Capítulo 78
Isabela
O quarto lotado de mulher estava uma verdadeira loucura, não estava fácil andar por ele. O banho foi feito de duas em duas para não atrasar ninguém. Eram onze horas da noite e a maioria estava ainda escolhendo o que vestir. Sai por alguns instantes e fui procurar os meus pais. A casa era enorme e pelo que a minha Nick falou, foi conquistado com muito suor de sua família. Bati na porta e ouvi a voz da minha mãe mandando entrar. Sorri ao vê-la arrumando os botões da blusa de meu pai.
- Tá bonito... – ele sorriu. – Minha mãe tá uma gata...
- Oh, filha... Não exagere. – me aproximei e abracei os dois.
- Feliz de estarmos juntos... – ganhei beijos no rosto.
- Nicole e sua família foram muito gentis, minha menina. – meu pai segurou o meu rosto. – Seus olhos brilharam só em ouvir o nome dela... – ri com um pouco de vergonha.
- Ela me faz...
- Feliz... Sabemos meu amor... – fiquei ainda mais envergonhada.
- Vocês viraram fãs mesmo da família. – ri e eles também. – Vou me arrumar... Nos encontramos lá embaixo.
- Tudo bem, filha. – dei mais um abraço nos dois e sai do quarto.
Ao me virar, encontrei o par de olhos castanhos que deixavam as minhas pernas bambas e as mãos suadas. Ela sorriu, ainda usava o roupão branco que dei a ela depois do banho. Respirei fundo, meu corpo sempre reagia dessa forma quando ela tão naturalmente mostrava a sua sensualidade.
- Isabela? – vi ela respirar fundo. – Não me olhe desse jeito...
Mordi meu lábio inferior e me aproximei dela, naquele momento nada importava. Segurei a lateral do roupão, os olhos dela estavam presos nos meus. Esmaguei meu nariz de encontro ao pescoço de Nicole, aspirando todo o seu cheiro maravilhoso. Ouvi um gemido baixo sair de seus lábios, enquanto suas mãos seguraram com força a lateral do short de algodão que eu vestia.
- Isa... – ouvi meu nome e meu corpo ficou em chamas. Nunca fui ligada a parte sexual, mas com ela eu perdia o juízo. – Vem...
Ela saiu me puxando, entramos em um quarto vazio e um pouco escuro. Então sua boca a qual eu tanto amava passou a ch*par os meus lábios com uma voracidade tremenda. Minhas mãos ganharam vida própria e desamarraram o laço daquele roupão e logo deixando ela apenas de peças intimas. Meu corpo vibrou quando se chocou com o dela quase nu. Minhas roupas foram tiradas em uma habilidade que somente ela conseguia.
- Como te desejo... – saiu de minha boca.
- Não mais que eu...
Sua mão invadiu a minha calcinha, os dedos firmes em meu clit*ris em uma massagem lenta e torturante. Cravei meus dentes em seu ombro nu para abafar o gemido, quando senti os seus dedos invadirem o meu sex* em um vai e vem enlouquecedor.
- Isa? – ouvi alguém chamar. – Nick? – era a voz da Emi.
Explodi em um orgasmo que me tirou as forças de minhas pernas, me fazendo abraçar a minha namorada que me deu um beijo e tirou meu fôlego novamente. Rimos como adolescentes que não deveriam estar fazendo aquilo.
- Eu te amo... – ela me abraçou forte. Sentia o seu coração acelerado junto ao meu.
- Eu te amo mais... – respondi com um sorriso.
- Cadê essas duas? – rimos.
- Vamos? – Nick chamou. Ela colocou o roupão e me ajudou a me vestir. Então saímos do quarto, dando de cara com a Emi.
- Opa! – ela gargalhou. – Acho que atrapalhei.
- Como você tá linda, Emi. – Nicole falou e ela estava mesmo.
- Obrigada! – sorriu. – Acho que vocês podem terminar o que estavam fazendo mais tarde. – rimos.
Voltamos para a bagunça do quarto e tomamos um banho rápido. As meninas conversavam no outro quarto. Nick e eu ficamos por último, devido ao nosso pequeno atraso. Ela escolheu os nossos vestidos. Estava distraída, terminando de me maquiar, quando a vi pelo reflexo do espelho, parada bem atrás de mim. Me virei para contemplar a mulher lindamente perfeita. Os olhos dela me rasgavam a alma. Olhava demoradamente cada parte do meu corpo e eu fazia o mesmo com ela.
O vestido verde e rendado, com mangas até o pulso, que caia até a metade das coxas torneadas. O salto preto e muito delicado, os cabelos em um coque muito charmoso, os olhos apenas deliniador e mascara. A boca estava em um vermelho sangue, deixando os seus lábios uma verdadeira tentação. Aquela mulher é a perfeição em carne e osso.
- Isa... Nossa... – ela sorriu. – Como... Como tá... Maravilhosa.
Eu estava usando um vestido vermelho, também rendado e que chegava até metade das coxas. O decote estava discreto, os saltos pretos que ela também escolheu, meus cabelos estavam soltos, no rosto uma maquiagem leve e um batom também vermelho.
“Eu? Ela ao menos se olhou no espelho?”.
- Eu? Nicole... – me aproximei. – Você tá... – engoli em seco. – Quer me tirar o resto de juízo? – ela sorriu.
- Vamos! Atrasadas! – Paloma chamou.
- Eu quero poder tirar esse vestido mais tarde... – senti meu corpo corresponder imediatamente.
- Amor... – ela riu.
Meia noite, a mesa estava cheia, as conversas eram muitas, as gargalhadas também. Comidas de variados sabores, bebidas e frutas. Nunca havia visto tanta gente reunida no natal. Em geral, era somente meu pai, minha mãe eu.
- Antes de começarmos a ceia, queria dizer algumas coisas. – meu sogro levantou e teve a atenção de todos. – Não sabem a felicidade que estou em poder ter todos vocês aqui... – nos olhou com um sorriso calmo. – Este ano a nossa mesa ganhou mais membros... Quanto mais, melhor... – rimos. – Só quero que saibam o quanto são bem-vindos. E que os laços que nos unem se fortaleçam a cada dia mais... – batemos palmas.
- Eu também quero dizer algo... – vi os pais de Juliane colocarem as mãos no rosto.
- Minha filha... – a mãe dela sabia que poderia vim alguma coisa estilo ‘Juliane’.
- Não esquenta, mãe. – rimos. – Bom, eu queria dizer que é muito bom tá na presença de vocês... – nos olhou. – E também tenho um pedido e algo a comunicar. – nos olhamos. Vi os olhos da Micaela arregalarem.
- Ela vai mesmo... – Nick não terminou a frase. Sim, ela iria dizer o que a minha namorada pensa.
- Bom... Mãe, pai... Irmãos. – ela estava muito séria. Não parecia ser a mesma. – Aconteceu algo que eu não esperava, não imaginava e achava que não me fazia falta. – estendeu a mão para a Micaela. A garota parecia um papel de tão branca, mas segurou a mão da Ju e levantou. Os pais da menina franziram o cenho. – Há um mês e alguns dias atrás, uma garota muito louca e linda me beijou. Desde esse dia não pensar nela se tornou impossível. – olhou com carinho para a Micaela. – Eu me apaixonei...
- Oh... – saiu em coro. Nick segurou a minha mão. As outras sorriram.
- Tá indo bem, tia... – Flávia incentivou. Juliane sorriu e tirou do decote uma caixinha aveludada. Seguramos o riso. Somente ela para guardar ali.
- Juliane... – Micaela sorriu.
- Dona Angelina, seu Ricardo... – olhou para os senhores que estavam muito surpresos. – Sei que não sou a pessoa mais madura desse mundo... – rimos. Ela nos olhou feio. – Mas, prometo que se vocês deixarem, farei de tudo para fazer a Micaela feliz...
O pai da Micaela levantou, olhava de Juliane para a filha, parecia estar absorvendo toda a informação. Um silêncio agoniante se instalou, deixando tudo muito estranho.
Flávia.
O silêncio estava me matando, estávamos apreensivos, esperando alguma resposta. Pude ver na face da minha tia o quanto ela estava nervosa. Sei que ela está abrindo de vez o coração e se esse senhor não dizer nada, vou abrir a minha boca.
- Amor, se acalma... – Amanda apertou a minha mão. Essa mulher lia os meus pensamentos.
- Olha, Juliane. – ele estava muito sério. – Você é uma mulher... – vi uma feição murcha em minha tia. – Uma mulher de verdade, que defendeu a nossa menina... – um sorriso passou a se formar.
- Com toda certeza ficaremos felizes que nossa filha tenha alguém como você para cuidar dela. – dona Angelina completou. Tia Juliane lagrimou e acabou fazendo todos lacrimejarem também. – Claro que é um pouco diferente para nós, mas o importante é a felicidade da nossa filha. E faz uns dias que notamos um brilho em seus olhos...
- Mãe... Pai... – Micaela sorria. Saiu do lado da minha tia e foi abraçar os pais. Fábio sorria satisfeito, aquele moleque foi um grande cupido. Ela se desvencilhou devagar do abraço dos pais e foi abraçar uma Juliane com cara de boba.
- Micaela, você aceita ser a minha namorada? – um par de anéis muito lindos surgiu. Elas estavam emocionadas. Minha loira se aconchegou a mim.
- É claro que aceito! – colocaram os anéis. Outro abraço com muito carinho foi trocado entre as duas. Levantamos e entre palmas, assovios, elas deram um passo importante.
- Até que enfim! – falamos juntas e a tia Ju apenas revirou os olhos.
- Espero que tome juízo, minha irmã... – minha mãe falou.
- Ela tomou tia Carolina, todo o juízo dela... Por isso é assim... – Cami alfinetou.
- Não ferra, Camila...
- Juliane, olha a boca menina. – meu avô olhou feio para ela.
- Tia Juliane desencalhou! – Paloma gritou e gargalhamos.
- Vão...
- Olha a boca, tia... – Nick não perdeu a oportunidade.
- Minhas filhas, deixem a tia de vocês. – ela mostrou a língua para elas.
- Se deu bem, hein maninha?! – tio Renato comentou com um sorriso idiota.
- Pode ir apagando esse sorrisinho besta. Se eu te ver de gracinha pro lado da minha mulher, eu te capo. – o sorriso do meu tio morreu e gargalhamos. Agora ela sabe como é sentir ciúmes.
- Bem-vinda à família, Micaela. – falei e ela sorriu, abraçada com minha tia.
- Obrigada, Flávia... –sorri de volta.
O jantar começou, olhei para todos na mesa e não poderia ser melhor. Meus avôs fizeram a minha tia passar vergonha, contando sobre suas estripulias de criança. Minha querida sogra me olhava sempre querendo me matar. A mãe da Emi não desgrudava dela e isso me deixava feliz. Isa e seus pais conversavam animados com a minha mãe e minha irmã. Minha namorada estava um verdadeiro pecado com um vestido vermelho de alcinhas. Amanda ficava linda de qualquer jeito e eu com toda certeza era uma mulher de muita sorte.
Já se passavam das duas da manhã, algumas das meninas e eu nos jogamos na piscina. Os únicos que estavam dormindo eram as crianças. Minha namorada não quis se molhar, então apenas conversava com a Becca e a Isa. Vi a Paloma vir com os nossos violões e eu sorri. Sai da piscina e peguei o meu, sentamos na beira da beirada e as outras meninas se aproximaram.
- Vamos cantar João de Barro? – Paloma sugeriu. Adorava essa canção.
- Adoro essa... – sorri. Passei os dedos nas cordas de aço do violão.
O meu desafio é andar sozinho
Esperar no tempo os nossos destinos
Não olhar pra trás, esperar na paz
O que me traz
A ausência do seu olhar
Traz nas asas um novo dia
Me ensina a caminhar
Mesmo eu sendo menino aprendiz
Oh meu Deus me traz de volta essa menina
Porque tudo que eu tenho é o seu amor
João de Barro eu te entendo agora
Por favor me ensine como guardar meu amor
Meu amor
O meu desafio é andar sozinho
Esperar no tempo os nossos destinos
Não olhar pra trás, esperar na paz
O que me traz
A ausência do seu olhar
Traz nas asas um novo dia
Me ensina a caminhar
Mesmo eu sendo menino aprendiz
Oh meu Deus me traz de volta essa menina
Porque tudo que eu tenho é o seu amor
João de Barro eu te entendo agora
Por favor me ensine como guardar meu amor
Oh meu Deus me traz de volta essa menina
Porque tudo que eu tenho é o seu amor
João de Barro eu te entendo agora
Por favor me ensine como guardar meu amor
Meu amor, meu amor, meu amor
Nos jogamos no gramado ao lado da piscina, olhando para o céu que começa a clarear. Amanda estava deitada sobre o meu ombro, brincando com o pingente do meu cordão. Beijei o topo de sua cabeça, enquanto fazia carinhos em sua costa.
- Tia... Você me surpreendeu... – comentei.
- Também fiquei surpresa. – ela disse e rimos.
- Micaela veio para domar a galinha... – Emily falou e gargalhamos.
- Vão ficar me tirando agora? – ela reclamou.
- Mas, você é galinha, Juliane. – Micaela não teve receio em dizer.
- Uuuuuuuh... – queriamos ver o circo pegando fogo.
- Até parece que era eu quem estava passando a mão no peito daquele seu amiguinho... – minha tia soltou.
-Mas, ficou olhando para a bunda daquela garota. – Micaela rebateu.
- Já disse que não estava olhando para a bunda de ninguém, caramba. – ela ficou brava.
- Não faz nem seis horas que estão namorando e já vão começar a brigar? – Isa alfinetou.
- Até você, olhos bonitos? – minha tia falou.
- Arruma seu próprio apelido. – Nick e eu dissemos juntas, causando risos em Isabela.
- Hora da vingança... – franzi o cenho ao ouvir a voz da Cami.
- Vocês tem dez segundos pra correr... – Samantha falou. Emi, Nick, Cássia, Jaque, Juliane e eu levantamos.
- O que... – elas estavam com dois baldes e várias bexigas dentro.
- 1, 2, 3... – Camila começou a contar.
- O que? Vão jogar água em nós? – Cássia zombou e elas sorriram de uma forma macabra.
- 4, 5, 6...
- Corram! – Emily gritou e foi o que fizemos.
5 minutos depois...
- Eu tô fedendo! – gritei.
- Que nojo! – Nick resmungou.
- Vamos, Juliane! – Jaque apressou. Fizemos uma fila para usar o chuveiro.
- Dá onde saiu isso tudo? – Cássia reclamou.
- Merda! Essa porcaria entrou na minha boca... – Emily choramingava.
- Amor... – chamei e fiz bico.
- Flávia, eu te amo pra caramba, mas não vou chegar perto de você! – ela apertava o nariz.
- Becca?? – Emily fez cara de cão sem dono.
- Nem em sonhos... – Rebecca riu.
- Vida? – Nick fez bico.
- Amor... Não vou chegar perto de você, não... – Isabela responde. Elas estavam a uns vinte metros de onde estavamos.
- Paloma? – Cássia tinha grama no cabelo.
- Bem feito, minha amarela... – elas riram. Camila estava sentanda com a Samantha na varanda. O sol já havia nascido.
- Mica? – tia Ju finalmente liberou o chuveiro para a Jaque usar.
- Toma... – Micaela deu uma toalha para ela.
- Amor, me dá esse sabonete? – Jaque chamou a loira.
- Pega... – jogou pra ela.
- Onde elas arrumaram tanto xixi? – gritei. Sim, minha gente! Elas jogaram urina em nós.
- Agradece aos cavalos, priminha! – Camila gritou da varanda.
- Eca... – dissemos juntas. Minha linda namorada se divertia as minhas custas.
“Só queria saber como fizeram pra encher tantas bexigas”.
Passamos um bom tempo usando o chuveiro da piscina e somente depois de ter passado shampoo umas cinco vezes, sabonete umas vinte, que saimos de lá. Amanda me entregou um roupão. Estava um pouco frio, então entramos e nos amontoamos no quarto.
- Nem precisava disso tudo... – Juliane choramingou.
Trocamos de roupa, e decimos dormir um pouco, afinal, estavamos acordadas desde ontem. Amanda me aconchegou em seus braços e em pouco tempo adormeci, totalmente vencida pelo cansaço. Melhor lugar do mundo para descansar, os braços da minha mulher.
Fim do capítulo
Olááá meninas boa noite a todas...
aqui mais um capítulo..
Obrigada a todas que comentaram e por não
nos abandonarem. kkk
É isso...
Beijoooo
LEH E LUH.
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vivi19
Em: 14/10/2016
Como pode escrever algo tão lindo assim??
Sem sombra de dúvidas esse foi o pedido de namoro mais cheio de emoção que já li...
aii que tudo!!!
Resposta do autor:
Valeu, nos esforçamos. rsrsrs
Ownn que linda, feliz que tenha gostado.
rsrsrsrsr
Beijo
Luh.
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Tata lynn
Em: 14/10/2016
Até que enfim elas estão namorando rsrs.
Gente que onda essa vingança rsrsrsrsrs.
Ô mulher n mata a gente não, qd eu chego do trabalho é a primeira coisa que eu faço é olhar se já tem um novo cap.
Não demora muito, se n o coração n aguenta rsrs.
Bjss.
Resposta do autor:
Né, já não era sem tempo. kkk
Cami e Sam não perdoam. rsrsr
Own que legal, obg por acompanhar.
Aguenta sim.
Beijo.
Luh.
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lay colombo
Em: 14/10/2016
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk a Cami é do mal, amei kkkkkkkkkk
Eu não aguento essas doidas gente, é cada coisa q elas aprontam q não dá kkkkkkk
O pedido de namora da Ju foi lindo, bem ao estilo Juliane mas lindo kkkk, achei muito bacana os pais da Mica aceitarem elas ????
E oq flar dessa rapidinha Nickisa? Amo/ qria ser a Nick kkkkkk
Bjos minha linda e até o próxim.o
Resposta do autor:
E não é menina, elas pegaram pesado
com essa vingança.rsrsrsr
Doidas demais...
Elas não aguentaram, o desejo falou mais alto
Beijos linda.
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