Vivendo o Amor por dyh_c
Capítulo 20: Jogo da Verdade
Meu pai nos esperava com uma grande recepção, bebidas e comidas na varada do casarão.
Foram muitas apresentações, das netas, sogro e amigos. Só depois o pessoal pegaram as malas e foram guarda-las nos quartos para voltarem a varanda, Amanda fazia questão de mostrar os quartos e deixarem todos a vontade.
-- Nossa papai, se superou hein? -- falava abraçada a ele.
-- Não foi nada demais! Apenas para receber minha filha, netas e todos seus amigos e familiares.
-- Obrigado! -- ainda estávamos abraçados -- Eu que te amo!
-- Também minha menina! Filha, minhas netas são lindas!
-- Amanhã o senhor que tomará conta delas, já me falaram que querem aprender a cavalgar, a aula é por sua conta.
-- Pode deixar comigo, Antônia e Ana irão adora o pônei.
-- As duas vão amar aqui pai, sem falar que Sabrina já ama.
-- Ainda bem, por que terei vocês sempre aqui.
-- Realmente, irei vir com mais frequência.
Voltei a atenção ao pessoal, ficamos nos divertindo, através das bebidas e conversas que rolavam em grupinhos, eram tantos amigos e familiares que dar atenção a todos precisaria de muitas horas. Aos poucos conversava com e com outro, conhecia mais um pouco de cada um deles, Ká e Jú chegaram e se enturmaram. A varanda tornava-se pequena para tantas informações compartilhadas.
-- Aux! -- Paulo chamou minha atenção.
-- Diga aí compadre!
-- As meninas deram a ideia e eu fui convocado para representar todo o grupo, é o seguinte: estamos pensando em nos reunir ao lado do lago, fazer uma roda e beber com joguinhos, o que acha?
-- Mas claro que podemos, nem precisava de tanta cerimônia.
Fui com ele até onde estava o pessoal estava e comunicamos, era incrível como ninguém demonstrava cansaço.
-- Pessoal, quero que se sintam em casa, não precisam pedir nada e deixem de cerimônia!
-- Então vai rolar joguinho? -- minha cunhada já estava bem animada pela bebida.
-- Vai sim, agora preciso da ajuda de vocês para pegar as coisas e levar até o lago.
Nem precisei pedir duas vezes, as meninas e os rapazes se solicitaram a ajudar, não tínhamos hora para acabar.
-- Amor, vou colocar as meninas para dormir -- Sabrina beijou-me.
-- Linda, pergunta se seu pai precisa de algo lá no quarto.
-- Pergunto sim, nossas mães já foram dormir?
-- Não, estão conversando com meu pai na sala.
-- Ei, para de enrolar e vai ajudar o pessoal.
-- Vou sua mandona, mas antes... -- segurei sua mão e a puxei para beijá-la, um pouco mais demorado do que antes.
-- Vai, Aux! -- falou sorrindo.
-- Sei que não queria parar o beijo -- tentei beijá-la mais uma vez, mas Sabrina impediu.
-- Amor, isso não é hora de namorar! Vai ajudar logo as meninas, olha -- as meninas se enrolavam para estender uma toalha no gramado perto do lago.
-- Elas querem ficar no gramado? Vou lá -- dei mais um beijo rápido e saí.
De onde estava na varando dava para acompanhar tudo pelo clarão proporcionado pelos refletores.
-- Para o gramado é melhor o tapete e não a toalha da mesa -- falei olhando para minha cunhada em uma cena hilária, ela estava com a toalha da mesa super fina brigando com o vento para ela ficar adequadamente sobre o gramado -- Sandra isso não vai dar certo, vou pegar um tapete.
Não sabia por onde procurar um tapete, Amanda já tinha ido deitar, papai, mamãe e Cíntia.
-- Que barulho é esse? -- era a voz de Sabrina.
-- Olha quem está aqui... -- imprensei-a na parede.
-- Amor, o que você tá fazendo?
-- Te seduzindo... -- falei beijando seu rosto chegando a sua boca.
-- Amor, você está um pouco bêbada né?
-- Você acha? -- dessa vez ela correspondeu ao beijo.
Não sei se eu estava começando a ficar bêbada, mas estava muito afim de Sabrina, estávamos em um beijo que não cessava, passeava as mãos por baixo da camisa de Sabrina, querendo já desabotoar.
-- É melhor nos controlarmos, o quê mesmo vocês estava fazendo aqui? -- Sabrina interrompeu mais uma vez.
-- Procurando um tapete.
-- No armário de panelas?
-- Não faço ideia onde fica!
-- Acho que sei.
Saiu e voltou com um tapete enorme.
-- Ajuda, amor!
Ajudei-a a levar para o lago.
-- E as meninas? -- perguntei.
-- Estão dormindo na nossa cama, vamos ter que improvisar hoje, os quartos estão todos ocupados.
-- Quando fomos dormir vemos isso, amor...
-- Oi! -- ela me olhou.
-- Você é muito linda! -- falei sorrindo.
-- Ai, Aux! -- sorriu também -- Vamos logo, que isso pesa.
Quando o pessoal nos viram fizeram uma festa.
-- Com essa demora sei bem o que vocês estavam fazendo com esse tapete -- Ká falou.
-- Sabrina tá toda amassada, isso é a prova! -- foi Paulo dessa vez.
-- Venham, ajude a desenrolar -- Sabrina pediu.
-- Hoje ela tá mandona gente! -- falei.
-- Hum... Então foi ela que te obrigou a amassar a roupa dela? -- Débora perguntou rindo, não sei onde ela queria chegar.
-- Não querida, isso aí é meu tesão que manda mesmo! -- falei.
-- Bem que poderia dormir sem essa! -- Sandra riu.
Organizamos o tapete no gramado e colocamos as bebidas, petiscos, copos, pratos, tudo que as meninas tinham levado e ficamos ao redor.
-- Comadre, prove a melhor tequila da sua vida! -- Ivan colocou no copinho, provei, muito forte!
-- Boa, apesar de fortíssima.
-- Vamos começar as brincadeiras? -- Flá chamou.
-- Deixa Lu voltar, ela foi ao banheiro -- Jú falou.
Esperamos Lú voltar.
-- Peguei essa garrafinha de água para girar, vamos lá! -- Lu voltou animada -- Quero todos os casais separados! -- seguimos a ordem de Lu, que logo girou a garrafinha -- A brincadeira será apenas verdade, ok?!
Como sou uma pessoa muito de sorte, a boca da garrafa parou em minha frente e quem perguntaria seria Ivan.
-- Vai devagar compadre -- brinquei.
-- Pode deixar -- riu -- Você já fez sex* com mais de uma pessoa ao mesmo tempo?
-- Ainda bem que foi leve -- ri -- Não.
-- Não tá mentindo né? -- Débora falou.
-- Não estou mentindo.
-- Ok! -- rodou a garrafa que caiu para ela, ri demais dela da cara que ela fez achando ainda que eu estava mentindo.
-- Qual foi seu pior fora? Sei que foram tantos, mas me interessa o maior – Sandra perguntou.
-- Cunhava deveria ter perguntado algo mais picante né? -- falei.
-- Deixa eu responder, bom. Não tenho nada marcante -- falou cinicamente.
-- Você tem que responder, aqui é só verdade, não tem consequência -- Jú falou.
-- Não foi o maior, mas foram vários da mesma pessoa, foi da Aux, ok! -- falou rápida.
-- Tinha que me colocar no meio né? -- ri.
Ela rodou a garrafa e parou em mim de novo.
-- Gente, até a garrafa tá com amor platônico por mim? Dou conta não! -- riram -- Como a próxima é Flá, sugiro que seja ela a responder e Sabrina a perguntar.
-- Boa ideia, qual sua posição favorita? -- minha loira perguntou.
-- Eita, que o negócio tá esquentando -- Lu riu.
-- Mas é para eu fazer ou minha companheira? -- Flá ficou em dúvida.
-- Para você fazer -- Sabrina esclareceu.
-- Então loira, eu adoro dar de quatro mesmo, sabe?
-- Amor! -- Lu ficou com vergonha.
-- Lu, somo todos adultos, quem não gosta de dar de quatro?
-- Eu super apoio Flá, também é minha favorita -- Paulo disso.
Flá rodou a garrafinha e parou diante de Ká, quem faria a pergunta seria Débora.
-- Você já ficou com uma amiga?
-- Já sim, quando fazia o terceiro ano e ainda era a filha da professora.
-- E depois amor? -- Jú quis saber.
-- Depois fomos pegas no banheiro da escola e suspensas -- riu -- Namoramos por um ano, mas não deu certo.
Ká rodou a garrafa e parou em frente a Ivan, quem perguntaria seria Flá.
-- Qual lugar mais exótico que transou?
-- Nossa, foram tantos -- riu -- No avião foi o lugar mais excitante -- riu mais.
-- Eu quero trans*r em um avião -- Flá disse.
-- Eu quero trans*r em uma praia isso sim -- dessa vez quem revelava seu fetiche era Lu.
-- Gente, transem no celeiro, ótima experiência de vida! -- Sabrina disse.
-- Como assim, amiga? -- Ivan quis saber.
-- Depois te conto! -- piscou para ele.
Seguimos com a brincadeira, parávamos um momento para beber e comer, logo voltávamos as perguntas.
A garrafinha tinha ficado parada na direção de Sabrina e para eu fazer a pergunta.
-- Agora vai ficar bom irmãzinha -- Sandra falou rindo.
-- Vou pegar leve amor -- ri -- Qual é a sua maior fantasia sexual que ainda não realizou? -- perguntei.
-- Ansiosa pela resposta -- Paulo bateu palmas -- Muito mais interessante a vida dos outros -- riu.
-- Nossa, amor! -- pensou um pouco -- Aí não sei, talvez um fetiche com sadomasoquismo, não daqueles ao pé da letra, algo leve.
-- Sério? Nunca me falou nada amor -- fiquei surpresa -- Podemos conversar mais sobre isso depois.
-- Talvez você se der bem, hein?! -- Débora tinha que se intrometer.
-- Aux, nós já fazemos algo, mas não foi nada bruto, mas foi legal né amor? -- Lu disse.
-- Foi sim, com alguns objetos fica interessante, depois damos uns dicas.
-- Vou cobrar -- Sabrina se empolgou.
Não gostava dessa ideia, mas diálogo resolveria, também não poderia ser egoísta de só porque eu não queria machucá-la que ela não poderia realizar algo que desejava.
Giramos mais uma vez a garrafa, agora quem responderia era Jú, com a pergunta de Lu.
-- Você prefere trans*r no escuro ou no claro?
-- Os dois, não importa muito esse detalhe.
-- Paulo não gosta de escuro, sempre tem que acender uma luz -- Ivan entregou.
-- Já Flá ama o escuro, nossa não dar para ver nada -- Lu reclamou.
-- Ainda bem que comigo e Jú não tem isso -- Ká falou.
-- Eu e Aux também não ligamos.
-- Meninas vocês curtem sex* anal? -- Pedro quis saber.
-- Adoro! -- Ká agitou-se.
-- Também gosto -- Débora respondeu.
-- Confesso que gostei com Aux, mas me digam o que acham de swing? Vocês topariam?
-- Nem pensar loira, já basta o BDSM por hoje -- falei.
-- Ai amiga, relaxa e realiza a fantasia da loira -- Flá falou rindo -- Mas eu não toparia de jeito nenhum, troca de casais é demais para mim.
-- Eu também não amor, mas queria só saber a opinião das meninas -- Sabrina veio sentar ao meu lado.
-- Eu toparia -- Débora falou.
-- Queria ver, você apaixonada nunca que iria deixar outra pessoa tocar sua namorada -- Ká implicou.
-- Gente o papo está bom, mas está muito frio e já é tarde demais, vamos dormir e amanhã continuamos -- Jú deu a dica.
Aceitamos a sugestão e fomos cada uma levando algo na mão para a varanda, tentamos diminuir a bagunça, mas não conseguimos por completo, Ivan levou o tapete com Pedro.
Os casais entravam em seu quarto e Sandra ficou parada no corredor.
-- Sério que vou dividir o quarto com Débora?
-- Cunhada fica tranquila, a única coisa que ela vai conseguir fazer é roncar.
-- Você acha que tenho medo dela?
-- Acredito que não.
-- Não mesmo!
-- Sandra vai dormir -- era Sabrina que chegava no corredor.
-- Vou lá, boa noite! Mas se ela fizer alguma gracinha, bato nela -- beijou-me e depois Sabrina, apenas rimos.
-- Fiquei tranquila, aquela lá só late.
-- Experiência própria é amor?
-- Sim, ela gosta de falar, agir nada!
Do corredor onde estávamos vimos ela entrar no quarto que dividiria com Débora, eu entrei com Sabrina no nosso.
-- Amor, fala baixo para não acordar as meninas -- ela disse quando entramos no quarto -- É impressão minha ou você está empurrando minha irmã para sua amiga maluca? -- ela falava e eu tirava meu tênis.
-- É só impressão sua amor!
-- Aux, olha para mim! -- olhei.
-- Não quero ver minha irmã em nenhum confusão.
-- Amor pensa comigo, ela está solteira há um tempo e Débora também, não farei nada diretamente. Mas se algo acontecer seria bom, porque Débora precisa de alguém que coloque ela no seu devido lugar e Sandra com certeza faria isso.
-- E você virou cupido, por um acaso?
-- É ciumenta até com a irmã hein? -- fui abraçá-la -- Fique tranquila, porque Sandra é adulta e se acontecer é porque ela quer.
-- Isso eu sei ne amor, mas a questão é que ela é hétero.
-- Ok, Sabrina. Vamos deixar elas decidirem, que tal um banho?
Tomamos banho e nos vestimos com pijamas.
Pegamos dois edredons, forramos no canto do quarto e deitamos, não era nada confortável, mas já estava cansada demais para procurar algo melhor e naquela altura da madrugada não queria acordar ninguém batendo na coisas.
Sabrina levantou-se porque tinha esquecido de passar creme, ela fazia toda noite esse ritual no corpo, abriu a mala e pegou um vestidinho. Devagar foi tirando o pijama, provocando claro! Tirou a blusinha e depois o shortinho, colocou sobre a mala e vestiu o vestidinho curtíssimo. Prendeu o cabelo, calcou as sandálias e foi até a cama, verificou como as meninas dormiam e veio até mim deitando-se em seguida.
-- Estou exausta -- grudou suas as costas a mim.
-- Eu te amo! Descansa! -- beijei seu ombro e pescoço -- Vou te cobrir -- peguei o edredom e nos cobri.
-- Também te amo! -- virou-se -- Quero meu beijo de boa noite! -- beijamo-nos e dormimos abraçadas.
Fim do capítulo
Boa tarde!
Espero que goste do capítulo.
Bjss
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