Depois do longo dia, nada melhor que estar em família. Quando cheguei na cama de minha mãe recebi olhares fatais, mas logo me atrevi a detalhar o que havia acontecido para encerrar aquele clima.

 

-- Cunhada você se sentiu uma das panteras, diga aí?!

 

-- Mais ou menos Sandra, o foco era ficar em paz.

 

-- E adrenalina? Sentiu medo? -- meu sogro perguntou.

 

-- Teve uma hora que perguntava o que estava fazendo ali, mas medo mesmo, senti muito pouco.

 

-- Agora ela está presa? -- mamãe perguntou.

 

-- Sim, e o restante da quadrilha.

 

-- Gente vamos parar de perguntas? Ela já contou tudo, se continuarmos assim o jantar não saí! -- Cíntia ajudou.

 

 

Estava com medo de ficar a sós com Sabrina, apesar da conversa tranquila pelo celular ela parecia estar muito brava.

 

-- Boa noite! Vim conferir pessoalmente como minha chefe estar? -- Débora chamando a atenção de todo mundo com sua chegada.

 

-- Você a convidou? -- Sandra me perguntou.

 

-- E essa aí precisa ter convites?

 

-- E como ela soube que você estava aqui?

 

-- Não sei cunhada, mas pergunte a ela -- falei não olhando em seus olhos.

 

-- Amiga -- a doida me abraçou tão forte, que até achei que era sincero -- Você merece umas tapas!

 

-- Mereço nada, agora faça sua parte! -- falei em seu ouvido -- Vou conversar com a minha loira! -- antes de sair aproximei de Sandra -- Dar uma chance a ela, pode dar certo, mas antes deixei-a correr bastante atrás de você.

 

-- O que você está falando? -- Débora quis saber.

 

-- Nada que te interessa.

 

-- Como você é mal-educada, olha isso Sabrina! -- a loira chegava perto.

 

-- Débora você já encheu demais! -- olhei Sabrina -- Vamos lá no meu quarto, para conversamos.

 

-- As meninas estão vendo TV lá!

 

-- Então vamos no escritório -- segurei-a pela mão e caminhamos.

 

Quando fechei a porta senti aqueles olhos claros me fitando, ainda olhava para o chão tentando a todo custo criar um início de conversa.

 

-- Vem cá! -- ela me abraçou -- Nunca mais faça isso -- segurou meu rosto para olha-la -- Imagina que você poderia estar em um hospital nessa hora? Ter sido raptada para algum outro lugar, ter até morrido! Você não pensou em mim, nas meninas, nos seus pais, Aux! Falo sério, se soubesse o que estava ocorrendo teria ido atrás de você.

 

-- Sabrina, já passou! Foi necessário para nosso futuro, precisava acabar isso e acho que ajudei a polícia como pude, sei que corri risco e claro que pensei em vocês por isso que fiz tudo isso. Agora vamos esquecer, certo? Estamos em paz e nem pensar que te deixaria você ir atrás de mim, hoje só quero te beijar e outras coisinhas... -- beijei-a, seus lábios doces denunciava alguma comida que ela havia comido -- O doce lembrou que estou com fome, vamos jantar e ir para casa?

 

 

Jantamos e nos despedimos emocionadas, no caminho de volta as meninas queriam saber o que tinha acontecido, especificamente Ana Carla.

 

-- Não aconteceu nada meu amor, apenas estava trabalhando, você se despediu do seu avô? Sabe que vai demorar um pouco para revê-lo né?

 

-- Está me enrolando né? Ele disse que vai me ligar direto, até ensinei a usar o WhatsApp.

 

-- Sério? -- Sabrina quis saber.

 

-- Sim, tenho até facebook.

 

-- Você tem face?

 

-- Mãe tenho Instagram e Snapchat também.

 

-- Está ouvindo isso Aux?

 

-- Estou!

 

-- Quero ver todas essas contas, quem fez para você?

 

-- Fiz com tia Sandra, mas ela é um enrolada.

 

-- Quero conferir tudo e vamos conversar mais sobre isso.

 

Sabrina já foi revirar as contas e tudo mais, cautelosa, mas sabíamos que teríamos que orientá-la para algumas situações. Sabrina ficou conversando e eu fui tomar meu banho. Deitei na cama e olhei o celular.

 

“ Mais um beijo” -- era a mensagem que Débora havia me envido.

 

E mais um tapa? -- perguntei.

 

Deixei o celular na cama e fui ver onde as meninas da minha vida estavam.

 

A porta do quarto das crianças estava aberta, Sabrina conversa outro assunto com elas.

 

 -- Nas férias deixo vocês ficarem na fazenda! -- Sabrina respondia.

 

-- E nós? -- perguntei.

 

-- Que susto amor -- ela virou-se -- Nós temos que conversar sobre esse outro assunto, temos que casar né amor?! E acho que esse período de férias seria ótimo!

 

-- Vamos lá para o quarto -- chamei, mas antes beijei Ana Carla e Antônia, esta já dormia -- Boa noite! Qualquer coisa chama e não demore a dormir porque você irá acordar cedo.

 

 

No quarto Sabrina contava seus planos.

 

-- Pensei assim amor, organizamos nosso casamento para daqui a dois meses, e como as meninas terão duas semanas de férias, uma viajamos para nossa lua de mel e elas ficam com nossos pais e a outra semana viajamos com elas, o que acha?

 

-- Perfeito, mas depois conversamos sobre isso, tá? -- peguei Sabrina desprevenida e joguei-a na cama.

 

-- Amor, quero conversar sobre nosso casamento.

 

-- Sabrina, você sabe que faço tudo que você quer, então nem precisa conversar sobre isso! Até porque também, bem quero.

 

-- Não sei se você faz tudo que eu quero... -- ela falava e eu já desabotoava sua blusa.

 

-- Claro que faço!

 

-- Você me deve uma coisinha... Lembra?

 

-- Lembro e vou cumprir, só não sei quando!

 

-- Eu quero antes do casamento. Aux, não me enrola! Não sou as meninas!

 

-- Isso eu sei, tanto que irei te desenrolar agora!

 

Já tinha desabotoado sua blusa por completo e fui tirando seu jeans. Beijei todo seu corpo, ainda por cima do conjunto de lingerie azul beijei seus seios, a renda com minha língua e sua pele me fez excitar na hora. Já sem conseguir permanecer tranquila, afastei a parte de cima e abocanhei o seio direito com sede, acho que fui até agressiva demais porque Sabrina gem*u e não foi só de prazer. Desci minha mão direita percorrendo seu corpo, cheguei ao seu sex* já introduzindo meus dedos, meu braço esquerdo foi completamente arranhado, Sabrina gemia alto, e se movia incansavelmente. Não sei quanto tempo durou, mas foi intenso até o fim.

 

Minha respiração estava acelerada igual a Sabrina, deitei a cabeça sobre seu corpo. Retirei meus dedos, ela continuava com a calcinha e ajeitei seu sutiã.

 

-- Pela primeira vez fiquei com medo, será que elas ouviram?

 

-- Elas estão dormindo, amor! -- falei -- Vem, vou te dar banho.

 

-- Só banho?

 

-- Loira...

 

Não foi só banho, Sabrina cada dia mais se soltava e tinha algumas ideias para lá de boas. Nunca era a mesma coisa, sempre mais intenso e verdadeiro.

 

Os dias foram se passando, com isso, chegou o aniversário das meninas, por serem em datas próximas fizemos os de ambas no mesmo dia. Com tudo que elas queriam, mas esses caprichos foram proporcionados pelos avôs, isso porque nosso casamento seria antes de um mês, e tínhamos mais gastos.

 

***

 

Estava trabalhando quando Sabrina me ligou.

 

-- Oi, loira!

 

-- Amor, vamos sair para jantar fora hoje! -- falou manhosa, quando ela queria alguma coisa era sempre assim.

 

-- Hoje não tínhamos jantar com nossas mães?

 

-- Tínhamos, mas falei que teríamos um jantar com as meninas e mudei para amanhã.

 

-- Então você já decidiu tudo, né?

 

-- Já sim -- riu -- Passarei aí para irmos juntas!

 

-- Hum... Vai vir me pegar? Essa noite terei tratamento VIP é Sabrina?

 

Débora invadiu minha sala, estragando meu clima com a loira.

 

-- Amor o furacão Débora chegou aqui, estarei lhe esperando viu?!

 

-- Entendi, linda! Trabalho né?!

 

-- É sim -- olhei para Débora que aguardava -- Quer falar alguma coisa com sua cunhada?

 

-- Parem de namorico, a cliente já chegou temos hora.

 

-- Ouviu né Sabrina, até mais tarde amor!

 

Desliguei e fui a reunião na sala embaixo com Débora e a cliente. A empresa cada mês aumentava o faturamento, víamos que a parte de construção se destacava das demais e já tínhamos um grupo mais para trabalhar naquele setor.

 

Débora investiu no negócio e tornou-se minha sócia, mas continuávamos discutindo, isso não iria parar. Débora e Sandra estavam de namorico, nada oficial ainda, não sei que Sandra seguiu meu conselho ou por Débora ser meio louca mesmo estava a enrolando um pouco, fato foi que Sabrina ficou um fim de semana interior sem falar comigo porque eu estava sendo cupido, não era para me meter e etc... Mas não tinha como, já tinha prometido que ajudaria Débora.

 

Sabrina chegou um pouco atrasada, deixei meu carro na empresa e segui com ela dirigindo.

 

-- Onde é o restaurante mesmo amor?

 

-- Surpresa! -- respondeu.

 

-- Vocês sabem meninas? -- Olhei para trás, e elas negaram com a cabeça.

 

-- Complô né?!

 

-- Mais ou menos -- Sabrina riu -- A apresentação de balé de Aninha será próxima semana.

 

-- Que linda! Está nervosa filha?

 

-- Nenhum um pouco! -- disse segura.

 

-- Muito bem, fará uma linda apresentação.

 

-- Estamos chegando -- Sabrina avisou.

 

Paramos em frente a uma casa, o portão abriu e entramos, não entendi porque pensei que era um restaurante. Ela desceu e eu acompanhei, tiramos as meninas do banco traseiro.

 

-- Explicações? -- pedi.

 

-- Vamos entrando! -- Segurou minha mão.

 

A casa era enorme, um lindo jardim por trás do imenso portão. A sala ampla, moveis novos. Sabrina me puxava para conhecer todo o lugar.

 

-- Vem vamos jantar -- segui-a com as meninas.

 

A mesa do jantar estava linda e apetitosa.

 

-- Esse é nosso jantar para comemorarmos nossa nova casa.

 

-- Como?

 

-- Queria te fazer uma surpresa, acho que o apartamento está pequeno para nós e já que queremos aumentar a família, nada melhor do que começar assim, com muito espaço.

 

-- Sabrina essa casa foi uma fortuna!

 

-- Aux, não vamos conversar sobre isso, eu tinha dinheiro, guardei por muito tempo e quis usá-lo, ok? Por favor, não venha com essas coisas de foi caro que ficarei chateada.

 

-- Mas você deveria ter me dito, eu ajudaria.

 

-- Qual parte da surpresa você não entendeu? Se continuarmos assim vamos brigar.

 

-- Parei, mas e conta como foi todo o processo, e as meninas que nos ajudam?

 

-- Elas estavam comigo, fizemos o jantar e liberei-as, por enquanto, elas ficam morando no nosso apartamento, depois veremos, assim teremos mais privacidade.

 

-- Entendi, esses móveis e tudo mais? Você comprou?

 

-- Essa parte papai ajudou, não queria, mas ela fez questão, aí nossas mães contaram para seu pai e já viu...

 

-- Tudo mundo sabia?

 

-- Sim, menos você.

 

-- Até vocês sabiam? -- olhei nossas filhas.

 

-- Já né? Meu quarto é lindo! -- Aninha falava sorrindo.

 

Estava um pouco chateada, é uma grande mudança, Sabrina poderia ter me dito. Imagina a correria que ela passou com toda papelada de cartório e negociações.

 

 Jantamos e levamos os pratos para a cozinha, onde conheci, muito equipada. Depois Sabrina me levou na parte de trás da casa onde tinha piscina, e brinquedos para as meninas.

 

-- Isso é enorme.

 

-- Já imagino suas amigas aqui!

 

-- Nem me fala, vai ser cerveja todo sábado -- ri abraçando – Vamos chama-las todas amanhã.

 

No andar de cima tinha cinco quartos, o nosso dava dois do anterior.

 

-- Que exagero! -- falei.

 

-- Realmente, o tamanho desse quarto foi o que mais gostei -- falou em meu ouvido -- Vou realizar todas minhas fantasias.

 

-- Loira, apesar da minha reação claro que adorei, muito obrigada! Pode ter certeza que faremos uma família ainda mais linda, e meu amor por você não vai diminuir. Você sabe que te amo e quero cada vez mais demonstrar esse amor. Vamos inaugurar essa cama?

 

-- Estou desejando isso desde que entrei aqui com você.

 

-- Hum.. E nossas roupas?

 

-- Algumas eu trouxe, mas ainda precisamos pegar muitas coisas, mas agora vamos a outra parte.

 

Nossa noite foi animada, mas com algumas interrupções, pois as meninas estavam tão empolgadas com a casa nova que não conseguiram dormir, uma ou outra batia na porta, eu ou Sabrina iramos verificar o que era.

 

 

Fim do capítulo