Não estava nervosa, mas quando Sabrina apenas sorriu comecei a ficar. Ela não era obrigada a aceitar, não mesmo, mas por qual motivo ela não o faria? Não conseguia encontrar nenhuma, essa demora da resposta me fez criar uma expectativa maior, entendo que ela ficou surpresa, mas perder a fala não era típico dela, muito menos não ter nenhuma atitude.

 

-- Sabrina, temos a noite toda! Estou adorando está expectativa, pode demorar mais um pouco, sabe?! -- Pedro falou.

 

-- Filha você não tem uma resposta? -- agora era Cíntia.

 

-- Amor, você quer pensar? -- perguntei.

 

-- Irmã aceita logo! -- Sandra alvoroçada.

 

-- Tão romântico! -- Ivan disse.

 

-- Gente, calma! -- a loira levantou-se -- Só estou em choque! -- bebeu um pouco de água -- Nossa! Não esperava por isso, não que eu não imaginasse, porque já tinha imaginado umas mil vezes, mas quando é real é diferente, sabe quando seu sonho se realiza? Então, antes de responder, posso dizer que te conhecer Aux foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, nunca tinha pensando em casamente, mentira, tinha pensando sim! Mas com você tudo é ótimo, claro que aceito amor! -- abraçou-me forte -- Eu te amo muito!

 

-- Também te amo! Agora vamos trocar as alianças?! -- depois um beijinho.

 

Trocamos com aplausos! Ganhamos abraços e felicitações!

 

-- Dessa vez serei madrinha -- Sandra gritou.

 

-- Pode ter certeza! -- abracei-a -- Agora será uma briga para saber de quem?!

 

-- Você gosta de se prender né? -- já era Ká que me abraçava, e falava em meu ouvido.

 

-- Sempre tenho bons motivos! -- respondi rindo.

 

-- Esse motivo loiro, então! -- gargalhou.

 

-- Para de assanhamento!

 

-- Quero meu abraço! Sabe que estou feliz né amiga! -- Flá me disse.

 

-- Eu sei Flá! Acho que estava na hora desse noivado!

 

-- Vamos fazer um brinde! -- meu sogro chamou todos.

 

Brindamos e conversamos sobre muitos assunto, quando voltávamos ao casamento eu respondia que ainda iria ver todos os pontos com Sabrina. Ainda não tínhamos tido um tempo a sós depois do pedido, Sabrina me olhava com mais frequência, acho que ela queria um momento nosso, mas estávamos sem oportunidades.

 

-- Filha! -- mamãe me chamou.

 

-- Quer que eu fique com as meninas para vocês terem mais liberdade hoje? -- mamãe estava querendo ajudar.

 

-- Seria perfeito mãe! Além do mais estávamos sem cama lá no quarto.

 

-- Então cuidarei das meninas, daqui a pouco já darei banho.

 

-- Certo, vovó!

 

Sabrina tinha entrado na casa quando conversava com mamãe, aproveitei essa oportunidade e fui atrás dela.

 

Ela tinha ido na cozinha, pelo que eu vi estava fazendo algo para as meninas comerem antes de dormir.

 

-- O que minha loira está fazendo? -- fui abraça-la, ela virou-se para mexer e eu esbarrei em suas costas.

 

-- Fazendo mingau para as meninas, jantaram só torta de chocolate, por sua causa né?!

 

-- Hum... Uma vez na vida pode, amor!

 

-- Eu sei, por isso deixei, amor não me aperta assim!

 

-- Assim como?!

 

-- Você sabe... -- beijei sua nuca afastando os fios loiros que estavam soltos -- Aux!

 

-- Vamos lá no quarto?! -- chamei.

 

-- Vamos a lugar nenhum, na verdade você vai chamar as meninas para tomarem o mingau, mas tarde vejamos essa parte.

 

-- Amor, você é pedida em casamento e fica de mal humor! Posso nem dar uma voltinha com minha noiva.

 

-- Estou assim porque minha noiva está muito assanhada na cozinha dos outros.

 

-- Pensa que me engana, sei muito bem qual seu estado viu? Mas já que está me dispensando...

 

-- Mas tarde prometo fazer tudo que você quiser! -- deixou a panela de lado e beijou-me!

 

-- Hum... Acho que vou gostar dessa parte.

 

-- Agora vai lá!

 

Chamei as meninas e fiquei na varanda acompanhado os adultos, o assunto se estendia para assuntos sérios.

 

-- Agora ficarei ainda mais no seu pé! -- Cíntia me falou no ouvido.

 

-- Depois te dou uma chave lá de casa, assim você não marca hora e vigia tudo!

 

-- Muito atrevida essa minha nora! -- falou me abraçando -- Sabe que te admiro, sei que Sabrina fez uma boa escolha!

 

-- Obrigado pelo apoio!

 

Sandra passou por nos e se despediu.

 

-- Beijo mãe, beijo cunhada -- beijou-nos -- Vou indo dormir, aquela lá roncou a noite toda e não consegui dormir muito.

 

Fazia frio e mesmo assim continuamos na varanda, outros haviam ido dormir, mas minhas amigas estavam firme no frio comigo. Sabrina estava bebendo e eu preferi parar um pouco, ela não era tão forte e se animava rápido demais.

 

-- Gente a noiva ficou bêbada, se ferrou Aux! -- Flá gritou, já estava alterada.

 

-- Vamos ter trabalho -- Lú me olhou -- Por isso que a Jú já levou Ká.

 

-- Mas Ká fala muito palavrão e coisinhas impróprias -- ri, lembrado de uma situação -- Ela contou que estava fazendo amor com Jú em um lugar onde ficam as vacas, aí tinha uns cocos que elas não perceberam porque era noite, só depois que estavam bolando no chão se debateram no coco e viram o estrago.

 

-- Literalmente foram a merd* -- Lu riu.

 

-- Ká ainda disse que tomaram três banhos seguidos e o cheiro não saia.

 

-- Imagino! Uma natureza dessa dar para aproveitar muito né?

 

-- Sei o que está pensando... E eu que estava com uma ideia hoje, mas... -- olhei para Sabrina -- A noiva teve outra.

 

-- Qual era o plano sexy da noite?

 

-- Dar uma voltinha por aí.

 

-- Para você que conhece o lugar é bom.

 

-- Mas você também conhece, veio várias vezes.

 

-- O problema é que não tenho coragem, sempre acho que tem alguém olhando.

 

-- Amor, o que vocês estão conversando? -- Sabrina sentou-se no meu colo.

 

-- Que se você quiser seu bônus hoje, vai ter que parar de beber.

 

-- E o que seria meu bônus? -- perguntou em meu ouvido.

 

-- Não posso adiantar nada.

 

-- Chantagem né?

 

-- Vocês tão cochichando o quê? -- Flá chegou.

 

-- Que Ivan ficou bêbado e foi dormir! Parece que você fará o mesmo -- Lu disse.

 

-- Amor, vou dar uma paradinha -- a loira disse.

 

-- Muito bem Sabrina, agora vou levar essa aqui para tomar um banho e ver se ela dorme -- Lu segurou Flá.

 

-- Vou me dar bem Aux! -- a doida da minha amiga delirava, até parece que Lu quando fica brava cede.

 

-- Vai mesmo! -- respondi.

 

-- Vai é para um banho gelado -- Lú saiu com ela.

 

Ela se foram e fiquei com Sabrina.

 

-- E nós?

 

-- Você também terá banho gelado.

 

-- Ah não, quero meu bônus!

 

-- É justamente seu bônus.

 

-- Lógico que não, quero algo quente e de preferência com minha noiva nua.

 

-- Ai, Sabrina! Não me tenta assim.

 

-- Não estou bêbada! Vamos dar uma voltinha, você prometeu! Amor, nossas filhas já estão dormindo aos cuidados de nossas mães, só estamos nos duas acordas no meio da natureza -- piscou.

 

-- Ok, meu amor! Vem...

 

O pessoal já tinha entrado, as últimas eram nos mesmo. Segurei em sua mão e saímos de mãos dadas, não tínhamos um meta ou local especifico para chegarmos, apenas não queria que ficássemos tão próximas da casa, o lugar que tínhamos feito amor na última vez era mais longe, então preferi andar mais um pouco apenas, clareava o caminho com meu celular. Ouvia durante o trajeto alguns barulhos de animais pequenos.

 

-- Ai! -- Sabrina gritou.

 

-- Ficou com medo da aventura loira?

 

-- Alguma coisa passou na minha sandália Aux.

 

-- Deve ter sido uma cobra.

 

-- Não brinca, Aux!

 

-- Foi algum bichinho amor.

 

-- Deixa-me ir na frente.

 

Ela foi iluminando o caminho com meu celular. Sabrina andava pouco a frente, pela escuridão não conseguia ver muito do seu corpo.

 

-- Algo me picou! -- falei fazendo-a parar.

 

-- Onde, amor?! -- ficou preocupada.

 

-- Aqui -- apontei meus lábios e ela iluminou.

 

-- Foi um mosquito?

 

-- Provavelmente, olha direito amor! -- pedi, mas já aproveitava a situação para beijá-la, Sabrina tentou soltar preocupada com a provável picada do mosquito.

 

-- Não está doendo?

 

-- Era mentira amor!

 

-- Aff, Aux! Preocupei-me a toa!

 

-- Desculpa linda, mas queira muito isso -- beijei-a novamente, mas dessa vez com um objetivos maior, fui tirando sua jaqueta e jogando-a no chão.

 

Sabrina correspondeu de imediato, abriu minha camisa. Fui tirando sua blusa e jogando também ao chão, soltei o celular de sua mão e logo fui desabotoar sua calça jeans. Nossos gemidos entre o beijo se misturavam, ela continuava me beijando e arranhando minhas costas. Fomos nos perdendo entre os beijos, só percebemos onde estávamos quando senti minhas costas na areia junto com alguns matinhos, abri meus olhos e vi as estrelas, a escuridão era enorme e apenas um vulto do corpo de Sabrina sobre o meu, não dava para enxergar muita coisa e nem precisávamos. Girei meu corpo sobre o dela, a loira sentiu também a experiência de estar deitada naquele lugar.

 

-- Ai, amor! Isso é areia? -- ela perguntou entre os beijos.

 

-- Esqueceu onde estamos? -- voltei a beijá-la, dessa vez descendo por seu colo.

 

-- Espera! -- afastou-me de cima -- Areia me incomoda um pouco, deixe-me sentar sobre você.

 

Fiquei sentada e ela logo se encaixou, seria melhor se ambas não estivéssemos com calças jeans, mas pelo frio preferimos não tirar. Beijei seus seios ainda sobre o sutiã e em seguida tirei por completo, as carícias ficavam mais fortes e consequentemente seus gemidos.

 

-- Adoro quando você me ch*pa meus seios assim.

 

-- Assim, você adora é?

 

Continuei e introduzi dois dedos em Sabrina ao mesmo tempo, que acompanhou meu gesto com seu quadril. O ritmo nos levou a goz*r, aquela dificuldade toda, o atrito entre nossas pernas, os gemidos ao ar livre, e nossos beijos muito gulosos não tivemos alternativa, o frio começava a fazer efeito em nossos corpos, por mais que quiséssemos continuar a melhor alternativa era sair logo dali.

 

-- Amor vamos voltar, está muito frio!

 

-- Vamos sim! -- concordei.

 

Demoramos a nos vestirmos e ainda bem que o celular ajudava a clarear,  deixamos as peças espalhadas ao chão e quando encontramos todas voltamos para a casa quase correndo.

 

Tomamos um banho quente e rápido, a casa estava completamente em silêncio e Sabrina ainda permanecia muito acordada.

 

-- Amor, amanhã continuamos, mas na nossa cama -- falei deitada já na cama.

 

-- Promete?

 

-- Claro, linda!

 

-- Então, tá bom!

 

Não vi a hora que ela dormiu, mas lembro que dormi recebendo seu carinho no rosto.

 

Já pela manhã, acordamos com batidas na porta.

 

-- Mães! -- era a voz de Ana Carla.

 

Sabrina estava com perna sobre meu corpo, não sabia como ela tinha chegado aquela posição durante a noite.

 

-- Vou abrir! -- levantei-me.

 

Quando abri a porta, a menina entrou como um furacão.

 

-- Vamos levantar, iremos fazer piquenique sairemos daqui a meia hora, então vão tomar banho agora! -- olhei para Sabrina e ela sorriu para mim, Ana Carla tinha o jeito autoritário parecido como o de Sabrina quando queria alguma coisa.

 

-- Você esta organizando esse piquenique? -- Sabrina perguntou.

 

-- Claro, com ajuda das vovós, agora cuidem! -- saiu do quarto do mesmo jeito que entrou.

 

-- Amor! Aninha tá mandona hein?! -- Sabrina deitou-se sobre mim -- Eu te amo! -- beijou-me.

 

-- Eu também loira, agora vá tomar banho antes que nossa filha venha nos dar outra bronca!

 

-- Nunca pensei que levaria bronca de filha e já estou levando! -- riu.

 

-- Então cuide, porque se não, ela vem puxar na sua orelha! -- puxei-a para mais um beijo.

 

-- Vem comigo?!

 

-- Vou sim!

 

Fomos para o banho e nos amamos porque Sabrina estava provocando, disse que ainda estava insatisfeita pela noite anterior, minha loira estava muito fogosa mesmo.

 

O piquenique de Ana Carla foi um sucesso, todos estavam presentes. Claro com muita ressaca. Ivan e Flá não tiraram os olhos escuros e provoquei muito eles.

 

-- Acho que vocês estão muito afim de beber hoje né?

 

-- Oh, nunca mais na minha vida! -- Ivan falou.

 

-- Gente, aquela bebida ontem estava possuída, não tem como!

 

-- Tem sim, você dois acharam que era água -- Lu disse rindo.

 

Aproveitei um monte com meu pai e agradeci por receber meus amigos, e o intimei a conhecer o meu apartamento. Dessa vez ele não teve escapatória e concordou em ir me visitar.

 

O resto do domingo foi tranquilo, aproveitamos muito entre amigos, nos preparávamos para sair quando recebi uma ligação, de início fiquei apreensiva, mas sabia o que iria fazer, mostrei o visor a Sabrina antes de atender.

 

-- Você vai atender? -- ela me perguntou.

 

-- Claro! -- observei o pessoal se dirigindo aos carros.

 

Fiquei na varanda para atender, Sabrina ficou ao meu lado então resolvi colocar no viva voz para ela ouvir a conversa.

 

-- Alô! -- atendi.

 

 

-- Aux, sou eu! -- Nat falou -- Não desliga, por favor! -- sua voz era agoniante.

 

Fim do capítulo