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Ame o que é seu por PriHh

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Palavras: 4762
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Capítulo 52 – Despedida de solteiras

Julho estava chegando ao fim. Depois do acidente de Flávia na noite do nosso jantar de noivado as coisas começaram a se alinhar. Flávia estava praticamente recuperada. Eu passava em sua casa duas vezes por semana para ter notícias da minha melhor amiga e madrinha de casamento.  Seu namoro com minha irmã também estava evoluindo. Pra falar a verdade elas pareciam praticamente casadas, já que Júlia passava todo o tempo ao lado dela, cuidado de sua recuperação e de outras coisas também. Naquela sexta feira não foi diferente, assim que abri a porta se abriu dei de cara com minha irmã.

- Acho que estou no endereço errado. Não é aqui que mora uma moça morena que chama Pocahontas? – perguntei com um sorriso matreiro no rosto já esperando que Flavia estivesse me ouvindo da sala.

- Pocahontas é o seu focinho – ela gritou fazendo com que Júlia e eu caíssemos na risada.

- Por que você gosta de irrita-la? – Júlia perguntou vindo me dar um beijo no rosto.

- Por que ela fica uma gracinha quando está nervosa! – respondi. - Não acha? – Ela balançou  a cabeça confirmando e entrei no apartamento seguindo em direção a Flavinha.

- Como está a morena mais birrenta do mundo? – perguntei me jogando ao seu lado e deitando minha cabeça sobre suas pernas.

- Ei! – minha irmã gritou – Esse colo é só meu! Pode sair dai!

- Aff quanto egoísmo Jú – resmunguei levantando meu corpo e permanecendo sentada. – Não se pode nem mais deitar no colo da amiga.

- Você pode deitar no da Paty que já está de bom tamanho.

- Você era mais boazinha antigamente Jú.

- E você era menos abusada – retrucou. Abri minha boca para responder mas nem tive tempo para isso.

- Dá pra parar vocês duas! – Flavia falou mais alto e deitou a cabeça no encosto do sofá – Meu colo é só seu amor! – estendeu o braço para Júlia que se aproximou - E o seu colo é o da Paty e ponto final. Como ela está?

- Está bem. Saiu cedo para trabalhar e eu fui deixar a pequena na escola hoje. Foi um trabalho danado deixa-la lá.

- Mesmo? – perguntou franzindo a testa – Estranho! Valentina sempre gostou de ir a escolinha.

- Esses dias ela está assim. Extremamente apegada à nós. Quando não sou eu ela só quer a Paty. Pra ficar na escolinha é uma guerra. Ela até chorou esses dias. Tem acordado a noite e corrido pro nosso quarto.

- Deve ser uma fase – Flávia disse descontraindo a conversa. – E o casamento? Tudo pronto?

- Nem me fale!  Está quase tudo acertado já. Só alguns detalhes que ainda não decidi.

- E a lua de mel? Será onde? – Júlia perguntou.

- Disney – respondi.

- Vão levar a Vavá junto? – perguntou Júlia, surpresa – Se quiser podemos ficar com ela por uns dias pra vocês curtirem algo mais reservado né amor? – olhou para Flávia que concordou com a cabeça.

- Não precisa meninas. Faço questão de ter minha filhota pertinho de mim.

- Sabe o que sua irmã ta paracendo amor? – Flávia disse para Júlia e eu já esperei pela zueira – Aquelas mamães cangurus que botam os bebês na bolsa e arrastam eles pra cima e pra baixo – completou fazendo Júlia rir de seu comentário.

- Imagina quando elas tiverem o segundo filho então – Júlia disse me olhando com ternura – Ela vai ser uma mãe coruja.

- Ela já é assim amor – Flávia disse.

- Sé estou exercendo meu direito de curtir todos os momentos com minha pequena.

- Quantos dias ficarão em Orlando? – Júlia perguntou.

- Uns 10 ou 12. Não queremos ficar muitos dias pra Vavá não perder muitas aulas.

- Entendo. Já providenciou o passaporte dela?

- Sim. Paty vai até o consulado americano hoje à tarde para tirar o visto delas. As passagens já estão compradas e o hotel reservado. Já está tudo pronto nesse quesito.

- Acho que devíamos fazer alguma coisa para comemorar o casamento de vocês. Uma despedida de solteiras! – Flávia disse.

- Amor você ainda não está totalmente recuperada – Júlia demonstrou preocupação.

- Júlia eu estou ótima. Estou trancada dentro de casa desde o acidente. Eu sei bem o que posso e o que não posso fazer.

- Mas amor...

- Sem mas nada Jú. Vamos marcar algo pra amanhã?

- Preciso ver com a Paty – eu disse.

- Vocês duas vão e ponto final – respondeu com teimosia – Eu sei bem que amanhã é dia do João buscar a Vavá então é o dia perfeito. Nós buscamos vocês as 22:00hs sem falta.

- É sempre assim? Você manda alguma coisa nesse relacionamento? – Perguntei pra Júlia franzindo a testa.

- Depende. Flores, chocolates e presentes contam como mandar algo? – respondeu me fazendo gargalhar e ganhando uma tapa leve de Flávia no braço. – Ai amor! Eu não disse nada demais. – No mesmo instante Flávia deu um beijo suave no mesmo local onde havia dado o tapa. Sorri ao ver a interação das duas. Elas faziam um casal adorável mesmo. Observei o carinho e cuidado com que minha irmã olhava para Flávia e não pude deixar de sentir uma imensa felicidade invadir meu coração. Era bom demais ver minha irmã e minha melhor amiga juntas e felizes.

- Vocês formam um casal bonitinho até – disse chamando a atenção delas – Pocahontas e John Smith! – disse e logo senti o peso de uma almofada me acertando.

- E você seria o Stitch né! – Flávia retrucou.

- Eu amo o Stitch – tentei irrita-la.

- Ama nada Ana – Júlia defendeu a namorada – Você gosta mesmo é do ursinho Pooh. – Peguei a almofada e joguei sobre minha irmã enquanto Flavia ria de nós.

- Vocês duas são demais. Quando vejo vocês assim morro de saudades da minha família. – ela disse.

- Ei Flá, você já contou pra sua mãe que ela tem uma nora? – perguntei.

- Ainda não. Estou tentando convencer sua irmã a passar uns dias comigo no interior.

- E por que você não quer ir Jú? – perguntei.

- Não é tão simples assim né Ana. Não basta só eu aparecer por lá e dizer “olá sou a namorada da sua filha”.  – disse fazendo uma cara engraçada que me fez gargalhar.

- Como você é dramática Júlia – Flávia complementou.

- Não é drama amor – defendeu-se.

- É sim. Você não quer conhecer minha família isso sim. Sabe que isso torna tudo mais sério entre nós. – senti sua voz um pouco chateada ao concluir a frase.

- Amor... – Júlia chamou-a tocando seu rosto com carinho. Abriu a boca para dizer algo mas acabou mudando de ideia. – Podemos marcar essa viagem pra depois do casamento das meninas se você quiser.

- Mesmo? – perguntou uma Flávia com os olhos brilhantes.

- Se é tão importante pra você nós iremos pra lá então. – Flávia deu um gritinho de felicidade se jogando sobre minha irmã e beijando-a com vontade enquanto eu permanecia estática olhando a cena.

- Humm Humm – pigarrei chamando a atenção delas. Minha irmã parecia sem graça, vermelha enquanto Flávia nem se importava.

- Desculpa Ana. Esqueci que você estava ai! – Flávia disse sorrindo amplamente.

- Esqueceu né! – sorri de sua desculpinha esfarrapada. – Bom eu preciso ir. – disse levantando-me.

- Já? Tá cedo ainda. Fica mais um pouco! – Flávia pediu.

- Preciso trabalhar. Tenho uma sessão de fotos marcada pra mais tarde. Aliás você não devia estar trabalhando também? – perguntei para Júlia.

                - Papai me deu o dia de folga. Vou acompanhar a Flá ao médico mais tarde.

                - Algum problema? – perguntei preocupada.

                - Não. Só consulta de rotina mesmo. Mas prefiro acompanha-la.

                - Bom eu já vou então! – abracei minha irmã despedindo-me dela e fiz o mesmo com minha amiga.

                - Fica combinado nossa saída para amanhã hein! Não esquece! – Flávia cobrou-me

                - Tá bom Flá. Beijos – disse seguindo até a porta. Sai da casa dela e segui direto para a minha. Teria que encontrar minha cliente as 14:00hs no Ibirapuera. Ela queria uma sessão de fotos de ao ar livre e lá era um dos meus locais favoritos para fotografias desse tipo.

                O dia passou rápido e a sessão foi muito proveitosa. O dia claro e ensolarado e o céu azul quase sem nuvens deixaram tudo mais belo. As fotos ficaram ótimas e depois de tratadas ficariam perfeitas. Eu realmente amor meu trabalho, o fato de poder capturar uma expressão, uma paisagem ou qualquer outro simples ato numa imagem me deixava plena profissionalmente, e eu tinha certeza de que tinha feito a escolha certa ao desistir de ser farmacologista para ser fotógrafa. Tomei um banho demorado e após me arrumar liguei para Paty.

                - Oi amor! – ela disse ao atender o celular.

                - Oi amor da minha vida! Saudades de você! – eu disse.

                - Eu também estou com saudades. Você vem pra cá?

                - Sim. Estou saindo de casa.

                - Que bom. A Vavá já estava perguntando quando você chegaria.

                - Estou com saudades da minha pequena também. Chego ai em alguns minutos. Quer que eu leve algo pra jantarmos?

                - Não precisa amor. Estou fazendo estrogonofe pra nós.

                - Hummm. Acho que o meu estomago até roncou agora!

                - Exagerada. Vem logo!

                - Estou indo. Te amo! Beijo.

                - Também te amo!

                Sai de casa por volta das 19:00hs da noite. O transito estava ótimo apesar de ser sexta feira. Não demorei muito para chegar até o prédio onde Paty morava. Deixei o carro estacionado em frente a portaria e subi para o apartamento dela. Assim que abriu a porta para mim não pude deixar de sorrir ao olha-la. Paty estava linda usando um shortinho curto e uma blusinha de alcinhas preta, os pés descalços e com os cabelos presos em um coque no alto da cabeça com alguns fios caindo sobre seu pescoço e um sorriso largo.

                - Você é a visão do paraíso sabia – disse fazendo-a enrubescer levemente.

                - E você é o amor da minha vida! – respondeu-me. Aproximei-me dela envolvendo meus braços em sua cintura e puxando-a para um beijo calmo e apaixonado. Paty enlaçou suas mãos em meus cabelos, deslizando suavemente pela nuca enquanto sua língua explorava com delicadeza cada pedaço da minha boca. Nossas línguas se encontravam fazendo um bailar ritmado e ao mesmo tempo excitante. O beijo dela era perfeito, sempre havia sido e tenho certeza que seria para sempre. Afastei-me devagar abrindo os olhos e encontrando um belo par de azuis brilhantes me olhando com amor. Sim, eu podia enxergar o quanto ela me amava através dos seus olhos.

                - Mamãe! – Valentina gritou correndo em nossa direção. Patrícia fechou a porta e eu me abaixei levemente para pegar a pequena no colo. Ela se jogou em meus braços, ergui seu corpinho esguio dando-lhe um beijo estalado na bochecha.

                - Oi minha princesa – olhei em seus olhinhos azuis e sorri – Tava com tanta saudades da minha filhota sabia?

                - Eu também tavo com saudades mamãe. – respondeu apertando meu rosto com suas mãozinhas delicadas.

                - Como foi na escolinha? – levei-a até o sofá enquanto Paty caminhou em direção a cozinha.

                - Foi legal. A tia Camila deixou a gente blincar de massinha, e depois a gente fez aula de musca com o tio Evelton.

                - Aula de música? Nossa que legal. E você cantou?

                - Uhum – respondeu balançando a cabecinha afirmativamente. – o tio Evelton ensinou a cantar a musca da estelinha.

                - Mesmo? Da estrelinha? Canta pra eu ouvir? – pedi e ela desceu do meu colo ficando de pé em minha frente. Levantou os bracinhos para o alto e começou a  cantar.

                - “Blilha blilha estelinha lá no céu piquininha! – enquanto cantava suas mãozinhas abriam e fechavam imitando uma estrela brilhando. Valentina era a coisa mais linda do mundo. As bochechinhas rosadas e os dentinhos brancos a mostra enquanto ela cantava. Os olhinhos dela brilhavam e eu não conseguia tirar os meus olhos dela. Eu amava aquele anjinho de cabelos de fogo mais que tudo na minha vida, mais do que jamais imaginei amar alguém. Valentina ganhou meu coração desde a primeira vez que a vi,  tão tímida e tão inocente no escritório de Júlia. Ela agora era minha vida, meu pequeno mundo. Ela era a minha estrelinha à brilhar. Ela se perdeu em algumas partes da música, o que me fez sorrir, pois ficou tão fofinha quando suas palavras se enrolaram.

                - Que linda meu amor – disse assim que ela parou de cantar. – Vem cá minha estrelinha! – disse puxando-a para junto de mim e sentando-a sobre meu colo novamente. – Você é a estrelinha mais brilhante da minha vida sabia? Vavá balançou a cabeça negando.

                - Vou ficar com ciúmes assim – Paty disse aproximando-se de nós e apoiando seu corpo no sofá – Posso ser sua estrelinha também?

                - Humm – disse fingindo estar pensando e ela franziu a testa. Sorri ao ver sua face – Pode ser o que quiser amor!

                - Que lindo minha vida – disse dando-me um selinho rápido. – O jantar está pronto! Vamos comer?

                - Ebaaa – Valentina saltou do meu colo e correu – Eu adolo estonofe! – gritou feliz. Dei a volta no sofá e entrelacei minha mão na de Paty e seguimos até a mesa. Jantamos num clima perfeito. Logo após o jantar coloquei Valentina na cama e permaneci deitada ao seu lado até que minha pequena pegasse no sono. Assim que ela dormiu segui para o quarto onde Patrícia me esperava. Deitei ao seu lado e me aconcheguei em seus braços.

                - Fico encantada quando vejo vocês juntas sabia? – ela disse referindo-se a Valentina e eu.

                - Por que?

                - Sei lá.  – senti suas mãos acariciarem meus cabelos com carinho - Acho que no fundo... – pensou um pouco - ...eu sempre temi que isso nunca acontecesse. Que nunca mais eu teria você na minha vida outra vez. Que você nunca seria capaz de amar a minha filha dessa forma.

                - Nossa filha! – virei meu rosto olhando em seus olhos e os vi marejar – É assim que eu a vejo. É assim que eu amo! Como minha filha também.

                - Eu te amo sabia! – ela disse abrindo um sorriso e passando a mão em um dos olhos evitando uma lágrima que se formava.

                - Eu sei. – respondi fazendo-a rir.

                - Você é tão convencida amor – ela disse puxando meu corpo para mais junto do seu. – Mas eu te amo mesmo assim – deslizou os dedos pelo meu rosto e pousou sobre meus lábios. Dei um beijo leve em seus dedos e em seguida busquei sua boca com a minha. Nosso beijo foi intenso.

                - Eu te amo mais – disse ainda de olhos fechados.

                - Eu deixo – ela respondeu arrancando um sorriso leve de minha boca.

                - Temos compromisso pra amanhã – eu disse afastando-me e voltando a deitar sobre seu peito.

                - Com quem?

                - Flávia e Júlia. E aposto que mais algumas pessoas.

                - E onde vamos?

                - Flavia disse que quer comemorar nosso casamento. Tipo uma despedida de solteiras. – eu disse pegando meu celular que havia acabado de vibrar. – Por falar nela – disse exibindo a mensagem de texto que eu acabara de abrir.

                “Já esta tudo marcado. As 22:00 hrs pegamos vocês. Obs: poupem energia para amanhã kkkk”. Flávia era uma palhaça mesmo. Ela achava o que? Que Patrícia e eu vivíamos a base de sex* só podia ser. Paty gargalhou ao terminar de ler.

                - Ela deve achar que somos ninfomaníacas né amor – Paty disse rindo alto.

                - Só pode. Você é? – perguntei olhando-a com um olhar safado – Por que adoraria que fosse – completei.

                - Amor! – disse beijando minha testa – deixa de ser boba.

                - É só uma curiosidade – eu disse – Sabe que seria interessante. Eu nunca namorei uma ninfomaníaca.

                - E nem vai dona Cecília – disse me dando um beliscão de leve no braço que foi seguido por um beijo nos lábios.

                Passamos mais um tempo conversando e trocando carinhos, beijos e abraços. No fim acabamos adormecendo. Nosso sábado começou com um belo café da manhã em família. As 8:00hs da manhã João já estava na porta do apartamento de Paty para buscar Valentina. A pequena estava relutante para acompanhar o pai mas depois de uma boa conversa que tivemos ela acabou cedendo.

O resto do dia foi tranquilo. O clima de São Paulo havia mudado drasticamente. O tempo estava fechado, prevendo chuva. E assim aconteceu, a agua que desabava trazia junto dela fortes rajadas de vento que deixaram o dia frio. Paty e eu passamos a tarde fazendo o que mais gostávamos de fazer nessas horas, nos curtindo debaixo de um cobertor. Assistimos a um filme comendo uma deliciosa pipoca e tomando uma coca-cola gelada. Trocávamos caricias o tempo todo. E no fim da tarde entramos juntas para um banho que se prolongou por vários e vários minutos. Amamo-nos debaixo da agua, que só não estava mais quente dos que nossos corpos que queimavam feito brasa.  As 22:00hs em ponto o interfone tocou. Era minha irmã acompanhada de Flávia.

- Olá – cumprimentamos. – Estamos prontas.

- Então vamos que a as meninas já estão seguindo para lá.

- Que meninas? – Paty perguntou.

- Sua chefinha e a namorada dela. Além de umas amigas minhas.

- Amigas suas? – franziu a testa – Tenho até medo de perguntar quem são.

- Ei! Eu tenho ótimas amigas tá. – respondeu entrando no carro.

- E para onde iremos? – perguntei.

- Bubu Lounge! – Flávia disse.

- Nossa! Faz muito tempo que não vou lá – eu disse tentando recordar a ultima vez que tinha ido na Bubu. Bubu era, na minha opinião, uma das melhores boates GLs de São Paulo,

- Provavelmente dever ter sido numa das tantas vezes que você seduziu alguma mulher. – Flávia disse e Paty olhou-a com curiosidade.

- Isso foi antes de eu conhecer você amor – respondi já prevendo um ataque de questionamentos.

- Ah então quer dizer que você seduzia menininhas inocentes na balada amor? – disse me olhando.

- Que isso minha vida. A inocente era eu e não elas – respondi sorrindo e ganhei um tapa no ombro. Júlia, que estava dirigindo, gargalhava da minha situação. Ela sabia muito bem o quanto Patrícia era ciumenta.

- Ela não fica nem vermelha ao falar isso – Paty disse.

Seguimos até a balada num clima descontraído. Chegamos por volta de 22:40hs na entrada da boate. Havia uma fila imensa para entrar e levamos um bom tempo, o qual gastamos bebericando e conversando sobre nosso dia. Ainda bem que a chuva tinha dado uma pausa, seria terrível ver toda aquela arrumação ser desmanchada pela agua. Paty como sempre estava de arrasar corações.

Assim que entramos fomos em busca de algum espaço para dançar. Arrumamos um lugarzinho e ficamos esperando o resto das amigas de Flávia. Maressa e Carla foram as primeiras a chegar, nos cumprimentando e felicitando pelo casamento. Em seguida apareceram mais três mulheres e um homem. Eu conhecia uma delas muito bem.

- Ora ora se não é a velha Ana Cecília – ela disse assim que viu. Sua voz não tinha mudado muito desde a última vez que a tinha falado com ela.

- Gi! – eu disse seguindo até e abraçando-a – Não acredito que você está aqui!

- Flávia me disse você vai se casar e eu jamais perderia sua despedia de solteira Aninha.

- Eu nem imaginava que vocês ainda mantinham contato – disse olhando para Flá que sorria – Por que não me contou?

- Ué você nunca perguntou – respondeu.

Gisele havia sido da minha turma e de Flávia na faculdade. Ela cursou apenas o primeiro ano conosco pois no ano seguinte havia sido aprovada no vestibular para medicina e deixou o curso. Ela era uma pessoa muito alegre e divertida e costumava passar um bom tempo comigo e Flávia. Ela era uma bela mestiça de cabelos lisinhos e olhos pretos. Ao lado dela estava uma linda loira de cabelos cacheados e olhos cor de mel e outra garota, de descendência oriental também, muito parecida com a Gi. O rapaz era moreno e tinha o corpo trabalhado em formas bem definidas.

- Ana essa é a Heloisa, minha namorada – disse apresentando-me a loira. – Aline, minha prima – disse apontando a outra garota - e este é o Renato, um amigo. Trabalhamos juntos.

- Muito prazer -  eu disse cumprimentando eles – Minha noiva você já conhece né – disse sorrindo e puxando Paty para o meu lado. Gisele sorriu. Apresentei-a aos demais e permanecemos por ali dançando. Tudo estava ótimo, as músicas perfeitas e Paty e eu dançávamos juntas o tempo todo. Já no meio da madrugada, Paty e Júlia resolveram ir até o bar buscar mais bebidas para nós.

- O que vai querer amor? – perguntou-me.

- Uma cerveja só. Vai beber mais? – Paty já tinha tomado duas doses de whisky e eu conhecia bem minha ruivinha. Era fraca pra esse tipo de bebida.

- Acho que vou pegar um whisky com energético agora.

- Humm vai me dar um pouquinho? – disse abraçando-a pelas costas e pousando meu queixo sobre seu ombro.

- Dou tudo que quiser amor – respondeu cheia de malicia na voz fazendo meu corpo se arrepiar inteiro.

- Vamos? – Júlia se aproximou de nós. Paty me deu um beijo e segui na frente. Júlia foi atrás e enquanto caminhava colocou sua mão na cintura de Patrícia.  Eu sabia que era um gesto sem más intenções mas confesso que o bichinho do ciúme me mordeu naquela hora. Segui as duas com os olhos até perde-las de vista no meio da multidão. Procurei espantar os pensamentos que me rodeavam a mente quando Flávia se aproximou de mim.

- Disfarça e olha quem tá vindo falar com você – disse baixinho em meu ouvido. Sorri e uns segundo depois virei-me.

- Olá – ela disse abrindo um sorriso imenso.

- Oi Cintia – respondi com educação. Eu já ia agradecer a Deus o fato de Patrícia não estar ali quando ela se aproximou de mim para me cumprimentar. Virei o rosto quando ela se aproximou para me dar um beijo, mas como tudo estava bom demais para ser verdade o beijo pegou no canto da minha boca. Me afastei rápido dela e antes que pudesse dizer qualquer coisa ouvi a voz da minha noiva falando por mim.

- O que você acha que tá fazendo? – disse alto. Virei-me para ela.

- Amor eu não... – tentei dizer algo mas ela me cortou.

- Você não Cecília. Eu falei com você! – disse apontando o dedo em direção a Cintia.

- Eu não fiz nada demais! – respondeu encarando-a.

- Eu não fui clara o suficiente no nosso último encontro? Eu quero você longe dela! – gritou o que acabou chamando a atenção de algumas pessoas a nossa volta.

- Amor para com isso – disse segurando sua mão, mas Patrícia parecia furiosa.

- Acho que você não percebeu mas ela não é sua propriedade.

- Não provoca Cintia – falei tentando apaziguar os ânimos.

- Acho que é você que ainda não percebeu que você perdeu meu bem! Ela é minha noiva. Ela escolheu a mim e não a você! – disse com um tom de superioridade na voz.

- Todo mundo comete erros – retrucou fazendo com que Paty avançasse sobre ela. entre no meio das duas segurando minha noiva e arrastando-a para trás. Patrícia era mais baixa que eu mas quando saia de sí ficava difícil segura-la.

- Me solta Ana Cecília. Eu vou mostrar pra ela onde é que está o erro.

- Para amor! – pedi segurando-a.

- Você não dá conta nem de uma formiga Patrícia. – Cintia continuou.

- Júlia pelo amor de Deus dá pra ajudar aqui – pedi. A essa altura metade da boate olhava para nós e os seguranças já vinham em nossa direção. – Leva a Cintia daqui!

- Você tá protegendo ela Cecília. – perguntou afastando-se e me encarando.

- O que? – disse desacreditada - Eu tô protegendo você Patrícia. Será que você ainda não se deu conta do que está fazendo? Quer sair na mão com ela tudo bem. Quer parar numa delegacia? Ser acusada de agressão? Fica à vontade – disse saindo da frente dela – mas eu não vou ficar aqui para assistir isso! – Virei as costas e sai caminhando em direção a saída deixando todos lá. Toda aquela discussão durou minutos mas pareceu uma eternidade. Enquanto eu caminhava as pessoas me davam passagem. Eu já estava nervosa. Como ela podia sequer pensar que eu estava preterindo a Cintia ao invés dela? Isso me irritou demais. Pequei minha comanda no bolso da calça e me dirigi ao caixa que estava vazio. Estiquei meu braço para entregar a comanda a atendente quando ele bruscamente puxado, virando meu corpo, me fazendo dar de cara com aquele par de olhos azuis que eu tanto amava. Encarei-os. Eles já não estavam mais raivosos. Estavam vermelhos, num misto de medo, rendição e choro.

- Não sai daqui assim – falou – Por favor amor!

De que adiantava eu ficar brava se bastava ela me olhar assim e eu perdia o controle da minha própria existência. Balancei a cabeça levemente em negação e sem que ela esperasse avancei sobre sua boca beijando-a com volúpia e ferocidade. Ela correspondeu ao meu beijo na mesma intensidade. Envolvi sua cintura com meus braços e suspendi seu corpo do chão. O tempo havia parecia ter congelado naqueles minutos que permanecemos nos beijando.  Voltei a coloca-la no chão e me afastei devagar abrindo meus olhos ao mesmo tempo que ela abriu os dela.

- Não perde tempo hein Aninha! – Sorrimos juntas sem desviar nossos olhos ao ouvir a voz de Flávia gritando.  Só mesmo minha amiga pra fazer uma coisa dessas.

- Me perdoa? – ela pediu. – Eu perdi a cabeça quando vi aquela... – pausou e respirou fundo – quando eu o que vi. – completou.

- Eu te amo – respondi. – Apenas você! É a única que importa para mim. Se tivesse me dado a oportunidade eu mesmo teria colocado ela no seu devido lugar.

- Eu sei – ela disse – e eu sinto muito pelo que aconteceu. Pela cena que eu fiz. Eu só... – respirou fundo soltando o ar devagar – ... eu morro de ciúmes de você!

- Eu sei! Também morro de ciúmes de você. Ache que eu não vi a mão da Júlia na sua cintura quando saíram.

- Ai amor – ela riu – não acredito que ficou com ciúmes da sua irmã.

- Tenho ciúmes até da minha sombra quando o sol bate nas minhas costas e ela reflete em você amor! – disse e ela gargalhou, aquela risada solta e contagiante que eu adorava ouvir.

- Quer ir pra casa? – Perguntou-me.

- Só se você quiser.

- Vamos ficar mais um pouco então. Não acho justo sairmos assim e deixar as meninas. Além disso, estou louca para dançar coladinha em você. – Disse baixinho em seu ouvido e senti seu corpo se arrepiar.

 

- Então vamos dançar logo – saiu me puxando pela mão em direção ao local onde as meninas estavam. Não vimos mais Cintia pelo resto da noite. Não sei o que houve depois que sai e nem me importava com isso, tudo que eu queria era aproveitar o resto da madrugada ao lado da minha noiva e das minhas amigas, afinal de contas, não é todo dia que se tem uma despedida de solteira. 

Fim do capítulo

Notas finais:

Ola meninas

Demorei mas voltei!

Bom está chegando o grande dia... e ai o que será que vai rolar até lá? como será a cerimonia? será que vai dar tudo certo? será que mãe de Paty vai finalmente ceitar a sexualidade da filha? 

Até o proximo! e estarei respondendo os comentarios de vcs aos poucos

Bjos a todas e obrigada pelo carinho de todas vcs!!


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Mille
Mille

Em: 31/12/2016

Oi Pri tudo bem?

 

"Desejo a você…
365 dias de felicidade.
52 semanas de saúde e prosperidade.
12 meses de amor e carinho.
8760 horas de paz e harmonia.
Que neste novo ano você tenha muitos motivos para sorrir!"

E muitas inspirações para nos presentear com lindas histórias. Abraços


Resposta do autor:

Oi Mile

Obrigada

Desejo tudo em dobro para você... e pode ter certeza que terei mais lindas historias para vcs sim...

Bjus

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patty-321
patty-321

Em: 27/10/2016

Elas são tão lindas. As quatro. A Cíntia merecia um tapa. Vá paquerar outra. Bjs
Resposta do autor:

Oi Patty

KKKK Cintia não é tao mal assim mas as vezes da uma vontade de dar uns tapinhas nele mesmo

Bjus

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Dudinha_CR
Dudinha_CR

Em: 24/10/2016

É bom ter voce de volta!


Resposta do autor:

Ola dudinha...

ja postei mais dois capitulos para vocês...

Até os proximos

bjus

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Yasmin L
Yasmin L

Em: 24/10/2016

Cap tudo de bom!!


Que bom que voltou mulher.


Não demore a continuar. 


Resposta do autor:

Oi Yasmim

Eu ate demoro mas nao abandono...pode deixar que em breve tera mais

Espero que goste dos nosvos

Bjus

Responder

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Bfr_Laura
Bfr_Laura

Em: 24/10/2016

Ana e Patricia são perfeitas ????


Resposta do autor:

Oi Laura...

Nao sei será que sao perfeitas?

Bjus

Responder

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Ana Luisa
Ana Luisa

Em: 24/10/2016

 lindo lindo lindo!

Elas são tão fofas, nasceram uma para outra.

Amei esse clima de romantismo, amei ver a Cecilia mais madura, entregue a esse amor.

Owww Prih, vc é demais.

VC deixou muita saudade, muita mesmo..

Parabéns linda

Bjsss


Resposta do autor:

Oi Ana luisa

Que bom que gostou e espero que goste dos novos

Bjus

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loira01
loira01

Em: 24/10/2016

Olá prih, capítulo foi de grande importancia para a história, parabéns!


bjs


 

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vivi19
vivi19

Em: 24/10/2016

 um capítulo delicioso, daqueles que merecem ser lidos de forma lenta, desgustando cada palavra. que saudades do meu casal Ana e Paty, uma briguinha pra apimentar mais ainda a química delas


Resposta do autor:

Ola vivi...

Que bom que gostou

Bjus

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purcina
purcina

Em: 24/10/2016

PriHh lindo mágico e envolvente. Esse capítulo é para nos deixar ainda mais apaixonadas por essas protagonistas lindas.  Apaixonada mais ainda por elas, nem quero pensar quando acabar. pfv não nos deixe orfãs  


Bjooss


Resposta do autor:

Ola...

Não estou pensando em deixar vcs orfãs kkkk ate estou pensando em uma continuação... talvez algo envolvendo a Vavá mais velha que tal?

Bjus

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BiaRid
BiaRid

Em: 24/10/2016

Mulher, vc voltou! haha Espero que fique mais por aqui e não demore mais esse tanto, sdds da Juliaaa haha 

Beijoos


Resposta do autor:

Oi Bia...

Vai ter capitulo so da Júlia em breve pode apostar... alias to pensando em fazer uma continuaoçao so dela e da Flavia o que acha?

Bjus

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rhina
rhina

Em: 23/10/2016

 

Olá. 

Boa tarde.

Bem vinda....

Parabéns. ..

Ciúmes a todo momento. 

Beijos. 

Rhina.


Resposta do autor:

Ola

Ciume é bom de vez em quando né... mas tem que saber controlar

Bjus

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Mille
Mille

Em: 22/10/2016

Olá Pri kkk iria lhe chamar de Patricia ver se pode. 

Cintia só veio para tentar acabar com a comemoração delas, e quase conseguiu ainda bem que a Paty foi atrás da Ana.

Vavá sua linda, adoro quando tem passagem com você lindinha parece que estou vendo ela, cantando brilha, brilha estrelinhas.

Flávia e Julia só love, mais depois de sofrerem as duas merecem ser felizes.

Bjus e até o próximo


Resposta do autor:

Oi Mille..

Pois é ne vamos dar uma folga para Flavia e Júlia...

Ana e Paty são lindas mesmo...

Bjus

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