A família formada por Jeannine, Layza e Vitória passou a contar com a presença de Totó; o belo mascote de quatro patas alegrava a todos e a criança além de brincar com ele, também adorava cuidar com carinho do cãozinho, que se tornou um grande companheiro da menina. Aos poucos a saúde emocional e mental de Jeannine se equilibrou, contando sempre com o apoio profissional de Vinicius e principalmente com todo o amor de suas mães. Já sobre a saúde física, Vitória obteve todos os prontuários da criança, contatou colegas da área médica e estudou sobre todo o histórico de Jeannine. Felizmente todas as cirurgias realizadas foram bem sucedidas, as vacinas já tinham sido regularizadas e dali para frente só era necessário acompanhar o seu desenvolvimento. Jeannine passou a utilizar óculos para corrigir um pequeno estrabismo, visando evitar problemas futuros. Com relação aos estudos, ela foi matriculada no colégio que os seus tios atuam, Layza e Vitória analisaram toda a estrutura do mesmo e gostaram bastante. Além disso, a menina se sentia mais segura, já que tinha a presença de Luiz e Mieko no ambiente escolar. Jeannine apresentou alguns problemas de aprendizagem, devido a uma dislexia, afetando especialmente a leitura, Lay passou a cuidar com afinco desta questão e a criança começou um tratamento fonoaudiológico. Cercada de cuidados e afetos, Jeannine passou a ser feliz.

Em um sábado de manhã, Lay acordou cedo tomou uma vitamina e foi fazer seu habitual exercício matinal, no retorno ajudou Vitória no preparo do café da manhã, quando estavam terminando, ouviram Jeannine reclamando:

 

- Totó, que coisa mais feia e quando a mãe Vi ver isso, você vai levar uma bronca.

 

- Jeannine, tudo bem? (a morena perguntou).

 

- Mães, bom dia! O Totó pegou meu chinelinho e estragou (reclamou fazendo bico e entrando na cozinha descalça).

 

- Bom dia filha! Na semana passada foi o meu tênis. Hoje seu chinelo, este cachorro esta terrível (falou Lay).

 

- Coloca ele de castigo, igual eu fiquei quando desobedeci e quebrei o som (sugeriu Jeannine).

 

- Vou dar uns tapas nele isso sim (disse Lay).

 

- Não! Bater não é a solução (interviu Vitória).

 

- Você diz isso porque ele ainda não destruiu nada seu (a morena protestou).

 

- Na verdade não foi só o meu. Ele pegou um salto da mãe Vi também e levou para o quintal (a criança contou).

 

- Que cachorro terrível, salto é caro, não quero nem ver qual ele estragou (lamentou).

 

- Minha ruiva, agora estou autorizada a ir lá dar uns tapas nele?

 

- Nada disso Lay, vou ligar no pet shop e pedir o contato de um adestrador. Assim ele fica comportado e evitemos problemas. Jeannine, bom dia e vamos tomar café.

 

- Mas e meu chinelo? Era o que eu mais gostava.

 

- Você tem outro novo, agora vamos comer antes que esfrie tudo (decretou).

 

Elas estavam começando a fazer o desjejum matinal, quando o telefone residencial tocou, Lay atendeu, era Luiz avisando que estava indo para a casa delas e em aproximadamente vinte minutos ele chegou.

 

- Bom dia! Desculpa vir tão cedo, mas precisava conversar com vocês (Luiz falou cumprimentando a cunhada).

 

- Bom dia! Lu, você é de casa fique a vontade (disse a ruiva).

 

- Mano, tudo certo? (perguntou Lay abraçando o irmão).

 

- Sim. Tenho uma notícia. Cadê a Jeannine?

 

- Oi tio, eu estava pegando outro chinelo, o Totó estragou o meu (revelou a menina entrando na sala).

 

- Bom dia minha sobrinha linda. Eu vim te contar algo muito importante (ele falou a pegando no colo).

 

- É da escola? (a criança perguntou toda curiosa).

 

- Não, nem é da escola. É muito melhor.

 

- O que? Eu quero saber!

 

Lay e Vitória estavam observando em silêncio o diálogo do tio com a sobrinha.

 

- Você quer ter um amiguinho para brincar com você? (ele sondou).

 

- Quero! Gosto de brincar.

 

- Vou te dar um priminho (ele contou todo feliz).

 

- O que é priminho? (a criança perguntou).

 

- Luiz, que história é essa? (Lay perguntou exaltada).

 

- A Mieko esta grávida (ele respondeu).

 

- Como assim? Você chega logo cedo aqui e joga esta notícia em cima de nós. Porque você não me ligou? (Lay questionou perplexa).

 

- A gestação foi confirmada ontem no final da tarde. A noite eu e ela nos acertamos, foi muito tumultuado, não consegui ligar e por isso vim logo cedo (ele começou a se explicar).

 

- Meu Deus! (exclamou Lay).

 

- Tio Lu eu ainda não entendi o que é priminho (Jeannine voltou a falar).

 

- Filha, mamãe te explica, vamos no seu quarto escovar os dentes, arrumar o cabelo e tirar este pijama, enquanto isso seu tio conversa com a mãe Lay (a ruiva esclareceu pegando a criança e seguindo para o quarto).

 

- Mano, senta e me explica tudo isso agora!

 

- Lay, a Mieko teve um enjoo ontem depois do almoço, mas depois passou. Mais tarde nós estavamos na academia e ela quase desmaiou. Achamos melhor ir ao hospital só para saber se estava tudo bem, se era só do calor ou pressão baixa, alguma coisa do tipo. O médico da emergência pediu exame de sangue, aguardamos o resultado e depois veio a notícia, ela está grávida. Eu vou ser pai (narrou todo sorridente).

 

- E a Mieko esta bem? Porque você não trouxe ela contigo?

 

- Ela esta bem sim, ficou assutada, chorou bastante, foi um susto. Nós estavamos nos previnindo. No começo eu usava camisinha, mas depois de alguns meses fiz exames e como estava tudo certo deixei de usar. Já ela, foi no ginecologista e estava usando um método contraceptivo. Porém aconteceu, agora ela já esta mais calma e agora de manhã a deixei na casa dela. Neste momento ela deve estar contando para os meus sogros.

 

- Você fala tuo isso assim tranquilamente? Você tinha que estar com ela!

 

- Ela preferiu assim, queria falar com eles antes e sozinha. Mais tarde eu vou para lá e também conversarei com eles, ela quer casar antes que a barriga comece a aparecer muito.

 

- E você quer casar?

 

- Claro que quero. A sugestão do casamento foi minha, eu não quero apenas assumir a criança, amo a Mieko, quero ela morando comigo e sendo a minha esposa.

 

- Manda parar tudo que eu vou descer. Irmão nunca imaginei ouvir tudo isso de ti (Lay estava muito surpresa).

 

- Vou assumir todas as minhas responsabilidades, estou quase chegando nos meus trinta e cinco anos, como diz nossa mãe ja esta passando da hora de eu dar um neto para ela.

 

- Parabéns! Eu vou ser tia! (Lay pulou nos braços do irmão).

 

- Mana eu estou tão feliz.

 

- Estou percebendo e eu estarei sempre do seu lado. Já contou para a dona Conceição? Ela vai dar pulos de alegria.

 

- Ainda não, saindo daqui já passo lá e depois vou para casa da Mieko.

 

- Eu quero ir contigo para ver a reação dos nossos pais.

 

- Beleza!

 

Vitória retornou para a sala, viu que os irmãos alviverde estavam felizes e perguntou:

 

- Conversaram? Já podemos comemorar?

 

- Sim! Amor, vamos comemorar bastante, seremos tias (festejou Lay).

 

- Cunhado parabéns e faço questão de ser a pediatra do seu filho.

 

- Vitória obrigada e será um privilégio. Você já explicou para a Jeannine?

 

- Sim e ela também esta radiante. Eu pedi para ela ficar brincando um pouco no quarto e vim ver se vocês já tinham terminado de conversar.

 

- Amor, quero ver a reação dos meus pais quando o Lu contar e ele vai lá daqui a pouco. Vamos com ele?

 

- Podemos ir sim.

 

Os adultos e a criança seguiram para a casa de Bernardo e Conceição. A senhora e o senhor Furtanatty ficaram muito felizes com a notícia de que seriam avós novamente.

 

- Que alegria! Primeiro a Lay e agora você Luiz. Já sou a avó mais feliz que existe. Só esta faltando o casamento.

 

- Mãe, ontem eu e a Mieko decidimos que vamos casar no civil e fazer uma reunião familiar, convidando também uns amigos mais próximos.

 

- É Deus e todos os santos ouvindo minhas preces. Finalmente meu filho criou juízo e vai casar. Layza e Vitória, vocês já estão praticamente casadas, já esta na hora de oficializar também (afirmou Conceição a casamenteira).

 

- Pronto, já sobrou para a ovelha colorida da família. Mãe o papo é com o Lu, me deixe! (Lay se esquivou).

 

- Viu só Conceição, ela nem quer casar comigo (Vitória reclamou).

 

- Amor, não é nada disso. Nós já temos a nossa família constituída (disse Lay).

 

- Mas ainda não casamos oficialmente, nossas alianças continuam nas nossas mãos direitas, como duas namoradas (a ruiva salientou).

 

- Podemos fazer as duas celebrações de matrimônio no mesmo dia (sugeriu Bernardo que até então somente acompanhava a conversa e nada tinha falado).

 

- Papai, é todo caladão, mas quando resolve se manifestar quer promover um casamento (destacou Luiz).

 

- Vitória se para você oficializar é importante, se torna importante para mim também, pois te amo muito. Já notei que meus pais apoiam e estão torcendo muito por isso, sendo assim: ruiva, casa comigo? (Lay pediu com um lindo sorriso).

 

- Sim! (Vitória consentiu já muito emocionada abraçando sua amada).

 

- Bernardo, nossos dois filhos vão casar. Que alegria!

 

- Conceição, finalmente todos os seus sonhos se realizando.

 

- E agora eu preciso ir para a casa da Mieko, quero conversar com os pais dela (disse Luiz já se despedindo).

 

- Amor, melhor a gente também ir para casa, aproveitar que hoje é sábado e no final do dia, se possível podemos viajar para Campinas.

 

- Lay, ótima ideia! Meus pais vão amar.

 

Durante a viagem, elas explicaram tudo para Jeannine, que amou e gostou de saber que ela em um belo vestido carregaria as alianças das mães. Vera e Vitor ficaram contentíssimos e fizeram um delicioso jantar para comemorar.

Após revelar todas as novidades para as famílias, começaram a conversar sobre os preparativos dos casamentos.

 

...continua!

 

 

 

Dueto: perdurável

O amor surgiu entre Lay e Vitória num Dueto romântico.

Perdurável: que tende a durar muito; que consegue durar por muito tempo; que perdura, ou seja, é durável.

Dueto: perdurável - será o título do próximo romance que narra a continuação desta história.

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo