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Palavras: 7183
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Capítulo 19

DEZENOVE

 

disclaimer no capítulo UM

 

 

 

 

 

Foi o mês mais corrido da vida de Rebecca em mais de 5 anos.

 

Desde que a Dra. Luciana a entregou nas mãos do pessoal do Atendimento às Empresas, era uma maratona de visitas diárias, relatórios, anotações e anotações.

 

O sistema que gerenciava o marketing de Relacionamento foi instalado no Note da loirinha. Com 10 dias de treinamento intensivo e um analista de sistema para auxiliá-la, a loirinha começara a montar seu dossiê com nomes e informações sobre as empresas visitadas e o "quem é quem" dentro delas.

 

Das quase 500 empresas associadas, o diretor médico responsável pelo Depto. De Relacionamento, Dr. Yuri , pediu para a Gerente,  Alessandra , levar a loirinha em cerca de 85 que foram eleitas as maiores e mais significativas dentre os segmentos nos quais foi dividida a carteira de clientes empresariais.

 

Com 22 dias úteis para trabalhar, isto significava uma média de 4 visitas dia.

 

Rebecca fascinava-se com os ambientes empresariais que conhecia ao longo da maratona. Embora estivesse ali, naqueles ambientes, com uma equipe a assessorando, com excelentes roupas, apresentação e conhecimentos impecáveis; ela sabia que nunca tivera  a verdadeira oportunidade de progredir com sua real competência. Há muito aceitara, mas ainda a incomodava a situação de ser apenas a "esposa". Pensava em Marcella, Clara, Alessandra e todas aquelas pessoas com as quais se encontrava e sentia orgulho por elas terem chegado onde chegaram por seu méritos. Sentia orgulhos por elas e buscava com esse sentimento nobre, anular a pontinha de inveja que também sentia.

 

Não queria cuspir no prato que comia (pensando bem, uma analogia chula no contexto), mas sem Luciana, ela poderia estar morta ou disforme nas ruas, fazendo de tudo para sobreviver.

 

Pensava isto, enquanto olhava para as pessoas reunidas à mesa, em mais uma reunião com a doutora.

 

Em comum acordo, Luciana não revelara quem era Rebecca, após a loirinha convence-la que queria tentar realizar as tarefas, sem que as pessoas facilitassem tudo por medo de desagradar a médica. Não era pelo fato de serem amantes na questão orientação sexual, mas na questão de ser a predileta da toda poderosa. Desta forma, Dr. Yuri e Alessandra apenas foram informados que Rebecca estaria com eles, prestando uma consultoria. Como ninguém questionava Luciana, o fato foi aceito.

 

Os professores foram avisados, evitando constrangimentos desnecessários. Como sempre, houve protestos.

 

Agora, ali, estavam reunidos para que Rebecca fosse integrada ao comitê gestor, responsável pela propagação das mudanças organizacionais. Presentes, os professores, Luciana, os gerentes de todas as áreas e a estrela maior, o consultor Waldemar.

 

A doutora o descrevera a Rebecca com requintes de crueldade, tamanho o desprezo que tinha por ele. Só o aturava porque diziam que ele era o melhor em sua área. Entretanto, nos últimos dois anos, tanto a própria doutora quanto Marcella estavam muito bem treinadas no assunto, após vários workshops e palestras por alguns lugares do mundo.

Na verdade, Waldemar não sabia quão tênue era a linha que o mantinha a frente do processo de qualidade, já que nem a médica e a diretora teriam tempo para dedicarem integralmente à qualificação geral e preferiram focarem-se apenas na qualificação hospitalar e certificações internacionais, deixando o resto chato para ele.

 

A pessoa em questão era um homem baixo, de formas compactas e desequilibradas, com o torso bem mais curto em relação aos membros inferiores e um pouco acima do peso. Não sabia dizer qual a necessidade, mas a calça era extremamente justa, de uma forma que doía até em quem não tem as genitálias masculinas e, falando nestas partes,o figurino deveria tentar salientar algo que, de outra forma, dificilmente seria notado. Completando o quadro, ele ainda fazia questão de delimitar uma cintura que não existia, colocando o cinto quase no pescoço. Como bem Luciana o descrevera, parecia um sapo que dificilmente viraria príncipe.

 

É claro que Rebecca, refeita do impacto causado pela maestria do retrato falado que Luciana fizera; preferia, agora, tirar suas próprias conclusões sobre a pessoa.

 

Prof. Arthur os apresentou e logo de início a loirinha desgostou do aperto de mão: parecia que o homem estava prestes a pegar em esterco. A jovem tinha para si que pessoas com este tipo de gesto eram, geralmente, falsas; deixavam a naturalidade em troca de uma educação e refinamento que realmente não tinham. Não queria um aperto de fazer cair a mão, mas um aperto cujo toque realmente denotasse franqueza e amabilidade.

 

O olhar foi o complemento: ele analisou Rebecca da cabeça aos pés (e ela ficou feliz por ser mais alta do que ele e o obrigar a erguer a cabeça para terminar avaliação) e esboçou um sorriso falso, sem maiores comentários.

 

A mesa era ampla. Rebecca ficou na lateral, junto com Alessandra e as gerentes de vendas das divisões de produtos empresariais e pessoa física, as quais conhecera quando visitou as empresas. A doutora Luciana estava na cabeceira, com Marcella a sua direita, o tal Waldemar à esquerda e os professores, que compunham o conselho. No total, cerca de 30 pessoas estavam na sala. A mesa era uma variedade de laptops, palms, celulares e as parafernálias modernas, além do projetor e o telão.

 

De seus lugares, Becky e Luck trocavam olhares, mas não podiam conversar....quase. Estavam ligadas pelo correio eletrônico. Sempre que podia, a doutora mandava uma mensagem.

 

De: Luck

Para: BEcky

"Não agüento mais a voz desse sapo...queria que uma mosca entrasse naquela boca e o fizesse engasgar...rs

 

Beijos de língua...molhados...sem mosca"

 

 

- Doutora?...doutora?...está prestando atenção?

- Não, estou verificando se tem mosca na sala! - todos riram, inclusive o bajulador - Claro que estou, Waldemar!

 

Como ele não ousaria fazê-la repetir o que havia dito, foi sábio ao refazer a pergunta, a qual ela respondeu com um aceno de mão.

 

De sua parte, a loirinha estava tentando ficar séria, após ler o email.

 

- Algum problema, Rebecca? Você ficou vermelha! - Caroline quis saber

- Fiquei com pena dele. A doutora é muito áspera.

- Xiii...fala baixo..num deixa ouvir, caso não queira ser a próxima vítima.

 

Disfarçadamente, a loirinha digitou:

 

De: BEcky

Para: Luck

" Aí você  ia ter que fazer respiração boca-à-boca no sapo...rs

E nunca mais poderia beijar a boquinha da princesa...rs....ou outra parte, que agora lateja por vc.

 

Beijos."

 

Luciana lia a mensagem e sua expressão, ainda que inalterada, denotava para Becky que a médica estava se divertindo. A loirinha estava ficando excitada com o jogo.

 

De: Luck

Para: Becky

 

"Esqueça o sapo...rs...quero uma sapa....rs....e perereca..rs.

Vi você se arrumando e adorei sua lingerie. Pena que terei que estraga-la. E acho que vai ser agora.Vou terminar essa reunião.

 

Prepare-se!"

 

- Rebecca, melhor parar de ficar lendo e-mail durante a reunião - a gerente de vendas cutucou a loirinha - Se a doutora perceber, vai ser um aborrecimento geral.

- Como? - foi a pergunta, já que agora Becky tinha outra preocupação.

 

Não achava que Luciana faria tal coisa: interromper uma reunião para trans*r.

 

De: BEcky

Para: Luck

 

"Doutora, comporte-se! A lagoa que transborda..também pode secar."

 

- Rebecca, por favor, pare com isso. Não de motivo para ela prestar atenção em n...

 

- Caroline, o que você e Rebecca tanto cochicham? - Luciana perguntou, em alto e bom som.

 

Todos os olhares sobre elas.

 

- O note da Rebecca perdeu a conexão....

- ..é, perdeu! - a loirinha confirmava.

-...e eu avisava para ela prestar atenção na reunião e depois tentar consertar. - Caroline concluiu.

 

- Ah! Pensei que Rebecca estivesse resolvendo algum assunto urgente. De repente, tentando apagar um incêndio em alguma lagoa. - e mais uma sessão de risada de puxa-sacos, que riam sem saber que as duas se divertiam entre elas.

 

- Não, doutora. Não costumo interromper reuniões em meu benefício. E, quanto mais trasbordante for a lagoa, mais o incêndio se propaga.

 

Apesar de ninguém entender, todos já ficaram tensos com a resposta. Mas, não tão tensos como certos clit*ris na sala.

 

- Waldemar, acredito que você acabou e podemos encerrar a reunião.

- Não. Pela pauta, ainda temos que falar do selo comemor...

- Waldemar...- Luciana lançou um olhar.

- Sim, claro, doutora. Podemos resolver isto em outra reunião.

- Ok. Vamos trabalhar. Chega de recreio!!!! - foi a frase de despedida.

 

Mas, o homenzinho era insistente. E, quando Luciana fez menção de se dirigir a Rebecca, ele a interpelou, conduzindo-a pelo braço para um canto.

 

Era cômico vê-lo ao lado dela, já que ele era muito baixo.

 

- Waldemar, acabou.- a médica se desvencilhou, limpando o local onde ele a tocara..

- Essa consultora Rebecca, surgiu como?

- Indicação.

- A doutora se importa em dizer a empresa.

- SAPA Lake Consultores.

- Nunca ouvi falar.

- Waldemar, até a próxima vez. - e o empurrou da frente.

 

Infelizmente, ao conseguir se desvencilhar dele, Rebecca tinha sumido.

 

"Não adianta adiar. O que é seu está guardado." - pensou com um sorriso de predador nos lábios.

 

 

Na verdade, a reunião fora interrompida, mas Rebecca e as outras gerentes tinham compromissos. Se não cumprissem suas agendas, dificilmente terminariam a amostragem de empresas necessárias para o trabalho que estavam realizando.

 

A loirinha sabia que fora salva pelo gongo. O olhar de Luciana e o fato do "sapo" tê-la atrapalhado, dava a BEcky a certeza de que seria a presa de uma caçadora muito frustrada.

 

"Conto com isto" - pensou, com um sorriso nos lábios.

 

**

 

Visita à região do ABC, São Caetano mais precisamente. Nesta cidade, três grandes empresas.  Em uma, foi apenas um almoço com a gerente responsável pelo RH. Nas outras duas, um passeio pela fábrica, visita aos ambulatórios, checagem dos aparelhos de segurança e proteção.

 

Rebecca fora em seu próprio carro. Assim, quando ia dando o dia por encerrado, foi lembrada da reunião que teria com o povo de propaganda.

 

Foi assim que se descobriu atrasada e saiu cortando o trânsito caótico. Sobre o elevado conhecido como Minhocão, ao tentar mudar para a pista de alta velocidade, quando trocou a marcha, o carro começou a ratear e parou. Nunca na vida tinha passado por isso. Apenas sabia que ali era um lugar movimentadíssimo e o local onde parou um ponto propício para causar um desastre.

 

Olhou pelo retrovisor e viu quando um motoqueiro freou quase em cima dela e mudou de pista, xingando toda a sua geração de nomes lindos.

 

Sabia que tinha que colocar o triângulo, mas ele num parava em pé pelo vento dos carros. Ligou para Clara que indicou tudo o que ela deveria fazer e disse que ia ligar para o resgate que atendia o elevado e para o seguro.

 

Então, ligou para Marcella e informou que estava parada, mas chegaria para a reunião.

 

Enquanto esperava o guincho, relembrou dos tempos que perambulava por ali, da noite que salvou a doutora. Mas, as lembranças não faziam-na se acalmar. Bem, de repente, todos os guinchos chegaram: dois do elevado que a conduziram escoltada para fora dele e, depois, quase na seqüência, o da seguradora. Rapidamente, pegou o táxi cedido pela companhia. Clara já providenciara o endereço da oficina para levarem o carro.

 

Assim, com exatos 15 minutos de atraso, adentrou a sala de reunião, esta um pouco menor. Logicamente, todos os olhares sobre ela. Principalmente um belo par de olhos azuis, famintos.

 

Já abalada pelos acontecimentos, Becky quase desaba do stilleto, literalmente, ao se deparar com Luciana na reunião.

 

Sentou-se, ajeitou o cabelo e, pelo calor com  a correria, tirou o casaco expondo seu colo e o contorno do sutien por sob a blusa de seda cor de pérola, em contraste ao tailleur preto. Querendo fugir de Luciana, foi só então que percebeu que sua cadeira estava frontal à médica.

 

- Doutora...senhores, desculpem o atraso..eu tive um imprevisto meio assustador.

- Está tudo bem. - havia preocupação na voz da médica

- Sim. Claro. Tive toda a assistência que precisava. Mas, não esperava que a doutora estivesse nesta reunião.

- Precisei de Marcella em outro compromisso. - falou num tom de sarcasmo - e eu tenho interesses nesta reunião.

 

Rebecca não fez comentários. Engoliu em seco e começaram a verificar as peças publicitárias. Estavam revitalizando a logomarca e criando o novo layout do site.

 

Por um bom par de horas, Becky esqueceu a ameaça que rondava.

 

Estava tão empolgada, que deu várias sugestões. Luck não se intrometeu e, para quem tinha interesses, não se manifestou nem contra e nem à favor.

 

Ao término da reunião, estavam todos em pé, ao redor da mesa e as cabeças de Luck e Becky quase se encontravam sobre as peças espalhadas. Foi aí que a médica, com sua habitual praticidade, mandou que deixassem tudo onde estava, ela e Marcella olhariam depois.

 

- Providenciem as alterações que a Rebecca disse. Quem sabe, alguma coisa possamos aproveitar.

 

Enquanto ela falava com os publicitários, a loirinha foi até o aparador sobre o qual estavam suco, água, café, bolachas e algumas coisas para o coffee break. Estava parada, bebendo água. Percebeu quando a doutora fechou a porta da sala e passou a trava.

 

- Você está bem mesmo. O que houve? - disse, ainda junto à porta.

- O carro parou no meio do Minhocão. Imagina meu pavor. Achei que algum outro carro bateria no meu traseiro e me faria voar elevado abaixo!

- Seria uma pena estragar seu traseiro. - disse maliciosamente. - Aliás, esse salto ...nossa...mal pude me conter ao ver você entrar na sala...e andar até a mesa...- entre a primeira e última frase, ditas pausadamente, a doutora estava junto da loirinha.

 

- Luck...aqui?

- Agora....estava louca sentindo seu cheiro enquanto aqueles incompetentes falavam...- estava respirando mais acelerado e as narinas estavam dilatadas.

 

O beijo. Sim...era um beijo letal. Por conta dos saltos, a altura da loirinha era uma novidade para a doutora. Não precisava se dobrar para alcançar a boca desejada e as coxas roçavam com mais pressão entre suas pernas.

 

Uma das mãos na nuca, forçava a boca da jovem para dentro da sua, enquanto a outra mão massageava com vontade a bunda arredondada e levemente enrijecida pelo salto alto.

 

Sem qualquer aviso, virou Becky bruscamente e massageava agora os seios por sobre a seda, onde deixara manchas de sua saliva. Ergueu a sai da loirinha e a visão da cinta liga preta sobre a pele alva...a bunda deliciosamente firme e redondinha coberta pela calcinha preta, de rendas....essa visão tirou a médica do sério. Afastou a calcinha e deixou a língua inspecionar o caminho dentro da fenda quente e úmida.

 

- OH!!..Luck...delícia..

- Hum..hum..- e outros sons inimitáveis saiam da médica.

- Luck...as fax ...isso...fax.. ineiras ...vão..vão..não pára....vão est...estranhar a porta ....mais..mais....fechada - Becky tentava pensar e estava quase se afogando dentro da jarra de água.

- Sshhh...- deu um tapa na bunda, assustando a loirinha e fazendo a jarra se espatifar no chão.

- Suba na mesa e tire a calcinha....se quiser sair com ela daqui. - completou entre dentes.

 

BEcky ia tirar os sapatos.

 

- Fique com eles. Ah.,..e tire a calcinha de costas para mim, sem dobrar o joelho...quero ver toda a sua racha. Desde o ânus até o vão dos seios...- e, dizendo isto, puxou sua cadeira e a colocou estrategicamente em frente a mesa, o tempo todo com um sorriso de viés.

 

Era um espetáculo. A médica estava em transe. Tinha a sua frente a mulher mais gostosa que já vira na vida. Seu corpo se desidratava por todos os afluentes livres. A boca salivava de vontade de tocar aquela carne macia, tenra, branquinha, com leves marquinhas de biquíni e, aos poucos, a visão do botãozinho rosadinho ainda molhado com sua saliva, e depois a lábia de uma cor mais intensa, ...os pelos dourados, aparadinhos...

 

- Mãos no joelho e fica empinadinha...ainda quero ver mais.

 

Era uma visão e tanto!

 

Mexeram na porta, tirando a doutora do transe. Subitamente, ela tirou o telefone do gancho e, com um tom muito irritado, notificou que estava usando a sala.

 

Conseguia realmente ver os seios apoiados na blusa, pelo vão das pernas afastadas.

 

- Vire-se e deite na mesa, com as pernas bem abertas. - disse, enquanto espalhava pelo chão, as artes deixadas na mesa. - Não quero seu cheiro em outros narizes.

 

Tão logo a loirinha deitou-se, a médica a puxou pelas pernas, posicionando-a como queria.

 

- Você escolheu a especialidade errada. Ginecologia seria melhor. - Becky tentou brincar.

- Você quer uma gineco? Por isso não. - e sem aviso, enfiou um dedo dentro da loirinha, que deu um pulo na mesa.

- Luu...c..k..

 

A médica não teve presa. Mexeu o dedo dentro da jovem como quem raspa a massa de bolo no fundo de uma vasilha.

 

- Veja, amor, eu estou lambendo seu suco. Realmente, quanto mais líquido na lagoa, maior o incêndio. - e mexia dentro dela, rodando o dedo e tirando e metendo de novo e lambendo.

- Luck...eu quero...

- Ch*pa...- colocou o dedo na boca da loirinha, que fez um show.

 

Novamente, Luciana deixou Becky com as pernas abertas, numa posição bem vulnerável. Foi até o aparador, pegou uma xícara de café e voltou a se sentar em frente à loirinha, com a cadeira alojada sob a mesa, seu rosto a poucos centímetros da vulva exposta. O café estava quente e a doutora aproximou a boca da vulva e deixou um sopro quente arrepiar os pelos da loirinha.

 

- Becky...sabia que seu sex* é perfeito? - dizendo isto, começou a abrir os lábios, tocando gentilmente todas as partes - É quente, úmido e durinho seu clit*ris; logo abaixo, a abertura da sua vagin*...vermelha...brilhante...cheirosa; e depois, descendo ..seu cuzinho...um botão de flor ..fechadinho...sugador. - inseriu a ponta do dedo, fazendo Becky soltar um gemido. - Você é generosa, se abre toda, acolhe meus dedos..- e enfiou mais dois dedos, desta feita, na vagin*, fazendo-os escorregarem até a primeira falange, mantendo-os assim.

 

BEcky não sabia o que a excitava mais: estar assim totalmente exposta, a respiração da doutora enquanto falava, ou a narrativa do que ela via.

 

- Eu quero toda você...aberta...fechada, também continuo querendo. - e fechou os lábios, acariciando por sobre o monte de Vênus, sabia que a jovem adorava quando ela esfregava por sobre os lábios, fazendo-os massagearem o clit*ris.

- Luck....você está me deixando louca.

- Estou querendo você desde aquela maldita reunião de hoje cedo....desde aquela hora, meu clit*ris dói, minha calcinha está ensopada e minha boca saliva pensando em tudo que quero tirar de você. Naquela hora era urgente, uma comida rápida. Agora...eu quero degustar o banquete todo.

 

Abrindo novamente a lábia, começou a massagear o clit*ris rijo com os dois dedos polegares. Becky automaticamente achou seu ritmo e gemia.

 

Sem perder o movimento, a língua entrou suavemente na vagin*, misturando a saliva ao suco produzido. A mistura resultante escorria pela superfície da mesa, sob o queixo da doutora.

 

- Você ...quer...me punir....não pare...não ouse...- Becky em momentos esparsos, encontrava o olhar de Luciana e a visão dela, tão senhora de seu sex*, deixava a loirinha querendo mais e mais se abrir para ela, o que fez usando suas mãos para abrir mais e mais seus lábios, deixando o clit*ris cada vez mais exposto e sensível.

 

Sem retirar a língua de seu alojamento, doutora manejou um dedo para dentro do querido botãozinho de flor, que logo o agarrou tenazmente para depois ir deixando-se penetrar pelo dedo...entrando e saindo..enquanto a médica ainda deixava o polegar massageando o clit*ris.

 

Becky, se fosse para morrer ali, com aquela tortura, morreria em êxtase. Estava arfante, sentia o coração nas têmporas.

 

Luciana percebeu o movimento rápido do peito arfante. Parou.

 

- Acalme-se. - disse, acariciando os pelos pubianos e assoprando dentro da jovem, que estremeceu novamente.

 

Com um movimento rápido, a doutora inverteu a posição do corpo de Becky: agora, a cabeça estava na beirada da mesa e a loirinha olhava a doutora nos olhos, de baixo para cima.

 

Foi um beijo engraçado, pelo ângulo inusitado. E, até por isso, excitante. Seus lábios estavam unidos de forma inversa e a doutora devorava o queixo...subia pelo pescoço até o vale entre os seios, os quais fez saltar por sobre o soutien negro, de forma a ficarem salientes, cheios e unidos. Beliscou e sugou os mamilos, enquanto, voltava a alojar sua língua dentro da boca da jovem loira. Lambia os lábios deixando toda sua saliva desenhar os contornos, para em seguida, quase mastiga-los. Demorou o quanto quis, sendo retribuída por leves mordidas e a língua da jovem bailando sobre a sua. Em determinado momento, somente as línguas se tocavam, memorizando seus paladares. E, novamente, voltou aos seios, ch*pando e banhando-os com sua saliva, até deixá-los sensíveis.

 

- Luck..vou goz*r ...pelos seios...- a loira nem sabia o que falava.

 

Da posição na qual se encontrava, pôde ver a médica tirando a calça e a calcinha, esta última, foi posta sobre o rosto de Becky, formando uma máscara.

 

- Sente...veja o que fez comigo..como fiquei o dia todo.

- Não mereço tal recompensa. Luck...seu cheiro..quero você , na minha boca.

 

Com um leve puxão, a cabeça de Becky pendeu da mesa e sua máscara caiu, revelando a sua frente pelos negros e caprichosamente aparados, brilhantes, emplastados com a umidade anunciada pela calcinha. Sem perda de tempo, com as mãos, abriu o caminho e sentiu todo seu desejo animal se inebriar com o cheiro do sex* da sua amada.

 

Luciana deu um passo mais próximo, certificando que a posição não seria totalmente incômoda para Becky. Teve a certeza, quando a língua da jovem bailou sobre seu órgão rijo e latejante.

 

- WOW!!...Ah..isso...assim...- a médica se balançava, querendo sentir a língua em todos os pontos necessários.

 

Sentia-se escorrendo literalmente dentro da boca de Rebecca, que não estava medindo esforços ou conseqüências. Ambas estavam, cada qual, concentradas em não quebrar o pescoço da loirinha e também não perder o precioso contato.

 

- Ah...Becky....sua língua é quente...macia.....meu amor....é seu...- a médica estava se deixando levar pelo êxtase.

 

O telefone tocou. Luciana atendeu e, ao esticar o corpo o máximo que pode, sem sair do lugar, acabou dando mobilidade para BEcky, que audaciosamente, lambeu o ânus..

 

- ...não pára...- disse para BEcky, já ao telefone -...eu disse FALA..não pára....

 

Becky ouviu a médica e não acreditou.

 

- Não. Manda email. Falamos amanhã. ...Ah...deus....Não..disse Adeus. - e desligou, desviando as ligações para outro ramal.

Voltando a posição inicial, apoiou a cabeça da jovem mais dentro de si. Becky não estava deixando nem uma gota.

 

- Quero você goz*ndo, doutora.

- Mais.. mais um pouco....

- Pouco...é pouco....tudo..delicia....

 

Percebendo que iria goz*r, Luciana afastou Becky. Girando seu corpo novamente, a trouxe até a beirada da mesa e, em seguida, sentou novamente em sua cadeira, alojando a loirinha sobre seu colo, com cada perna apoiada em um braço da cadeira. Uma vez assim, sentindo a bunda roçando seu pelos, e os pelos dela em sua barriga, enfiou um dedo dentro da jovem, fazendo massagem nas paredes da vagin*.

 

Becky estava corada, suada, com o rosto cheirando ao sex* da médica.

 

Luciana deu-lhe um banho de língua ao redor dos lábios e queixo, limpando qualquer vestígio seu que ficara.

 

- Luc....mais...dentro...

- Sua língua...mostra...

 

Ao mesmo tempo que sugou a língua, enfiou três dedos em Becky, fazendo a jovem saltar em seu colo. Devorava a língua, ch*pando como se devorasse o clit da jovem, sentindo seus dedos entrando na vagin* quente, sugadora, que agarrava os dedos, denotando que Becky estava prestes a goz*r. Parou os dedos e pressionou o clit da jovem com o polegar, iniciando novo movimento. Becky gemia dentro de sua boca, agarrando os cabelos negros da médica, que também estavam molhados.

 

- Não pára...- e como a médica havia parado, Becky desesperadamente rebol*va, empalando os dedos, sentindo os pelos da médica roçando sua bunda...estava cavalgando como nunca fizera, possuída de desejo e necessidade de libertação.

 

Conseguiu abrir os olhos e ver os azuis mesmerizados com a cena. Luciana estava deixando a jovem usar todo seu corpo. Estava com um olhar de extrema luxúria e prazer. Becky estava agarrada ao seu pescoço, subindo e descendo em seus dedos, os seios roçando o rosto da médica. Era lindo, excitante...Luciana sentia que ensopava a cadeira. Sentiu a contração da vagin*, viu Becky lançar a cabeça para traz....abruptamente, retirou os dedos. Becky abriu os olhos, o olhar vago, demonstrando espanto e incredulidade.

 

- Amor..- nem falava, arfando..- eu...você..quase...

 

A médica levantou, girou Becky  e a empurrou contra a mesa. Ainda que suave, empurrou a cabeça da loira para frente, posicionou a bunda como quis, abriu sua vulva e deixou seu clit deslizar sobre a pele avermelhada e quente. Ambas ainda estavam com a parte de cima coberta. A doutora estava sem sutien e apenas abriu a blusa, deixando seus seios roçarem as costas da loirinha. BEcky arrepiou-se com o novo contato...sentiu os mamilos rijos, o tecido da blusa e o cabelo de Luciana, tudo tocando sua pele, com texturas tão diferentes. Era uma tortura sensorial.

 

- Isso, amor...isso....se esfrega toda ....deixa rastro...me molha...- a jovem começou  a intensificar seus movimentos, enquanto a médica mantinha seus corpos grudados, incapaz de passar o ar entre elas, de tão coladas.

 

Luciana não falava concentrada demais em seu prazer. Sabia que estava sendo bruta, mas era delicioso...cada vez que perdia contato, a fração de segundo na expectativa em reaver a fricção a deixava alucinada. O movimento da pélvis em contato ao rebol*do do quadril de BEcky. Era egoísmo, mas a médica sabia que nunca fora altruísta.

 

- Becky...tão bom, amor....sente...eu estou derretendo em você..sente..

- Sou sua....faça o que quiser....mas...me faça goz*r...

 

Luciana levou Rebecca até o aparador, sem mudar a posição. Sem parar, a loirinha pode ver a médica abrir os potinhos de manteiga posto pra o café.

 

- Luck, você vaiiiiiiii... - sentiu o creme espalhando em seu ânus.

- Vou...

 

Entrou fácil. Becky já estava mais do que excitada e pronta. Com o creme, os dois dedos deslizaram sem qualquer impedimento. Becky adorava sex* anal. Luciana a ensinara com maestria. Confiava nela cegamente.

 

- Luck...eu preciso goz*r...por favor....- suplicava, sabendo que estava prestes a explodir de frustração

 

O terceiro dedo e Becky estava gem*ndo alto, quase urrando. Luciana também gemia muito, pois em nenhum momento deixou de esfregar seu clit. Estava cansada, mas não ia parar...não poderia. Não agora.

 

Vez ou outra, pelo movimento, alguma parte de Luciana roçava a vulva da loirinha, que gemia mais alto.

 

Mantendo dois dedos, a médica ajoelhou-se e começou a sugar todo o sex* da loirinha.

 

- Ai..meu Deus...não pára....assim....mete ..rápido....suga...ai..Luck...não..vou...aguentar

 

Com a outra mão livre, Luciana tentava dar atenção a si mesma. Claro, conseguia apenas intensificar o que sentia sem poder concluir.

 

Novamente, Becky dava sinais de seu descontrole e de estar na beira do precipício de seu prazer.

 

Novamente, Luciana parou. Com alguns guardanapos, limpou o creme que escorria pela vala da jovem. Limpou os dedos.

 

- Luck...ah...você..es ..está...me punindo

 

Olhou para a loirinha, enquanto abria o frigobar  e bebia água gelada. Deu para ela também, enquanto a levava para a mesa novamente.

 

- Deite-se.

- Luck..por quatro vezes eu estive prestes a goz*r..estou explodindo...

 

Antes que pudesse terminar, a médica estava sobre ela. Sem esforço algum, rasgou o sutien, tirou a blusa, abriu o máximo que pode sua vulva. Becky entendeu o olhar fixo em sua boca e seios, denotando que nem mesmo a médica iria conseguir se conter agora. Repetindo o gesto, Becky abriu bem suas pernas e sua vulva.

 

O encontro das carnes rijas, molhadas, tensas foi como duas tomadas de alta tensão sendo conectadas. Luciana parece que teve um curto-circuito.

 

À princípio, ficaram paradas; então Becky fez o primeiro movimento, ao qual Luck respondeu girando sua pélvis, num ritmo lento, como desenhando um oito imaginário. Não conseguiu completar a segunda volta: seus corpos começaram a se rebelarem contra o domínio, buscando libertação. Becky empurrava o quadril contra a médica, e com as mãos, agarrava a bunda firme, forçando o contato, num movimento quase hipnótico. Sentiam seus clit*ris juntos, sentia a umidade da médica inundando seus meios e sabia que também molhava sua companheira.

 

- Luck...eu amo....amo....você.

 

Só teve tempo de ver a adoração nos olhos azuis, antes de ceder à corrente elétrica que inicio em seu sex*, deu a volta por seu corpo todo e entrou em Luck, que também começou a estremecer. Luciana não parava rapidamente, como Rebecca que ficava sensível após o orgasmo. A jovem teve que se submeter à fúria do corpo da morena, que continuou se esfregando, querendo a última carga de prazer a qual tivesse direito. Foram três espécies de convulsões violentas, acompanhadas de palavras desconexas. Para seu espanto, talvez pela tensão e excitação do momento, a jovem sentiu mais um espasmo, praticamente alcançando Luciana em seu último frêmito.

 

Luciana a beijou novamente, demoradamente, com paixão e entrega. Deitadas em cima da mesa de reunião, ao olharem ao redor, perceberam o impacto que foi a união das duas.

 

- Espero que a próxima reunião seja bem longe daqui. - Becky falou já vestindo o que sobrou da roupa.

- Quer experimentar outra sala? A sala de videoconferência tem sofá. - a médica disse, movimentando as sobrancelhas maliciosamente, colocando a blusa para dentro da calça.

- Luck!.- a loirinha falou, enquanto com a ponta dos dedos, jogava os guardanapos sujos no lixo - Não sei como encarar a secretária.

- Não vai precisar.

 

Dito e feito: ao saírem da sala, o caminho estava livre, pois o horário de expediente terminara.

 

-  Humpf...Povo não espera mesmo! Deu o horário, neguinho se manda! - a médica reclamou, para espanto de Becky.

 

**

 

Desde o incidente no haras, todos estavam por demais atarefados.

 

Clara ficara apenas 3 dias na fazenda; tempo para Régia fazer todos os acordos com o povo invasor da parte norte da fazenda.

 

Aliás, Clara não tinha idéia da extensão daquelas terras. Era bom mesmo que os técnicos estivessem chegando para fazer o laudo. Essas tais cercas eram em uma parte mais elevada, ainda que do outro lado de um morro, muito afastadas. Até um trecho do caminho, dava para chegar de carro, depois só a cavalo e, mesmo assim, com cuidado e marcha lenta.

 

Régia não precisou expor Clara, então a função dela foi verificar se a casa já havia sofrido as reformas necessárias para alojar os técnicos; ir com algumas mulheres até a cidade vizinha, providenciar mantimentos e utensílios e, de resto, mal viu Régia, que se embrenhou nas tais cercas.

 

Assim, quando retornou, nem se despediu dela.

 

Estava magoada com a líder pelo ocorrido no haras, mas também era racional o suficiente para entender que não podia exigir nada; ainda mais da forma como continuava desfrutando do seu relacionamento com Marcella.

 

Marcella. Mais uma vez, racionalmente, a secretária entendeu que devia desculpas para a diretora.

 

Assim que a diretora voltou de viagem, a secretária marcou um fim-de-semana só para elas.

 

Viajaram para o chalé que a doutora possuía em uma cidadezinha em Minas Gerais, bem divisa com São Paulo.

 

Era uma cabana, tipo essas de caça: pequena, confortável, acolhedora. Romântica.

 

- Lareira?!?

 

A bela mulata sorria, mostrando os dentes alvos, na boca carnuda e pequena. Ela tinha covinhas.

 

- Claro! Quando poderemos sentar e degustar um excelente vinho, ao som de uma música perfeita, após um jantar perfeito, em frente a uma lareira?

 

- Considerando-se que o tempo não obedece mais as estações climáticas; acho que devo aproveitar o momento. Sabe lá se teremos outra oportunidade!

 

- Você vai para o Chile, com a doutora, no mês que vem. Quem sabe dá tempo de esquiar.

- Luciana não dá tempo para nada! Agora que tem Becky, tudo que faz é vapt-vupt para voltar aos braços da loirinha. Que fogo tem aquelas!

- E também vai ser a primeira viagem no jato novo. Agora que ela não fica mais do que o necessário mesmo! - Clara observou.

- Vamos no aparelho particular ou no da empresa? - a diretora queria saber.

- Becky comentou que será da empresa. Faz sentido, já que é mais econômico e tem maior autonomia de vôo. Engraçado você não saber disto, não é você a responsável por eles?

- Eu?!? Achei que fosse você!

- Teremos problemas com isso. Quem vai cuidar das reservas?

- A moça do setor de viagens da empresa.

- Bem, então ela deve saber. Mas, você deveria checar sob responsabilidade de quem isto deve ficar.

- Ah, essa não!. Eu tenho que fazer tudo. É Rebecca para paparicar, doutora para representar, Waldemar para aturar...e agora, jatinhos!

- Fala assim da Rebecca. Sei que ela está se saindo muito bem.

- É. Se a doutora contiver suas taras, a Becky pode ficar tranqüila. Você soube da "sala de reuniões"?

- Como você soube? - Clara ficou espantada, já que ficara sabendo pela própria loirinha, sob segredo de morte.

- Recebo as fitas das salas monitoradas. Aliás, depois você entrega para Becky, com minhas advertências. - e riu maliciosamente - A doutora não perdeu a jeito!

 

Clara mudou de assunto. Trazendo a conversa para o desempenho "profissional" da loirinha.

 

Enquanto conversavam sobre as aventuras de Becky nas empresas, entretinham-se com a tarefa de acender o fogo com as achas colocadas ao lado da lareira e o acendedor. Rapidamente, sem muito esforço, fizeram um fogo brando. Aos poucos, o cenário ganhava o clima certo: o cheiro da madeira queimando, o crepitar do fogo, a proximidade delas. Romantismo. Marcella tomou Clara em seus braços e a beijou ternamente.

 

- Trouxe um presente para você. - a secretária falou, recuperando o fôlego.

 

Enquanto Marcella abria o vinho e o deixava respirar; Clara foi buscar o presente.

 

- Queria que você me desculpasse o que a fiz passar no haras. - disse, entregando uma caixa de veludo - E também dizer que, apesar do meu comportamento nos últimos, você me fez muito feliz nestes seis meses de namoro.

 

A diretora abriu a caixa e deparou-se com um estonteante colar de pérolas, o qual, Clara fez questão de colocar, beijando a nuca, ao selar o fecho. A diretora sentiu o corpo estremecer e um frio percorrer sua espinha.

 

Virando-se, Marcella fechou os olhos de Clara e depositou em suas mãos uma caixinha.

 

A secretária encontrou um par de brincos, em jade e ouro branco. Olhou surpresa para a diretora.

 

- Você se lembrou do nosso aniversário. - Clara estava emocionada.

- A cada mês, eu renovo a contagem, esperando que seja eterno. - disse, ajudando a secretária a colocar o brinco.

 

Clara serviu o vinho e brindaram, sentindo o sabor seco e suave da bebida no beijo trocado. Puxou a diretora para perto da lareira, aconchegando-se nela, no tapete ao pé do sofá.

 

- Parece tão pouco tempo....e, paradoxalmente, muito. - Clara ponderou, olhando o fogo.

- Como se sente? Como "nos" sente agora, depois dessa troglodita...

- Marcella, vamos deixar a Mowgli fora disto. - falou, usando o apelido, para aliviar a tensão que a menção de Régia causava entre elas.

- Será que podemos?

- Devemos, Marcella. - falou quase rispidamente.

 

Ficaram em silêncio. Marcella passava levemente seu rosto pelo rosto da secretária. Era bom, calmo. Satisfatório.

 

- Há muito que não namorávamos decentemente. - Marcella observou -  Como você nos vê, de agora em diante. Somos adultas, sabemos que nossa relação é frágil. - Marcella constatou.

- Nossa relação é algo novo para mim. Encontrei nela uma razão para viver a minha vida e não a da doutora e sua amante.

 

O olhar de Clara continuava fitando as chamas: estavam vivas, mas brandas; porém, consumiam as lenhas, mudando suas formas com a combustão, criando novas substâncias tóxicas, orgânicas, mutáveis.

 

A lenha reclamava das lambidas das chamas, mas estava imóvel, como amante passiva.

 

Clara não sabia se era a chama que arde e queima, ou a lenha, madeira que irá suportar secar sua vida e se transformar em carvão tóxico e ainda capaz de dar energia para o uso de outros.

 

Marcella via as chamas nos olhos verdes, agora que mudara de posição, de modo a poder enxergar o belo rosto. Os olhos estavam úmidos, vítreos; fixos no fogo, como quem quer se hipnotizar pelas labaredas. A diretora daria à secretária o tempo que fosse necessário para ela organizar seus pensamentos e concluir sua resposta.

 

Clara fitou-a.

 

- Eu não sabia o que era ser responsável por alguém, sem vínculos empregatícios. - sorriu, sem vontade e prosseguiu - Não sei se adquiri esse conhecimento; mas sei que este nosso relacionamento conferiu a mim a perspectiva de crescimento, de descobertas. De poder dar razão aos meus propósitos de vida. Você representa uma família; um futuro, um motivo meu; para alimentar meu querer.

 

Marcella sorvia o vinho, pensativamente.

 

- Mas, no meio disto tudo, tem o amor, não é? - a diretora falou, quase distraidamente.

 

Ambas riram. Marcella beijou Clara com suavidade e ternura. Adorava sentir o contato. O hálito revelando o bouquet do vinho, levemente alterado. A falsa fragilidade do corpo que parecia sumir no seu, mas era forte no ato do amor, na busca pelo prazer.

 

- É difícil definir....- Marcella tentava articular melhor o que queria dizer - Não se dê ao trabalho de negar...

- Negar?!? - Clara sentiu o coração apertar - Negar o quê? Eu..Bem..não...

- Shh...Eu sei que nosso amor, ainda que em concretização, não é igual. Sempre soube...- encheu a taça novamente - ..mas, eu quero pensar em futuro, sim. Quero ter você e agarro-me a sua linearidade de conduta.

 

Clara olhava incrédula para Marcella. Bebeu uma boa dose do vinho, já acostumada ao sabor com o leve toque de café...bem ao final ..já quase sumindo ao contato da língua.

 

- Sei que fui encaixada no lugar de uma peça que faltava para você, em seu quebra-cabeça. Eu servi para preencher o lugar.

 

Clara continuava muda, sentindo o sabor do vinho mudar conforme a amargura que tomava conta dela.

 

- Lembra daquele quebra-cabeça que montamos?

 

Clara assentiu.

 

- Penso que acontecerá comigo o que aconteceu com ele.

 

Tinham montado um daqueles quebra-cabeças com reflexo, um castelo refletido em um lago, e uma das peças se encaixou perfeitamente e permaneceu lá, até que viraram o quadro e ela saltou, involuntariamente, revelando que outra deveria ocupar seu lugar.

 

- Você pensa assim sobre nós?

- Calma. Não estou acusando: estou constatando que apenas não posso permitir que o quadro seja removido.

- Mesmo que percebamos que a peça, afinal, não foi substituída, mas encontrou seu verdadeiro lugar? - Clara argumentou, buscando um consolo para o pesar que sentia.

- De repente, ela não queria ser apenas o reflexo da peça legítima. Achou que poderia ser a própria. - Marcella levantou a taça - Um brinde aos seis meses de relação!

 

Não queria ser cruel com Marcella. Era tão bom, certo, sossegado ficar com ela. Ela era complicada também. Existia o fato de não querer assumir a relação publicamente. Coisa que conflitava com o discurso de futuro há pouco proferido. Mas, poderiam trabalhar isto com o tempo.

 

Clara começou a chorar. Sentiu o beijo em seus olhos, enxugando suas lágrimas. Clara não se conteve, agarrou-se a ela e desabou a chorar copiosamente.

 

Foi chorando que sentiu vontade de amar a diretora. Não como vinha fazendo das últimas vezes, mas realmente dar o que vinha negando.

 

Entre lágrimas, retirou lentamente as roupas sob o olhar atento da diretora, que saboreava outro gole de vinho.

 

 

- Faça amor comigo...por favor.- a frase saiu em um fio de voz.

 

Marcella encheu-se de um carinho que a secretária jamais imaginaria que seu simples gesto de entrega conseguiria provocar.

 

As labaredas desenhavam sombras que tentavam rivalizar com o balé feito pelas amantes. Clara fazia questão de sentir Marcella em todos os lugares de seu corpo. Deitada de bruços, sentia a diretora sobre ela, cobrindo seu corpo com o dela, enquanto colocava sua mão entre eles e preenchia a secretária com dedos pacientes, ritmados, dóceis. Na posição em que estava, Marcella explorava os lóbulos da secretária, mordiscando o brinco recém-alojado, enfiando a língua molhada na orelha da loira, que se deixava enlouquecer com tal gesto; atravessando pela nuca, sob os cabelos, lambendo os pelos dourados, a diretora repetiu a tortura na outra orelha, continuando o trajeto com mordidas fortes ao longo dos ombros. Os movimentos dentro de Clara estavam mais rápidos e a secretária mexia o quadril, gem*ndo incessantemente. Sentia os mamilos rijos, os seios fartos pesando em sua costas, ao mesmo tempo que os seus eram comprimidos contra o tapete, que lhe fazia cócegas nos biquinhos.

 

Forçando o corpo, Clara trouxe-as em posição de "colher", frontais ao fogo. Com uma das mãos para trás, manejou para alcançar entre as pernas da diretora, sentindo a rigidez.  Com Marcella devorando sua boca, Clara friccionava o clit*ris da diretora, enquanto tinha o seu também bolinado. Marcella montara uma perna sobre a anca da secretária, facilitando o contato entre elas. Ambas iniciaram movimentos mais elaborados, buscando gozo. E ele veio. Não simultâneo, mas intenso, avassalador.

 

Refeitas, Clara alojou Marcella em seu peito, acariciando seus cabelos. Sabedora de seus direitos, a diretora não poupava os seios, sugando-os, como quem saboreia uma guloseima.

 

A secretária pensava, distraidamente, ciente da sensação gostosa em seus seios, mas ausente em retribuir qualquer agrado, além do afago.

 

Marcella, cedendo ao vinho e ao orgasmo intenso, adormeceu, acolhendo a secretária em seu corpo, possessivamente.

 

Clara continuou acordada, pensando. O fogo apagou, a casa ficou no escuro, banhada pela lua e tendo como trilha sonora a respiração da diretora, contra o corpo da secretária.

 

- Tanta metáfora!! Por que não jogar o quebra-cabeça no fogo e fazer cinzas toda essa ordem que sempre se impôs para mim?

 

Simplesmente porque ela era a Clara, correta, metódica, que não perderia o controle e nem cederia ao emocional. Sua vida era ao lado da diretora, pois assim planejara.

 

Encolhendo-se contra Marcella, adormeceu certa de que sua vida era assim.

 

 

 

Fim do capítulo


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