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  • Capítulo 12 - Me esqueci de te esquecer

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A garota do quarto ao lado por Tammy

Ver comentários: 7

Ver lista de capítulos

Palavras: 3151
Acessos: 2767   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 12 - Me esqueci de te esquecer

Capítulo 12

 

POV Ravely

 

Era quarta-feira, véspera de feriado, estou esperando Fred terminar de coar o café enquanto passo manteiga numa torrada. Tinha se tornado um hábito ele falar comigo e eu responder no automático. Provavelmente estaria reclamando de alguma coisa. Minha concentração estava no sonho que tive na noite passada e nem me dei conta de que mordia os lábios até que Fred grita e me dar um leve susto, fico boquiaberta com minha falta de atenção.

-Garota, acorda! Você anda viajando muito. – Ele tinha os braços elevados, parecia indignado.

-Estou acordada, deve ser apenas o cansaço da semana.

-A é? E do que eu estava falando então? – Desce os braços e os coloca em sua cintura.

-É...  – Mordo a torrada para ocupar a boca. – Ok, eu não ouvi uma palavra do que você disse.

-É exatamente disso que eu estava falando. Sua noite com Augusto deve ter sido ótima. Diz aí, era nisso que você estava pensando, não é? Com essa cara, certamente era. – Um sorriso sacana surge no canto dos seus lábios.

-Não faço ideia do que você esteja falando, Frederico. Eu dormi como uma pedra. – Eu digo o mais seco que consigo.

-Credo, amiga. Com um lindo daquele sozinho em seu quarto, você não fez nada?

Rolei os olhos.

-Não me enche.

-Eu hein.... Acordou com o pé esquerdo. – Ele coloca uma xícara com café em minha frente.

-Você só pensa nisso. – Dou de ombros.

-Tá, não está mais aqui quem falou, senhorita nervosinha. Afinal, você vai me emprestar a câmera?

-Ãhn? Que câmera ?

-Aí Ravely, acorda. Era isso que eu estava falando antes. Vou fazer um passeio especial com aquele rapaz que te falei. Me empresta a câmera para tirar umas fotos, sabe que roubaram a minha aquela vez.

-Ah sim... Pode pegar, use quanto quiser.

Ele corre até o quarto e de lá grita perguntando onde estava. Eu grito de volta dizendo que dentro do guarda-roupa. Continuo tomando meu café, pensando no que iria fazer amanhã. Augusto estaria ocupado em uma pescaria com seu pai o final de semana inteiro. Mas não achei ruim. Na verdade, ultimamente eu não andava achando muita coisa. Meu amigo tinha razão, eu ando muito distraída.

Já que Fred também iria sair, só me restava passar o dia em casa, no sofá, vendo filmes.

-Amiga, que fotos lindas você tem nesse cartão de memória. – Fred caminhava até a pia olhando para o visor da câmera.

-Gostou? – Olho para ele sorrindo. Senta-se a mesa de frente para mim.

-Quem é essa?

Sinto uma corrente fria subir dos meus pés a cabeça. Esqueci completamente que as fotos que tirei de Alexandra e com ela estavam neste cartão de memória. Pego a câmera de sua mão, torcendo para que ele estivesse perguntando de outra foto qualquer. Mas é claro que não seria. Quem mais iria chamar tanto a atenção dele assim?

-Éé... – Aliso um cacho pendido sobre meu rosto, colocando-o atrás da orelha, respirei fundo, olhei para Fred, os olhos castanhos claros me encaravam com serenidade, acho que somente eu estava nervosa, somente eu me afetava. – É uma amiga que conheci por lá.

Eu coloco um sorriso no rosto, como se fosse mágica, olho para a foto e entendo o porquê era tão difícil deixar de pensar nela. Talvez fosse bom não ter como encontrá-la, nós éramos de mundos completamente diferentes, isso nunca daria certo, mesmo que eu não tivesse alguém.  Pensando assim, parecia ser mais fácil aceitar. Quase...

-Hm... Muito bonita. – Ele diz, olhando para a câmera.

-É sim, simpática também. – Completei, agindo naturalmente - Vamos trabalhar, já está passando da hora.

-Ui! É verdade, vamos logo.

Saímos apressados, torcendo para que hoje o carro funcionasse como deveria.

 

 

POV Alexandra

 

 

A movimentação começou muito cedo hoje. As vozes e risadas me acordaram antes do que eu planejava. Olho para fora da janela e vejo Guto e meu pai colocando algumas tralhas sob a carroceria da camionete. De certo vão acampar. Desço as escadas ainda de pijama.  Luiza estava no sofá da sala com mamãe, enquanto meu sobrinho Miguel vem me recepcionar. Assim que me vê, corre até a varanda, como se estivesse olhando para o céu.

-Gente, o que está acontecendo? Alexandra acordada a esta hora e nem está chovendo.

-Nossa! Como você é engraçada, Maria Luiza. – Ela odiava que a chamasse pelo nome composto, e claro que fiz de propósito. – O que está fazendo aqui tão cedo? Brigou com o Mário de novo?

-Alexandra! – Minha mãe interviu.

-Pode deixar, Clara. Sei que ela me ama, mesmo assim. É apenas o mau humor falando.

Deixo que um sorriso irônico responda por mim, pego uma xícara de café e sento próxima a elas.

Não demora muito, Luiza se levanta e se despede de minha mãe, beija minha testa e faz menção em sair.

-Hey! – Eu grito e ela me olha da porta. – E o pirralho? – Apontei para Miguel que já estava no meu colo.

-A baba está doente, então ele vai ficar com a titia Alex e a vovó Clara. – Ela sorriu sarcástica. – Saiu acenando com a mão e eu fiquei olhando pasma para o garoto enquanto minha mãe sorria contente.

- Sua mãe é muito folgada, Miguel.

-Vai ser bom, passaremos o dia juntos. – Mamãe disse.

-Tudo bem, vou trabalhar porque meu pai saiu e largou um monte de coisa para resolver. – Coloquei Miguel no chão com os brinquedos e fui atender ao chamado do João, um dos funcionários.

Ao contrário do que pensei, ficamos enrolados por longas horas, um problema atrás do outro. Volto para casa no meio da tarde com a roupa toda suja. Só queria um banho e descansar. Doce ilusão. Assim que piso os pés em casa, minha mãe estava quase louca com Miguel nos braços chorando.

-O que houve?

-Ele quer a Luiza, não para de chorar e não sei mais o que fazer. Deve ser sono.

-Eu sabia que ele iria chorar, não está acostumado a ficar aqui. – Resmunguei.

Ela continuava com ele no colo, andando de um lado para o outro, exasperada.

-Acho que você já pode leva-lo.

Parei no meio da escada.

-Eu?

-Sim senhora, Alexandra. – Ela amavelmente sorri.

-Mas olha minha situação, mãe. – Puxei minha camisa, expondo a cor em que se encontrava.

-Vá tomar banho que eu espero. – Me ordenou em um tom de voz tão pacifico que chegava a ser assustador.

Argh! Eu atirei pedra na cruz, só pode. Saí resmungando e pisando fundo. Era por isso que não gostava de ficar na casa deles, sempre tinha que fazer alguma coisa.

Tomei o banho o mais rápido que poderia, quando voltei Miguel ainda chorava. Minha mãe já estava transtornada, mesmo sendo a pessoa mais paciente que eu conhecia na face da terra. Coloquei o garoto no carro e ele foi chorando por dez minutos, até que o sono tomou conta. Liguei para Luiza perguntando o endereço. Em uma hora estava na frente do prédio. Coloquei a bolsa de bebê no ombro, mesmo sem jeito consegui pegar Miguel  sem acordá-lo. Definitivamente, hoje eu não passo sem matar Luiza.

Assim que entro no prédio me dirijo à secretária.

- Gostaria de falar com Maria Luiza Hernandes.

Ela disca alguns números no telefone.

-Quem gostaria?

-Diga que é a irmã dela, Alexandra. – Olhei-a sem paciência.

-Pode subir, terceiro andar, a sala no final.

-Obrigada. – Respondi sem a menor vontade.

Por já passar das cinco, não havia mais tantas pessoas. Encontrei a sala de Luiza, ela estava no telefone e levantou a mão para que eu aguardasse cinco minutos, movimento a cabeça em sinal de acordo. Miguel se movimentou, como se fosse acordar, continuei balançando o bebe conforto tentando evitar que despertasse. Ela desliga o celular, beija a criança e depois a mim.

-Ele deu muito trabalho? – Sua voz é morna e controlada para não acordá-lo.

-O que você acha? – Eu murmuro. – Chorou a maior parte do tempo pedindo por você.

-Obrigada por trazê-lo.

Lanço-lhe um olhar impetuoso.

-O que faz aqui?

Parei para observar ao redor, era um escritório bonito e grande, só então me dei conta que não sabia nada da vida de minha irmã. Isso era muito triste, sempre fomos muito próximas, exceto por esse último ano.

-Sou chefe de recursos humanos.

-Faz tempo que trabalha aqui?

-Sim... Oito meses. Mário é o diretor da redação e conseguiu esse emprego para mim. Saberia se não tivesse bancado a rebelde todo esse tempo.

-Vai começar?

-Não... Mas tem uma coisa que você precisa saber e não será muito agradável. Temo que volte a fazer a mesma coisa que antes.

-Eu não vou mais sumir sem dar notícias, viver bêbada ou drogada. Pode ficar tranquila, eu já superei tudo.

-Promete?

-Prometo... – Rolei os olhos impaciente.

-Veremos... Júlia está de volta.

-Ainda com o Fernando?

-Não sei. – Ela me analisava com um semblante carregado de preocupação. Sabia que essa informação tinha o poder de mexer comigo. De fato senti o estômago revirar, só que agora em um misto de raiva e mágoa. Respirei fundo tentando acalmar meus ânimos, precisava me livrar do passado chamado Julia de uma vez por todas.

-Que bom para ela. Espero que estejam felizes.

Esperei um tempo para ver se Luiza diria alguma coisa, mas ela apenas me observava com seu olhar apreensivo.

-Bom, o seu anjinho está entregue, vou embora.

-Nos vemos amanhã maninha. Te amo. – Abraçou-me apertado e eu apenas fui capaz de sorrir.

Sai com pressa do escritório. Minha raiva tinha tomado proporções indesejadas. Não era possível que Julia teria a cara de pau de aparecer em minha frente novamente. Tudo bem que seu pai ainda vivia no haras, mas ela sabia que a probabilidade de me encontrar ali era gigantesca. Eu não me sentia pronta para encara-la, não sabia dizer se neste momento eu sentia apenas raiva ou talvez um pouco de saudade e ciúmes. Não, saudade jamais. Sacudo a cabeça querendo me convencer de que ela era uma safada, vagabunda.

Depois de todo esse tempo os dois continuaram juntos, devia ser um amor arrebatador mesmo. Essa desgraçada acabou com a minha vida. Meus pensamentos borbulhavam em minha cabeça, eu já estava quase correndo, com os punhos fechados. Não conseguia olhar para frente, apenas encarava o chão, o caminho até o carro parecia ser muito maior e agora eu discutia mentalmente sobre correr para o bar e beber tudo o que pudesse para esquecer.

No meio do tormento, sinto meu corpo se chocar com outro. Foi um impacto doloroso, meu ombro voltou para trás com força, me desequilibrei e por sorte consegui manter-me de pé. A outra pessoa estava prestes a cair sentada, segurei-a pelo braço, foi tão rápido que até me impressionei.

-Você está bem? –Pergunto-lhe. Ela tinha a cabeça abaixada com os cabelos claros jogados no rosto. –Desculpe, eu não a vi.

-Tudo bem. – Ela diz e eu sinto meu coração parar. Passa as mãos pelo cabelo, tirando os fios em seu rosto. Essa voz... – Alexandra?

Quando nossos olhares se encontraram foi como se meu coração voltasse a bater desesperadamente. Sem pensar a puxo para um abraço forte, como se uma pequena parte de mim tivesse sido reencontrada. Inspiro o máximo que posso, tentando memorizar seu perfume.  Ravely levanta os olhos para mim e vejo um sorriso abrir em seus lábios. Apesar de momentos antes eu estar irada, meu rosto involuntariamente puxava um sorriso em resposta.

- O que você esta fazendo aqui? – Pergunta-me confusa.

De repente foi como se meu corpo recuperasse a vida, como se estivéssemos sozinhas naquele quarto de hotel novamente.

-Estava de saída, mas não lembro onde deixei meu carro. Para onde você vai?

-Eu ia para casa.

-Está com alguém? Posso leva-la. – Embora eu tentasse conter meu entusiasmo, não estava conseguindo.

-Eu ia com meu amigo, o Fred, mas acho que o carro dele quebrou de novo. – Ela esfregava a nuca parecendo tensa.

-Então eu vou te levar! Só precisamos encontrar o carro.

Ela riu e meu coração inundou felicidade.

-Qual é a cor?

-Ãnh?

-É... A cor do carro.

-Ah! É um Evoque vermelho.

-Difícil não encontrar um carro vermelho. – Ela diz, divertida.

Eu concordo também rindo e logo o encontramos, estava um pouco mais a frente. Enquanto ela me explicava como chegar em sua casa, eu me sentia derreter, como se cada terminação nervosa do meu corpo estivesse emitindo uma carga elétrica poderosa.

-É aqui?

-Sim, pode estacionar logo ali na frente.

Assim que parei o carro, ficamos algum tempo em silêncio. Senti que ela não queria se despedir, ou talvez isso fosse coisa da minha cabeça.

-Rav... Não pode imaginar como fiquei feliz em te encontrar agora.

Ela sorriu tímida e mais uma vez pude ver aquele rosto ficar rosado. Deus, como eu amo isso nela.

-Pensei que não a veria mais. – Murmurou sem olhar diretamente para mim.

-É claro que veria, eu ia procurar você, só estive presa em alguns problemas. – Desta vez ela opta por me encarar. Talvez quisesse ver em meus olhos se o que dizia era verdade.

-Obrigada pela carona. Eu, como sempre, te dando trabalho. – Vejo sua mão tocar a maçaneta para abrir a porta do carro. Agarro seu punho, impedindo-a que saia.

-Eu quero te ver de novo. O que fará amanhã?

Seu rosto queima, mas um sorriso insiste em surgir, revelando seu possível contentamento.

-Não tenho compromissos para amanhã.

-Pois agora tem, comigo. – Ela tinha o poder de me deixar nervosa, até minha boca estava seca.

Apanho uma caneta que sempre ficava no porta-luvas do carro, puxo sua mão anoto um número na palma.

-Esse é o número do meu telefone pessoal... Agora não é mais possível não me encontrar.

-Então nos vemos amanhã. – Ela diz e se aproxima para me beijar o rosto em despedida. Viro rapidamente e o beijo acerta minha boca em cheio. Dura alguns segundos e logo nos separamos. Os olhos de Ravely pareciam querer saltar da cara. Ela nada diz, apenas pula para fora do carro o mais rápido que pode. Provavelmente deveria estar da cor de um tomate. Assisto até que ela adentre o prédio e só depois saio em arrancada.

Chego em casa aos pulos. Não posso negar, a felicidade que agora me preenche, há muito tempo não sentia. Como ver aquele par de olhos marrons calorosos me fazia bem. Neste momento tive a certeza de que agora eu não a deixaria escapar de forma alguma. Ravely seria minha.

Atravesso a casa inteira, mamãe estava à beira da piscina conversando com Gabriel. Agarrei-a por trás e girei várias vezes enquanto ela gritava “Me solta, Alex, me solta!”. Só a deixei depois de alguns beliscões.

-Qual o motivo de tanta alegria?

-Coisas, mãe, apenas coisas... – Disse enquanto sorria e a beijava o rosto.

-Hm... Pelo jeito coisa boa.

-A senhora não poderia imaginar.

-Deve ser mulher, tia. – Respondeu Gabriel.

-Perdeu o juízo, garoto? – Dei um tapa leve na aba de seu boné.

Deixei os dois por um instante e fui colocar o telefone para carregar. A última coisa que poderia acontecer agora era Ravely me ligar e o maldito celular estar descarregado. Deixei o volume de toque no máximo, queria ouvir mesmo que estivesse longe.

 

POV Ravely

 

Subi as escadas correndo. Sentia-me em pleno êxtase. Ela me beijou de novo... E ainda parecia como se fosse à primeira vez. As borboletas no estômago que eu pensava terem desaparecido, vieram à tona. O sorriso em meu rosto era insolúvel, mesmo que ainda sentisse minha cabeça dar voltas. Finalmente consigo encontrar a chave em minha bolsa, abro a porta entre suspiros. Suspiros esses que foram interrompidos pela voz aguda de Frederico.

-Onde você estava? Não entendi sua mensagem.

-Eu consegui uma carona, por isso disse que você poderia vir direto para casa.

-Hm... Entendi. Posso saber quem te deu carona?

-Uma amiga, Fred. Você anda muito curioso a meu respeito.

-Não estou mais curioso que o de costume, apenas acho que você anda misteriosa e está me escondendo algo. Uma hora está emburrada pelos cantos da casa e no outro momento aparece sorrindo para as paredes em casa.

-É tudo coisa da tua cabeça.

-É, deve ser sim. – Ele sacode a cabeça com desaprovação.

Desmancho sobre o sofá, logo ao lado de Fred que lixava as unhas. Começo a passar o número de Alex para o celular, não queria correr o risco de perder esse telefone por nada.

-Você está com um cheiro de perfume importado.

Com certeza ele tem um dom muito bom para investigação.

-Não viaja Fred, não viaja! – Me mudo do sofá para a poltrona. Não iria me espantar se ele dissesse “Você está com cara de quem beijou uma mulher”.

Eu não iria contar do meu encontro secreto com a bela Alexandra. Pelo menos não agora, enquanto ainda não tinha uma boa desculpa.

Fui deitar com uma vontade gigantesca de mandar alguma mensagem para ela, mas o peso na consciência me atrapalhava. O medo de não obter resposta também era um limitante. No fundo, bem no fundo eu já sabia que isso representava uma traição e o pior, eu começava a achar que estava disposta a ver até onde poderia chegar, talvez quem sabe o melhor caminho fosse terminar com Augusto. Antes de qualquer atitude, eu precisava descobrir como me sentia de verdade em relação a Alex. Agora não era mais uma pessoa estranha que conheci em uma viagem aleatória. Ela era real, sabia onde eu morava e aparentemente onde trabalhava. Por outro lado, eu não sabia muito sobre ela, sempre tão enigmática e misteriosa. Eu não conseguia traçar seu perfil, “Ela é tão imprevisível”, pensei. Além de tudo, nossos caminhos pareciam estranhamente se cruzar de uma maneira muito insistente. Talvez isso fosse algum sinal, só não sei dizer que tipo de sinal.

Fechei os olhos, queria dormir o mais rápido possível para que a manhã chegasse logo. Estava ansiosa. O simples fato de saber que a veria no dia seguinte me deixava ansiosa. Me virei de um lado para  o outro durante algumas vezes, nada que eu fizesse traria o sono. Desisto de resistir, pego o celular e envio-lhe uma mensagem.

“Agora você também tem meu número. Ravely.”

Assim que aparece “mensagem enviada 00:13” em meu visor, o arrependimento bate. Não tinha uma coisa mais criativa para mandar? Como eu sou patética, ela vai me achar estranha. Olha a hora que resolvo fazer isso. Queria ter um botão de voltar no tempo.

É claro que depois disso a ansiedade triplicou, apenas consegui pregar os olhos quando imaginei que a resposta não fosse chegar, ela já deveria estar dormindo.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

;*


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Comentários para 12 - Capítulo 12 - Me esqueci de te esquecer:
fla_nascimento
fla_nascimento

Em: 04/12/2016

É por isso que eu amo dezembro: proporciona férias e deixa as autoras tranquilas para se dedicarem as histórias rs. Tenho certeza que irá conquistar mais. Bom descanso pra ti!

Abraço.

Responder

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fla_nascimento
fla_nascimento

Em: 04/12/2016

Meu subconsciente sempre diz "não comece a ler uma história que não está completa", mas eu nunca lhe dou ouvidos. Trágico rs. Li os doze capítulos com 2 horas, nem preciso dizer que já me conquistou. Espero que não demore muito autora. Excelente trabalho até agora.

Ps: incrível a semelhança que vejo entre a Alex e a Effy de Skins, ótima referência.


Resposta do autor:

kkkkkkk Fico feliz que esteja gostando. Espero continuar conquistando-a. Hoje posto mais um capítulo e pretendo postas mais de uma vez por semana, acabei de entrar de férias. 

Não posso deixar de dizer que a Effy me inspira kkkk. 

Beijão!

Responder

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rhina
rhina

Em: 28/11/2016


Olá.  Boa noite.  Agora tudo é real....com nome e endereço. ... Ansiosa. ... Até.  Rhina

Responder

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Palas F
Palas F

Em: 28/11/2016

Pra que eu fui começar a ler essa bendita antes de estar completa??? Grrrr

É uma agonia não ter o botãozinho "próximo" na página hahahha

Coração pulou de alegria pelo reencontro <3

Responder

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Rita
Rita

Em: 27/11/2016

Kkkk ela é que nem eu kkkk quando mando mensagem fico sempre me xingando por qualquer coisa kkkk ponho sempre algum problema kkkk


Resposta do autor:

kkkkkkk Eu também odeio esperar a resposta. Morro de ansiedade!

Responder

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lia-andrade
lia-andrade

Em: 27/11/2016

Olha só o destino conspirando a favor das duas... O bom é que Rav já pensa em terminar com Augusto, mas acho que ainda serão surpreendidos até que ela realmente tome essa atitude.

Beijos


Resposta do autor:

Vamos ficar na torcida para que ela consiga terminar antes de que aconteça alguma coisa.

kkkkkkkkk

Responder

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Mille
Mille

Em: 26/11/2016

Ola Tammy

Elas sempre se encontrando o destino está querendo uni-las, espero que Rav termine tudo com o Augusto mais acho que teremos um momento constrangedor entre Alexandra, Rav e Augusto. 

Fred sentindo cheiro de segredo que a amiga está ocultando dele, mais chegará um momento que ela irá procura-lo para desabafar.

Se a Rav está ansiosa pelo encontro nem posso dizer ao contrário aqui, torcendo que o próximo capitulo venha a estilo papaleguas, pediu chegou. kkkk

Bjus e um ótimo final de semana


Resposta do autor:

Olá Mille! tudo bem?

Será que ela vai descobrir a tempo de terminar com ele? 

Fred sempre pegando no ar as escapuladas que Rav dá. kkkkk 

Estou correndo para que o próximo cap saía o mais rápido possível!

Beijão e obrigada pelo feedback, é sempre muito bom. 

;*

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