Capítulo VII Noite das Moças
Carol observava a loira a sua frente se arrumando e não pode conter o olhar desejoso para aquela beldade.
- Você quê para de me secar desse jeito! Carolina! Meu Deus, não pode ver uma mulher na frente não?
- Ah, qual é Ana... Até parece que vou desviar o olhar da visão dos Deuses para olhar o nada! Deixa de ser chata.
- Deixo nada! E outra que a Senhorita é muito “dada” perante a sociedade, então... Dá o fora! – Ana gesticulava apenas de lingerie.
- Aí nossa quanta agressividade senhor! Isso tudo é medo de gostar, é? – Sorriu debochada. Mas antes que pudesse continuar, Ana começou a caminhar sensualmente em sua direção, com um olhar selvagem, o que fez Carol parar na hora.
- Aha... Estou louca para que você me mostrar o lado bom de trans*r com uma mulher! – Pegou na nuca de Carol e a puxou contra si.
- Sai pra lá Ana! Você precisa é de um exorcismo... Que foi isso? Nem bebemos ainda e já invocou as entidades?
- Você sempre fala mais do que faz, né? – E começou a rir desenfreada.
- Não é isso! Eu respeito moças indefesas só isso.
- E desde quando sou indefesa? – Confrontou-a.
- Bom sendo assim... Acho que estas na hora de você conhecer os caminhos da felicidade. – Emburrando Ana de encontro à cama.
- Mal posso esperar pelos múltiplos!
E não aguentaram mais aquela cena, caindo assim na gargalhada. Era incrível como a amizade era cheia de indiretas, diretas, mas não passam de apenas brincadeiras. E Carolina jamais ousaria qualquer coisa com a amiga, Aninha sabia disso, até por quê era reciproco. Se divertiam de todas as formas em todos os lugares, mas nunca se quer deram um selinho.
- Não acredito que você lembrou da Tailandesa!
- Como não, ela só sabia falar do quanto você é boa e os múltiplos então... – Carol deu espaço para Ana levantar da cama.
- Olha só... Esquece aquela mulher! Graças ao cosmo nunca mais a vi. Aquilo era uma ninfomaníaca! – Disse fazendo o sinal da cruz.
- Aha... Sei! Chega de papo. Bora ficar gostosa pra hoje... Noite das moças!
Era 00:20 quando chegaram na boate “TwoNights”. Era um lugar muito animado e pessoas era o que realmente não faltava. Um local sem restrições qualquer um poderia frequentar sem haver, aqueles olhares chatos ou interrogativos. Tudo tranquilo, tudo de boas... Carol estava conversando com o barman quando Ana visualizou alguém ao longe. – Não... Não pode ser! Tenho que tirar “Carolitcha” daqui! Ela vai pirar, não, não... Pior, vai chorar em posição fetal! – Ana não conseguia para de falar e nem tomar uma atitude, dando tempo de Carol perceber o que se passava.
- Carol, amiga da minha alma! Sabe estava pensando... Vamos para casa, uma maratona de filmes já serve para comemorarmos a noite das moças, né! – Ana pegou pelo braço de Carol, sem saber que ela já havia notado a presença de Manu.
- Ana. Ana... Ana! – Conseguiu a atenção da amiga. – Está tudo bem. – Sorriu calmamente, mas Ana sabia que não.
Ao longe Manuela prestava atenção àquela cena, se questionando quem seria a loira que estava puxando sua chefe para algum lugar. E por que não descobrir não é mesmo? E foi em direção as duas. Quando chegou perto pode notar como aquela mulher era linda, realmente, a fama de Carol em relação às mulheres era verdade.
- Boa noite Carolina. Vejo que não nos veremos somente na empresa. – Ana estava boiando. O que Carol estava lhe escondendo? Talvez Manu tenha recuperado a memoria, mas achou melhor esperar.
- É parece que não. E a noite está melhor com sua presença! – Sorriu sapeca. Apesar de ter gostado da resposta, não foi pra isso que tinha caminhado até ali.
- E então... Não vai me apresentar sua...
- Claro... Que desleixo meu. Manu está é minha amiga Ana. Ana está é Manu, meu braço direito na empresa. – Ana estaqueou. Manu ainda não se recordava, mas estava trabalhando junto com Carol? É seria uma longa noite.
- Pera um pouco! Vai me apresentar assim... “Minha amiga”? Há não mesmo! Com licença. – Apertou a mão de Manu e começou – Sou a melhor das melhores amigas existenciais da liga das melhores amigas. É assim que se apresenta Carol! Ela é seu braço direito e eu? Apenas uma simples amiga! Nem pensar. – Manu adorou conhecer Ana, pensou que Aninha lhe cairia muito melhor. O clima estava mais que agradável quando um certo alguém chegou.
- Parece que perdi as apresentações. Mas tudo bem, me chamo Félix, sou o namorado dessa linda mulher! – Estendeu a mão para elas, Ana olhou com um jeito assassino para ele e quando fitou Carol ela sorria ao cumprimenta-lo, mas notou que era apenas uns lábios esticados, sem aquela emoção contagiante que a amiga esbanja. E isso não passou despercebido por Manu, não sabia como, mas aquele sorriso na cara de sua chefe, não era feliz.
- É um prazer Félix, Carolina e Ana. – Carol as apresentou. – Então gostariam de se juntar a nós? – Félix ia aceitar quando Manuela o interrompeu.
- Obrigada, mas estamos com uns amigos e já havíamos marcado com eles.
- Tudo bem então. Até segunda Manuela. – Apenas se despediu normalmente.
- Até e foi um prazer Aninha. – Não soube dizer por quê a havia chamado assim. Ana e Carol se surpreenderam e trocaram olhares.
- O prazer foi meu Manu... Se cuida!
Cada um seguiu para sua mesa, mas Ana assim como Carol estava pensativa.
- Você ouviu aquilo Carol?
- Sim Ana... Eu ouvi...
- Vamos embora, não tem por quê você ficar aqui e...
- Como não Ana! É a noite das moças esqueceu! Eu a convidei quero passar o meu tempo com você. Por favorzinho... “inho”... “inho”... Sim?
- Meu Deus havia me esquecido de como você é insistente e com esses olhinhos brilhando assim... Tudo bem! – Carol bateu palminhas e comemorou como criança, fazendo Ana rir da palhaçada.
E assim a noite seguiu muitas risadas, bebidas, dança... Mulheres dando em cima de Carolina... Mais risadas de Ana ao ver Carol lhe pedindo ajuda, afinal quando era “noite das moças” o trato era que ninguém ficasse com ninguém, pois havia uma aposta em jogo, quem perdesse teria que limpar a piscina da outra por dois finais de semana. Além de não quererem limpar as piscinas, as duas, eram muito competitivas. Foi então que um rapaz moreno, alto, bonito e sensual – (rs) vai Aninha... kkk – chegou ao lado de Ana falando em seu ouvido. E quem estava se divertindo agora era Carol. Carol pegou o celular e mandou uma mensagem para Ana: “- A volta vem! Sshaushaush”. Ana a fuzilou para em seguida pedir com os olhos, afinal o cara era lindo! Carol escreveu: “- Piscina te esperando em 3... 2... 1...”. Ana ligou o foda-se e foi dançar com o rapaz, não demorou muito e Carol visualizou sua amiga nos amassos, ao mesmo tempo em que, viu Manu aos beijos com o namorado.
- Ok. Tá bom! O meu lado masoquista está aflorado hoje. Minha melhor amiga está feliz e minha ex... Não lembra de mim! E eu? Vou entrar para o convento. Mas só depois de me divertir um pouquinho! – Carol riu sozinha por ter um olhar tão seu da vida.
Fim do capítulo
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