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Noites com Valentina por Sweet Words

Ver comentários: 15

Ver lista de capítulos

Palavras: 8601
Acessos: 5173   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

 

 

Olá, pessoal! 4 coisas rapidinho aqui pra vocês.

1 - Me desculpem pela demora.

2 - Me desculpem por qualquer erro que encontrarem no texto ou alguma coisa sem nexo. Eu sempre reviso, mas vocês sabem, né...

3 - A música do capítulo é "It's You" - Zayn (link nas notas finais)

4 - POR FAVOR, POR FAVORZINHO MESMO, LEIAM O MEU RECADO NAS NOTAS FINAIS. É MUITO IMPORTANTE!

 

 

Obrigada e boa leitura!

Medo da Chuva

 

 

 

 

 

 

Eu mastigava sem vontade e engolia com dificuldade. O peixe servido no jantar estava maravilhoso, mas eu não sentia o sabor. Eu não sentia nada e não fazia a menor ideia do que se passava comigo naquele momento.

Eduardo não deixou que papai tivesse tempo de me explicar como e por que conhecia Valentina. Impaciente, meu noivo logo nos buscou para dar início ao jantar. Mas após poucos minutos à mesa, uma ideia me ocorreu. Um pensamento que fez com que em meu corpo se instalasse uma corrente de aflição e tensão como eu nunca havia sentido antes. Só de imaginar aquela possibilidade eu sentia náuseas. E para o meu desespero, eu não consegui tirar aquela ideia da cabeça por um só segundo.

Eduardo sorria alegre. Eu revezava meu olhar curioso entre meu pai e Valentina. Que por sua vez era observada por meu pai e pelo meu cunhado, que mantinha olhares pervertidos em sua direção.

Estou enojada.

Mamãe não tirava o seu olhar inquisidor de seu ex-marido, enquanto os outros pareciam alheios à situação.

Aquilo havia se transformado em um banquete de "climão".

- Eu não sei. O que você acha, amor? – Eduardo disse em meio a sorrisos descontraídos.

- Como? – me voltei para ele – Perdão, eu não estava prestando atenção, amor.

- Mamãe estava sugerindo que passássemos a lua de mel em um Cruzeiro.

- Ah, me parece interessante. – eu disse sem muito entusiasmo.

- Eu não piso em um desses nunca mais na minha vida! – foi a vez da minha cunhada falar – Ano passado mamãe insistiu para que fôssemos, eu passei a viagem inteira na cabine, desidratada e enjoada. Sobrevivi por um milagre!

- Frescura sua, Vanessa! – minha sogra ralhou – Dentro de um Cruzeiro não dá nem pra sentir que estamos em alto mar. Você ficou impressionada porque não gosta de estar em embarcações. Foi tudo psicológico.

- Eu gostei. Eles dão festas sensacionais lá. – Felipe deu o seu parecer e em seguida voltou a encarar a minha convidada – E você Isis, já esteve em um Cruzeiro?

- Não. Nunca tive a oportunidade, mas deve ser interessante mesmo.

- Precisamos resolver isso, tenho certeza que você vai adorar. Quem sabe combinamos na próxima temporada? Quando você tira férias do trabalho mesmo?

Valentina mostrou um leve sorriso, não parecia nada desconfortável, pelo contrário, ela parecia estar mesmo se divertindo com toda aquela situação.

- Você não perde tempo mesmo hein, irmão?! – Eduardo riu da falta de inibição do rapaz.

Não sei por que ainda estava surpresa com a sua atitude.

- Acho que já podemos provar a sobremesa. – me levantei tentando mudar o rumo da conversa – Por favor.

Fiz sinal para o rapaz do Buffet que nos servia e em seguida a mesa começou a ser retirada.

- Com licença, eu preciso fazer uma ligação. – pedi.

- Algum problema, amor? – Eduardo questionou.

- Não, só preciso saber se está tudo bem no restaurante. – o vi assentir e saí em seguida.

Menti. Eu precisava desesperadamente sair dali. O clima naquela mesa estava sufocante demais para mim.

Não era para ser assim. Esse deveria ser um jantar em família normal, com as situações desagradáveis habituais dos encontros familiares. Mas eu estava ali, diante de um noivo exageradamente apaixonado, uma mãe estranhamente desconfiada, um pai com novos segredos que me davam vertigem só de imaginar e, por fim, uma mulher linda e perigosamente misteriosa, que em resumo era o principal motivo de toda a confusão na minha vida.

- O seu pai está estranho.

Me virei rapidamente com o leve susto. Mamãe adentrou a cozinha aparentemente irritada.

- Por que diz isso?

- Eu não sei. Ele está esquisito, não fez nenhuma daquelas piadas ridículas e sem graça que costuma fazer. Está calado. Você sabe de alguma coisa? – ela me encarou. Aquelas duas esmeraldas brilhando em desconfiança, me ofuscando.

- Como assim alguma coisa? Eu não estou entendendo, mamãe. Deve ser impressão sua.

- Não minta para mim, Diana.

Respirei fundo. Ela havia entrado no modo irritante inquisidora outra vez. Mas eu sinceramente temia o rumo daquela conversa. Podia imaginar a o que ela se referia, mas não sabia se estava preparada para ouvir algo sobre aquilo.

- Eu realmente não estou entendendo aonde exatamente você quer chegar, mãe.

- O seu pai! Ele... Ele está com alguém não está? – a fitei curiosa – Ele finalmente encontrou outra esposa, não é? Por que ela não veio? Vocês não precisavam me poupar, eu não me importaria em conhecer a sua... Madrasta. – aquela palavra saiu de sua boca com mais irritação do que ela pretendia – Me diga, ela é muito jovem? Com certeza é, aquele velho pervertido...

- Mãe! – a interrompi.

Eu prendia o riso, tentando entender aquela cena.

- O que? Eu só estou curiosa.

Acho que eu tinha herdado de alguém a capacidade de me fazer de desentendida.

- O seu sotaque fica muito forte quando você está nervosa. Não entendi quase nada do que você disse.

- Eu não estou nervosa. Não mude de assunto, me diga de uma vez se o seu pai...

- O que tem eu? – papai apareceu na cozinha fazendo mamãe saltar num susto.

- Você continua desagradável como sempre. – ela disse assim que conseguiu se recompor – Excusez-moi. (Com licença).

A vimos sair apressada, pisando forte em direção à sala de jantar.

- O que foi isso exatamente? – meu pai me olhou confuso.

- Coisas de madame La Roux. – deixei escapar um riso que foi acompanhado por ele.

- Filha, eu vim me despedir. Não poderei ficar para a sobremesa, me desculpe.

- Por que não, pai?

- Essa tempestade está muito forte, vou até o píer reforçar a proteção do barco.

- Tem certeza que é só isso?

- Por que pergunta?

- A mamãe estava aqui me dizendo como você está estranho. Ela tá achando que você se casou de novo.

Rimos juntos.

- Eu não cometeria essa loucura outra vez.

- Acho que ela ainda gosta de você.

- Eu duvido muito. E mesmo se gostasse, ela tem uma maneira muito diferente de demonstrar.

- Você a conhece melhor do que eu, sabe que ela não admitiria assim tão fácil.

- Diana, não encha esse pobre e velho coração de esperanças.

- Bem, acho que você deveria tentar.

Ele sorriu e me ofereceu o seu braço.

- Me acompanha até a porta?

- Claro.

Passamos pela mesa, onde meu pai se despediu rapidamente de todos e em seguida o caminhamos até a porta.

- Tchau, pai. Obrigada por ter vindo. – o abracei.

- Estou feliz por você, filha. Pelo que vejo você já tomou suas decisões e está mais tranquila em relação ao casamento, certo?

- Sim, eu... Acho que sim.

- Espero que saiba que as decisões que dizem respeito à sua vida devem ser tomadas pensando na sua felicidade e não somente na dos outros envolvidos.

- Eu tenho consciência disso, pai.

- Ótimo. – ele sorriu afagando os meus ombros – Não se esqueça de olhar para o caminho, filha. É onde você encontra as flores mais bonitas.

- Eu me lembrarei disso.

Um segundo de silêncio e eu não pude me conter.

- Que cena foi aquela com a Isis?

O vi encarar a mesa do jantar brevemente e num suspiro me fitar.

- Aqui não é o melhor lugar e nem o melhor momento para isso.

- Você vai mesmo me deixar preocupada?

- Não há motivos para se preocupar, filha. A minha reação foi apenas uma surpresa momentânea. Nunca imaginei encontrar alguém como ela aqui.

- Alguém como ela?

Ele ficou em silêncio, seu olhar receoso.

- Você sabe, não é? Sobre ela. – perguntei.

- Sim. E isso me leva a questionar o que ela faz aqui.

O encarei sem saber o que responder. É claro que eu não diria ao meu pai, no jantar com a família do meu noivo, que eu quase contratei os serviços daquela moça, que desisti no último momento, que ela aparentemente me perseguiu forçando uma aproximação e eu caí em sua conversa. E agora simplesmente não conseguia me afastar. Simples assim.

- Ela é sua amiga? – ele questionou.

Havia muito mais naquela pergunta do que aparentava. Seus olhos estavam curiosos e ainda receosos demais para alguém que queria apenas saber se a sua filha havia se tornado amiga de uma prostituta. É claro que ele sabia, e levando em conta que aquilo não seria um problema para ele e sua mente livre de preconceitos, eu tinha a certeza de que ele queria saber mais. Se eu apenas tinha feito amizade com uma mulher como ela ou se eu teria ido além.

Isso me fez pensar se eu havia demonstrado mais do que deveria à mesa. Se os meus olhares para ela me entregaram de alguma forma e se mais alguém além dele havia percebido.

- Sim, ela é uma amiga. Recente. – ressaltei.

- Certo.

Com um leve sorriso e um beijo de despedida ele se foi.

Voltei para o jantar com uma sensação ainda estranha. O fato de ele desconfiar que eu era amiga e possivelmente mais que amiga de uma prostituta ainda não justificava aquela reação quando a viu. Havia algo mais, algo que ele não queria me dizer. E pensar na possibilidade do que poderia ser fez com que as minhas náuseas e vertigens voltassem ainda mais fortes do que antes.

O jantar continuou. O meu desconforto também. E Valentina pareceu notar que eu não estava bem. Talvez ela pensasse que eu estivesse arrependida de trazê-la a um evento familiar como esse. Mas se ela fosse esperta o suficiente, e eu sabia que ela era, entenderia que havia algo mais me perturbando.

Tentei evitar ao máximo ficar prestando atenção na amizade recém formada de Valentina com o meu cunhado, que por sinal, tinham engatado uma conversa aparentemente muito interessante e divertida. E eu seguia inconformada com o meu incômodo com a situação. Afinal, por que eu deveria me incomodar? Não haviam motivos. O difícil era fazer o meu cérebro entender.

Sentimentos irracionais. Detesto-os com todas as minhas forças.

Após a saída do Buffet, todos se encaminharam para a sala. O temporal ainda era forte lá fora, assim como os trovões e clarões vindos dos fortes relâmpagos.

Eu permanecia alheia a tudo. Ou quase tudo. Meu foco ainda estava no casal no sofá à frente. O peso do braço de Eduardo em meu ombro não ajudava e todo o desconforto psicológico voltou a ser físico outra vez.

Um forte relâmpago iluminou a sala de estar seguido de um estrondoso trovão. Me encolhi no sofá e senti o aperto do meu noivo se intensificar.

- Você está bem? – ele cochichou.

- Sim. Vou preparar um café para nós. – achei um bom momento para sair dali outra vez.

Me encaminhei para a cozinha e tentei afundar minha mente naquela atividade, a qual eu sabia que não exigia complexidade o suficiente para me distrair daquilo que me atormentava o juízo.

E a minha maior indignação era que tudo se resumia basicamente a ela. Valentina. Aquela adorável, doce e aparentemente inofensiva jovem. Seria cômico se não fosse trágico.

- Quer ajuda?

E por falar no diabo...

Ela apareceu com aquele sorriso. Aquele sorriso que me arrepiava até a alma. Como se nada estivesse acontecendo.

- Não, obrigada.

- Você está bem? – se aproximou – Achei você um pouco... estranha.

- Defina estranha. – a encarei. 

Um riso divertido escapou de sua boca.

- Acho que já está pronto. – ela disse apontando para a cafeteira e então o sinal ecoou.

- Pegue no armário a bandeja com as xícaras pretas, por favor? – eu disse enquanto retirava o café da máquina.

- Sim.

A vi abrir a parte superior do móvel e analisar.

- Por um segundo eu estranhei a necessidade de declarar a cor das xícaras que você queria, mas agora vejo o porquê. – ela sorriu pegando os utensílios – Acho que há mais modelos e cores de xícaras aqui do que tipos de café no mundo inteiro.

Ela voltou-se para mim e eu tentei não rir com a sua gracinha.

- Uma cor diferente para cada estado de espírito e humor. – eu disse tentando parecer o mais séria possível.

- Uh... Isso me parece grave.

Eu realmente era um fracasso perto daquela mulher. Qualquer plano de intimidá-la deveria ser abortado urgentemente antes que eu parecesse mais ridícula.

- Vamos, me dê as... – não terminei de dizer.

Senti minha cabeça rodar e meu corpo amolecer. Me apoiei no balcão do armário, fechando os olhos com força.

- Diana?

Valentina se aproximou tocando em meu ombro. Sua voz parecia preocupada.

- O que foi? Está se sentindo mal?

- Não. Foi só uma tontura. – eu disse ainda lenta pelo mal estar.

- Vem cá. – ela me apoiou em seus braços – Você consegue ir até a sala? Quer que eu chame alguém?

- Não, já está passando. Só me dê um minuto.

- Amor? – ouvi a voz de Eduardo, também me soando preocupado.

- Ela se sentiu mal, uma tontura de repente. – Valentina disse ainda me apoiando em seu braço.

- Amor? Olha pra mim. – senti o meu noivo tocar o meu rosto – O que está sentindo? Quer que eu te leve pro hospital? Tá sentindo alguma dor?

- Não, amor, não precisa. Eu estou bem. Foi só um mal estar, já está passando.

Vi Valentina se afastar e dar espaço à preocupação de Eduardo.

- Tem certeza?

- Sim.

- Eu vou te levar pro quarto, vem.

Num rompante senti meu corpo ser elevado e no instante seguinte eu estava no colo dele.

- Amor, não precisa disso, por favor! Eu não estou morrendo, ainda consigo andar. Me coloca no chão.

Foi como se ele não tivesse ouvido.

Passei pela sala já me sentindo bem o suficiente para ver os olhares espantados e curiosos de todos.

- Filha, o que houve? – mamãe veio assustada até mim.

- Não foi nada, mãe. O seu genro que é exagerado. – em tudo, pensei.

Já acomodada em minha cama, com mamãe de um lado e Eduardo do outro, eu tentava convencê-los de que estava ótima.

- Foi só um mal estar, já passou. Eu estou perfeitamente bem.

- Você não anda se alimentando direito. Eu sabia que você estava tranquila demais com esse casamento, nenhuma noiva é assim. – minha mãe ralhou – Posso apostar que está fazendo alguma dieta maluca só para não engordar até o dia da cerimônia.

- Mãe... – bufei irritada – Nem se eu quisesse, né?! – disse como se fosse óbvio.

- Amor, você está bem mesmo? Tem certeza que não quer ir ao hospital?

- Tenho, amor. Não se preocupe. Vamos voltar lá pra sala, não posso fazer essa desfeita com a sua mãe.

- Ela não vai se importar. Você não se sentiu bem, não teve culpa.

- Eu acho que já está muito tarde. – foi a vez da minha mãe – Já estávamos finalizando mesmo. Podemos adiantar a saída. E eu preciso ir, pois amanhã tenho um compromisso logo cedo.

- Eu me ofereceria para levar a senhora, mas estou receoso em deixar a Diana aqui sozinha. E se ela se sentir mal de novo?

- Não, amor, eu já estou bem. Leve a mamãe, está chovendo muito, vai ser difícil conseguir um táxi a essa hora.

- Você tem certeza?

- Sim, pode ir tranquilo.

- Tudo bem. Eu não demoro. – me deu um beijo rápido, afagou os meus cabelos e se levantou – Eu espero a senhora na sala. Vou explicar o que houve.

- Está bem, eu já vou. – ela assentiu para ele que logo saiu pela porta – Está tudo bem mesmo, filha? Senti você estranha hoje?

- Estranha... – Balancei a cabeça em negação e não pude evitar rir – Defina estranha.

- O que?

- Nada, mãe. Eu estou ótima, pode ir pra casa em paz. Eu estou bem, já disse!

- Pelo visto já está mesmo!

- Desculpa. Você sabe que esse excesso de cuidado desnecessário me irrita.

- Você deveria agradecer. Há pessoas maravilhosas cuidando de você e se preocupando.

- Tudo bem, mamãe. Obrigada.

- Que seja. Eu vou indo agora.

- Não faça drama. Você sabe que eu te amo, não sabe?

- É, acho que sei... – ela deu de ombros, se fazendo de rogada.

- Vem cá. – a puxei para um abraço e beijei seu rosto.

- Eu também te amo, filha.

- Você sabe quem mais te ama? – a soltei para fitá-la – O papai.

A vi revirar os olhos e soltar o ar exasperada.

- Ah, faça-me o favor, Diana! Eu vou embora. Não vou ficar aqui ouvindo suas asneiras.

Ela se levantou e foi caminhando para a porta.

- Mãe, é sério! Ele ainda te ama e muito. Madame La Roux! – gritei para irritá-la enquanto a via sumir do meu campo de visão – Não me diga que não gostou de saber disso porque eu sei que gostou!

Gargalhei sozinha, me sentindo leve pela primeira vez na noite. O que não durou muito, pois no instante seguinte eu voltei a pensar nos motivos do meu mal estar.

Resolvi manter minha leveza, ou ao menos tentar. O pior já havia passado e definitivamente eu não deixaria aquela garota me consumir a sanidade.

Me levantei decidida a tomar um banho quente e relaxante. Retirei o meu vestido com calma, busquei uma toalha no armário do closet e fui para o banheiro.

Com os cabelos presos de qualquer jeito, deixei a água quente escorrer pelas minhas costas na esperança de que ela levasse junto todas as minhas preocupações.

Tolice.

Tudo aquilo soava tão absurdo que eu não poderia mensurar o meu nível de ridicularidade, se é que essa palavra existe. Por que eu deveria estar tão incomodada? Afinal, é o que ela é. Uma prostituta.

E lá estava eu novamente, reafirmando para mim mesma a sua condição. Pensei que eu já tivesse superado isso. Pelo visto, ainda não.

Depois de me secar, saí do banho aconchegada em meu roupão de algodão macio. Ainda podia ouvir a chuva lá fora e assim que coloquei os pés de volta em meu quarto me assustei com um trovão. Mas esse nem de longe foi o susto maior.

Mirei a poltrona branca ao lado de minha cama, observando aquela cena. Seria adorável se a situação não me incomodasse mais do que eu gostaria.

Valentina estava acomodada na poltrona, mantendo a gata em seu colo, a qual recebia carinhos em seu corpinho peludo e parecia estar apreciando demasiadamente a situação.

- Acho que ela não gosta muito de tempestades. – ela disse de repente sem levantar os olhos para mim.

- O que faz aqui? – caminhei em sua direção, parando ao lado de minha cama para encará-la.

Ela suspirou como de tomasse fôlego e então pôs os olhos em mim. E toda a minha firmeza se foi.

- O seu noivo me pediu para ficar. Até que ele voltasse.

Branca de Neve permanecia alheia ainda recebendo os carinhos da moça, que agora me olhava séria.

- Eduardo sempre exagerado. – voltei-me para o closet e entrei em busca de algo para me vestir adequadamente.

- Quem ama cuida. Já ouviu essa frase?

- Eu nunca fui uma apreciadora de excessos. Com cuidados exagerados não seria diferente.

Voltei ao quarto já vestida em minha camisola.

- Se preferir eu posso ir embora. – aquela seriedade nela estava começando a me incomodar.

Perguntei a mim mesma se havia algo nela que não me incomodava, negativa ou positivamente.

- Fique. Seria pior se ele chegasse e você não estivesse aqui.

A ouvi sorrir e balançar a cabeça em negação.

- Essa é a sua maneira de compensá-lo pelo excesso de amor que ele sente por você?

- Como é?

- Você se sente culpada por não amá-lo da mesma forma que ele a ama e busca suprir isso agradando-o como pode. Acertei?

Eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir.

- Quem você pensa que é para dizer alguma coisa sobre o meu relacionamento com o Eduardo? Você conviveu alguns dias entre nós e acredita mesmo que sabe algo sobre a nossa relação?

- Me desculpe. Não foi a minha intenção.

- Você não está aqui para dar opiniões sobre a minha vida. Aliás, eu nem sei por que você está aqui! Você é apenas uma maneira de encobrir um erro que eu não deveria ter cometido. Você é só...

- Uma prostituta. Sim, é o que eu sou e não há como mudar isso. Me desculpe pelos transtornos, Émeraud. – ela disse se levantando e deixando com cuidado a gata sobre a poltrona – Acredito que a partir de hoje você não terá mais com o que se preocupar.

A vi sair às pressas sem me dar a chance de falar qualquer coisa.

- Droga! – me praguejei – Valentina!

Corri até a sala e a vi pegando sua bolsa em cima do sofá.

- Espera! Me desculpe, eu não ia dizer nada daquilo. Você se precipitou.

- Eu me precipitei antes ou depois de me tornar o erro que incomoda a sua consciência?

Respirei fundo e me aproximei.

- Você se precipitou em presumir o que eu ia dizer. Eu não ia falar aquilo.

- Você já disse tantas vezes, não é mesmo? – ela sorriu sem humor.

- Não dessa vez. Acredite. Eu estava nervosa com você. Eu estou nervosa com você! Por tudo o que você me causa e toda essa confusão que você tornou a minha vida.

- Me desculpe, eu não queria ser um problema na sua vida. E isso torna tudo grande uma ironia porque... Eu queria ser justamente o contrário.

Eu não soube de imediato o que dizer. Aquelas palavras haviam me pegado de surpresa. Ela nunca tinha me dito nada assim. Não dessa forma tão direta.

Suspirei derrotada.

- O que você quer de mim, Valentina?

- Tudo o que eu não posso ter.

Seu sorriso era tímido e seus olhos estavam tristes, vazios. Eu a olhava sem reação, tentando entender as suas palavras, tentando analisar a expressão em seu rosto.

- Acho que já devo ir.

Ela veio até mim parando em minha frente, sem deixar meus olhos por um segundo sequer.

- Me desculpe pelo que eu possa ter causado na sua vida. Eu não vou mais...

- Fica? – a impedi – Só mais um pouco, até a chuva passar.

Ela ponderou, respirou e se deu por vencida.

- Como quiser, Srta.

Me sentei no sofá e a vi fazer o mesmo ao meu lado.

Ficamos em silêncio por algum tempo e dessa vez não foi desconfortável estar ali em sua presença.

- Foi numa noite como essa que ela se foi. – eu quebrei o silêncio tendo a atenção dela – Chovia bastante, era verão na França. Os temporais por lá são comuns nessa época. Eu me lembro de ter saído daqui às pressas quando recebi a notícia de que ela havia sido internada. A doença tinha se agravado.

Pausei refletindo, me lembrando de cada detalhe como se tivesse acontecido ontem mesmo.

- Os reflexos dos relâmpagos na janela do quarto no hospital não me assustavam mais do que a ideia de perdê-la. Eu nunca gostei muito da chuva, menos ainda quando ela vem acompanhada de relâmpagos, raios e trovões. E muito menos depois desse dia.

Valentina me olhava atenta. Estávamos recostadas no encosto macio do sofá, apoiadas de frente uma para a outra.

- Ela estava lúcida e não parecia nem um pouco triste ou incomodada, pelo contrário, ela parecia feliz. – eu sorri com a lembrança – Eu me lembro de beijar a sua mão tentando ser forte o suficiente para não chorar. Mas ela pareceu perceber a minha angústia. Ela disse: Não se preocupe, eu estou indo encontrar o vovô.

Enxuguei uma lágrima que teimou em escorregar pelo meu rosto e a vi fazer o mesmo. Valentina também chorava.

- Na manhã seguinte, quando eu voltei para vê-la... – sorri num suspiro sentindo um nó se formar em minha garganta – Ela sempre disse que não gostava de despedidas.

- Eu sinto muito. – Valentina disse com os olhos quase transbordando.

Sorri para ela e levei a mão até seu rosto, limpando seus olhos com meu polegar.

Um trovão fez com que eu tremesse sobre o sofá, o que não passou despercebido por ela, que então me fitou e começou a dizer:

- Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Seus olhos estavam fixos nos meus. A sua voz não era mais que um sussurro, mas me atingiu de uma forma quase que compassiva.

- Isso é bonito.

- Clarice Lispector. Ela era muito boa em analisar a vida de uma maneira cruamente poética.

- Me sinto culpada por conhecê-la apenas pelo nome.

Outro relâmpago clareou a sala que, mesmo sob as cortinas das portas vitrificadas que nos separava da área externa, era atingida pelos fortes clarões vindos do céu.

- Sorria para o que lhe causa medo. – ela disse – Algo pode se tornar inteiramente belo quando você aprende a apreciar.

- Clarice Lispector?

- Não. – ela disse séria – Valentina. Valentina Lispector.

Gargalhamos.

Como era doce o som da sua risada. Eu estava certa de que nunca poderia ouvi-la sorrir sem evidenciar o quanto eu gostava do seu sorriso.

- Pois bem, Srta. Lispector, eu aprecio a chuva quanto à sua beleza. Só não gosto das lembranças que ela me traz.

- Sabe, eu tenho uma amiga, mais que isso, digamos que é uma confidente. Uma vez, num dia ruim, eu disse coisas a ela sobre isso, lembranças. Então ela me disse que quando associamos algo ou alguém a lembranças ruins, nós podemos substituir estas memórias com uma nova experiência, mais forte e melhor, tornando essa associação algo bom.

- Sorria para o que lhe causa medo? – questionei.

- Sorria para o que lhe causa medo. – ela assentiu.

- O que me sugere então?

O sorriso travesso em seu rosto me fez ter a certeza de que eu me arrependeria por ter perguntado.

Ela se levantou num salto e me estendeu a mão. Hesitante, eu a acompanhei e minhas suspeitas se concretizavam a cada passo que ela dava em direção à porta de saída para o deck da piscina.

- O que vai fazer?

Ela não respondeu. Continuava sorrindo feito boba enquanto eu a via abrir as cortinas.

Os clarões iluminavam o céu destacando a chuva, agora fina, que caía sobre a cidade. Ao longe, pequenos riscos ofuscantes cortavam a escuridão, me causando arrepios.

- Você vê? – ela disse.

Estávamos paradas em frente à vidraça levemente embaçada.

- Vê o quão belo é isso?

Percebi que eu apertava sua mão com uma força exagerada, mas naquele momento eu não seria capaz de soltá-la.

- É realmente muito bonito, mas aqui de dentro.

Ela me olhou, seu sorriso parecia estar mais intrigante do que antes e era isso que eu temia.

Ela retirou seus sapatos e abriu a porta devagar. Logo senti o vento gelado bater contra nós. Me encolhi dando um passo para trás, mas ela não me soltou, ao invés disso tentou me puxar para fora.

- O que pensa que está fazendo? – perguntei incrédula.

- Sorrindo para os meus medos.

Mais uma vez fui incapaz de me soltar de sua mão. Era como se ela pudesse me hipnotizar com suas palavras, seus olhares, seus sorrisos e gestos. Eu estava cada vez mais certa disso. Ela exercia esse poder sobre mim.

Quando dei por mim, já estávamos no centro da área externa, próximas da piscina, deixando que a chuva nos molhasse como se não estivesse gelada o suficiente para nos causar uma hipotermia.

Um relâmpago seguido de um trovão fez com que eu voltasse a mim e sentisse meu corpo tremer. Não sabia se era pelo frio ou pelo medo. Talvez pelos dois.

- Valentina, você está louca? Vamos sair daqui!

- Aprecie a chuva, Diana. Enxergue sua beleza! – ela gritou se soltando da minha mão para erguer os braços e olhar pro céu.

- Nós podemos fazer isso lá de dentro, secas e vivas! Não sei você, mas eu não quero morrer atingida por um raio!

- Não estrague o momento. – ela se aproximou e tomou a minha mão outra vez – Vem!

Ela me puxou até o alambrado de vidro no final do deck. Os prédios ao redor, os carros lá embaixo, o horizonte do mar à nossa frente. Tudo parecia diferente, outra visão sob aquela nova perspectiva de tudo que eu via todos os dias.

- Veja como tudo se torna maior e mais forte. Como há um mundo lá fora tão maior que os nossos medos.

Nossas mãos ainda estavam unidas. Era o único ponto aquecido do meu corpo. Eu observava com fascínio toda aquela paisagem, era como se estivéssemos em outra dimensão.

Senti seus olhos sobre mim, mas não me atrevi a olhar para ela.

- Você vê?

- Sim, eu vejo.

- É exatamente assim que me sinto perto de você.

A encarei. Não sabia se havia entendido o que ela quis dizer com aquilo.

- Como assim?

- É como se pra mim você fosse uma tempestade, assim cheia de relâmpagos, trovões e raios. Perigosa para mim e para os meus sentimentos. Mas ao mesmo tempo, estar perto de você, olhar para você me traz paz. Eu sei que é extremamente confuso, mas é mesmo assim que eu me sinto.

A fitei por algum tempo, não sei dizer quanto. Já estávamos encharcadas pela chuva. Mas ela parecia não se incomodar. E nem eu, para dizer a verdade.

- Por que você faz isso?

- Isso o que?

- Por que não me diz logo ou faz de uma vez o que quer comigo? Você me prende de uma maneira que eu não sei explicar, mas é como se evitasse se aproximar, como se algo te impedisse. Talvez se você já tivesse feito, não estaríamos mais nessa situação.

- De fato há algo que nos impede. Mas não é como se eu tivesse controle sobre isso. Diana, eu simplesmente não consigo me afastar. Mesmo sabendo que não deveria, que você tem uma vida e que provavelmente, certamente nunca vai abandoná-la para estar comigo. Eu nem sei se você quer estar comigo. – um sorriso triste mostrou-se em seu rosto – Eu não posso simplesmente fazer o que tenho vontade porque eu preciso que você queira. Eu nunca tomei nenhuma atitude em relação a isso porque eu sei que não é certo e que você tem alguém que te ama muito e que merece o seu respeito. Na verdade, seria até injusto competir com ele e eu não creio que poderia mesmo. Mas eu estou aqui. Eu estou aqui e confesso que desejando mais que tudo no mundo que ao menos um pedacinho de você me queira como eu te quero. Eu passei a vida inteira fazendo coisas por obrigação, por necessidades maiores, não por vontade própria ou desejo. E eu não quero que seja assim mais uma vez, não quero que seja assim pra você. Eu só preciso que você também queira, que seja o seu desejo, que seja a sua vontade e se um dia assim for... Eu me mostrarei à você, inteiramente, completamente, eu serei sua.

Eu estava em choque. Nunca imaginei nada assim, todas essas palavras, todos esses sentimentos. Foi surpreendente e bonito ouvir algo tão sincero vindo dela. Era puro, me mostrando o que havia dentro de si. Sem medos, sem receios.

- Valentina, eu...

- Não. Não me diz nada. Não precisa dizer nada. Eu só queria que você soubesse.

Retirei minha mão da sua e levei ao seu rosto num carinho. Todos aqueles desejos, toda aquela vontade sobre a qual ela falava, estavam dentro de mim, estiveram todo esse tempo e eu tentei a todo custo evitar. Mas a cada dia, a cada minuto que se passava se tornava mais difícil. Eu sabia exatamente o que havia comigo, só não queria me permitir, não poderia e nem deveria me permitir. E agora que eu desejo isso, vejo que é mais complicado do que imaginei.

Eu não era para Valentina apenas um caso, muito menos uma cliente. E ela não era para mim apenas uma aventura ou uma satisfação de desejos. Havia muito mais entre nós. E me dar conta disso me enchia de medo. Mas, uma vez, ao menos uma vez na vida eu me permitiria, de fato, viver.

- Sorria para os seus medos. – sussurrei mais para mim mesma do que para ela.

Me aproximei devagar, ainda incerta se deveria, naquele momento e naquele lugar. Ela me olhava com expectativa, apenas esperando pelo que eu iria fazer.

Um clarão. Um trovão. Um sorriso. Nós sorríamos uma para a outra como se aquela fosse a confirmação da qual precisávamos.

Fechei os meus olhos já podendo sentir sua respiração, tão acelerada quanto a minha. Minha mão ainda estava em seu rosto e a sua segurava firme o meu braço, como se não quisesse me deixar escapar. Poucos centímetros nos separavam, mas antes que eu pudesse avançar, uma súbita culpa se apossou de mim.

- Nós não podemos fazer isso. – eu disse ainda de olhos fechados, sem me mover e nem me afastar dela.

- Eu sei.

- Eu preciso...

- Tudo bem.

- Quem sabe se...

- Sim.

Foi inevitável. Tanto quanto querer evitar que a chuva caísse sobre nós sem nos molhar. Ela não se moveu, não avançou, apenas respeitou os meus limites. Mas aquilo para mim funcionava como a gasolina para o fogo. O meu corpo e todos os meus sentidos entendiam que quanto mais difícil fosse para mim, mais eu a desejaria.

E no instante seguinte meus lábios estavam nos seus, pressionados sobre a sua boca macia e trêmula, à espera de um sinal de que deveria continuar, que veio em seguida quando ela iniciou um movimento tímido, como se quisesse ter a certeza de que estava tudo bem para mim se ela desse início àquilo que sabíamos que não poderíamos mais parar.

Sua mão alcançou a minha nuca e ali eu tive a certeza de que não teria mais volta. Eu a queria. Eu a desejava como nunca havia desejado algo em minha vida. Era como uma necessidade insana de sentir o perigo e ter a certeza de que eu estava sorrindo para ele.

Seus cabelos molhados entre os meus dedos. Meu corpo molhado junto ao seu corpo. Os movimentos da sua boca na minha, da sua língua na minha. A sua imposição instintiva sobre mim, tomando o controle da situação. Cada mínimo detalhe enviando sinais para a minha mente de que eu precisava daquilo e que logo precisaria de mais.

Eu sentia como se nada, nenhuma força no mundo, humana ou da natureza, pudesse nos parar naquele momento. E sentir aquilo era assustador, mas incrivelmente delicioso ao mesmo tempo.

Mas mesmo que em minha mente entorpecida não fosse possível, a realidade nos fez despertar. Um barulho ensurdecedor atingiu algo próximo de onde estávamos. Com o susto, nos separamos rapidamente e notamos que havia sido o para-raios que tinha acabado de ser atingido.

Olhei assustada para ela e tivemos a mesma ideia. Sair dali o mais rápido possível.

Às gargalhadas, corremos enlouquecidas pelo deck molhado e escorregadio. Nossas mãos involuntariamente estavam grudadas. Passamos pela porta e a fechamos rapidamente, ofegantes pelo susto e pelo beijo.

- Nós poderíamos... – eu disse tomando fôlego – Você sabe que...

- Sim, eu sei. – ela disse tentando segurar o riso.

Nos encaramos para em seguida explodirmos em outra gargalhada novamente.

- Nós poderíamos estar mortas agora, sabia? – eu disse tentando me desviar do carpete da sala.

- O universo não seria tão ruim assim. De qualquer forma, eu morreria feliz.

A fitei analisando o brilho em seus olhos e o sorriso em seu rosto. Me dei conta de que eu poderia estar da mesma maneira. Desviei o olhar e fui em direção ao quarto.

- Precisamos nos trocar. Não quero ficar doente.

Ela me acompanhou.

- Eu prefiro ficar assim, já vou para casa mesmo. – ela disse ao me alcançar no quarto.

- Vá para casa seca, ao menos. – saí do closet com duas toalhas em mãos, a entregando uma – Não pode ficar toda molhada assim.

- Nesse momento, seria impossível eu não estar. Mesmo se não tivéssemos tomado chuva.

Parei os movimentos com a toalha em meus cabelos e a encarei. Ela secava os braços, fingindo-se séria, mas com aquele habitual sorrisinho cínico nos lábios.

- Eu vou fingir que não entendi isso.

- O importante é que eu sei que você entendeu.

- Okay, espertinha. Me dê as suas roupas para eu colocá-las na secadora. Vai ser rápido.

Ela começou a se despir sem cerimônias. Preferi voltar para o closet e buscar roupas secas para mim e um roupão para ela.

Saí de lá vestida em um pequeno short de algodão e uma blusa de mangas compridas. Meu corpo precisava ser aquecido de outras maneiras.

- Aqui está. – entreguei para ela evitando olhá-la.

- Obrigada. – ela disse me entregando suas roupas.

- Eu vou fazer um chá pra gente.

Saí em direção à cozinha e fui até a área de serviço onde coloquei as roupas molhadas na secadora.

Quando voltei ela já me esperava no balcão, observando Branca de Neve comer sua ração.

- Pode ser chocolate quente? – ela perguntou.

- Pode. – sorri pelas oscilações entre a mulher e a menina que se revezavam dentro dela.

Preparei o chocolate sob o seu olhar curioso.

- Está tentando descobrir os meus segredos culinários?

- Não. É que você fica sensual cozinhando em roupas de dormir.

Eu ri baixinho em negação.

- Você precisa parar com isso. Me deixa sem graça.

- Me desculpe, é difícil não notar. Na verdade, você está sempre sexy. Em algumas vezes é sensual fofa, em outras na pose mulher poderosa. – ela riu – E tem as vezes em que você é totalmente sexy, aquelas em que é quase que algo fetichista, que mexe com os sentidos de qualquer ser humano que tenha a sorte de admirar você. 

Senti meu rosto queimar.

O poder de Valentina sobre mim...

- Agora, por exemplo, você está sexy fofa assim toda envergonhada.

- E sobre você parar com isso?

- Tudo bem, não vou mais fazer.

Nos servi e sentei ao seu lado no balcão.

- Eu já disse que tudo o que você faz é maravilhoso? – ela disse depois do primeiro gole.

- Acho que já.

- É mesmo maravilhoso.

- Obrigada. – sorri analisando a sua empolgação com uma simples bebida quente e doce.

- O que você ia dizer?

- Sobre o que?

- Quando eu achei que você ia dizer que eu sou só uma prostituta. Você falou que não ia dizer isso.

- Que você é só uma conhecida. Uma amiga recente.

A vi levantar as sobrancelhas e balançar levemente a cabeça assentindo. Parecia um pouco surpresa.

- Entendi.

Ouvimos o sinal da secadora e em seguida o barulho do seu funcionamento parar.

- Acho que minhas roupas já estão secas, é melhor eu me vestir antes que o seu noivo chegue.

Ela saiu sem terminar de beber e eu me dei conta de que ainda não era capaz de acompanhar as suas reações e demonstrações do que sentia.

Um fato sobre ela: Notavelmente transparente.

Quando voltou já estava vestida e ainda séria.

- Será que aconteceu alguma coisa? Ele está demorando. – ela perguntou.

- Não. Ele me mandou uma mensagem dizendo que já estava chegando. Por quê? Já quer ir embora?

- Só queria saber mesmo.

- Posso te perguntar algo?

- Sim.

- Não me entenda mal, eu só... Só queria, eu só fiquei pensando se...

- Se?

- Você já conhecia o meu pai? – perguntei de uma vez antes que eu perdesse a coragem.

Ela me fitava sem reação enquanto eu esperava ansiosa por sua resposta.

- Por que acha isso?

- Pelo comportamento estranho dele quando te viu hoje e durante o jantar. Ele sabe que você não é assistente de noivas e me questionou por isso.

- Faria alguma diferença pra você?

- Eu estaria mentindo se dissesse que não.

Ela assentiu abaixando a cabeça e a cada gesto seu eu ficava mais tensa.

Nos segundos de silêncio que se seguiram eu tentei ver a resposta em sua expressão, mesmo não tendo a certeza se queria realmente saber.

O barulho da porta se abrindo nos despertou. Eduardo entrou em casa um pouco molhado e apressado.

- Amor?

- Oi. – respondi ainda fitando a moça em minha frente – Eu estou aqui.

Saí dali com a dúvida pesando sobre mim.

- Essa chuva fez um estrago! – ele disse tirando os sapatos – Tive que dar várias voltas, quase não consigo chegar ao apartamento da sua mãe.

- Vá tirar essas roupas molhadas antes que fique doente.

- Eu to bem. Você melhorou? – ele perguntou me dando um beijo rápido.

- Sim.

- Acho que meu trabalho por aqui já terminou. Vou indo pra casa. – Valentina se aproximou.

- Obrigado por ter cuidado dela, Isis. É a coisa mais preciosa que tenho na vida. – ele sorriu me abraçando, causando um desconforto visível entre nós.

- Não precisa agradecer. Bem, já vou.

- Você não acha melhor ficar? O tempo lá fora não está nada bom. Pode ser perigoso sair, há muitas ruas alagadas. Eu tive sorte de não ter ficado ilhado, encalhado com o carro.

- Não, eu não acho que seja necessário. Vou com cuidado, não se preocupe.

- Amor, convença sua amiga. É o mínimo que podemos fazer depois dela ter sido tão gentil e atenciosa com você.

- Eu acho que... Acho melhor você ficar. É mais seguro.

Aquela com certeza entraria para a lista de situações mais desconfortáveis e constrangedoras da vida.

Valentina aceitou depois de mais alguma insistência. Eu arrumei o quarto de visitas para ela, que permaneceu em silêncio durante todo o tempo.

- Eu trouxe umas roupas mais confortáveis pra você dormir. – coloquei em cima da cama e me virei para vê-la séria, apoiada na porta.

- Obrigada.

- Está tudo bem?

- Sim.

- Não parece.

- Só estou com sono.

- Okay, eu vou deixar você dormir. Boa noite.

- Boa noite.

Saí dali mais confusa do que antes.

 

[...]

 

- Amor, sua mãe me disse uma coisa quando fui levar ela em casa.

- Que coisa? – eu disse me ajeitando ao lado de Eduardo na cama.

- Sabe... – ele me abraçou – Eu não tinha pensado nisso agora, mas pode ser. E se for... Eu fiquei empolgadão.

- Que coisa, amor? Por que tá fazendo mistério?

- Sobre você estar passando mal assim, pode ser que...

- O que? Não... Nem pensar, claro que não.

- Amor... – ele disse manhoso – Pode ser sim. Você sabe que acidentes acontecem.

- Eduardo, eu não estou grávida. Você sabe que eu me cuido muito bem e nós não podemos ter um filho agora.

- E por que não? Eu ia adorar. Ser pai é tudo o que eu mais quero nessa vida, imagina só uma criança nossa, amor?! Com os seus olhinhos lindos e verdinhos. E...

- Edu, não. Não começa a se empolgar assim porque você sabe que eu não quero ter filhos agora.

- Tá, mas é só uma hipótese. E se for mesmo vai ser muito bem vindo. Você não acha?

O encarei impaciente. Eu sempre soube que estávamos em sintonias diferentes, tínhamos objetivos diferentes, mas nunca havia sido tão difícil lidar com isso como estava sendo agora. Cada dia que passava eu me sentia mais distante e incapaz de correspondê-lo. E isso me consumia por dentro.

- Amor, não fica brava. – senti seu beijo em meu rosto – Foi só uma ideia. Nosso casamento tá chegando, vamos formar uma família. É normal querer filhos, não é?

Suspirei.

- É, amor. Me desculpe. Eu só não... Não sei se estou preparada pra isso agora. Só isso.

- É por isso que eu estou aqui com você. Mas me diz, pode ser ou não? Seu período está normal? Você tem sentido enjoos ou algo assim?

- Não, está tudo normal. Mas para desencargo de consciência, eu faço um exame pra confirmar. Feliz?

- Claro! Eu vou esperar ansioso pelo resultado. Será que demora?

- Não sei, eu nunca fiz um desses antes. Agora vamos dormir, o dia hoje foi bem cansativo.

- Vamos. Boa noite, amor da minha vida. – ele disse me dando um longo selinho.

- Boa noite, amor.

Me deitei, fechei os olhos e me senti num buraco negro sem fim. A minha cabeça rodava numa onda de pensamentos que me atormentavam.

Seria possível que meu pai já tivesse sido um cliente de Valentina? Seria possível que ele soubesse que havia algo muito mais complexo sobre a minha relação com ela do que o que eu revelei? Seria possível que eu estivesse mesmo esperando um filho do Eduardo?

Todas aquelas possibilidades estavam me afetando mais do que eu conseguiria suportar. Eu tinha que sair dali. Me sentia sufocada, literalmente.

Depois de um longo tempo naquela agonia, a falta de ar me fez levantar. Me aproveitei do fato de o sono do Eduardo não ser nada leve e saí sem fazer barulho.

Eu não me lembro exatamente como, mas quando me dei conta já vagava com meu carro pelas ruas, há pouco alagadas pela tempestade, daquela metrópole pouco movimentada àquela hora. Ainda chovia, uma garoa fina. Não sei por quanto tempo dirigi até começar a me sentir mais calma.

A falta de ar já havia passado, mas o peso daquela angústia ainda apertava o meu peito. Eu precisava falar com alguém. Desesperadamente. Alguém com quem eu pudesse dizer tudo, sem esconder um mínimo detalhe sequer. Parei em frente ao meu restaurante. O letreiro bem desenhado em letras garrafais molhado pela chuva.

"Émeraud du Brésil"

Observei por algum tempo até notar a lâmpada do escritório acesa. Saí do carro apressada, tentando me molhar o menos possível. Corri pela porta dos fundos e entrei. Subi devagar até o andar superior, tentando não fazer barulho. Fernando não costumava demorar tanto para fechar o dia.

- Fernando? – perguntei assim que abri a porta do escritório.

- Diana? O que faz aqui? – ele parecia nervoso.

- Eu que pergunto. Por que ainda não fechou? Já está tarde. Houve algum problema? – me aproximei.

- Na-não. – ele gaguejou. Havia algo muito errado ali – Está tudo certo.

- Fernando, amor. Cheguei!

Ouvi uma voz se aproximar, uma voz que eu conhecia bem.

A porta se abriu e meu coração disparou no peito. Aquilo não poderia estar acontecendo.

- Diana? – ela me olhava assustada.

- O que... O que faz aqui, Valentina?

- Eu vim à trabalho.

- Trabalho? Aqui no meu restaurante?

- Diana, se acalma. – Fernando resolveu se pronunciar – Não é nada disso.

- Ah, não? E o que é então? Será que vocês podem me explicar? – eu já dizia alterada, sem conseguir conter a minha indignação.

- Valentina... Cheguei pra festa! Onde está você, gostosa?!

Outra voz se fez presente e de repente a figura do meu cunhado se materializou na minha frente.

- Diana? Não sabia que você ia participar também. O Eduardo sabe disso? Ele não vai gostar nada, nada de saber que a noiva dele gosta de fazer orgia com prostituta.

O que é que estava acontecendo ali? Eu estava louca? Eu havia me afundado de vez na loucura dos meus pensamentos. Só isso explicaria.

- Diana? – outra voz conhecida me fez estremecer por dentro.

- Pai?

- O que faz aqui? Logo você, filha? Nunca pensei isso de você!

Eu já me sentia desnorteada. Encarando todos ali naquela sala, sem saber o que pensar ou o que dizer. Encarei Valentina que parecia se divertir com a situação.

- Valentina... Por quê?

- Esse é o meu trabalho, Diana. Eles são todos meus clientes. Você vai ter que se acostumar com isso se quiser me ter pra você. Isso é o que eu faço, Diana. – ela se aproximou sedutora – Isso é o que eu sou. Uma prostituta, Diana. Uma puta de luxo. Você quer ser a minha cliente?

- Não! Não! Saiam todos daqui! Saiam! Me deixem em paz! Não!

Meu corpo retesou. Estremeci retraída, sentindo uma mão suave acariciar o meu rosto, me chamando com calma.

Aos poucos fui recobrando os sentidos e ainda sem abrir os olhos eu tentei me acalmar.

Foi um pesadelo. Foi só um maldito pesadelo.

Respirei fundo e então me permiti abrir os olhos.

- Amor? – Eduardo me olhava assustado.

- Oi. – respondi ainda meio zonza pelo sonho e me sentei na cama.

- Você estava sonhando. Acho que era algo ruim, você estava inquieta e falando coisas sem sentido.

- Foi um pesadelo. O que foi que eu disse? – perguntei preocupada.

- Não deu pra entender direito, eram coisas sem nexo e muito embaralhadas pela sua voz de sono. – ele sorriu levemente.

Suspirei aliviada.

- Com o que sonhava?

- Eu não me lembro direito. – menti – Só sei que era algo horrível.

- Tudo bem, já passou agora. – ele disse afagando meus cabelos – Quer que eu busque água pra você?

- Não precisa, obrigada, eu mesma vou. É bom que me distraio desse sonho ruim.

- Tudo bem. – Ele beijou a minha testa e voltou a se deitar me observando com cautela.

Me levantei e saí em direção à cozinha, onde peguei a água e me sentei ao balcão para pensar.

Aquilo estava me consumindo e eu não poderia passar nem mais um dia sequer com aquela dúvida.

Depois de longos minutos pensando naquilo, me levantei e fui de volta em direção aos quartos. Parei em frente ao meu e antes de abrir olhei para a porta do quarto ao lado. Eu não poderia, não deveria, mas a minha sanidade estava indo embora e eu não podia mais esperar.

Bati em sua porta e não obtive resposta. Obviamente ela dormia. Pensei em desistir, me virei e voltei ao menos umas duas vezes antes de ter coragem para abrir.

Valentina estava deitada, me olhando da cama, como se já me esperasse ali.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não. Quer dizer... – respirei fundo e entrei fechando a porta atrás de mim – Sim, na verdade eu preciso saber se aconteceu.

Ela se sentou. Aguardei um momento, esperando que ela me dissesse ou questionasse algo, mas só obtive silêncio. Foi a minha deixa.

- Valentina, eu preciso saber e preciso que você seja sincera comigo. Você já saiu com o meu pai? O meu pai já foi um cliente seu?

 

 

...

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

 

Link da música: https://youtu.be/2hffbFKHJS4 

 

 

 

Bom, vamos lá...

Primeiro eu quero que vocês leiam isso com todo o carinho do mundo. Imaginem aí uma voz suave e pôneis coloridos cheios de glitter entre nuvens de algodão doce. Imaginaram? Ok.

Preciso explicar uma situação pra vocês, não porque eu deva, mas porque sinto que há essa necessidade, pelo carinho que vocês têm comigo, vocês merecem uma satisfação.

Há um tempo atrás meu notebook pifou. Eu ainda to sem computador e escrevo pelo celular. Além de ser incômodo, é ruim para postar nos sites pelo aparelho, então conto com a boa vontade de uma pessoa da família para utilizar o pc dela e fazer as postagens.

Segundo ponto, eu não vivo disso. Não sou escritora profissional e não recebo pra isso. Faço porque é algo que me deixa feliz, é um hobby que amo. Compartilhar com vocês e receber uma resposta positiva é algo que me deixa muito feliz de verdade. Faço em partes por vocês sim, mas primeiramente por mim.

E um último ponto é que, como eu já disse anteriormente, não vivo de escrever. Infelizmente. Eu tenho outras obrigações e deveres na minha vida. E necessito de duas coisas muito importantes e imprescindíveis para o processo de criação: Tempo e inspiração. E infelizmente - outra vez - não é sempre que a vida colabora e me agracia com essas duas coisas em abundância.

Então, eu sou muito grata por todos que lêem e têm a paciência de acompanhar minhas postagens. Sei que não é legal ficar esperando. Antes de tudo eu também sou leitora e entendo muito isso, acreditem. Mas nem sempre tudo é como a gente espera e quer que seja, não é? Coisas da vida.

Eu agradeço muito pela paciência e pelo carinho que vocês sempre têm comigo, mas peço que se não for possível esperar as atualizações não tão frequentes, aconselho que aguardem a finalização do conto para ler quando eu terminar. Eu sei que é chato ficar esperando e não vou culpar ninguém por se aborrecer pela minha demora. Mas eu estou aqui explicando pra vocês como é que as coisas funcionam.

Eu vou continuar com as postagens no meu ritmo, até porque eu não sou de fazer qualquer coisa pra postar, quem me acompanha desde o outro conto sabe disso. Não que o que eu escreva seja uma maravilhosa e complexa obra prima. Não é. E eu tenho total consciência disso. Mas eu gosto de ser cuidadosa com o que faço e isso leva um tempinho, pra ficar legal e um mínimo interessante pra postar pra vocês.

Então é isso. Espero de verdade que vocês possam entender.

Obrigada mais uma vez por tudo.

E vejo vocês em breve, assim espero.

 

Beijo no coração  <3


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Comentários para 8 - Medo da Chuva:
Cacavit
Cacavit

Em: 01/04/2021

Olá autora!!

Comecei a apreciar essa história recentemente e só gostaria de relatar o quanto e em tão pouco tempo a sua arte me aprisionou e acorrentou me de uma maneira tão viciante e asfixiante. Eu pensei que não seria possível de acontecer depois de conhecer (Camila e Evelin Campbell), mas me enganei redondamente. Então só queria deixar registrado o quanto suas estórias são viciante e maravilhosas, simplesmente esplêndidas, eu gostaria de rasgar me em elogios, mais seria de muita praxe. Então termino aqui o meu relato sobre o fascínio por sua escrita, seus personagens, sua imaginação, seu conhecimento e seu comprometimento.

Desde já Gratidão!!!

Atenciosamente: até

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patty-321
patty-321

Em: 17/01/2017

Só posso dizer q entendo vc é aguardo pq amo sua estória, vc escreve super bem. E agora, o q Valentina vai responder? Muitos conflitos na cabeça da chef. Que rolo.bjs
Resposta do autor:

Muito obrigada!!!

Beijo no coração ♥♥♥

Responder

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Mille
Mille

Em: 31/12/2016

Olá Swett tudo bem??

Passando para:

 

"Desejo a você…
365 dias de felicidade.
52 semanas de saúde e prosperidade.
12 meses de amor e carinho.
8760 horas de paz e harmonia.
Que neste novo ano você tenha muitos motivos para sorrir!"

E muitas inspirações para nos presentear com lindas histórias. Abraços


Resposta do autor:

Olá! Tudo bem, e você ta bem?

Muito obrigada, meu bem!

Que você tenha um ano feliz e abençoado.

Também lhe desejo prosperidade, paz, amor e saúde.

Amém! rsrs Também espero que neste ano eu tenha muita inspiração para compartilhar com vocês rsrs

Beijo!

Sweet

Responder

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ReSant
ReSant

Em: 22/11/2016

Eu amei esse cap, cara foi tão lindo, apaixonante o beijo delas, demais mesmo.vc tem total direito de postar quando quiser, so não queremos q vc desista da historia, pq isso seria uma tragédia pra mim e para as outras gurias kkkkk...abraços
Resposta do autor:

Ah, que bom que sim! Feliz por isso *-*

Desistir jamais! rsrs

Eu vou no meu tempo, devagar e sempre.

Muito obrigada pela paciência e pela compreensão.

Fico feliz mesmo que você esteja gostando.

Muito obrigada!

Até mais então...

Beijo ♥

Responder

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nicky
nicky

Em: 20/11/2016

Ola sweet,

Feliz por vc ter retornado ao conto, agradeço por vc ter posto os comentários e torço pra que as coisa se encaminhem da melhor maneira pra ti( notebook, inspiração, tempo...)

Vou aguardar vc terminar o romance para ler, pq adoro ter controle do meu tempo e do que leio e sem contar que a historia fica melhor não temos perda ou esquecimento dos fatos de uma maneira geral.  A unica coisa ruim é a interação com vc que não vai ocorrer e por isso desde já quero lhe agradecer por sua escrita, tenho certeza que será um ótimo romance, pois já estava adorando quando estava lendo.  Boa sorte. e qdo eu terminar de ler, retornarei pra lhe dar meu comentário final.

Bjs Autora


Resposta do autor:

Olá!

E eu fico feliz por você ter comentado e tido paciência para aguardar as postagens.

Obrigada. Tudo se resolve no seu tempo, não é... 

Eu que agradeço pela sua sinceridade e apoio. Muito obrigada pela compreensão.

Eu espero de verdade que quando você ler tenha valido a pena a espera.

Aguardadei sim o seu retorno! rsrs

Muito obrigada!!!

Beijos e até um dia... rsrs ♥

Responder

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rhina
rhina

Em: 20/11/2016

 

Olá. 

Boa tarde.

Como você está? 

Relaxa.....sempre vou te esperar.

Entendo tudo que dizeste....e ainda o tempo e a inspiração que precisa para nós dá um espetáculo como foi este é todos os demais capítulos. ......MARAVILHOSO. 

Beijos. 

Rhina.


Resposta do autor:

Olá! Boa tarde!

Eu estou bem, obrigada. E você como está?

Obrigada pelo apoio e por vir aqui me dizer isso. É importante pra mim.

Fico feliz por saber que você acompanha e é paciente comigo rsrs

Muito obrigada de verdade!

Beijo ♥

Responder

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Kynha87
Kynha87

Em: 18/11/2016

Senhora, que capitulo é esse senhora?????

Olha demora, mas pra ter cada capitulo bafoneco como esse eu espero o tempo que for.

Quem manda escrever tão bem????

Quem manda encantar todo mundo com tudo que escreve???

Mas falando mais serio, encantada com o capitulo como sempre, só não vejo a hora de finalmente elas fazerem amor kkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijos grande da sua fã :* 


Resposta do autor:

Opa, senhora! rsrs

Ah.. rsrs Que bom ler isso. Muito obrigada!

Obrigada por acompanhar pacientemente e por se dispor a comentar e dar suas opiniões.

Olha... Em breve teremos esse momento entre elas, viu... kkk

Obrigada pelo carinho *-*

Beijo ♥

Responder

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JanBar
JanBar

Em: 17/11/2016

Sweet, minha querida, relaxa!!!

Para ler suas histórias sempre tão bem elaboradas e construídas, espero o tempo que vc quiser e precisar!

Sem pressões! E no seu tempo! Always!

Essa história está cada vez mais cativante e apaixonante.

Desejo q vc tenha sempre muita inspiração, sossego e tempo para escrever do jeito que vc gosta. Afinal, o seu hobby é nosso maior prazer! :-)

Bjs, Janice

 


Resposta do autor:

Oii! rsrs

Ah, fico feliz por isso. Muito obrigada por me apoiar.

É bom saber que você está gostando e que tem paciência para acompanhar.

Muito obrigada mesmo!

Ah, amém!!! Preciso muito disso rsrs

Obrigada!!

Beijo ♥

Responder

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Suzi
Suzi

Em: 17/11/2016

Olá Sweet,

li seu "desabafo" e penso que todas vocês que escrevem aqui neste site ou em outros por pura paixão por escrever, não tem que se preocupar com leitoras que não tem paciência, que não fazem idéia de como é difícil colocar no "papel" pensamentos, sentimentos, frustações, emoções diversas. Todo escritor merece ser aplaudido independente da qualidade da sua escrita, aqui mesmo já li muitas estórias incríveis - como a sua - e outras que "nem jesus na causa" dá pra continuar lendo, mas não é por esse motivo que deixarei de apoiar e incentivar. Vejo que muitas fazem um enorme esforço para postar suas estórias, pois a maioria estuda, trabalha e tem sua família para dar atenção, além de como você estarem com dificuldades em ter um equipamento que torne tuda mais fácil (pois realmente escrever pelo celular, daí mesmo que me encanto com a vontade de vocês!!).

A demora em postar é muito normal, você além de tempo precisa inspiração, tranquilidade para escrever e apoio. Então não se preocupe e pare de pedir desculpas pela demora!!!! Não aceito isso.

Continuarei sempre a ler seus romances, merece nossa atenção e respeito.

bj

 

Suzi


Resposta do autor:

Olá!

Que palavras lindas! É muito, muito bom ler isso. Me deixou muito feliz mesmo.

Saber que você apoia, independente de gostar ou achar interessante. Você entende que as pessoas se dedicam a fazer esse trabalho e na maioria das vezes faz com amor. Mesmo que não saia 100% bom. Mas acho que ninguém deve ser desmerecido pelo seu empenho e dedicação.

Muito obrigada pelas suas palavras, pelo seu apoio e por continuar acompanhando o que escrevo. Me deixa muito feliz saber que pessoas como você me lêem. Obrigada mesmo!

Até breve.

Beijo ♥

Responder

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SrtadosReis
SrtadosReis

Em: 17/11/2016

Ual!Caramba!

Eu sou completamente apaixonada por essa história.Procuro atualização dela todos os dias.Fiquei muito feliz de me deparar com mais um capítulo.

Duas coisas:você pode demorar o tempo que for,mas eu sempre irei ler qualquer capítulo atualizado.Não conseguirei esperar a conclusão,pois a ansiedade é muita.

A gente entende que demoras fazem parte.E a gente agradece por ter escritoras como você.

Saiba que tu escreve maravilhosamente bem,uma leitura apaixonante.

Vou precisar ler esse capítulo mais algumas vezes....foi muuuuuito bom.

A construção dessas personagens casaram muito bem.

Valentina é apaixonante,Diana,não menos que isso.

Obrigada querida autora!

 

 


Resposta do autor:

rsrs Ah, que bom saber disso! Muito obrigada *-*

Eu fico muito feliz pelo apoio e compreensão. Muito obrigada, de verdade.

E fico feliz que tenha gostado! rsrs

Eu que agradeço a você. Muito obrigada por acompanhar.

Até a próxima!

Beijo ♥

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lizasidrim
lizasidrim

Em: 17/11/2016

pra mim sempre vale a pena esperar por mais um capitulo !

Abraço


Resposta do autor:

É muito bom saber disso!

Muito obrigada pelo apoio! *-*

Até mais!

Abraço ♥

Responder

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Mille
Mille

Em: 17/11/2016

Olá Sweet

Que capítulo foi esse, o momento das duas na chuva o beijo elas são lindos juntas, mais sempre tem alguém para atrapalhar.

E esse pesadelo tão real que fiquei até com medo.

Quanto a nota final, sabemos que as autoras não tem só a escrita, quando retorna vem com o capítulo maravilhoso. Espero e esperei sem problemas.

Bjus e ate o próximo


Resposta do autor:

Olá!

Você gostou? Demorei muito pra deixar essa cena como eu queria. Espero que tenha valido a pena pela demora rsrs

Foi só um sustinho... rsrs

Muito obrigada pelo apoio e pela paciência, é muito importante pra mim!

Até breve então.

Beijo ♥

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Nina
Nina

Em: 17/11/2016

Certeza que demoras a postar,porém quando fazes sai de baixo,e sempre um show, como lhe disse antes, vale a pena esperar, só tenho a agradecer por disponibilizar teu tempo, nos agraciando com tuas estórias, tens um ótimo enredo, e terminais cada capítulo de uma forma que ... aí sim,torna à espera um pouco dolorosa,mas tranquilo viu kkkk. Bjim


Resposta do autor:

*-*

Muito obrigada! É difícil pra mim também quando demoro, quando a inspiração não vem.

Mas receber o apoio e compreensão de vocês é importante e me deixa muito feliz.

Muito obrigada pela paciência.

Até logo!

Beijo ♥

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Andrea_Lopes
Andrea_Lopes

Em: 16/11/2016

Capítulo intenso, cheio de mistérios, maravilhoso. Instigante, eu diria. Acompanho e concordo que é chato mesmo esperar por muito tempo, mas também concordo em gênero e número com o que falou mas notas finais. Suas personagens são cabeça. Ótima estória. Nós temos é que agradecer, em vez de reclamar ou cobrar algo, por você (s) autoras tirarem um pouco de seu tempo e vir aqui nos presentar com sua (s) escritas sem nada ganhar em troca. Sem ter nenhum privilégio remunerado. Faça as coisas no seu tempo. 

Nem todas as estórias acompanho, mas respeito todas as autoras e suas obras. Acima de tudo, compressão e respeito. 

 

Parabéns sua estória é ótima. E que volte em breve.     


Resposta do autor:

Muito, muito obrigada mesmo por esse apoio. Essas palavras são importantes pra mim.

É motivador. Fico feliz por saber o que vocês acham, suas opiniões e suas impressões sobre o que escrevo.

Agradeço pela paciência também!

Obrigada por acompanhar.

Nos vemos em breve...

Beijo ♥

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beatriz_cf
beatriz_cf

Em: 16/11/2016

Autora, meu deus, cada dia que passa essa história só fica mais instigante!!! Assim me coração não aguenta, hahahaha. Brincadeira à parte, realmente gosto muito da história e dos personagens, acho que você sabe escrever muito bem e agradeço sua disposição em escrevê-la, muito obrigada!
Resposta do autor:

Ai meu Deus! Calma com esse coração! rsrs

Eu que agradeço por você se dispor a ler. Muito obrigada de verdade.

Obrigada pelo apoio!

E até breve...

Grande beijo ♥

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