Entre Lambidas e Mordidas -- Capítulo 22

 

Daniela entrou no apartamento praticamente flutuando. Olhou para todos os lados e nem sinal de Paula.

-- Ufa! Que adrenalina, meu coração está a mil -- foi até a cozinha, roubou um pote com iogurte natural desnatado da geladeira, enfiou umas duas colheradas cheias na boca e voltou para a sala com o pote na mão -- Arghhh! Que nojo -- limpou a boca na barra da manga -- Parece sabão de coco.

-- NAMASTE! (O Deus que existe em mim, cumprimenta o Deus que existe em você!) -- Paula berrou.

-- Aaaaiii... Jesusss... -- Daniela derrubou o pote com iogurte no chão -- Que susto! -- passou a mão pela testa suada -- Namaste pra você também. Desculpa pela sujeira, é que o Deus que existe em mim, está morrendo de medo do Deus que existe em você!

-- Que dó! Você acabou de comer a minha colônia de bichinhos do iogurte.

Daniela fez ânsia de vomito, cobriu a boca com a mão e saiu correndo para o banheiro.

-- Quem está aí? -- Bianca perguntou ao sair do quarto com o Pedra dois no colo -- Você estava conversando com alguém?

-- A Dani -- Paula pegou o pote do chão e colocou sobre a mesa -- Que desastrada.

-- Onde ela está? -- Bianca largou o cachorro no chão e foi até a cozinha procura-la.

-- Deve estar lá no banheiro vomitando -- falou sem dar muita importância.

-- O que é essa gororoba branca que o Pedra está comendo? -- Bianca cruzou os braços e ficou olhando o cachorro lamber todo o iogurte do chão.

-- Minha tia me deu grãos de Kefir para preparar meu próprio Iogurte. Os grãos de Kefir são uma colônia de vários tipos de leveduras (fungos unicelulares) e bactérias que fermentam o leite produzindo uma espécie de iogurte. Estava cuidando deles, mas a dona Daniela resolveu come-los.

-- Sua assassina. Comedora de bactérias e fungos -- berrou Bianca.

-- Quem é assassina? -- Daniela voltou para a sala com uma latinha de cerveja na mão.

-- Essa cerveja é minha -- Bianca reclamou tentando tirar a latinha da mão da amiga.

-- Vai querer regular uma cerveja agora é? -- Daniela tirou a carteira do bolso e colocou duas notas em cima da mesa -- Se for por isso... Pode comprar três fardos pra gente. Tô pagando.

-- Aêêê... Agora estamos falando a mesma língua mana.

-- Assaltou a barraquinha de cachorro quente do seu Fausto é? -- perguntou Paula.

-- Que nada boba, agora eu sou a nova secretária para assuntos irrelevantes, conversas fiadas e idiotas, porém divertidos da dona Brenda.

-- Caramba, ela vai ter que pagar uma fortuna. Você é a melhor profissional do ramo -- Bianca abraçou a amiga -- Tá pegando a coroa?

-- Olha o respeito. Dona Brenda é uma mãezona pra mim.

-- Todo malandro é sortudo, arruma mãe em todo canto -- Paula fez o comentário maldoso e saiu para o quarto.

-- Ela não falou mais do tênis?

-- Nem tocou mais no assunto. Agora ela está concentrada em visitar o templo budista da Sua Divina Graça Abhay Charan de Bhaktivedanta Swami Prabhupada na Índia.

-- Quem é esse cara aí? Ele é vivo?

-- Não sei, mas se for, já deve estar com uns quinhentos anos. Ele foi o fundador do Movimento Hare Krishna.

-- Ao menos serviu pra desviar o foco -- Daniela virou toda a cerveja da latinha -- Vou para a faculdade, hoje tenho uma prova ferrada.

-- Dani -- Bianca chamou a amiga que caminhava para o quarto -- E a Jéssica?

-- A Jéssica não é a Jéssica. A Jéssica na verdade é a Yasmin -- Daniela abriu os braços com desanimo -- Relacionamentos seriam mais simples se as pessoas viessem com um botão "Limpar Histórico". Essa mulher já mentiu tanto pra mim que se eu não a amasse realmente já teria caído fora.

 

 

Pedro entrou na mansão e foi direto para a sala, deparando-se com Anita sentada no sofá.

-- Como está a Yasmin -- perguntou Anita pegando sua xícara de chá e bebericando devagar.

-- Melhor que eu -- falou muito mal-humorado.

-- Calma meu filho. Sirva-se de chá, é de camomila, faz bem para os nervos.

-- Eu não preciso de chá. Preciso é de uma boa dose de whisky, isso sim -- Pedro foi até o bar, serviu-se de uma dose e voltou para junto dela com o copo na mão -- Alguém lá em cima deve estar querendo brincar comigo. Tanta gente no mundo e Yasmin foi se engraçar justamente com Daniela Pauly.

Anita deu um pulo do sofá e arregalou os olhos.

-- O que? Aquela bastarda? -- o ódio refletia em seus olhos projetando faíscas - A filha daquela vagabunda?

-- É mãe. Aquela, bastarda -- Pedro serviu-se de mais uma dose de bebida -- A desgraçada ainda por cima é a cara do nosso pai. Não será necessário nem DNA -- Pedro parou diante da foto de Luiz Carlos Vargas, os ombros caídos num misto de revolta e inconformismo -- Olhe só a besteira que você fez pai. Estivemos sempre juntos de você, até mesmo nos piores momentos lá em Canoinhas, nos arriscamos enfrentando aqueles colonos ignorantes e o que você fez para nos recompensar? Deixou a empresa para aquela matuta.

Pedro estava Inconformado com a atitude inconsequente do próprio pai de transformar a meia irmã em herdeira da Vargas.

-- Porque ele fez isso mãe? Para punir a gente? Porque ele deixou para ela justo a empresa? Poderia ter deixado os imóveis para ela e a empresa para nós. Mas não, fez ao contrário só para nos ferir.

-- Você está revoltado? Pense em mim. Pense nas feridas emocionais que nunca sararam. Nem todos os casais sobrevivem a uma infidelidade, mas eu escolhi reconstruir a relação depois da revelação. Por quê? Não pense que foi por amor ao seu pai.

Anita analisava todos os acontecimentos, de maneira fria e objetiva.

-- Foi por tudo o que construímos juntos -- falava olhando dessa vez para algum ponto. Rememorava dentro de sua mente todos os fatos do passado -- Nunca me preocupei com o dinheiro. O poder que o sobrenome Vargas carrega é o que mais me motivou a conviver diariamente com as marcas palpáveis da traição.

-- Você sabia que a relação extraconjugal do papai havia resultado no nascimento de uma criança e não fez nada? -- Pedro estava imóvel em frente à mãe.

-- Quando fiquei sabendo a menina já tinha cinco anos. Ficar calada foi a melhor decisão. Se tivesse feito o papel de esposa ciumenta e apaixonada, hoje teríamos uma Pauly na presidência da Vargas.

 

 

Lara ora fria e insaciável na sua sede de vingança, ora doce e meiga diante de Luiz Carlos. Seu comportamento típico de uma esquizofrênica se vê dividida entre sentimentos contraditórios pelo presidente da Vargas. Era nítida a transformação dele. Aos poucos se transformava, adquirindo uma dignidade de caráter que nunca tivera.

Lara era decente e apaixonante, com os traumas do passado, transformou-se numa mulher vingativa e fria, mas que não conseguia disfarçar o nascer de um sentimento por Luiz. Ela não percebia, mas o amor parecia ser sua salvação.

-- Seu irmão perdeu o juízo? Alguém deveria denuncia-lo.

-- Yasmin não fará isso. Pedro vai persegui-la pelo resto de sua vida.

-- E você Luiz? Não vai fazer nada? Yasmin é uma mulher doce, frágil e além de tudo está grávida. Ela precisa ser protegida.

-- Não posso Lara. Mesmo sabendo que ele está errado, Pedro é o meu irmão -- Luiz olhou para ela como que pedindo desculpas -- Mamãe não me perdoaria.

-- Sua omissão me decepciona Luiz...

O garçom chegou bem no instante em que seus olhos encontraram os olhos verdes de Luiz.

-- Com licença! Os seus pedidos...

 

 

Lavínia abriu a porta do apartamento e entraram todos falando ao mesmo tempo.

-- Vamos invadir o hospital.

-- Isso é loucura Roberta -- discordou a farmacêutica.

-- Posso me disfarçar de enfermeira -- sugeriu Matias -- Amo essa fantasia. O que você acha Vini?

-- Divino! -- Vinicius deu um selinho rápido no namorado.

-- Credo que visão do inferno. Fiquei sem palavras.

-- Quando o Aurélio acabou de escrever o dicionário, ele também ficou sem palavras. Portanto não se preocupe Roberta... Que fofo! -- Matias pegou Pedra no colo e apertou-o contra o peito -- Como é o nome dele Lavínia?

-- Pedra... Pedra dois.

Ao ouvir aquele nome suas lembranças o remeteram ao passado na velocidade da luz.

 

Março de 2000 -- Canoinhas.

-- Quando eu crescer serei médica de cachorro -- Daniela lembrou-se dos filhotes do galpão -- Você que é feliz, tem uma casa cheia de cachorros.

-- Nós não temos cachorro -- Matias disse admirado com a afirmação da garota.

-- Tem sim. Tem um montão de filhotes dentro daquela casa grande.

Matias olhou para o galpão, depois para Daniela.

-- Sério? Eu não sabia. Vou perguntar para o meu pai. Talvez ele me deixe levar um para São Paulo.

-- Pede um pra mim também. Eu tenho o Pedra, mas quero mais. Mais que um se ele der.

-- Tá bom, eu peço.

 

-- Matito... Matito... O que aconteceu? -- Lavínia perguntou ao perceber que Matias estava pálido e assustado.

Matias toma um susto e volta para o presente.

-- Parô tudo! Tô bege! -- olhou para o cachorro em seu colo -- Pedra era o nome do cachorro da Dani.

-- Aquele que o capanga do seu pai matou na noite de Natal. Não é mesmo?

O que Roberta falou era cruel, mas era a verdade. Fazia dezesseis anos, mas aqueles olhos verdes tão tristes de sua amiguinha ainda estavam vivos em sua memória.

-- Eu tentei impedir -- falou com a voz embargada -- Juro que tentei avisar o senhor Pauly, mas não cheguei a tempo.

-- Eu odeio a sua família Matias. Não serei hipócrita dizendo que não. Primeiro, eu vou destruir o Luiz -- disse Roberta com sangue nos olhos -- Depois vou aniquilar o Pedro.

-- E eu Roberta? -- Matias perguntou com tristeza -- Também sou um Vargas.

-- Você é bom Matias -- Roberta falou sem olhar para ele -- Eu tenho provas o suficiente para crer que um Vargas também pode ser bom.

-- Não entendi -- Matias franziu a testa.

-- Você vai entender -- tocou de leve no ombro dele -- No momento certo eu vou lhe contar. Por hora vamos nos concentrar na Yasmin.

-- Não está esquecendo-se de uma coisa? E Anita? -- Lavínia perguntou -- Ela é poderosa, Roberta.

-- Nunca se esqueceria de Anita. O que é dela está guardado.

 

 

Enquanto no estacionamento da faculdade Daniela e Bianca conversavam sobre a professora de anatomia, perto dali uma pessoa as observava de dentro de um carro preto.

-- Essa professora é muito arrogante. Tenho vontade de socar aquela carinha de couve-flor. Eu perguntei: Professora, o que vai cair na prova? Ela respondeu: Lágrimas! -- Bianca estava revoltada com a professora de anatomia -- Ela acha que eu sou burra é? Vou provar que ela está totalmente enganada.

-- Irritada com seus alunos, a professora lançou um desafio: -- Aquele que se julgar burro, faça o favor de ficar de pé -- todo mundo continuou sentado. Alguns minutos depois, um rapaz se levanta.

-- Quer dizer que você se julga burro? -- perguntou a professora, indignada.

-- Bem, para dizer a verdade, não! Mas fiquei com pena de ver a senhora aí, em pé, sozinha!!!

-- Boa Dani! -- Bianca sentou-se na moto e colocou o capacete -- Vai voltar para o nosso apartamento?

-- Vou, acho que a raiva da Paula já passou -- Daniela falou sentando-se na moto.

-- Acho que você foi multada. Tem um papel aí na sua moto -- Bianca apontou para o pequeno papel preso ao tanque da moto.

-- Parece mais um recado.

Ela abriu o bilhete, era uma letra bonita. Escrita em azul com poucas palavras.

"Sua Yasmin está internada no hospital Nossa Senhora das Graças, ela foi agredida pelo esposo e está precisando de ajuda".

Daniela ficou atônita.

-- Leia isso Bianca -- entregou o papel para a amiga -- O que eu faço?

-- Caracas Dani! Que barra.

-- Eu vou matar aquele desgraçado. Juro que vou -- deu um soco no tanque da moto e colocou o capacete.

-- Ei... Aonde você pensa que vai?

-- Vou até o hospital resgatar ela. Não vou permitir que aquele ogro, encoste mais um dedo nela.

-- Muito fofo da sua parte, mas não dá pra ir assim só com a cara e a coragem. Temos que ter um plano -- Bianca tirou o capacete -- Para enfrentar essa gente temos que ter um plano A, B e até um C, se possível.

-- Você tem algum? -- Daniela perguntou ansiosa.

-- Não.

-- Não temos um, imagina três. Eu vou assim mesmo...

-- Espera -- berrou -- Temos que ter ao menos um carro. Como vamos tirar ela do hospital sem um carro?

-- Onde vou arranjar um carro Bianca?

-- Vamos roubar um.

 

 

-- Não sei se só acontece comigo, mas é engraçado -- Matias sorriu -- Eu vivo numa cidade de aproximadamente 12 milhões de habitantes. Ou seja, gigante. E é incrível como a gente volta e meia "tromba" com conhecidos. Essa frase: Esse mundo é pequeno é um ditado antigo, mas muito real e atual -- o rapaz olhava emocionado para a foto de Daniela -- No meu caso, saber que a minha pequena estava tão perto de mim todo esse tempo é incrível.

-- Quem sabe não é Deus, exercendo o seu poder soberano sobre a terra? -- Lavínia abraçou o amigo com carinho.

Quando a porta foi aberta todos os olhares se viraram para lá.

-- Não me convidaram para a festa? -- Paula perguntou olhando na face de cada um.

-- Olá Paula -- Lavínia aproximou-se da loira e a abraçou -- Esses são meus amigos Matias e Vinícius -- olhou para Roberta com os olhos brilhando -- E essa é a Roberta, minha namorada.

-- Que legal Lavínia. Parabéns, sua namorada é muito bonita -- Paula falou com sinceridade.

-- Obrigada Paula -- Roberta agradeceu colocando o braço sobre os ombros de Lavínia.

-- A Roberta é tia da Dani -- a farmacêutica falou sorridente.

-- Uma mulher bonita assim sozinha, só podia ter algum defeito. Deve ser lelé como a sobrinha.

-- Não fala assim Paula -- Lavínia pediu fazendo um biquinho, mas ela simplesmente balançou os ombros.

-- Falando nela... A Dani voltou -- Paula jogou a chave do carro sobre a mesa.

-- Onde ela está? Você sabe?

-- Ela e a Bianca foram para a faculdade.

-- Vamos até o hospital? -- perguntou Roberta segurando a mão de Lavínia com carinho.

-- Vamos -- falou Matias -- Mas antes preciso passar em casa. Depois vamos todos juntos.

 

 

-- Mais rápido Bianca -- Daniela pedia desesperadamente -- Vamos ser presas -- olhava para os lados de instante a instante nervosamente.

-- Calma, estou quase abrindo... Vamos... Vamos... Vamos... Consegui! Entra Dani, entra logo.

-- Cara, eu tenho medo de você -- Daniela estava assustada com a desenvoltura da amiga.

Depois de conseguir destrancar o carro Bianca entrou e Daniela fez o mesmo.

-- Agora vou fazer a ligação -- mexeu nos fios e tentou ligar o carro -- Droga, não deu certo. Confundi-me com os fios. Você está me deixando nervosa. Para de tremer Dani.

-- Não consigo. Perdi o controle sobre o meu corpo -- o coração estava acelerado e o corpo tremia.

-- Vou tentar de outro jeito -- depois de alguns minutos, Bianca finalmente conseguiu ligar o carro.

-- Hú, hú -- comemoraram juntas.

-- Taca-lhe pau Bianca Véia -- Daniela berrou e Bianca pisou com força no acelerador.

 

 

-- O seu cunhado está demorando Yasmin -- Esther estava preocupada, já passava da meia noite e nem sinal do rapaz.

-- Faz meia hora que ele me enviou uma mensagem -- ela disse meio nervosa se levantando da cama -- Não se preocupe, Matito é o meu irmão de alma. Ele não vai me decepcionar.

-- O que faremos com o brutamonte que está aí fora?

-- Não faço a menor ideia Esther -- andou alguns passos pelo quarto e sentou-se na cama. Pensava um monte de coisas ao mesmo, estava confusa sem saber o que fazer -- Espero que Matito pense em algo, caso contrário, estarei perdida.

 

 

Bianca entrou no estacionamento do hospital em alta velocidade. Parou na primeira vaga disponível, Daniela saiu apressada.

-- Teremos que agir rápido Bianca -- bateu a porta do carro com tanta força que Bianca quase foi arremessada pra fora.

-- Vamos entrar e descobrir o número do quarto.

Daniela andava rápido puxando Bianca pelo braço.

Pararam diante do prédio e hesitaram um instante antes de atravessar a porta de vidro. Na recepção avistaram a recepcionista sentada atrás do balcão. Atravessaram a sala com passos lentos e pararam diante da moça.

-- Boa noite -- Daniela colocou as mãos sobre o balcão -- Gostaria de visitar a paciente Yasmin.

A moça olhou para o relógio de parede.

-- Há essa hora? Nem pensar -- ela abaixou a cabeça e continuou digitando freneticamente.

-- É tá tarde mesmo -- Daniela concordou -- Então me diz qual é o número do quarto.

-- Pra que? -- levantou a cabeça e voltou a baixar.

-- É pra jogar no bicho -- Bianca empurrou Daniela e ficou de frente para a moça -- Eu sou uma jogadora compulsiva. E já estou ficando nervosa.

-- Calma Bianca -- Daniela a afastou -- Moça, ela está ficando descontrolada e eu não vou me responsabilizar por isso.

-- Estou quase convulsionando -- Bianca falou lá das cadeiras.

A moça balançou a cabeça.

-- Cada louco que me aparece por aqui. Ela está no quarto trezentos e dois.

-- Obrigada moça. Vamos Bianca, amanhã a gente volta pra visitar a Yasmin.

Daniela e Bianca caminharam lado a lado até a porta.

-- E agora Dani? O que a gente faz?

-- Como assim? A gente vai entrar e resgatar a minha princesa. Oras!

-- Agora senti firmeza loira. E como vamos fazer isso? 

-- Vamos dar a volta e entrar pelo Pronto Socorro. Se não der por bem, será por mal.

 

 

-- Aiiiiii... Nada dá certo pra mim -- Paula estava sentada no sofá, chorando. As lágrimas saiam sem parar, Marjorie puxou-a em um abraço e a fez deitar-se em seu colo -- Eu devo ser a pessoa mais azarada do mundo.

-- Não fica assim Paula. A polícia vai prender os ladrões e recuperar o seu carro.

 

 

 

Estranhos caminhos percorri até sentir Deus em tudo, até vê-lo reluzindo em cada estrela, nas ondas do mar, nas cordilheiras imensas e nas partículas de pó que amaciam as estradas....como tive de caminhar para atingi-lo! E ele estava sempre tão perto!...Dentro de mim.

Meimei

 

 

Se você tem um animalzinho de estimação e quiser mandar a foto dele para participar da capa de uns dos capítulos do romance, envie nesse whats: 47 91333878. Não se esqueça de colocar o nome do fofinho (a) para participar da história.

A capa será atualizada após uma semana.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo