Por que a Luciana foi embora sem falar comigo? o que será que aconteceu? Será que o meu pai descobriu que nos temos um caso? Meu Deus Vai ser uma loucura.

 

Me levantei e me vesti as pressas, passei as mãos nos cabelos e Entreguei as chaves na recepção, sai daquele hotel praticamente correndo. Chamei um táxi pelo Celular, mas estava demorando uma eternidade para chegar, tentei ligar para a Luciana enquanto esperava, mas o número só caia na caixa postal, já estava ficando preocupada.

 

Graças a Deus o táxi chegou, pedi para o motorista andar o mais rápido que ele pudesse, e com isso entre poucos minutos, o senhor  me deixou no portão de casa.

 

Fiquei me preparando mentalmente para entrar, sinto que coisa boa não vem por aí. Apesar de tudo respirei fundo e entrei. Logo que adentrei a sala me deparei com a Luciana e o meu pai me  encarando, a Luciana me Olhava com um olhar triste e o meu pai bebia um copo de whisky. Ele já estava bebendo a essa hora da manhã? Deve que nem tomou café da manhã, como será que ele aguenta?

 

-- bom dia. - sorri tentando acalmar a situação. Só a Luciana me respondeu com um tom de voz baixo. - aconteceu alguma coisa, e posso saber por que o senhor está bebendo a essa hora da manhã pai?

 

-- A Luciana e provavelmente você sabe.- me olhou com desprezo.

 

-- como assim? do que você está falando.- mirei seus olhos   enquanto ele me encarava.

 

-- vocês estão se pegando eu sei.- alterou o tom de voz cuspindo as palavras. Lá vem bomba, como será que ele descobriu?

 

-- Lá vem você com esse papo de novo, qual é o seu problema afinal?- também alterei a voz e ele se aproximou de mim depois de dar uma bela golada em seu copo.

 

-- você é sapatão, é claro que você vai querer dar uns pegas nela, ela é gostosa não é? você tem que ver essa cachorra na cama, cara ela me faz ver estrelas.- serrou os olhos e sorriu me desafiando.

 

-- não fala assim dela, quem você pensa que é? - o empurrei e acabei me arrependendo, a sua fúria e a sua desconfiança aparentou aumentar.

 

-- eu sou o marido dela, e você? Ah é a amante sapatão. Tá vendo é só eu falar alguma coisa ofensiva da Luciana que você fica toda irritadinha. Ela minha mulher minha!

 

-- por que você está dizendo essas coisas todas? só por que eu e a Luciana dormimos fora na mesma noite? Isso é ridículo, Só por que eu sou lésbica não significa que eu vou atacar todas as mulheres que eu vejo pela frente.

 

-- vai me diz que Você nunca teve vontade de ficar com ela pelo menos uma vez?

 

-- para de ser idiota pelo menos uma vez na vida.- cada vez meu tom de voz aumentava mais, eu não estava aguentando mais aquele papo.

 

-- não adianta você mentir pra mim, só o jeito que você olha pra ela da pra ver que você gosta dela.

 

-- para com isso Cezar por favor.- Luciana foi até o meu pai para tentar acalma-lo, mas ele a empurrou e ela caiu sentada no sofá, fazendo a minha raiva se multiplicar.

 

-- para de fazer isso com ela, você é louco?- o empurrei e ele me empurrou de volta.

 

--  para de defender sua peguetesinha, eu sou o marido dela e faço o que eu bem entender  com ela. Eu aposto que ela nem te ama, você é apenas uma diversão pra ela.- disse com um sorriso sarcástico e bebeu um gole do seu whisky.

 

-- ela me ama sim, eu a trato bem como ela merece, como  qualquer mulher merece, toda mulher merece respeito, atenção, carinho, eu amo a Luciana, ela é a mulher da minha vida e você não merece ela como esposa, você é um cafajeste só pensa em beber  dia é noite, que mulher merece ter um marido assim? Agora eu sei tratar uma mulher como ela  merece, sei tratar a sua mulher como ela realmente merece.- droga acabei contando tudo, eu sou uma idiota mesmo, a Luciana me Olhava como se quisesse me matar com os olhos e eu dou toda razão a ela. Eu não sou de ferro ele estava me pressionando muito, acho que eu até aguentei  tempo de mais.

 

-- eu sabia.- sorriu vitorioso.- vocês são duas vagabundas. Olha só eu fui traído pela minha própria filha, tem traição pior que essa? Eu quero você fora da minha casa ainda hoje Fernanda, sua vagabunda. E você Luciana, a gente vai ter uma conversinha muito séria.

 

-- olha como você fala comigo, só por que você é o meu pai não significa que eu não possa quebrar a sua cara, e olha aqui se você encostar um dedinho se quer na Luciana eu juro por tudo que é mais sagrado que  eu te arrebento.

 

-- isso é jeito de falar com o seu pai? eu deveria te dar uma bela surra.- dizia se aproximando cada vez mais de mim, me encurralando na parede.

 

-- eu nunca tive pai eu tive só uma mãe que me amava e que eu adorava Mais que Tudo nesse mundo, e que você fazia questão de atormenta-la, Quantas vezes eu vi você chegando em casa bêbado e batendo na minha mãe e em mim sem motivo algum, Olha eu cresci eu não sou mais aquela menina boba que simplesmente deixava você me espancar, você lembra daquela vez que eu fui parar no hospital por sua causa? eu não vou ter pena de você, você acha que eu vou ficar com a consciência pesada Por ter me deitado com a sua mulher? Muito pelo contrário eu estou mega feliz.

 

-- cala essa boca e some da minha casa agora é nunca mais volta. Você só ficou com a Luciana pra se vingar de mim não é?

 

-- lógico que não, eu amo a Luciana ela é a mulher da minha vida.

 

-- some da minha casa agora.- berrou e eu sorri. Ele estava tão possesso, a raiva e o ódio tomavam  conta dos seus olhos.

 

-- com muito prazer, eu só estou aqui até  hoje por causa da Luciana, se não fosse por ela eu já teria sumido daqui a muito tempo. Luciana, depois a gente conversa, eu tenho uma proposta pra te fazer, depois você me liga e a gente conversa, e se ele fazer Qualquer coisa com você, você me liga que eu venho correndo.- ela assentiu e continuo a mirar o chão.

 

Fiz minhas malas guardei todos os meus pertences e sai daquela casa de cabeça erguida, mas só uma coisa me  atordoava, era deixar a Luciana sozinha com o meu pai, mas logo logo eu irei resolver essa situação.

 

Xxx

 

Me hospedei em um hotel, ele não era lá grandes coisas mais era bem aconchegante, mas felizmente é temporário eu vou alugar um apartamento e nunca mais ponho os pés naquela casa.

 

Ainda bem que hoje é sábado eu não teria a menor condição de ir trabalhar hoje.

 

Esperei a noite inteira a ligação da Luciana mas ela simplesmente não me ligou, provavelmente ela está chateada comigo. Eu sei que eu pisei na bola, mas foi melhor assim, uma hora ou outra ele iria acabar descobrindo mesmo.

 

Já que a Luciana não me ligou eu achei melhor ligar para ela. Depois de muita insistência e depois de várias chamadas  caídas na caixa postal a Luciana me retornou quando eu estava no banho. O celular estava no quarto em cima da cama, Sai correndo para atender e com isso levei um belo tombo, estendi o braço e atendi o celular.

 

-- oi me anjo.

 

-- oi Fernanda. - sorri ao ouvir a voz dela do outro lado da linha.

 

-- por que você está surrando?

 

-- eu estou no banheiro seu pai me proibiu te ligar.

 

-- não deixa ele mandar assim em você. Ele te fez alguma coisa ele te machucou? Me fala a verdade.

 

-- não, ele só falou na minha cabeça por horas, mas eu acho que você pôs medo nele.- Riu baixo.- mais olha Fernanda você fez muito errado em contar para o seu pai sobre a gente, era segredo ele não podia saber de nada.- disse um pouco mais séria dessa vez.

 

-- me desculpa eu sei que o que eu fiz não foi certo, você me pediu para não contar, mas ele estava me provocando muito e eu não consegui me segurar, Mas eu vou resolver essa história só basta você querer.

 

-- como assim? O que  Você vai fazer.

 

-- eu tenho um dinheirinho Guardado no banco, é parte da herança que a minha mãe me deixou, eu estava pensando em pagar a cirurgia da sua mãe. O que você acha?

 

-- não Fernanda, eu não quero que você gaste o seu dinheiro comigo, vamos fazer o que a gente combinou desde o início, eu  não posso jogar tudo para o auto agora, a cirurgia já está marcada e daqui alguns dias eu tenho fé em Deus que a minha mãe estará curada, é só você ter um pouco mais de paciência, tudo irá dar certo.

 

-- mas Luciana, eu quero te ajuda..- me interrompeu.

 

-- não, Fernanda vamos seguir o nosso plano, eu já estou com a faca e o queijo na mão, eu não posso jogar tudo que eu conquistei pela janela. Você me entende?

 

-- tá entendo mas, quanto tempo isso vai durar? Mais quanto tempo você vai ficar com ele?

 

-- eu não sei, só mais alguns meses.

 

-- messes?- gritei sem querer ao ouvir aquilo, acho que ela até se assustou.

 

-- ou talvez dias, eu não sei ao certo. Eu só peço que você tenha só um pouco mais de paciência.

 

-- tudo bem eu vou tentar. quando a gente vai se ver de novo?

 

-- eu não sei, o seu pai me proibiu de te ver, Vamos esperar a poeira abaixar primeiro, quando a gente poder se encontrar eu te ligo. Eu vou ter que desligar eu acho que o seu pai está acordando.

 

-- espera, não se esquece de mim, por favor mantém contato por mensagens.

 

-- você sabe que eu não vou me esquecer de você, pode ficar tranquila, sempre que der eu te ligo ou te mando uma mensagem.

 

-- promete?

 

-- prometo. Tchau tenho que desligar. Beijos.

 

Ela desligou e eu não consegui me despedir. Ainda bem que ela me retornou, eu iria ficar mega preocupada se ela não tivesse me ligado. Aquela noite eu dormi mais tranquila, mas na noite seguinte não foi a mesma coisa. Eu não estava conseguindo dormir,  não tirava a Luciana da cabeça, eu estava preocupada com o que o meu pai poderia fazer com ela.

 

Xxx

 

Depois de alguns dias consegui alugar um apartamento e até que eu gostei do lugar.

 

Na sexta feira a noite a Luciana me ligou e disse que ela conseguiu uma forma de nós nos encontrarmos, já havia duas semanas que nos não nos víamos, apenas conversávamos  por mensagens. Ela também me disse que meu pai a proibiu de sair de casa sem a permissão dele, da pra acreditar nisso? A Luciana também disse que o pai dela vai fazer aniversário e eles vão fazer uma festa para ele no sábado, ela me convidou para ir com ela já que  o meu pai não iria, mas ela me disse que o meu pai não podia nem sonhar que eu iria com ela.

 

Fiquei super ansiosa esperando a festa chegar, eu estava louca para ver a Luciana, estava morrendo de saudades.

 

Em fim o tão esperando sábado chegou. As seis em ponto eu estava na porta do sítio onde ocorrera a festa, esperei a Luciana chegar, e logo ela desceu de um táxi, assim que me viu abriu um grande sorriso e veio até mim.

 

-- que bom que você veio.- disse e me abraçou. Aí como eu estava com saudades do abraço dela, é tão bom poder senti-la novamente.

 

-- eu estava morrendo de saudades de você, então, era única forma de te ver.

 

-- mais vai ser legal você vai ver.

 

-- claro, vai ser sim.

 

-- vamos entrar?- me convidou fazendo um gesto com a mão e apontou para a porta.

 

-- vamos.- sorri e ela caminhou até a porta.

 

Assim que adentramos o sítio a mãe da Luciana veio nos cumprimentar, primeiro abraçou a Luciana e depois me abraçou também.

 

-- oi lindinha, que bom que você veio, já que agora você é da família, tem que estar sempre junto com a gente, eu vou te apresentar para a família inteira, e tem uma pessoa que está louco para te conhecer.

 

-- ah é? Quem é?- sorri fraco. Só me faltava essa, a dona Márcia me apresentar para alguém.

 

-- você conhece o Ramon?

 

-- acho que sim, acho que trombei com ele no casamento por quê?

 

-- é por que ele quer te conhecer melhor, ele me pediu para te dizer.- disse e se sentou em uma das mesas espalhadas pelo lugar e nos chamou para sentar também.

 

-- olha dona Márcia sinceramente eu não estou muito afim que conhecer alguém.

 

Luciana observava aquilo tudo sem dizer uma palavra, aliás eu acho que ela não estava nem conseguindo respirar direito, pelo o estado que ela estava.

 

-- mais ele é tão gente Boa, ele quer muito te conhecer.

 

-- fala com ele que nos podemos ser amigos, mais que isso não vai dar.

 

-- mais por quê?

 

-- por que eu não quero.- alterei o meu tom de voz e acabei gritando com ela, me arrependi de ter feito aquilo.

 

-- tudo bem.- respondeu com a voz um pouco baixa.

 

-- me desculpa é que..- me interrompeu em quanto eu dizia.

 

-- de verdade tudo bem, eu insisti demais não é?

 

-- vamos esquecer isso tudo, mais se você me apresentar para qualquer outra pessoa eu vou adorar, falando nisso aonde está o aniversariante?

 

-- não sei ele deve estar por aí, quer que eu vou procurar ele com você?

 

-- pode deixar mãe eu vou com ela.- Luciana em fim se  pronunciou.

 

-- tudo bem.- sorriu fraco.

 

Fomos a procura do senhor Rodolfo e logo nos o encontramos escorado em um balcão de mármore bebendo um pouco se cerveja.

 

Luciana o deu os parabéns e em seguida foi a minha vez, o abracei e o entreguei o presente que eu avia comprado. Ele me agradeceu com um grande sorriso, e eu e a Luciana nos sentamos em uma mesa quando alguns parentes veio parabenizar, o senhor Rodolfo.

 

O garçom passou pela nossa mesa e deixou uma garrafa de cerveja e alguns salgados.

 

-- nossa o que foi aquilo? Minha mãe não tem noção de nada mesmo, esse Ramon também não vale nada, nossa que ódio.- Luciana bufou e tomou um pouco da sua cerveja.

 

-- mau ele sabe que a fruta que ele gosta eu como até o caroço.

 

-- pois é.- gargalhou.- mas e ai aonde você está morando? Não me diga que é na casa da Camila.

 

-- não ciumenta eu aluguei um apartamento, e aliás a Camila está namorando o cupido aqui fez uma Boa ação.

 

-- como assim?

 

-- você lembra que eu te disse que eu apresentei uma garota pra Camila?

 

-- sim lembro.

 

-- elas estão namorando.

 

-- que bom, assim ela te deixa em paz.

 

-- mulher ciumenta é fogo. Como está sendo as coisas lá na casa do meu pai.

 

-- seu pai está cada dia mais desconfiado de mim, eu só tenho medo que ele não Pague a cirurgia.

 

-- pode ficar tranquila se ele não pagar eu arrumo um jeito de pagar.

 

-- não precisa eu dou o meu jeito, e é bem capaz que ele vai pagar sim.

 

-- você está com raiva de mim não está?

 

-- eu não vou mentir, na hora que você começou a falar me deu vontade de te matar, mas agora passou.

 

-- eu sabia, mas também não é pra menos eu não devia ter falado.

 

-- vamos esquecer isso, o que passou, passou. Mas, então você está gostando do seu novo Ap?

 

-- sim, eu aluguei ele pensando na gente ele é bem espaçoso, eu estou até pensando em comprar ele futuramente. Mais ainda eu tenho que comprar os moveis, por enquanto o que eu comprei foi uma cama, um guarda roupa, uma televisão, uma geladeira é um fogão.

 

-- já está ótimo pra começar.

 

-- eu quero que você vai lá conhecer a minha humilde residência.

 

-- eu não sei quando eu vou poder ir Fernanda, seu pai está me vigiando dia e noite, eu praticamente não estou saindo de casa.

 

-- será quando tudo isso vai acabar? Quando você vai poder ser só minha? Você não sabe como dói saber que a mulher que eu amo se deita com uma outra pessoa toda noite, já estou cansada, de tudo isso Luciana.

 

-- você acha que é fácil pra mim, ter um caso com a filha do meu marido.

 

-- eu não gosto que você fale assim, por favor não fala que ele é seu marido.

 

-- nos temos que encarar a realidade, e a realidade essa.

 

-- olha Luciana eu só quero uma resposta sua, quando você vai vir morar comigo?

 

-- eu não sei Fernanda, todos os dias isso fica matutando na minha cabeça, mas realmente eu não sei o que fazer. Vamos curtir a festa mais tarde nos conversarmos, o que você acha?

 

-- tudo bem, de qualquer forma essa conversa não vai dar em nada. Você vai voltar para ele como sempre.

 

-- poxa Fernanda, custa você ter só mais um Pouco de paciência, eu vou me separar do seu pai, eu só tenho que esperar a hora certa.

 

-- tudo bem, eu sei que eu estou sendo ignorante, mas que eu realmente já estou cansada de tudo isso.

 

-- eu entendo, também é difícil pra mim meu amor, mas por favor, espera só mais um Pouco.

 

-- tá bom.

 

-- tá mesmo?

 

-- está.

 

--  então tá bom. Olha vamos curtir a festa vamos beber um pouco, tem tanto tempo que a gente não se vê, não vamos ficar discutindo, eu vou me separar do seu pai, e vou ficar com você, mas agora não dá.

 

-- é você tem razão, a gente fica tão pouco tempo juntas, não vamos desperdiçar o nosso tempo brigando. Eu estou com tanto vontade de te beijar, minha boca está até salivando sabia?- sorri e dei uma piscadela enquanto ela gargalhava.

 

-- sério?

 

-- claro, bem que a gente podia ir para um lugar mais reservado. O que você acha.

 

-- eu acho que o lugar mais reservado que tem aqui é o banheiro.

 

-- pode ser, mais quase todo  sítio tem quarto, será que aqui não tem?

 

-- verdade a gente podia dar uma olhada?

 

-- então vamos.- me levantei rapidamente e esperei que a Luciana se levantasse também.

 

-- nossa que pressa.- ela riu.

 

-- eu não quero esperar.

 

-- então vamos apressadinha.

 

Chegamos até os quartos que ficavam nos fundos do lugar, mas porém o lugar era um pouco movimentado por ser perto dos banheiros. Adentramos o quarto e logo começamos a nos beijar com volúpia, mas logo selamos o beijos assustadas quando vimos alguém forçar a fechadura da porta e só nos demos conta que tínhamos nos esquecido de trancar a porta quando alguém abriu a porta.

 

-- Fernanda é você?- perguntou a garota de madeixas loiras enquanto eu e a Luciana estávamos super assustadas com o acontecido. Mas como essa garota sabe meu nome. Ai meu Deus não pode ser.

 

-- clara?- implorei a Deus para não ser ela, mais infelizmente era ela.

 

-- o que vocês estão fazendo aqui?- ela se aproximou e nos encarou mais de perto.

 

-- estamos conversando.- respondi receosa.

 

-- sei.. não é o que parece.- sorriu sarcástica. Aquela menina já estava começando a me irritar.

 

-- o que você quer aqui?- acabei gritando com ela e ela aparentou ficar com bastante raiva.

 

-- a Márcia disse que você veio, então eu te procurei e vi vocês duas entrando aqui, desculpa por atrapalhar o momento íntimo de vocês.

 

-- não enche Ana Clara, nos não estávamos fazendo nada.- disse a Luciana também irritada.

 

-- agora eu entendi  por que você quase me implorou para não contar pra Luciana que nos trans*mos Fernanda.

 

-- o que! Que história é essa Fernanda?- Luciana né encarou incrédula e eu paralisei.

 

-- essa menina é doida Luciana, por favor não de ouvidos a ela.- eu gaguejei um pouco é com isso eu acho que eu acabei me entregando.

 

-- por que você gaguejou?

 

-- não sei.

 

-- eu sei que quando você está com medo ou mentindo você gagueja, anda me fala se isso que a Ana Clara falou é verdade.- cruzou os braços furiosa.

 

-- olha eu estava bêbada e..

 

-- não precisa me dizer mais nada.

 

-- Luciana.

 

-- fica quieta.- mirou os seus olhos nos meus, parecia que ela queria me matar, eu nunca tinha visto a Luciana com tanta raiva. Mais que azar em Fernanda justo a tão garota tem que nos encontrar poderia ser qualquer pessoa menos ela. Eu tinha até me esquecido dessa garota, se eu soubesse nem teria vindo nessa maldita festa.

 

-- Sai daqui Ana Clara.- Luciana gritou com a garota.

 

-- você não manda em mim.

 

-- Sai daqui agora.- gritou ainda mais e a garota acabou cedendo e saiu batendo a porta com força.

 

-- que historia é essa Fernanda? É verdade o que ela falou?

 

-- é sim Luciana mais eu estava super bêbada e frustrada.

 

-- isso não justifica o que você fez, como eu posso confiar em você agora?- o seu tom de voz ficava cada vez mais alterado, a Luciana realmente estava muito chateada eu nunca a vi nesse estado.

 

-- calma Luciana também não é pra tanto, eu já te disse que eu estava bêbada.

 

-- como você conheceu ela?

 

-- no casamento depois da gente discutir.

 

-- eu não estou acreditando que você fez isso Fernanda, eu confiava tanto em você, a coisa que mais odeio nesse mundo é traição e você tinha que me trair junto com a Ana Clara? Eu odeio aquela garota.

 

-- me desculpa meu anjo eu sei que eu errei mais isso não vai acontecer de novo eu prometo.

 

-- eu acho melhor nos pararmos de nós ver por um tempo.

 

-- não Luciana, não faz isso comigo, eu te amo.

 

-- eu acho melhor você se esquecer de mim e procurar outra pessoa, eu já estou casada e não vou jogar tudo para alto por causa de uma jovem que não sabe o que quer, nossa Fernanda eu estava disposta em lutar pela gente, eu iria mover céus e terras pra gente ficar juntas, mais olha o que você faz, joga  tudo que nos construímos pela janela.

 

-- Luciana por favor isso não vai acontecer  de novo me desculpa.

 

-- não vai acontecer mesmo, por que nos não vamos mais ficar juntas.- Luciana saiu daquele quarto com água nos olhos, sem me dar tempo de falar mais nenhuma palavra. Fiquei ali paralisada eu não estava acreditando que isso estava acontecendo, será que desta vez eu perdi a Luciana?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo