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  • Capítulo 19 - A história de Lívia

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A Acompanhante por freire

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Palavras: 2037
Acessos: 7082   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 19 - A história de Lívia

- Filha! - a mulher abraçou Lívia, que permaneceu imóvel, sem entender bem o que estava acontecendo. - Você não sabe quanto tempo esperei por isso, como eu quis sentir o seu abraço mais uma vez!

 

Bruna até então não conhecia a história de Lívia, apenas sabia que ela não via sua mãe há muitos anos. Mas vendo a emoção da mulher naquele momento, conseguia entender o alívio que ela estava sentindo, pois era o mesmo que ansiava sentir um dia. Lívia enfim pareceu acordar do transe e se afastou da mulher. 

 

- Filha, eu sofri tanto durante todos esses anos, vamos conversar, tenho tanta coisa pra te dizer! - a mulher falou ainda muito emocionada.

 

- Eu não acho que temos o que conversar, Luciana! - Lívia respondeu com certo ressentimento.

 

- Lívia, por favor, me escuta? - a mulher suplicava com o olhar - Eu não estou mais com ele, filha, você não pode sumir de novo, me deixa falar com você.

 

Bruna viu a tristeza presente nos olhos de Lívia, sabia que ela não iria ceder aos pedidos da mulher e, mesmo sem entender os motivos de cada uma ali, resolveu intervir na conversa.

 

- Desculpa me intrometer na conversa, mas acho que a Lívia não tá em condições de conversar agora. O que a senhora acha de me passar seu contato e depois ela te procura com mais calma?

 

- Não, eu sei que ela não vai me procurar depois e não posso deixar ela sumir de novo, eu não vou aguentar! - a mulher respondeu em desespero. As pessoas em volta já olhavam, sem saber se deveriam ou não ajudar.

 

- Eu garanto a senhora que ela vai te procurar, conversarei com ela. Mas agora não é a melhor hora ou lugar para isso.  - Bruna argumentou.

 

- Tudo bem, confiarei na sua palavra. - a mulher tirou um cartão de sua bolsa e entregou a Bruna antes de voltar sua atenção a Lívia de novo - Filha, por favor, eu não estou pedindo nada impossível, apenas me escute.

 

Lívia sentiu a mão de Bruna apertando a sua e resolveu sair dali, ainda estava digerindo tudo que havia acabado de acontecer. A ruiva percebeu que ela ainda estava muito confusa e preferiu não falar nada enquanto iam para o apartamento de Lívia. Quando chegaram lá, a morena não aguentou mais segurar e se deixou cair no sofá, liberando todas as lágrimas que até então estavam contidas. Bruna sentou ao seu lado e a abraçou, deixando que a morena liberasse toda a dor que sentia enquanto chorava em seu colo.

 

- Se você quiser conversar, estou aqui para te ouvir.  - Bruna falou apertando um pouco mais o abraço.

 

- Eu não sei por onde começar... - Lívia se sentia confortável para falar sobre aquilo com Bruna, mas não sabia se estava preparada para encarar a dor que as lembranças ainda lhe causavam.  

 
 - Começa pelo começo de tudo, meu amor, e saiba que eu não vou soltar sua mão, estou aqui do seu lado! - a morena sorriu, era realmente reconfortante saber que sua ruiva estava ao seu lado, sentir as mãos das duas unidas dava um pouco mais de força para prosseguir.  

 

 

- Bom, acho que já comentei com você que minha mãe era médica, né? - Bruna apenas assentiu - Ela trabalhava muito, Bru, as vezes fazia plantões de 36 horas seguidas, sempre amou a profissão então não via isso como um esforço, sentia prazer na vida que levava. Ela se casou nova com o Marcos, minha avó nunca aprovou, mas ela era jovem, enquanto ele já era um homem mais velho, bem sucedido, não foi difícil se apaixonar. Eles já estavam casados há muito tempo e mesmo mamãe tentando, não conseguia engravidar, mas ela nunca procurou uma causa médica para isso. - Bruna percebeu que a voz da mulher já estava embargada e a interrompeu.  

 

- Eu vou buscar uma água para você, tá? Me espera aqui que já volto! - se levantou do sofá e foi até a cozinha. Bruna sabia que aquilo não estava sendo fácil para Lívia, mas se sentia feliz de ver que a mulher confiava nela. Voltou e entregou o copo para Lívia que bebericou um pouco, então Bruna se sentou e voltou a segurar suas mãos. - Está bem para continuar?  

 

- Sim. - Lívia respondeu forçando um sorriso - Mamãe não usava nenhum método contraceptivo desde que eles resolveram engravidar e, então, num determinado dia ela descobriu que estava grávida. Correu para casa e contou para o Marcos,  mas, ao invés de ficar radiante com a notícia, ele a recebeu com uma tapa na cara. - Lívia hesitou, Bruna percebeu que essa deveria ser uma parte delicada da história e apertou um pouco mais suas mãos - Então ele contou que havia realizado vários exames em segredo e descobriu que tinha um problema e não poderia ser pai. Mamãe custou a acreditar naquilo e então se lembrou de um médico do hospital que trabalhava, segundo ela, foi apenas um deslize, uma junção de carência e cansaço em mais um de seus longos plantões e aí tudo fez sentido, ela estava grávida do colega de trabalho e não do marido.  

 

Bruna notou que Lívia já deixava algumas lágrimas caírem e entregou o copo para que ela tomasse mais um pouco de água. A ruiva também já estava se segurando para não chorar diante do relato emocionado de Lívia, se compadecia do seu evidente sofrimento.  

 

- Eles se separaram por um tempo, apenas alguns meses, mas depois o Marcos resolveu reatar o casamento com a condição que mamãe parasse de trabalhar naquele hospital e fizesse um aborto, a primeira exigência ela prontamente atendeu, não foi difícil conseguir emprego em outro lugar, mas a segunda ela negou e como ele percebeu que ela não mudaria de opinião, acabou aceitando a gravidez. Depois que eu nasci, ele passou a me desprezar, mal se aproximava de mim e quando o fazia, me tratava com grosseria, me xingava, nunca me chamava pelo nome, apenas de garota ou algo do tipo. Mamãe continuou trabalhando muito, então na maioria das vezes não estava presente. Algumas vezes quando eu aprontava alguma coisa, quebrava um brinquedo ou sujava alguma parte da casa, ele me batia, tacava qualquer coisa que encontrasse em mim. - Lívia se embolou um pouco misturando as palavras ao seu choro e Bruna se aproximou mais e a abraçou, tentando reconfortá-la.  

 

- Sua mãe nunca ficou sabendo disso? - Bruna perguntou e esperou que ela se acalmasse um pouco para responder. 

 

- Algumas vezes sim, eles brigavam, ele prometia que não iria repetir mas na próxima oportunidade, fazia igual ou pior. - Lívia enxugou as lágrimas - Eu passava a maior parte do tempo na escola e sempre que podia iria para a casa dos meus avós. Eu já era adolescente quando meus avós faleceram, havia perdido meu refúgio e foi aí que comecei a sair de casa e passar dias fora, sem avisar a ninguém, minha mãe quase enlouquecia de preocupação, eu sabia disso, mas era melhor do que sofrer tantas agressões que com o tempo só ficavam piores e mais doloridas. Quando eu tinha 18 anos, estava feliz, namorava a Clarinha, minha mãe sabia de tudo, nunca escondi dela que gostava de garotas e ela nunca me julgou por isso. Mas um dia, ela estava lá em casa comigo, estávamos nos beijando na cozinha e o Marcos chegou mais cedo do serviço e nos viu. Foi o pior dia de todos! - Bruna apertou mais o abraço tentando passar força para Lívia - Ele a expulsou e só não bateu nela também porque eu me coloquei na frente e impedi, o que só provocou ainda mais ira nele, foi a pior agressão de todas. E não parou por aí, ele começou a dizer que não aceitaria que eu fosse uma sapatão nojenta, que iria me mostrar que eu gostava mesmo era de homem. - Lívia não aguentou seguir com o relato, o choro nesse momento era mais forte, as lembranças daquele momento a machucavam como se tivesse acabado de acontecer.  

 

- Meu amor, eu vou entender se você não quiser contar mais nada! - Bruna lhe assegurou.  

 

- Não, acho que colocar pra fora depois de tanto tempo vai acabar me fazendo bem! - Lívia sorriu amarelo - Ele veio para cima de mim com ódio, já estava tirando suas calças e foi aí que minha mãe entrou em casa e o pegou no flagra. Ela me mandou para o quarto, e eu escutei os gritos dela por muito tempo, ela estava possessa. Mas, por mais que amasse muito a minha mãe, ela nunca impediu que isso tudo acontecesse, eu sabia que se fosse preciso escolher entre mim e o Marcos, eu não seria a escolhida e então decidi que não ficaria naquela casa correndo mais riscos. Deixei um bilhete sofrido para ela, juntei algumas roupas em minha mochila, peguei todo o dinheiro que sabia onde ela tinha guardado e também algumas economias que eu tinha. Fui parar num hotel horroroso de beira de estrada, queria economizar o dinheiro que era pouco. Estava lá fazia alguns dias e sempre notava a presença de um homem no bar, todo dia a noite ele ficava por lá observando e eu não sabia o que queria. Um dia qualquer houve uma confusão no bar com dois clientes americanos, eles gritavam muito em inglês e o barman não entendia nada, foi aí que eu intervi e ajudei a resolver a confusão. Quando me sentei de novo, o tal homem se aproximou de mim.  

 

- Foi ai que você começou com esse trabalho? - Bruna perguntou curiosa.  

 

- Sim, o tal homem era o Ramon, meu "chefe" até hoje. Ele ia todas as noites para o bar observar as meninas que agenciava e se interessou por mim. Me contou que já havia notado que eu estava ali há alguns dias, eu relutei um pouco no começo, mas depois contei que não tinha para onde ir e então, ele fez a proposta. Eu tinha só 18 anos, não tinha perspectiva nenhuma de vida a partir dali, então acabou parecendo uma "solução". Me daria um teto, comida, roupas novas, desde que eu trabalhasse para ele. E mais, sabia que eu não era como as outras, viu que eu tinha educação, sabia como me portar e então me prometeu que faria de mim uma das melhores mulheres dele, e realmente o fez. O primeiro ano foi difícil, peguei todo tipo de cara que possa imaginar - fez uma careta ao se lembrar - ainda sofria pelo que tinha acontecido e pelo fato de minha mãe nunca ter me procurado. Foi aí que comecei a usar drogas, beber mais do que deveria, deixar que os caras fizessem qualquer coisa comigo. Até que um dia, Ramon me encontrou desmaiada, havia passado dos limites com as drogas. E então, do jeito dele, cuidou de mim e me um ultimato. Ele era esperto, queria tirar proveito de mim e, de certa forma, minha beleza me salvou, como ele sempre diz. Ramon me disse que eu não era como as outras, que cumpriria a promessa de me passar os melhores clientes mas eu teria que andar na linha, sem causar problemas, sem ficar bêbada ou drogada o dia inteiro. Eu também mudei após aquele episódio, comecei a me cuidar, decidi me manter limpa e tomei a decisão de correr atrás do meu futuro para me livrar dessa vida, não queria passar o resto dos meus dias vivendo daquela forma. Comecei a juntar dinheiro, Ramon realmente estava me passando os clientes mais sofisticados, eles pagavam bem e as gorjetas eram sempre recheadas quando gostavam do meu trabalho. Consegui me estabilizar e aos poucos fui crescendo ainda mais, fiz meu nome do jeito que consegui e aí foi possível entrar na faculdade de direito e comprar meu primeiro carrinho, quase não andava direito, mas me ajudou muito na época. E desde então, eu vivo assim, hoje eu posso escolher meus clientes, todos gostam de mim e pagam muito bem e com isso, consigo levar a vida que tenho. Essa é minha história.     

Fim do capítulo


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Comentários para 19 - Capítulo 19 - A história de Lívia:
Bfr_Laura
Bfr_Laura

Em: 25/11/2016

Olá, Freire! 


E Bruna continua surpreendendo, apoiando totalmente a Livia.


Maravilhosas!!. 


Até o proximo 


Muitos bjs bjs bjs

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gabrielacng
gabrielacng

Em: 25/11/2016

Não tenho mais palavras para descrever tua história!! Por favor, volte o mais breve possivel, nós merecemos também! Grande beijo

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Yasmin L
Yasmin L

Em: 25/11/2016

Tensa a conversa da Livia com a mãe. Essa história tem muita coisa fazendo nos envolver do início ao fim. Amando muito minha autora!

Responder

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Ana Luisa
Ana Luisa

Em: 25/11/2016

desesperada pelo próximo cap. rs


achei otimo conhecer mais da Livia, bem triste isso tudo que ela passou


bjs

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loira01
loira01

Em: 25/11/2016

acabou já ? aaaah não, bem curto.

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Fernandaaa
Fernandaaa

Em: 25/11/2016

Eu muito bom ler novamente. To emocionada aqui gente!!!

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rhina
rhina

Em: 24/11/2016

 

Olá. 

Boa noite. 

Ficou ótimo. E assim conhecemos a história da Lívia. 

Que por sinal bem triste.

Até. 

Rhina

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lia-andrade
lia-andrade

Em: 23/11/2016

Nossa, que história a da Lívia. Sofreu muito..

Beijos, até o próximo.

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patty-321
patty-321

Em: 22/11/2016

Nossa! Que estória.

Responder

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