Capítulo 77
Rebecca
Acordei sem sentir o corpo da Emily ao meu lado, o que foi muito estranho. Me deixando com uma sensação de vazio. Ouvi risadas abafadas, sentei na cama, tentando espantar o sono de vez. Olhei ao redor e vi a Marcela que dormia abraçada ao filho, mas a Jaque não estava. A Isa dormia toda enrolada no lençol, mas a Nick não estava ao seu lado. Fiz um coque e desci da cama. Arrumei o Robin de seda, presente da Emi, entrei no banheiro, escovei os dentes e depois lavei o rosto. Ouvi novamente as risadas abafadas e decidi bisbilhotar para ver do que se tratava.
Entrei no quarto anexo ao nosso e estanquei na porta, me deparando com uma cena típica daquelas garotas. Jaqueline segurava um celular, enquanto Juliane, Flávia, Cássia e a minha tão madura namorada pintavam os rostos da Samantha e Camila com tinta para tecido. Nicole amarrava vários pedaços de papel higiênico no cabelo das duas que dormiam cara a cara, abraçadas em sono profundo.
- Bonito... Hein, meninas... – Emily tentou esconder as mãos atrás do corpo. Jaque guardou o celular e todas saíram de cima da cama. Pareciam crianças sendo pegas fazendo estripulias. – Se aproveitando enquanto suas namoradas estão dormindo... – sorriram amarelo. – Até você, dona Nicole... – a mesma olhou para o chão.
- Bom dia, amor... – Emily achou que iria me ganhar com um sorrisinho doce. Quando viu que não funcionou (funcionou sim, mas não demonstrei) olhou para a Flávia.
- O que... – ouviram a voz sonolenta da Camila.
- Sujou... – e saíram do quarto no mesmo momento.
- O que houve? – Camila olhou para a Samantha, percebeu que estavam abraçadas e deu um salto da cama. Ri da cara de raiva da outra que no mesmo momento passou a ri para valer do estado da outra, mas quando passou as mãos nos cabelos, o riso morreu. Essa foi a minha deixa para sair de fininho.
- EU ACABO COM VOCÊS! – acho que ela deve ter acordado a casa inteira.
Entrei no banheiro, as meninas acordaram no mesmo instante com a gritaria. Desci com a Amanda, Marcela, Isa, Micaela e Paloma. Encontramos Sam e a Cami na cozinha, com caras de poucos amigos. Estranhei o fato de não encontrar os outros e menos ainda as outras meninas.
- Aonde tá todo mundo? – Isa perguntou, olhando ao redor.
- Foram dá um passeio de velhos pelo sítio. – Samantha respondeu mal humorada.
- E as meninas? – arrisquei perguntar. As duas me olharam no mesmo momento.
- O que tá acontecendo? – Paloma perguntou.
- É o que queremos saber também... – Micaela franziu o cenho.
- O que tá acontecendo? – Camila riu estranha. Nesse momento os nossos celulares passaram a tocar. Eram mensagens do whatsApp, mais especificamente do grupo que a Cássia criou.
As meninas franziram o cenho, mas depois não suportaram por muito tempo e começaram a rir. As piradas enviaram o vídeo em que estavam ‘maquiando’ Samantha e Camila no grupo.
- O que vai acontecer... – ela levantou. – É que as namoradinhas de vocês... – apontou para nós. – Vão me pagar muito bem pago. – e saiu pisando duro. Meus olhos estavam lagrimando de tanto que ri.
- Essas meninas não tem o menor juízo... – Amanda ria muito.
- As vezes me pergunto a idade mental dessas pessoas... – Marcela balançou a cabeça também rindo. Nandinho não parava de olhar o vídeo.
- Quero mesmo é saber aonde essas loucas se enfiaram... – Paloma mexia no celular.
Passei a digitar uma mensagem para a minha namorada sumida. A resposta veio em poucos segundos, me fazendo rir.
- Já sei onde estão... – as meninas me olharam. – Escondidas nos estábulos. – elas riram.
- Vamos tomar café... Esse dia vai ser longo... – Isa falou sorrindo.
- Vou avisar a Cami... – Samantha saiu em disparada.
- Não disse?! - rimos.
Depois de algum tempo a cozinha foi invadida e a ceia de natal passou a ser preparada. As mais velhas não nos deixaram tocar em nada. Fui atrás das meninas no estabulo, junto com as outras. O lugar estava quieto, mandei uma mensagem para a Emily que me pediu para me afastar das outras meninas e até a parte detrás do lugar. Ela estava toda linda sentada na moto da Jaque. Mordi o meu lábio inferior ao olhar o short curto, a regata que mal cobria a barriga sequinha, uma blusa xadrez vermelha em volta do quadril, óculos escuros e um coque. Suspirei.
- Vamos dar uma volta? – ela tirou os óculos e me olhou daquela forma que me dizia exatamente o que queria dizer.
- Claro... – me aproximei e ela me segurou pela cintura com força, me beijando, na verdade, devorando a minha boca. Arfei quando a língua atrevida invadiu a minha boca e eu a ch*pei com sofreguidão.
- Linda... Gostosa... – ela estava ofegante e eu também. Me deu um selinho demorado e eu sorri.
Subi na moto, abracei a cintura fina e encaixei meu queixo em seu ombro, sentindo o perfume gostoso de seus cabelos negros. Entramos em um pequeno caminho com muitas árvores ao lado. Logo avistei uma pequena cabana, uma arquitetura bem charmosa. Deveria ter no máximo dois cômodos. Paramos em frente aos quatro degraus de madeira que levava a pequena varanda. A mão dela buscou a minha e seus dedos entrelaçaram os meus. Sorri com os vários pensamentos nada inocentes que invadiram minha mente.
- Conheço esse olhar... – me puxou para si.
- Então o que tá esperando pra me levar para dentro... – o sorriso dela me arrepiou inteira.
Emily agarrou com força em meu bumbum, me levantando até a altura de sua cintura, a qual eu prendi com minhas pernas. Passamos a subir os degraus daquela forma mesmo, enquanto devorávamos a boca uma da outra. Emi teve dificuldade em por a chave na fechadura, me fazendo rir até que finalmente a porta foi aberta e em instantes fechada. Fui colocada sobre uma mesa, não tive tempo de observar absolutamente nada. Só via a mulher deliciosamente sexy que tirava a própria roupa, me dando a visão de seu corpo agora totalmente nu.
“Que mulher”.
Fiz um gesto para tirar a minha, pois minha excitação estava em um nível altíssimo, mas fui impedida.
- Deixa que eu tiro... – ela sorriu de um jeito safado.
- Então fique a vontade... – suas mãos seguraram a barra de minha blusa.
- Não tem ideia do quanto és fodidamente sexy, Becca. – a voz rouca em meu ouvido me fez gem*r. – Isso... Adoro esse som...
A minha blusa foi jogada longe, meu sutiã logo perdeu o contato com meus seios. Ela me fez deitar e em um único gesto, o short e a calcinha foram tiradas. Emily se colocou entre minhas pernas, passou a devorar os meus seios com maestria. Joguei a cabeça para trás e comecei a gem*r tamanho era o prazer em ser devorada pela aquela boca quente e deliciosa.
- Emi...
Ela me fez deitar e sem cerimonia alguma, tomou o meu sex* pulsante em sua boca. Segurei firme em seus cabelos e joguei minhas pernas sobre o seu ombro. Seus dedos estavam cravados em minha cintura. O prazer era sem igual, língua, lábios e agora dedos trabalhavam em uma loucura absurda, me levando ao paraíso. Aquela mulher era a minha perdição, meu corpo vibrava por reconhecer a sua dona. O orgasmo foi demorado e poderoso, do jeito que somente ela me proporcionava.
- Amo o teu gosto... – foi o que ela disse depois de sugar todo o gozo que me fez derramar.
Jaqueline
- Esse lugar é lindo... – ela disse deitada em meus braços, enquanto o Nando dormia tranquilamente em seu colo. Sorri com um pensamento que passou em minha mente.
- Concordo... – admirava o sorriso lindo que a loira possuía. Ela fechou os olhos ao sentir o vento gostoso que soprou naquele momento. Tive a absoluta certeza que a paixão havia dado lugar ao amor. Ela se tornava a cada dia mais importante para mim. O Nando passou a ser o meu maior presente, juntamente com ela.
- No que pensa? – fui surpreendida com aqueles olhos azuis que me deixavam boba.
- No quanto sou feliz por ter você... – ela sorriu.
- Sabe... Quis te beijar desde o dia em que você chegou naquela varanda com o Fernando em seus braços... – meu coração deu cambalhotas. – Pensava em você diariamente e sempre me via sorrindo feito boba. – fechei meus olhos ao sentir as pontas de seus dedos tocarem a minha face. – Te achei linda... Você é linda, Jaqueline. E totalmente minha...
Arrepiei inteira ao ouvir aquela frase dita de uma forma extremamente rouca. Abri meus olhos e como um imã, minha boca grudou na dela. O beijo parecia uma caricia de tão suave, a língua quente de Marcela pediu passagem e eu permiti com muito gosto ser explorada.
- Eu te amo, Jaqueline... – não esperava aquela frase. Não sei se sou capaz de descrever o efeito que ela teve em cada célula do meu corpo. Meu momento de mudes acabou e eu sorri para aquela mulher tão bela em meus braços.
- Eu que te amo, Marcela... – ganhei um lindo presente em forma de sorriso. ”Deus, como eu amo essa mulher!”. – Muito... – lhe beijei de leve. – Muito...
Depois da tempestade vem a calmaria, era essa a frase que meu avô repetia todas às vezes em que chorei em seus braços quando meus pais me magoavam com suas palavras frias e duras. Ele tinha toda e absoluta razão, pois Marcela e o pequeno estavam sendo a minha calmaria. Me tirou do meu próprio mundo e está me mostrando o quanto é bom viver. E eu seria eternamente grata por ter o privilegio de amar e ser amada por essa mulher.
- Amor, cadê a tua moto? – ela me perguntou depois que o beijo doce que trocávamos acabou. Nunca me cansaria de ser chamada daquela forma.
- Emprestei a Emi, amor... – sorri. – Ela queria passear com a Becca...
- Elas são pessoas incríveis... – são, elas são a minha família. Sorri com o pensamento.
- Elas são... – gargalhei, pois lembrei de hoje mais cedo.
- O que foi? – ela sorriu.
- Sam e Camila... – ela entendeu e deu uma risada.
- Me pergunto que idades vocês tem, amor... – beijei o seu nariz.
- Foi irresistível, vida. Elas estavam pedindo para serem troladas... – gargalhamos.
- Tá ciente que ela quer revanche, não é? – arregalei os olhos. Cami não pegaria leve e eu tinha certeza disso.
- Droga... – ela gargalhou.
- Mexeu com a pessoa errada... – mordi meu lábio.
- Espero que não seja nada doloroso...
Continuamos conversando por um longo tempo e depois o Nando acordou. Ficamos mais um pouco e quando a fome apertou, decidimos voltar para a casa. O almoço não poderia ser diferente. A bagunça era tamanha, os olhares de morte de Camila também. Juliane não parava de olhar com a cara mais boba do mundo para a Micaela. Se os pais dela fossem mais ligados, notariam as caras de apaixonadas.
- Ju, disfarça... – ela me olhou.
- Tá difícil, Jaque... – quis ri de sua face desesperada.
- Gamou mesmo... – falei sorrindo. Era bom ver aquela louca daquela forma. Ela merecia essa felicidade.
- Não posso nem dizer que tá exagerando... – ri.
Depois do almoço, Nando pediu para assistir um filme, então fomos todas para a sala. Algumas iriam arrumar a árvore de natal e outras assistirem ao filme. Liguei a tevê e o bom de ter Netflix era poder ver variados títulos. Nando escolhe um de desenho, chamado Os Croods. Sentei ao seu lado para assistir. Flávia, Emi, Cássia, Fábio, Sam e a Ju se juntaram a nós, enquanto as outras arrumavam a tal árvore. Com dez minutos de filme, as risadas tomavam conta do cômodo. Nando parecia até em um parque de diversões. Olhei para a minha loira e ela conversava animada com as outras.
- Não baba, dona Jaqueline... – Flávia me cutucou.
- Olha quem fala, dona Flávia... – ela riu.
- Não tenho culpa... – ela piscou e eu ri.
- Eu menos... Ela é incrível...
- Vou te dá um lenço... – Cássia zombou.
- São umas babonas mesmo... – olhamos para a Juliane.
- Olha quem fala... – dissemos juntas e ela revirou os olhos.
- Ainda bem que tô livre desse mal... – Sam sorriu convencida.
- Vai nessa... – falamos novamente e rimos.
- Tô muito feliz de tá aqui com vocês... – Fábio falou. – No paraíso...
- Paraíso lésbico... – Ju olhou para o cunhado.
- Vocês são gatas e sabem o que é bom... – fomos obrigadas a ri. O garoto lembrava e muito a Juliane. – Ponto final.
Depois do primeiro filme, assistimos a mais dois para a alegria do Nando. As meninas terminaram de enfeitar a árvore e se juntaram a nós. Marcela sentou entre minhas pernas no tapete. Abracei a sua cintura e aspirei o cheiro naturalmente gostoso que ela possuía.
- Adoro seu cheiro... – sussurrei em seu ouvido e vi os pêlos de seus braços se eriçarem.
- E eu o seu... – ela falou baixinho. – Você toda...
- Vão para um quarto... – Nick implicou, me fazendo ri.
- Fiquem quietas... Já me basta ser uma das encalhadas dessa casa... – Cami reclamou.
- Virá lésbica... – Ju falou e rimos.
- Acho melhor não me encherem a paciência... – ela cerrou os olhos. – Ainda vão me pagar pela graça de mais cedo... – arregalamos os olhos.
- Bem feito... – Paloma falou. Olhamos para ela. – Que foi? Bem feito mesmo... – deu de ombros.
O silêncio prevaleceu depois da ameaça clara da Camila, afinal sabíamos que ela iria pegar muito pesado. Apertei a Marcela em meus braços e passei a dá atenção para o filme que já estava na metade. Depois que acabou, fomos sentar na varanda para jogar conversa fora. A noite já se fazia presente e o cheiro da comida sendo preparada na cozinha se espalhava por toda a casa.
- Acho que não poderei ir a viagem de fim de ano... – Nick, que estava com a Isa no colo, disse com pesar.
- Eu também não... – Emi falou. – Tenho que trabalhar... Não poderei me dá ao luxo de passar mais dias sem aparecer lá.
- Então a viagem não vai acontecer... – Flávia que estava com a cabeça sobre as coxas da Amanda, falou.
- Claro que vai... Vocês ainda podem ir... – Nick falou.
- Sem vocês? – Paloma olhou para elas. – Não vai ser a mesma coisa...
- Não vai mesmo... – Emily completou.
- Então tá decidido. – Cássia bateu palma. – Se não vão todas, não irá nem uma.
- Apoiado!
Dissemos juntas e rimos. Elas eram amigas de verdade.
Fim do capítulo
Oiiie lindas....
desculpem a demora de novo..
Ta aí mais um capítulo.
digam o que acharam, queremos
saber se gostaram...
Beijoss a todas
Leh correa e Luh kelly.
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lay colombo
Em: 12/10/2016
elas são td criança por dentro, mas não vou negar q eu adoro kkkkkkk. Qro só ver essa vingança da Cami vai ser épico. Por flr em Cami super shippo ela é a Sam, mesmo ela sendo hétero kkkk.
Ai gente Becki é tão lindo, sou apaixonada nessas duas, é muito amor Jaque e Marcela tbm (gente não consigo pensar em um nome bom pra shippar elas, só consigo pensar em Maque q é bem ruim kkkkkk),
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