Saí daquele sítio completamente arrasada, eu não estava acreditando que eu tinha perdido a Luciana de novo, até parece que á algo conspirando contra nós, por que tudo da errado? Por quê eu e a Luciana não podemos ficar juntas e pronto? sempre alguma coisa da errado, por que eu sou tão azarada assim meu Deus.

Fui andando até chegar em casa, eu andei muito, mas eu estava pouco me importando, minha cabeça estava em outro lugar. Cheguei em casa e logo fui tomar banho, eu amo sentir a água morna percorrendo o meu corpo quando estou triste, aliás eu acho que estou tomando banho de mais diariamente. Sai do banho e me deitei na minha cama ainda nua, e apenas me cobri com o edredom e tentei dormir para tentar esquecer tudo que aconteceu, mas como eu pressentia eu não consegui dormir, só depois de algumas horas eu consegui pegar no sono.

Logo de manhã assim que acordei a primeira coisa que veio em minha cabeça foi a Luciana e a discussão que nos tivemos, será que tudo que ela me falou é sério? Será que ela não quer nunca mais me ver? Eu acho que vou enlouquecer se eu ficar sem ela.  O que eu fazer agora?

Liguei diversas vezes para o celular da Luciana, a maioria das vezes a ligação caia na caixa postal, e algumas vezes eu sabia que ela encerava a ligação. Eu estava de mãos atadas não sabia o que fazer, a única opção que me resta é esperar até segunda-feira.  

Logo as seis da manhã acordei e fui tomar o meu banho como de costume. Avisei ao meu tio que eu iria chegar mais tarde e fui para casa do meu pai onde eu prometi a mim mesma que nunca mais pisaria os meus pés naquela casa desgraçada.

Tomei café em uma padaria que é bem perto da casa e fiquei esperando até o meu pai sair com o seu carro e assim que ele passou eu botei meu plano em ação.

Como eu já tinha a chave da casa entrar não foi um problema. Problema seria convencer a Luciana a voltar para mim.

Entrei de fininho, tentei fazer menos barulho possível para não assusta-la. A procurei pelo os cômodos da casa e não a encontrei, mas tinha só um lugar que eu não avia procurado, o banheiro. Fui até lá e pela porta escutei um barulho de chuveiro ela estava tomando banho.

Fiquei escorada na parede ao lado da porta e aguardei ela sair. Assim que ela saiu e me viu arregalou olhos e gritou assuntada e eu fiquei hipnotizada ao ver o seu corpo nu na minha frente assim que ela deixou toalha cair por causa do susto. Me lembrei da primeira vez em que eu a beijei, foi dessa mesma forma ela deixou a toalha cair e eu acabei a beijando, aquele dia foi inesquecível.

-- me desculpa eu não queria te assustar.- suspirei. Eu queria tanto beija-la.

-- o que você quer aqui Fernanda?.- levou a mão ao peito e suspirou.

-- eu preciso falar com você.

-- nos não temos mais nada para conversar.- ela tentou sair e eu a segurei pelo braço.

-- por favor Luciana me perdoa.- ajoelhei implorando.-- me desculpa, por favor me da só mais uma chance eu não sei viver sem você.

-- levanta Fernanda.- me puxou pelo os braços.-- eu não sei se eu posso confiar em você de novo, traição para mim é inadmissível.

-- eu prometo que nunca mais eu vou te trair, eu não sabia o que eu estava fazendo.

-- sabe Fernanda, você fala que você odeia tanto o seu pai por causa do jeito dele, mas para mim você está igual a ele, bebendo até ficar tonta e não saber o que está fazendo.

-- eu prometo que nunca mais eu vou beber para ficar tonta igual eu fiquei naquela noite.

-- não faça promessas que você não poça cumprir.

-- mas eu vou cumprir, eu nem gosto tanto de bebida assim.

-- isso não vem ao caso, o que você fez não tem perdão, eu confiei em você Fernanda, agora eu não sei se eu posso confiar de novo. Olha, eu acho melhor você ir embora, nos não temos mais nada pra conversar, eu não queria que fosse assim, mas você vai colher o que você plantou.- a puxei pela cintura e a beijei, eu não estava mais aguentando  aquela conversa.-- eu te amo.- murmurei enquanto a beijava.

-- eu também te amava.

-- então você não me ama mais?- colei nossas testas e fiz com que ela olhasse nos meus olhos.

-- acho melhor você ir.- desfez aquele nosso contato me empurrando pelo os ombros.

-- primeiro responda a minha pergunta. Você me ama Luciana?

-- vai embora Fernanda.- me pediu outra vez.

-- me responde.- alterei o tom de voz.

-- eu te amo Fernanda.- disse com os olhos marejados.

-- então por que você quer acabar com a nossa história, por que você quer acabar com a gente? eu gosto tanto de você, você  é a mulher da minha vida.

-- Fernanda por favor não complica as coisas.

-- E você que está complicado.

-- Eu tenho que pensar no que eu vou fazer.

-- não pensa em nada só volta pra mim meu amor.

-- eu acho melhor você ir embora Fernanda.

-- De novo você está me pedindo isso. Eu só vou embora depois de ganhar o que eu quero.- esbocei um sorriso safado.-- primeiro eu quero que você me perdoe, e  segundo eu quero que você faça amor comigo, você está me deixando louca nua assim na minha frente.

-- Não inventa Fernanda.- tentou se cobrir com a toalha, mas eu a impedi.

-- Vai eu sei que você quer.

-- Eu não quero nada.

-- Então vamos ver quanto tempo você vai conseguir resistir.- fui me aproximando lentamente do seu corpo enquanto ela me olhava com desejo.

-- Não Fernanda, nos não vamos ficar mais juntas, acho melhor você ir ou chamo seu pai.

-- Nossa estou morrendo de medo. Para de se fazer de difícil Luciana, não negue o amor que você sente por mim, eu vou te conquistar de volta a qualquer custo, eu preciso muito de você.- me aproximei ainda mais do seu corpo e a beijei e felizmente ela não se esquivou e o nosso beijo ficou repleto de desejo. Fomos nos beijando até o meu antigo quarto, a joguei sobre a cama e me deitei em seu corpo, aos poucos Luciana foi me despindo até eu estar completamente nua. Nos beijamos intensamente. Eu estava tão ansiosa tão confusa, meu coração batia tão forte, eu estava tão feliz em poder tela em meus braços novamente, poder sentir a sua pele macia na minha, sentir seu cheiro invadindo as minhas narinas é tão prazeroso, da vontade de me agarrar a ela e nunca a deixar.

Desci bem lentamente distribuído beijos em cada pedacinho do seu corpo até chegar na melhor parte, o seu sex*, me acomodei entre suas pernas, como eu amo ficar nessa posição e sentir o seu cheiro o seu gosto.

Comecei a passar minha língua em toda sua extensão começando de baixo para cima. A penetro com minha língua, Luciana quase grita de tanto prazer, vou para seu clit*ris e ficou ali até sentir o corpo dela percorrido por aqueles calafrios, aquelas correntes elétricas que o prazer provoca. Ela fechou as pernas e gozou. Subi e abracei a mulher da minha vida até o seu corpo se acalmar.

A vontade que eu tinha era de beija-la até a minha boca ficar dormente. Eu poderia ficar o dia todo aqui, só sentindo o corpo da minha mulher, não importa se ela se deita toda noite com outro homem, pra mim ela é minha mulher e de mais ninguém, meu coração é dela, é ela que eu amo e sempre vou amar.

Ela desce sua mão pelo meu corpo, chegando entre minhas pernas, toca meu sex* quase com impaciência, parece querer tanto. Sorri com o seu gesto, que bom que ela ainda me deseja. Ao senti o seu toque acho que o ar do mundo ficou insuficiente, minha respiração, sei lá desapareceu, eu estava super ofegante. Ela continuava me beijando, meu quadril se move ao encontro da sua mão. Ela entra, me penetra com dois dedos, eu paro de beijá-la e fecho os olhos  para sentir o seu toque. Ela continua me tocando lentamente, bem de leve, meus gemidos agora são altos, minha respiração o gozo, o desejo infinito sendo por um momento satisfeito.

Ficamos abraçadas namorando muito tempo até que a Luciana caiu em sí, Ela levanta, olha pra mim com aquela cara de quem não está entendendo nada.

-- aí Fernanda eu não sei o que eu faço com você.- levou as mãos a cabeça como se estivesse pensando em uma solução. Por que ela complica tanto, eu quero tanto que ela volte pra mim, que ela seja a Luciana de antes.

-- poxa Luciana me da mais uma chance, vamos voltar a ser quem  nos éramos antes, por favor, custa você me perdoar?- me virei e mirei seus olhos e suspirei.-- por que as coisas são tão difíceis?

-- foi você que quis assim, tudo isso é culpa sua, eu já te disse mil vezes que eu não suporto traição.

-- ah é você não suporta traição? Mas você me trai com o meu pai.- sorri irônica.

-- Mas é diferente.

-- Por que é diferente?

-- por que quando você me conheceu você sabia que eu e o seu pai estávamos juntos.

-- não inventa Luciana, uma coisa não justifica a outra, nos duas estamos erradas .

-- tá bom Fernanda, já que você pensa assim tudo bem, mas eu não penso assim. Olha eu não sei o que eu vou fazer em relação a nós duas, eu tenho que pensar.

-- tudo bem eu vou embora mais por favor me liga.- me sentei na cama e ela também se sentou enquanto me observava seriamente.

-- eu te ligo.

Me vesti e fui embora sem me despedir, eu não queria complicar ainda mais a minha cabeça.

Xxx

Logo que cheguei ao meu trabalho meu tio veio até a minha sala para falar comigo.

-- Oi Fernanda, está tudo bem? Sua cara está péssima.- cruzou os braços e me encarou como se quisesse descobrir no meu olhar o que estava acontecendo.

-- mais ou menos tio, eu estou passando por alguns problemas, mas não é nada de mais, o senhor não precisa se preocupar.

-- é alguma namoradinha?- esboçou um sorriso e se sentou.

-- é sim, ela está super brava comigo, ela está me deixando louca, mas eu também pisei na bola.

-- o que você fez?

-- eu fui pra cama com outra garota e ela descobriu.

-- ela tem razão de estar brava com você, Você gosta muito dela?

-- gosto muito, eu não sei mais viver sem ela.

-- entendo sei muito bem como é isso. Espero que vocês se acertem.

-- também espero.- suspirei.

-- eu quero conhecer essa garota em.- sorriu simpático.

-- quem sabe um dia. Fiquei imaginando como seria quando eu apresenta-se a Luciana como a minha namorada, minha família iria sustar, mas eu estou pouco me importando com que os outros iram pensar.

-- então tá bom, eu já vou indo. Fica bem.- se levantou e beijou minha testa. Quem me dera se ele fosse meu pai. Desde pequena eu sempre preferi meu tio ao invés do meu pai, quando eu era pequena eu até o chamava de pai.

Ele se retirou e eu acabei ficando sozinha com os meus pensamentos, eu odiava ficar tanto tempo pensando em pensamentos ruins isso absolutamente é meu ponto fraco, eu não consigo fazer nada quando estou assim.

Mais tarde quando cheguei em casa a Luciana me ligou e me disse que é melhor nos realmente darmos um tempo até as coisas se acertarem. Eu fiquei arrasada, literalmente destruída, mal conseguia levantar da cama, eu não sei viver sem ela.

Fim do capítulo