hummmm, que emocionante, até me arrepiei aqui, rs
Enjoy ^^
Terceira Fase - Capítulo 17
As ondas batiam na praia de uma forma que nos tiraram a concentração, Elise estática agarrada à sua toalha, parecia deslocada, como se quisesse sair de minha presença, eu precisava fazer algo, mas toda a adrenalina que tinha me consumido aquele dia parecia ter se esgotado, e eu estava empacada, dei um passo meio trôpego para frente, ela fechou a expressão e eu parei, ela piscou várias vezes, como se quisesse apagar minha imagem de sua memória. Olhou para baixo e pegou sua bolsa da areia e se levantou, a forma mais fácil de sair da praia estava atrás de mim, e sim ela estava vindo em minha direção! Tentei elaborar qualquer frase que não soasse idiota. Ela não olhava em meus olhos, parecia se concentrar em algum ponto atrás de mim, a escadaria. Já estava a dois passos de mim, abri a minha boca, mas não saiu nada, e ela passou por mim, sem ao menos olhar no meu rosto, seguindo a caminho das escadas, fiquei ali parada.
-Elise! – minha cabeça gritou, minha boca ficou muda, o nó na garganta, a visão embaçada... de novo. Eu não podia deixa-la fugir de mim, não importava mais nada. Se ela tivesse alguém, se ela me odiasse, eu só precisava de seu perdão. Criei coragem, iria implorar pra que ela me perdoasse, pelo menos isso. Pelo menos...
Corri para escadaria, ela não estava mais lá, corri pelas escadas, pulando degraus, já estava quase no fim quando deslizei num degrau cheio de musgo, acabei por ralar a perna numa das quinas da pedra, estava com o corpo tão quente, não senti a dor, continuei a corrida desesperada, cheguei por fim ao topo, Elise estava meio distante já quase virando a esquina. Corri até ela tão rápido que um cara de bicicleta quase me atropelou, consegui alcança-la, agarrei seu braço e virei em minha direção, ela tinha olhos avermelhados.
-Elise.... Eu. – tentei começar, mas minha voz falhou.
-Por favor, me deixa. – ela falou de uma forma aveludada. – Não temos mais nada que falar.
-Elise, por favor, só me escuta, uma vez por favor. – ela ficou em silêncio esperando, pelo menos aquela chance, pensei comigo mesmo. – Você estava certa, me perdoa por tudo. – Ela respirou fundo e fechou a cara.
-Só isso? – disse-me secamente, fiquei sem palavras, ela nunca havia sido tão rude comigo.
-Eu... Eu... – Ela olhou em meus olhos e vi aquela sombra, no olhar, era como se não fosse ela mesma.
-você não precisa de meu perdão, eu não sou importante pra você. – falou já saindo – vá embora, e fique bem. – agarrei seu pulso com força.
-Elise, por favor...
-Me solta. – Ela ficou com uma expressão que eu não conhecia no rosto. Eu não tinha mais como falar aquilo pra ela, eu precisava ser o mais simples possível.
-Elise, Eu te amo. Amo mais que qualquer coisa nessa vida, se você quer se afastar de mim dessa forma, eu vou entender, mas não me peça pra ficar bem, por que eu não consigo mais viver sem você. – por um segundo ela parou seu movimento, e ficou com aquela expressão que se misturou a uma expressão de dor.
-Você já me disse isso, Victoria. Infelizmente suas ações me dizem o contrário, eu cansei de sofrer em suas mãos, eu NÃO posso mais estar do seu lado! – me disse enfatizando bem o “não”, ela começou a andar, tentei segui-la, mas minha perna falhou e eu cai no chão, fazendo um barulho abafado. Senti a dor então. Elise se virou em minha direção e fez uma cara de preocupada.
-Você tá bem? – falou se abaixando perto de mim, eu comecei a fazer caretas de dor.
-Estou, eu só machuquei a perna na escada... – Ela me ajudou a sentar no chão, e olhou minha perna.
-Meu Deus, Victoria! Olha sua perna!!! – olhei pra minha perna e vi o sangue descendo e ensopando o tênis que eu estava usando de vermelho. – como você não sentiu isso?
-Não é nada, eu estou bem, só foi um arranhão.
-Aqui tem farmácia, alguma coisa?
-Eu não sei – falei sendo sincera. – pode deixar que eu me viro.
-Não mesmo. –disse resoluta - Eu te ajudo – falou estendendo a mão e me levantando, senti uma fisgada, estava ardendo muito. – Onde você está?
-Eu estou hospedada naquela pousada logo ali. – disse-lhe estendendo o braço. Ela colocou meu braço em volta do seu pescoço e foi ajudando até chegar na pousada. A senhora ficou sobressaltada
-Aconteceu algo? Precisa de ajuda?
-não, não – disse Elise em português, cheia de sotaque. – eu posso! – Elise me sentou numa cadeira da recepção.
-Desculpe, em qual quarto estou hospedada? – perguntei eu à Senhora, ela conferiu os registros.
-Quarto 207, no segundo andar.
-Droga. – resmunguei.
-Deseja trocar?
-Sim por favor.
-Um momento... Por sorte temos pelo menos um quarto vago no térreo, a senhora está com a chave do outro quarto?
-Sim, aqui – Estendi a chave, Elise pegou e entregou à senhora, que trocou por outra.
-104, tenha uma boa estadia.
-Obrigada. – Elise olhou pra mim, como se dissesse: vamos? Ela me ajudou e seguimos pro quarto. Chegamos ao corredor e com certa dificuldade alcançamos o quarto 104. Ela abriu a porta, e nos deparamos com um quarto grande branco com uma janela por onde se via o mar, no centro uma cama de casal enorme e duas poltronas e num canto uma televisão e um frigobar. Nos dirigimos até a poltrona, com cuidado para não sujar nada, parecia tudo impecável... Elise me sentou e respirou fundo.
-E agora? – Ela me perguntou com olhos cálidos e preocupados, meu coração gritou.
-Fique à vontade, eu sei me cuidar. – ela me olhou com uma cara irônica, mas com tom de brincadeira.
-É só eu virar as costas e você se mete em encrenca. – e riu suavemente tirando um peso enorme da minha alma.
-Me desculpe, eu não sei viver sem você – disse eu rindo, ela ficou um pouco séria. Então mudou de assunto.
-Vou procurar uma farmácia. – aquilo poderia ser uma desculpa para ir embora, fiquei desesperada.
-Por favor, não vai... Fica aqui comigo. – Ela riu,
-Não vou embora. Acredite, eu não sou covarde como você. – de certa forma ela me dizia a verdade e aquilo não me magoou. Eu volto em 10 minutos, vou até deixar minhas coisas aqui, ok? – ela pegou uma blusa de flanela e um short curtinho e vestiu.
-Tá bom, prometa.
-Eu juro solenemente! – e deu aquele sorriso que me derretia.
-pode fazer outro favor pra mim?
-Diga
-Traga minha mala do carro?- Faleie estendendo a chave, só assim eu teria certeza de que ela não iria embora.
-sim, tranquilo. - Ela abriu a porta e foi. Liguei a Tevê, e fiquei alguns minutos esperando, meu coração doeu, medo besta...
Lá fora já estava escuro quando a maçaneta girou e Elise entrou com uma sacola amarela e minha mala de rodinhas, que deiou num canto.
-Demorei?
-Já estava com saudades de você – confidenciei, era engraçado ver ela sem jeito, principalmente quando eu me declarava pra ela.
-Aqui – me estendeu a sacola, peguei a sacola e fui pegar, a gaze, o anti-inflamatório quando eu vi o pacote “suspeito” que ela trouxe e não me segurei de tanto rir.
-O que foi? – Ela me perguntou sem entender a piada. Na caixa de remédio estava escrito: Laxante. Tentei explicar pra ela, mas eu não conseguia me conter. – Tem algo de errado com o remédio? Tentei explicar pro moço da farmácia, mas eu esqueci como falava cair, ralar, fiz umas mimicas lá e ele me entregou esse remédio, não sei ler esse negócio!
-Você trouxe Laxante – finalmente consegui falar entre risadas, ela pegou a caixa, e fez uma careta de nojo.
-Afs, vou trocar.
-Não, não precisa, eu estou bem. Já parou de sangrar. Eu preciso que me ajude a limpar e colocar o curativo.
-ok – Ela se sentou sem cerimônias no chão bem perto das minhas pernas, me senti corar. Dobrou meu short, meio ensanguentado e jogou água boricada, tomando cuidado pra não sujar o chão, estremeci diante do seu toque carinhoso. Nem percebi quando ela já tinha enfaixado, e se levantava. – Que horas são? – olhei no celular.
-19:43. – respondi.
-Droga! Perdi o ônibus. – Ela falou zangada, me senti culpada, se não fosse eu, ela poderia ter ido embora mais cedo.
-Aonde você ia?
-Voltar pro Rio, Marc nos liberou esse dia já que amanhã de noite a gente vai... – Ela ficou em silêncio.
-O que foi?
-A gente vai voltar pra América... pro U.S. – meu coração apertou. Eu a perderia novamente. Era um fato, eu tinha que fazer alguma coisa... – Eu preciso ir.
-Não! Por favor! Fica comigo! Eu estou de carro, eu posso te deixar amanhã!
-Vic, olhe sua perna, você não vai conseguir dirigir assim.
-Então você dirige! Por favor! Eu faço qualquer coisa! – Ela ficou meio relutante.
-Você não devia ter vindo aqui.
-Eu não conseguia mais ficar longe de você. – Elise me olhou com um rosto de incógnita, meu coração acelerou, eu queria muito que ela aceitasse, era minha única chance.
-Tudo bem, eu fico. – meu coração pulou de alegria.
-Yupiii – tentei abraça-la, mas minha perna doeu.
-Hei, vai com calma. – Ela se desvencilhou de meus braços – você se importaria se eu tomasse um banho?
-Não, não mesmo.
-tô indo então. – Ela foi até o banheiro e fechou a porta, fiquei imaginando aquela cena, a agua escorrendo de seu corpo nu...
Ela saiu já vestida, pareceu evitar que algo acontecesse entre a gente.
-Não seria mais cômodo eu ficar em outro quarto? – me perguntou ela.
-Não, não. Por favor, preciso que cuide de mim. Que fique aqui comigo.
-Tudo bem, vai querer tomar banho?
-vou sim, me leva ao banheiro?
-vamos. – ela enroscou meu braço em seu pescoço novamente e me levou até o banheiro.
-Obrigada. – fechei a porta e não sabia o que fazer, eu precisava de um plano. Tirei a blusa e fui tentar tirar o short, mas doeu pra caramba.
-Ai... –Gemi de dor
--Aconteceu alguma coisa? – perguntou Elise do quarto.
-não, só não consigo tirar a roupa, pode me ajudar? – Elise ficou em silêncio, abriu a porta, e ela me viu meio despida. Ela fico sem reação, mas tentou de uma forma natural se aproximar. Virei as costas, e ela vagarosamente tirou meu short e a calcinha. Percebi que ela se demorou um pouco, como se estivesse a ponto de fazer algo... Meu coração batia tão rápido que martelava minha cabeça, mas então fechou a porta logo em seguida, fiquei com aquele sentimento ruim. Ela realmente não estava a fim.
Tomei um banho rápido e doloroso. Pedi pra que viesse me buscar, eu totalmente nua, ela jogou a toalha limpa em cima de mim e me sentou na cama, abriu minha bolsa e jogou uma roupa, em silêncio. Voltou a atenção à televisão.
-Me ajuda, por favor?
-Tem certeza?!
-Sim, por favor. – Ela se levantou e se pôs de joelhos na minha frente e vestiu a calcinha limpa, parecia estar super sem graça e vermelha de vergonha, eu estava me deliciando com aquela situação, em certo momento sua mão encostou na parte de dentro da minha coxa, e minha pele se arrepiou. Ela percebeu, e começou a brincar com aquilo, naquele momento comecei a ficar excitada, então ela olhou em meus olhos com tanta sede...
Fim do capítulo
comentem :D
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Tonsdemarsala
Em: 10/07/2019
Vixi..
lay colombo
Em: 04/09/2016
Isso é hr de parar moça?? Pelo amor de Deus né kkkkkkk
Aiai espero qvc volte rapidinho pq qro saber se elas se acertam ou não.
Bjos minha linda e até o próximo
Resposta do autor:
já estou esquematizando o capítulo, e aconteceu uma coisa muito engraçada no enredo, hahah tenho até medo, de qualquer forma vocês precisarão ler, então não vou me entregar, mas vai surgir uma quarta e última fase.
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Silvia Moura
Em: 01/09/2016
Olá autora, será que a partir de agora terá menos suto? É, por que você autora nos mata de susto, quando não é de raiva mesmo, risos, vou apostar no amor.... beijos...
Resposta do autor:
Oi Silvia, dessa parte eu realmente preciso pedir desculpas pelas raivas e sustos, acho que vou mudar o gênero para suspense, que tal? de resto é melhor eu deixar quieto minha excentricidade está gritando pra eu escrever, espero que goste rs...
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line7
Em: 31/08/2016
Correrrrr, mais corrreerr...kkkkk..parou aí, para a nossa curiosidade..kkkkkk..desespero, agora vaiii, q estratégia de Vic..rss..eita q a mina é perigosa até machucada..kkk.até mais linda:)
Resposta do autor:
oi Line ^^ se você soubesse... escrevi um paragrafo resumido imaginando que ocuparia um único capítulo, já deu três!!! senti que precisava detalhar ao máximo as partes em que Elise aparece, já que estamos tão próximas ao final. Vic é sim muito perigosa :D E esse poder está dentro de cada mulher determinada a conseguir aquilo que mais quer, rs.
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