha cabeça que deveria estar ocupada pela traição do meu ex-namorado ou até mesmo cogitando um relacionamento com o loiro lindo a minha frente, só sabia pensar na pobretona. Toda a confusão instalada na minha mente tinha como centro as lembranças daquela noite de bebedeira. O acontecido em seu quarto. As provocações, as conversas mais serias.
O beijo...
Aquele beijo.
- Tudo bem aí? – Ricardo me roubou um selinho. – Alice, você ainda pensa em seu ex? Desculpe se estou sendo muito chato. Eu gosto muito de você, mas sinto que tá tão distante. Por favor, me diga o que se passa. Eu não quero forçar nada... – ela me olhava com o ar triste. Me senti muito culpada.
- Eu não penso em meu ex... eu... – respirei fundo. – Pra ser sincera com você, Ricardo, eu não sei o que se passa comigo. – Ele me olhou e sorriu gentil.
- Você pode conversar comigo, Alice. Quando se sentir confortável, eu estarei aqui pra te ouvir.
Fiquei olhando para aquele homem maravilhoso e pensando em como eu não podia estar perdida de amores por ele. Definitivamente, eu precisava conversar com alguém ou iria explodir. Carregar tantos questionamentos estava me fazendo muito mal.
Fim do capítulo
bom dia...
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lay colombo
Em: 27/03/2017
Conversa com a Marília logo pra ela dizer q vc tem q se jogar nessa história com a Nanda.
Teresa
Em: 23/01/2017
A Nanda arrasou! Perfect *-*
Coitado do cara ele gosta da Alice, é uma pena que ela goste da Nanda, ou não né neste caso a Nanda também gosta dela então é correspondido :)
Resposta do autor:
Foi mesmooooo ela é Foda. rsrsrs
É uma confusão entre esses três, mas uma
hora isso se resolve. kkkk
Bjs
Luh.
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lenna11
Em: 23/01/2017
A Nanda é sem comentários oh mulher demais!
A Aly coitada tá mais confusa do que cego em cinema kkkk, entendo ela, é muito difícil vc passa a vida "certa " do que quer e de repente se encontra assim com sentimentos tão conflitantes dentro de si isso não é fácil de li dar, acho que ela ainda vai enfiar muito os pés pelas mãos antes de admitir o que tá sentindo!
Resposta do autor:
Elaaaaa é fodaaaa mesmo, adorável.
Aly com receio do que sente, isso é novo
pra ela, no fundo ela gosta da Nanda e sabe disso.
Serááá vamos aguardar os próximos caps.
Bjs
Luh.
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LiaB
Em: 23/01/2017
Caras! Já disse que amo vocês hoje? Não?
Pô, vocês são Mara!! B)
Fantástico autoras!
Nanda meu Crush s2
Aly querida, tbm te amo, mas quanto tempo ainda para se decidir bem? Cuidado para não se machucar e machucar a Nanda :'( .
Essa Carol..I don't like Her.
Beijo gatas! :*
Resposta do autor:
Ainda não, mais pode falar de novooo. rsrsrs
Ownn valeuuuuuuuu anjo.
Mais uma para o fã clube Nanda. kkkk
Vamos torcer pra Aly se decidir logo.
e ninguém se machucar.
Carol é legal. kkkk
Beijos linda
LUH.
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Sandra Bruna
Em: 23/01/2017
Amandoooooo cada vez mais! Pode atualizar a estória todos os dias, nem vou reclamar u.u
Continuaaaaa
Resposta do autor:
Obaaaaaaaaa que continue amandooooo
maissssssssss.
Vou ver aqui com a Leh, e te falo ok?
Logo voltamosssss
Bjs
LUH.
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purcina
Em: 23/01/2017
Nanda ja sabe que está apaixonada por Aly. Agora Aly ta confusa, espero que ela pare de agir por impulsos, assim acaba magoando a Nanda. Não vejo a hora ler elas juntas de novo, porque isso é o melhor de tudo. Espero que Nanda não fique mal no dia do aniversario da mãe dela, é tão bom ver ela adorada por todos. Luh e Leh, voltem logo hein, grande beijo e uma otima tarde.
Resposta do autor:
Nanda já tem certeza sim. kkkk agora a Aly
é um poço de confusa. Espero que elas se acertem
e que ninguém saia machucada.
A Nanda é uma mulher maravilhosa.
merece tudo de bom.
voltamos em breve com mais.
Beijos anjo.
LUH.
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Larissa 18
Em: 23/01/2017
PELO AMOR DE DEUS....
Não faz isso com a gente que capítulo foi esse! Ansiosa, nervosa ...
Próximo capítulo urgente
pfv!!!
Resposta do autor:
CALMA MOÇAAA, CONTROLA A ANSIEDADE...RSRSRSRS
BOM, QUE VC GOSTOU.
LOGO ESTAREMOS DE VOLTA. KKK
Beijos
LUH.
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MAYA
Em: 23/01/2017
Vcs super arrasam autoras, mandaram mt nesse cap. Será o que vai rolar no aniversario da mae da Nanda, tomara que a Aly de apoio a ela e que possam ficar juntas como no ultimo cap. Um pouco de paz sempre bom, só estão se machucando agindo assim. Principalmente Aly fazendo ciumes na Nanda. Bjsss
Resposta do autor:
Obaaaaa que alegria linda vc ter gostado.
ahhhhhhh valeu.
O que será que esse Niver aguarda ??
ele promete isso é fato. rsrsrsrs
A Aly só esta confusa com tudo que tem sentido.
Bjs anjo
LUH.
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Tazinha
Em: 23/01/2017
Genteeeeeee
Chorei com esse julgamento, que homem escroto.
Maria tão fodastica, todos babando por ela. Pena que a Alice fez essa palhaçada no final.
Ansiosa pelo proximo cap logo, autoras lindas e genias.
Resposta do autor:
Gostouuuuuuuuuu
A Nanda foi demais néééé..? rsrsrs
mandou super bem.
logo voltamos com mais.
Bjs
LUH.
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Ana Luisa
Em: 23/01/2017
Maria Fernanda é tão maravilhosa, perfeita demais. Espero que a Aly não apronte nada de ruim no dia do aniversário da mãe dela, porque ela não merece.
Beijos, voltem logo
Resposta do autor:
Concordo com vc, a Nanda é incrível.
A Aly não é a vilã, elas só se desentendem
coisa delas, no fundo ela é uma guria gente boa. kkkk
Beijos
LUH.
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Naahdrigues
Em: 23/01/2017
Tem como não se apaixonar pela Nanda? Não tem velho, essa mulher é fantástica, por acaso ela existe?
Queria saber dá onde vocês tiram essas ideias, esse enredo maravilhoso.
Beijos
Resposta do autor:
haus... claro que existe...
ela tá bem perto, muie... tu sabe que sim... rs
um super beijo
Leh
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Japa
Em: 23/01/2017
Poxa Aly, pra que fazer isso? Só magoando a Fernanda quando se agarra com esse bababca na frente dela. Espero que isso não as afaste uma da outra!
Resposta do autor:
a forma que as duas vão se unir será bem lindo...
elas precisam disso para amadurecer...
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Julia_Sz
Em: 23/01/2017
Como não se apaixonar pela Maria Fernanda, Alice tá caidinha mas não cede, a história tá muito boa.
E que julgamento hein, Nanda toda sexy, vamos ver quem vai dar um braço a torcer primeiro.
Bjs meninas continuem escrevendo porque vocês arrasam ;)
Resposta do autor:
haus...
obrigada minha linda...
fico muito satisfeita que goste... fazemo com carinho...
A Nanda tá deixando a Aly louca rsrrs até Marilia já percebeu.
um super beijo...
Leh
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JulianaS
Em: 23/01/2017
Que reviravolta no julgamento!!
Que pena que elas não conseguem falar sobre o que está acontecendo e fica se machucando.
A história está ótima??‘???‘?
Resposta do autor:
segura o coração meu anjo...
amor e ódio ainda vão duelar em você...
mas, acredito eu que ainda vai ficar feliz com algumas coisinhas ao longo...
logo tem mais...
beijos Juliana
Leh
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patty-321
Em: 23/01/2017
Bom dia. Foi fodastico o julgamento. Que pai salafrário, com certeza achava q ia fazer a filha deixar de ser lésbica. Idiota. Alice tá caidinha mas a confusão tá formada na cabeça dela. Bjs.
Resposta do autor:
bom... hoje em dia está tudo do avesso e em muitos casos o inimigo mora dentro da nossa própria casa...
Aly ainda vai surpreender...
ela é uma boa pessoa...
beijos Patty.
Leh
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