Capítulo 22
Cada dia que se passava eu parecia ficar cada vez pior, Já se fazia um mês que a Luciana não me procurava, não me ligava, eu estava subindo pela as paredes.
Pensei em inúmeras vezes em desistir da Luciana e procurar outras garotas, até sai algumas vezes e conheci algumas meninas bem legais, mas eu vi que aquilo não iria da certo, eu não tirava a Luciana da cabeça, eu realmente amo muito essa mulher. Sabe quando o coração dói o peito fica apertado? Bem, é assim que eu me sinto todos os dias.
Soube que a cirurgia da dona Márcia já foi realizada e ela está bem se recuperando em casa, agora vamos ver se a Luciana vai cumprir com o que ela me prometeu.
Esperei aproximadamente um mês para procurar a Luciana novamente para ela não inventar mais nenhuma desculpa e não me mandar embora.
Como da outra vez eu fui até a casa do meu pai de manhã quando ele não estava, e o estranho e que eu não encontrei a Luciana, na manhã seguinte eu voltei novamente e também não a encontrei, eu já estava ficando preocupada, onde será que ela se meteu. Fui até a casa da Luciana e a dona Márcia me recebeu com um grande sorriso, mas o seu semblante era triste.
-- A Luciana está aqui?- perguntei a ela assim que nos sentamos no sofá.
-- Está, mas ela me pediu para não deixar ninguém entrar no quarto dela.
-- Por que? o que está acontecendo?- Eu já estava apavorada meu corpo todo começou a tremer.
-- Ela me pediu para não te contar nada.
-- Por favor dona Márcia eu preciso saber o que está acontecendo.
-- Eu não posso te contar.- pousou a mão sobre a minha perna e pediu que eu me acalmasse. Eu estava em estado de choque meu coração parecia querer sair pela boca a qualquer instante.
-- Se você não me levar até ela eu vou ir por conta própria.- alterei o tom de voz e me levantei.-- Eu vou até ela, eu preciso saber o que está acontecendo.
-- Tudo bem, eu vou levar você até ela.- Assenti e ela me levou até o corredor onde ficam os quartos.
Dona Márcia deu duas leves batidas na porta e como não obteve resposta, entrou e me chamou para entrar.
Assim que entrei meu mundo pareceu desabar, Luciana estava dormido, a sua aparência era horrível, ela aparentava estar doente, ela também emagreceu, está diferente da Luciana que eu conheci.
-- O que ouve com ela.- deixei uma lágrima cair e enxuguei rapidamente.
Ela me encarou por alguns segundos e me respondeu.
-- Ela está muito doente.- Falou com os olhos marejados.
-- Qual é a doença?
-- Câncer.
Meu mundo pareceu desabar de novo, tudo estava se passando em câmera lenta na minha cabeça. Não pode ser, a mulher da minha vida está com câncer.
-- É muito grave dona Márcia?- Falei enquanto observava a Luciana atentamente.
-- Nos ainda não sabemos.
-- É parecido com o câncer que a senhora teve?
-- Provavelmente.
-- Eu posso ficar aqui até ela acordar? Eu prometo que não vou incomoda-la.
-- Pode ficar sim, fique a vontade.
-- Muito obrigada dona Marcia.- esbocei um pequeno sorriso como forma de agradecimento.
-- Você gosta muito dela não é?
-- A senhora não imagina o tanto que eu gosto da sua filha.
-- Você parece ser uma Boa pessoa, quem dera se o Cezar fosse igual a você.
-- Eu achei que você gostasse dele.
-- Eu achei que ele era uma Boa pessoa, mas pelo visto não é.
-- O que aconteceu?
-- Ele terminou com a Luciana só por que ela está com câncer. Você não sabia de nada?
-- Pelo menos uma notícia Boa no dia.
-- Como assim?- franziu o cenho.
-- Meu pai é um traste já era para a Luciana ter se separado dele a muito tempo. Mas a senhora pode ficar tranquila, eu não vou ficar longe da Luciana um dia se quer, eu vou estar aqui para tudo que a Luciana precisar.
-- Muito obrigada minha filha, mas por que eles não se separam desde o início?
-- Depois a Luciana te conta com calma.
-- Tudo bem. Eu tenho que fazer alguns serviços domésticos, mas você pode ficar aqui o tempo que você quiser.
-- Muito obrigada dona Márcia.
-- Obrigada você, por ser tão atenciosa com a minha filha. Pode ficar a vontade.- Assenti e ela se retirou.
Puxei uma cadeira e me sentei ao lado da cama e segurei a mão da minha amada Luciana enquanto ela dormia em um sono profundo. É tão ruim vê-la nesse estado, ela está muito abatida, mas mesmo assim ela ainda está linda.
Fiquei ao lado dela até ela despertar, e assim que ela me viu apertou minha mão e aparentou ficar surpresa ao me ver.
-- Oi.- Falei simpática depois de sorrir.
-- Eu não quero que você me veja assim, eu estou horrorosa.- cobriu sua cabeça com o edredom e eu logo a descobri.
-- Você é linda de qualquer jeito.
-- A quanto tempo você está aqui?
-- Umas meia hora.- segurei sua mão e dei um beijo no dorso.
-- Sério Fernanda eu não quero que você me veja assim.
-- Eu não vou sair do seu lado, eu vou cuidar de você, na saúde na doença, na riqueza na pobreza até que a morte nos separe, eu vou cuidar de você todos os dias, mesmo que você não queira, todos os dias eu vou vim te ver até você ficar completamente curada, eu vou te levar para minha casa e vou cuidar de você para sempre meu amor.
-- Eu te amo Fernanda.- Falou com os olhos marejados.
-- Eu também te amo meu amor.- Me aproximei ainda mais dela e a dei um selinho.
-- Eu achei que você também iria me abandonar.
-- Jamais. Eu te amo mais que tudo nessa vida.
-- Eu tenho que te pedir desculpas Fernanda, eu te deixei, mas você não me deixou quando eu precisei de você.
-- A culpa foi toda minha meu anjo, eu que devo te pedir desculpas. Mas vamos esquecer tudo isso, vamos pensar, no agora no presente. Como você está se sentindo?
-- Estou bem na medida do possível.- suspirou.-- eu vou ficar bem.
-- vai sim meu amor pode ter certeza disso.- Beijei o seu rosto.--- quando você vai ao médico?
-- Todos os dias exceto hoje.
-- Eu vou te levar todos dias.
-- Todos os dias?- franziu o cenho.
-- Sim meu anjo, todos os dias.
-- Muito obrigada Fernanda.- sorriu.
-- Obrigada você por existir na minha vida.- Ela se levantou me abraçou e sussurrou no meu ouvido:
-- Que bom que você voltou.- sorri e juntei nossas testas, olhei profundamente nos seus olhos e beijei seus lábios.
Fim do capítulo
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