-- a gente transo?- fiquei assustada ao ver nossos corpos nus.

-- você quer mesmo que eu responda?- sorriu sarcástica.

-- isso não podia ter acontecido. - me levantei as presas e comecei a catar as minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão. -- por favor, não conta para a Luciana o que aconteceu aqui. -- falei vestindo a minha calça e em seguida o blazer.  

Ao mencionar o nome da Luciana eu me lembrei de ontem a noite, como eu pude ser  tão arrogante com ela. A essas horas ela deve estar pronta para viajar com o novo marido dela. Que droga!

-- por que eu não devo contar para a Luciana?- serrou os  olhos.

-- por que não.

-- por que não, não é resposta. - cruzou os braços enquanto me encarava profundamente. -- onde você está indo?- perguntou assim que fui em direção à porta.

-- Embora. Olha, por favor, faz o que eu te pedi pode ser?

-- tá, mas Você é hetero?

-- não.

-- então por que você está tão afobada desse jeito?

-- não é por nada. Eu realmente tenho que ir. - abri a porta do quarto enquanto ela me observava atentamente.

-- me liga. - sorriu fraco.

Assenti e sai daquele apartamento o mais rápido que eu pude, mas apesar que não tinha mais volta. Eu tinha que me envolver justo com uma parente da Luciana. Ninguém merece.

Cheguei em casa e como eu tinha previsto a casa estava vazia. Fui para o meu quarto e logo a Luciana tomou conta da minha mente. Onde será que ela está agora, o que ela está fazendo com o idiota do meu pai? É tão ruim essa sensação que eu estou sentindo, uma dor no peito uma angustia que não dá pra explicar.

Xxx

Fiz o almoço e fui ver um filme para tentar me distrair, mas não adiantou até piorou. O filme era de terror, me lembrei de quando assisti o meu primeiro filme de terror com ela. Um sorriso bobo se formou involuntariamente no meu rosto.

Depois do filme eu acabei cochilando no sofá mesmo e só acordei a noite, assustada  com o sonho que eu tive, e pra variar sonhei com a Luciana. Sonhei que ela estava em Paris com o meu pai, coisa que Infelizmente era verdade, mas, além disso, eu sonhei que ela tinha se esquecido de mim, não sabia quem eu era, ela estava apaixonada pelo meu pai. Foi horrível e estranho. Resolvi ligar para ela, mas ela não atendia as minhas ligações e nem respondia minhas mensagens. Eu queria dizer a ela que eu estava arrependida sobre o que eu fiz ontem, eu não me lembro de muita coisa, só lembro que a magoei.

Eu andava de um lado para o outro roendo as minhas unhas das mãos. Mania minha de quando estou nervosa e pensativa. Acabei tropeçando na mesinha de Centro e acabei quebrando a unha de um dos meus dedos, Saiu até sangue. Fui pegar o kit de primeiro socorros.

Me lembrei de um dia  que  eu estava arrasada e comecei a socar a parede e a Luciana enfaixou a minha mão com aquele mesmo kit. Droga, Tudo que eu penso eu lembro dela.

Xxx

Fui dormir e só acordei no outro dia às seis da manhã com o meu irritante alarme. Odeio acordar cedo. Aprontei-me e fui trabalhar, aproveitei que o carro do meu pai estava na garagem e fui com ele. Não quero mais ficar dependendo do meu pai, assim que eu puder vou dar entrada no meu carro e eu espero que isso aconteça o mais rápido possível, agora que estou ganhando um salario melhor também estou pensando em alugar um apartamento, mas o que me prende é a Luciana, eu não sei ficar longe dela.

Assim que cheguei ao serviço meu tio chefe. É assim que eu o chamo a partir de agora. Veio até a minha sala e entrou antes de dar duas leves batidinhas na porta.

-- o que o senhor deseja. - abri um grande sorriso assim que ela se sentou de frente a minha mesa.

-- eu queria te perguntar como foi o casamento. Será que o seu pai ficou chateado comigo por eu não ter ido?

-- não, eu acho que ele entendeu por que você não foi.

-- seu pai é um cabeça dura, por isso eu imaginei que ele poderia ter ficado chateado. E a Luciana como estava?

-- estava linda como sempre. - sorri fraco.

-- ela é linda né, meu irmão teve muita sorte. Depois eu quero ver as fotos do casamento. Você acha que eles receberam o presente que eu mandei.

-- acho que sim. Olha tio Paulo, não vamos falar mais nesse assunto tá bom? Não quero ficar lembrado desse casamento. - levei as mãos ao rosto, já estava ficando impaciente, aquele papo de casamento não terminava nunca. Eu quero é apagar aquele  casamento da minha memoria.

-- por quê?- fez uma cara de como não estivesse  entendendo nada.

-- por nada é coisa boba.

-- tá ok. Eu também vim para te passar essa pasta, toda a informação necessária para você concluir o próximo projeto está aí, e eu também vim te parabenizar pelo ótimo trabalho que você está fazendo, sinceramente eu me surpreendi, é o seu primeiro trabalho nessa área e você está se saindo super bem.

-- obrigada tio. Eu não sei se  devo te chamar de tio ou de chefe.- sorri.

-- me chama de tio. - se levantou e me beijou a testa. -- estou  cheio de trabalho pra fazer depois a gente se vê.

-- tudo bem até depois. - ele saiu e eu fiquei sozinha naquela sala enorme.

Tentei ler a pasta que a poucos segundos meu tio deixou na minha mesa. Esforcei-me ao máximo para entender o conteúdo mas a Luciana permanecia na minha mente a todo instante. Peguei meu celular e disquei seu número, mas novamente não obtive nenhuma resposta, já estava ficando preocupada, será que aconteceu alguma coisa.

Xxx

A noite eu tive a folga que eu tanto queria á anos, até que em fim eu estou livre da faculdade, é muito desgastante trabalhar e estudar ao mesmo tempo.  

Fui dormir mais pra variar eu não consegui. Rolava na cama de um lado para o outro sem saber o que fazer, Eu precisava dormir. Me cobria me descobria, jogava o edredom no chão, virava o travesseiro para deixa-lo mais confortável, mas tudo estava sendo em vão. Já se passava das 4 da manhã e eu nem ao menos cochilei, já estava ficando nervosa, e tudo isso é por causa da Luciana. Que droga! Ela tem que voltar logo, eu não consigo  mais ficar longe dela, e ficar pensando a cada Instante no que ela está fazendo nessa desgraça de lua de mel.

Consegui dormir lá pras quatro e meia da manhã. Acordei morta de sono. A primeira coisa que eu fiz quando levantei foi preparar um café bem  forte.

Já no trabalho fiquei sentada a maioria do tempo e claro que dei pequenos cochilos quando dava.

Meu tio adentrou a sala, me assustei, mas logo me recompus.

-- desculpa tio e que eu não dormi muito bem essa noite.

-- tudo bem Fernanda eu compreendo. - se aproximou e se sentou de frente para mim e mirou profundamente meus olhos. -- está tudo bem com você? Você está diferente nesses últimos dias, Aparenta estar preocupada.

-- não. Está tudo bem.

-- certeza?

-- tenho.

-- tudo bem. - se levantou, mas continuou me encarando. - se você não estiver passando bem você pode ir para casa.

-- obrigada tio, mas eu não vou embora, eu ainda tenho que terminar o projeto.

-- Então  Qualquer coisa você me chama. Assenti e ele saiu.

Tomei uma bela xícara de café e voltei ao trabalho. Esforcei-me o máximo que eu pude e felizmente  terminei o projeto. Dei-me uma pausa, aproveitei para checar meu e-mail.

Abri a caixa de mensagens e me surpreendi com uma mensagem da Luciana. Li cada palavra atentamente.

“Fernanda meu chip não está funcionando breve eu chegarei em casa. Bjos. Fica bem tá.

Agradeci aos céus por ela ter falado comigo. Eu achei que ela estava brava.

Voltei para a casa ao fim do expediente. Minha vida fica tão vazia sem a Luciana, aquela casa fica tão sem graça mais do que já é sem ela.

Xxx

Por volta de quatro dias meu pai me telefonou. Me disse que eles iriam chegar por volta da manhã  e me pediu para busca-los no aeroporto. Fiquei tão feliz com a notícia. o amor da minha vida vai voltar pra mim.

Assim que o horário combinado se aproximou, peguei o carro e fui até o aeroporto e esperei até que eles desembarcassem do voo. Esperei e nada deles chegarem. Estava encarando o chão distraída quando de repente vi uma silhueta de  uma mulher parar na minha frente. A olhei rapidamente e me deparei com a Luciana com um sorriso fraco em seus lábios. Logo a abracei.

-- eu estava morrendo de saudades de você. - sussurrei em seu ouvido e em seguida beijei seu rosto.

-- achei que você estava com raiva de mim por eu ter me casado.- quebrou aquele nosso contato e mirou meus olhos profundamente.

-- esquece tudo que eu te falei aquela noite, eu estava super bêbada, foi o dia que eu mais bebi em toda a minha vida.

-- depois a gente conversa sobre isso.

Apenas assenti.

-- e meu pai cadê?

-- foi pegar as malas na área desembarque.

-- e a gente vai ter que esperar ele aqui?

-- não, ele falou que a gente pode esperar por ele no carro.

-- então vamos, já estou cansada de ficar aqui.

Xxx

-- E ai sentiu minha falta?- perguntei assim que adentramos o carro.

-- claro que senti né sua boba. E você sentiu a minha falta.

-- precisa dizer? Sabe Luciana nesses poucos dias que eu fiquei longe de você eu cheguei em uma conclusão e agora eu tenho absoluta certeza que eu não sei viver sem você. E a cada dia que eu acordo a primeira coisa que eu faço depois de abrir os olhos e pensar em você. E também a cada dia que se passa eu tenho cada vez mais medo de te perder.

-- você nunca vai me perder. Só por que eu estou casada com o seu pai não significa que a gente não vai poder ficar juntas, esse casamento não vai mudar nada entre a gente.

-- você me promete?

-- prometo.

-- olha me desculpa de verdade, aquele dia do casamento eu estava fora de mim não sabia o que estava fazendo.

-- tudo bem. - sorriu.

-- sabe eu estava pensando aqui. Que tal a gente passar a noite em um hotel.

-- não vai dar seu pai vai desconfiar.

-- ah é esqueci dessa parte.- ficamos alguns estantes em silêncio enquanto eu pensava em uma possibilidade de nós sairmos.

-- ah já sei. - dei um pequeno grito e ela acabou se assuntando e começou a rir euforicamente.

-- que susto. - deu um tapa leve em meu braço e cessou suas risadas.

-- É só você falar que vai passar a noite na casa da sua mãe.

-- tá, mais e você, eu e você vamos passar a noite fora. da pra desconfiar.

-- hum.. Deixa eu pensar. É só eu falar com ele que eu vou dormir na casa da Camila.

-- por que tem que ser na casa da Camila? Não dá pra ser outra amiga não.

-- meu pai conhece a Camila ele sabe que nos já namoramos.

-- depois nos falamos sobre isso seu pai está vindo.

-- Ah tá bom. - sai do carro e assim que ele se aproximou me abraçou.

-- sentiu minha falta?

-- claro. - menti descaradamente. Fazer o que, era verdade. -- vai querer dirigir?

-- não, eu estou cansado por causa da viagem.

-- ok. - adentrei o carro e dei a partida assim que ele se acomodou no banco de trás.

Ficamos em silêncio a metade do caminho, mas meu pai resolveu quebrar o silêncio com uma pergunta mega irritante.

-- você não vai perguntar como foi a viagem Fernanda?

-- hum?- me despertou dos meus devaneios. Estava pensando onde poderia levar a Luciana hoje a noite.

-- você não quer saber como foi a viagem?

-- ah.. Quero sim. - menti outra vez e menti feio.

Ele me contou cada detalhe da viagem até a hora que eles chegaram em Paris e até a hora que foram embora, e o pior é que eu tive que fingir estar interessada. Por que o aeroporto até a minha casa tem que ser tão longe.

Chegamos em casa depois de  minutos torturantes. Graças a Deus que esse papo irritante se encerrou.

Xxx

Já a noite coloquei o meu plano em ação. Mais cedo A Luciana falou para o meu pai que ela iria dormir na casa da mãe dela e eu comentei que iria dormir na casa da Camila. Luciana aceitou a minha proposta, mas como sempre ela estava com medo de algo der errado. Nos encontramos na esquina como tínhamos combinado. O táxi já estava nos esperando. Adentramos o veículo e seguimos viagem até o hotel onde logo nos chegamos e nos acomodamos.

-- eu senti tanta a sua falta. Estava louca de vontade de beijar sua Boca. - a agarrei pela cintura e beijei sua Boca com sede.

Caímos na cama abrasadas. Ela ficou por cima e eu por baixo. Nos despimos o mais rápido que conseguimos. Nossos corpos estavam com saudades um do outro.

Nossas respirações estão aceleradas, nossas bocas estão cheias de saudades uma da outra e nossos corpos já estão impacientes. Beijo seu rosto, seu pescoço. Meu quadril pressiona o seu, ela gem* baixo e diz que estava com saudades de mim. Sorriu com os seus dizeres. Sinto sua língua passeando pelo os meus seios, meus gemidos roucos invadem o quarto. Ela coloca  minha perna entre a dela e roça seu sex* no meu, sinto o quanto ela está molhada. Levo a minha mão naquele Centro de prazer quente, molhado, liso, seus gemidos também aumentam. A toco de leve, passo meus dedos suavemente no seu clit*ris, devagar, ela se joga na cama oferece seu quadril ao encontro da minha mão. Passo minha língua ao longo do seus  pequenos lábios até chegar em seu clit*ris, Luciana se contorce e gem* loucamente quando penetro dois dedos em sua entrada e ela goz* na minha boca. Ela se recupera do orgasmo e inverte as posições. Sua língua explora cada pedacinho do meu sex*, movimento seu quadril ao encontro da sua língua. Seu toque quase me faz urrar ao tal prazer que sinto. Gozo em sua Boca me recupero do orgasmo enquanto ela me beija. Decido que está na hora de saborearmos o prazer de nós ch*parmos juntas. Tivemos um orgasmo cheio de espasmos e prazer. Ela vem me beija suavemente e olha nos meus olhos profundamente. Ficamos ali em silêncio nos amando, fazendo carícias uma na outra. Namoramos até adormecemos. Quando acordei na manhã seguinte ela não estava lá, meu coração apertou, alguma coisa de errado tinha acontecido.

Fim do capítulo