DUETO por May Poetisa
Capítulo 7
Quando os primeiros raios solares atravessaram a janela do quarto, Layza acordou e se preparou para fazer seus habituais exercícios matutinos. Enquanto isso, no apartamento ao lado, Vitória dormia. Depois de se exercitar, Layza passou pela garagem e notou que o carro da ruiva permanecia estacionado no local; em seguida subiu para sua casa, tomou banho, se arrumou e ao sair não resistiu, tocou a campainha da vizinha, aguardou, tentou novamente e nada, acabou desistindo.
Já na garagem voltou a observar que o Picasso prata continuava estacionado, deduziu que Vitória ainda estava em casa. Seguiu para o seu carro e antes de ligar o mesmo, mandou uma nova mensagem para a ruiva, desejou bom dia, perguntou como ela estava e a convidou para almoçarem juntas.
Naquela mesma quinta-feira Vitória perdeu a hora, acordou mal humorada, chegou atrasada no hospital e dois pacientes já aguardavam por ela. A médica atendeu todos os agendamentos daquela manhã e quando conseguiu ler as mensagens de Layza, já tinha passado o horário do almoço. Saindo do consultório respondeu e começaram a conversar:
Olá! Lay, como vai?
Consegui ler e responder suas mensagens somente agora. Você já deve ter almoçado, me atrasei muito hoje, podemos nos encontrar no final do dia?
Boa tarde! Vitória,
Estou bem e você? Muita correria imagino.
Te aguardei, mas como você não respondeu almocei sozinha =/
Hoje cedo toquei sua campainha, já estou com saudades, nem nos vimos ontem e claro que podemos nos encontrar no final do dia.
Boa tarde!
Lay, você tocou a campainha? Eu nem ouvi. Desculpa!
Tomei calmante para dormir ontem e até acordei atrasada, quando cheguei aqui dois pacientes já me aguardavam e minha agenda ficou uma bagunça.
Nossa então a coisa está tensa hein mulher.
Mas porque do calmante? Algum problema?
Meu dia foi muito corrido ontem, acompanhei cirurgias e fiquei exausta. À noite quando eu estava deixando o hospital, o infeliz do Gabriel estava no estacionamento me esperando, que martírio! Mas não quero te atrapalhar, depois conversamos. Bom trabalho!
Você não me atrapalha e estou aguardando uma paciente que ainda não chegou. Vi, não acredito que aquele idiota veio te procurar aqui no hospital, que cara otário. Mas você esta bem? E o que ele queria?
Estou bem sim, ele disse que queria conversar e eu não tenho mais nada para falar com ele. Linda, vou comer um lanche natural aqui e tomar um suco. Em seguida já retorno para o consultório. Nos falamos mais tarde.
Ok! À noite você me conta melhor, vou querer saber de tudo.
Bom apetite! Cuide-se e até breve! Beijo
O período da tarde decorreu rapidamente para as duas mulheres, que trabalharam bastante. Layza regressou para casa antes de Vitória e mandou uma mensagem pedindo para a outra avisar quando estivesse em casa. Depois de tomar uma ducha, a morena ficou ouvindo música sentada no sofá da sua sala e com frequência checava o celular. Cerca de uma hora depois, recebeu a tão aguardada mensagem.
Lay, boa noite!
Acabei de estacionar meu carro, já estou subindo.
Layza nem respondeu, correu para o corredor e ficou aguardando. Ao sair do elevador, Vitória avistou a morena, que estava encostada na parede, sorrindo abertamente.
- Lay, você tem um sorriso lindo e cativante.
- Obrigada! (agradeceu feliz e sem jeito por conta do elogio).
- Tudo bem contigo?
- Tudo sim e com você? Dê-me um abraço? Senti saudades.
- Claro, só preciso tomar um banho, olha o meu estado...
- Para com isso! (falou já abraçando a outra).
- Que cheiro bom o seu, os fios do seu cabelo ainda estão úmidos.
- Como foi seu dia? (perguntou ainda abraçada à ruiva e não tinha pretensão alguma de acabar com aquele gostoso contato).
- Foi bom e corrido, felizmente menos estressante que ontem e o seu?
- Foi muito bom, tudo em ordem.
- Vamos entrar, já estamos há alguns minutos aqui no corredor (disse encerrando o abraço e abrindo a porta do seu apartamento).
- Com fome?
- Muita!
- Gosta de yakissoba?
- Sim.
- Vou pedir para nós, estou com vontade e conheço um lugar ótimo que entrega.
- Legal! Faz tempo que não como um bom yakissoba.
- Me conta sobre ontem, o babaca te atormentou muito?
- Primeiro vou tomar um banho e depois te conto tudo.
- Ok!
- Bom vou lá e já volto!
- Quer companhia? (perguntou sorrindo e provocando a outra).
- Quero! Vamos? (falou séria e levantando do sofá).
- É! Eu, quer dizer (começou a gaguejar sem saber o que dizer).
- Vai ficar enrolando? (perguntou tentando segurar o riso).
- Não, vou, não sei. Eu estava brincando (tentou justificar).
- Você esta hilária toda encabulada (comentou Vitória gargalhando).
- Isso não tem graça, ai que situação. Fui brincar e até fiquei abobada.
- Sua boba! Eu percebi que era brincadeira e entrei no jogo (contou).
- Vitória, que maldade! (afirmou ainda constrangida).
- Foi engraçado. Liga e pede o yakissoba. Fique à vontade! (falou e saiu da sala).
Layza permaneceu sentada pensando no que tinha acabado de acontecer.
- Deus, o que foi isso? Tenho que me controlar e toda brincadeira tem um fundo de verdade, que vontade de tomar banho com ela. Layza, para com isso, ela é sua amiga. Que mulher linda! E eu estou mais louca que o normal, agora falo sozinha, tenho que pedir logo este yakissoba isso sim.
Em trinta minutos Vitória retornou para a sala e contou sobre tudo que tinha ocorrido no dia anterior.
- Então ele acreditou que você vendeu seu celular.
- Sim, você é convincente.
- Vamos ajustar nossos horários? Podemos ir e voltar juntas.
Assim te faço companhia, caso aquele idiota volte a te procurar (sugeriu).
- Lay, não! Você já me ajudou bastante. Não quero te atrapalhar ainda mais.
- Entenda! Você não me atrapalha e gosto muito da sua companhia.
- Eu também gosto da sua.
- Ótimo! Que horas você tem que sair daqui amanhã?
- Por volta das sete e meia.
- Ok! Então iremos juntas.
- Você não precisa mudar sua rotina, não é justo contigo.
- A alteração será somente de meia hora e será bom, pois preciso organizar algumas coisas no consultório. Amanhã mesmo podemos organizar nossos horários, assim a partir da próxima semana já deixamos nossas agendas equivalentes.
- Você é um anjo, nem sei como te agradecer (disse abraçando a outra).
- Pode agradecer sempre desta forma, gosto de te abraçar.
Desta vez o abraço foi interrompido pelo interfone que começou a tocar.
- Eu não estou esperando ninguém, quem será?
- Nosso yakissoba.
- Verdade! Que delícia!
- Atende lá e eu vou descendo.
As duas comeram, ficaram papeando mais um pouco, logo o sono veio, despediram-se e combinaram sobre o dia seguinte.
Fim do capítulo
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Mille
Em: 10/11/2016
Olá querida May
Lay é fofa e a ruiva está ganhando um espaço no coração dela, mesmo que ela fique de duelando entre dar vazão ao que está sentindo e olha que a brincadeira dela quase a entregou.
Só na aceitou na sequência, 1. Segunda com atualização da história e com o meu apelido foi mágico, Irmão Alviverde. O resto posso confirmar que acertou, só que a derrota do Corinthians só para tirar sarro dos colegas.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor:
Olá! Querida Mille, fico feliz em ter a sua companhia também nesta história. Muito obrigada!
Beijos e abraços.
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