Capítulo 9 - Minha namorada
Manuela terminava de enxugar-se quando Isabela apareceu na porta do quarto.
-- Uau! – Manuela olhou-a e voltou a enrolar-se, com pressa.
-- Faz tempo que estás aí?
-- Qual é, Manu? – Perguntou com cinismo – Eu já te vi nua, guria. E quando melhorares disto aí... – apontou para suas costas e puxou a toalha – vais querer viver assim para me satisfazer. – Balançou as sobrancelhas sorrindo. Manuela fez um bico e a puxou, envolvendo-a com os braços.
-- Então posso começar agora. – Declarou com uma voz rouca e sensual, o que provocou arrepios em Isabela.
-- Pode começar depois de curar isto aí. Deixa eu ver.
-- Não precisa. – Voltou a segurá-la.
-- Não, Manuela. – Disse séria – Isso deve doer, arder, sei lá. E eu não te quero pela metade, só inteira.
-- Mas estou inteira para ti. – Sussurrou no ouvido da loira, que se manteve firme.
-- Não estarás inteira enquanto isso não melhorar.
-- Isabela...
-- Não. – Permaneceu séria – Vem aqui, eu trouxe algo que encontrei nas coisas de vovó para passar nestas feridas.
-- Vais passar o que? – Perguntou com os olhos abertos.
-- Um unguento.
-- Não.
-- Não o que?
-- Não se pode passar qualquer coisa ou pode infeccionar.
-- Isso não é qualquer coisa... Olha, eu sei que não entendo muito de cuidar, como muitos falam, mas sei o que é um anti-inflamatório com antibiótico. – Manuela a olhou e pediu para ver o remédio.
-- Deixa ver isso então. – Ela leu o rótulo e princípio ativo, e permitiu que passasse.
-- Até parece que entendeu tudo. – Declarou com ironia. Manuela riu, ela imaginava que a morena fosse apenas um capataz” do avô.
Manuela deitou de bruços enquanto Isabela terminava de enxugar suas costas para, em seguida, passar o unguento.
-- Olha, eu não sei como tu conseguiste isso, mas te juro que se tentar novamente, não terei esta compaixão. – Falava em tom de ameaça, mesmo entretida com as marcas com sangue.
-- Acho que tu não precisas saber.
-- Realmente, eu não preciso e não quero saber. – Respondeu a olhando séria. – Só me diz se isso foi naquele lugar.
-- Isabela, quer mesmo saber? – As duas se olharam.
-- Não. – Disse irritada. – Pronto. – Levantou-se com uma expressão fechada.
-- Vem aqui. – Segurou a mão da loirinha após se virar.
-- Não engulo essa coisa de apanhar para fazer amor.
-- Vem aqui. – Puxou para um abraço e beijou seu pescoço – Eu não faço amor com elas.
-- Elas? São várias ao mesmo tempo? – Antes de Manuela responder, elas mesma a interrompeu. – Claro. – Revirou os olhos, o que a morena achou fofo e voltou a beijá-la.
-- Eu não ligo para elas, estou mais preocupada contigo.
-- O que tu procuravas lá? – Ignorou a última frase, estava com ciúmes.
-- Isabela, tens mesmo certeza de que quer falar sobre isso? – Virou-se para a morena, olhando-a nos olhos.
-- Sempre fui mais eu, mas, sei que contigo é diferente, já senti. – Bufou – Manuela, eu não quero te ouvir falar das outras mulheres da tua vida. Agora só tens a mim. – Segurou o rosto da morena – Estás entendendo? – Soletrou – M i ...mi... n h a... nha.
-- Tá. – Segurou o sorriso.
-- Tá o quê ?
-- Tá, eu entendi. – Respondeu sem rodeios.
-- Olha lá, eu te faço um estrago maior que este. – Ameaçou e a morena riu.
-- Está bem. – Puxou-a novamente – Agora quero me divertir um pouco.
-- Vai pensando... – Afastou-se – Só vai me tocar para o que tu queres depois de melhorar deste ato de muito amor. – Declarou com ironia e saiu do quarto.
-- Mas que barbaridade! – Bateu na cama. – Baixinha linha dura!
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-- Manu... – Comeu um pedaço de torrada.
-- Hum... – Estava distraída, bebendo seu chimarrão e observando o céu.
-- Vovô já sabe da gente. – Disparou. Manuela quase se engasgou com o mate.
-- O QUÊ? – Perguntou assustada.
-- Isso mesmo. – Sorriu para morena – Vovô já sabe.
-- Como ele já sabe? Tu contaste?
-- Estás morando aqui a mais tempo que eu e ainda vem me perguntar como ele sabe? Não o conhece? – Manuela jogou a cabeça para o lado.
-- Eu queria ter conversado antes. Ele deve estar achando mil coisas. – Colocou a cuia sobre a mesa. – Preciso ir lá, agora.
-- Espera, guria. – Sorriu – Está tudo bem. Ele aceitou e ainda me disse para cuidar de ti. – Não parava de rir.
-- Impressão minha ou estás gostando desta recém descoberta?
-- Claro. – Levantou-se e pulou nos braços da morena – Agora somos oficialmente namoradas.
-- Não precisamos de nada e ninguém além de nós para sermos o que quisermos.
-- Jura? – Estava muito sorridente.
-- Sim. – Beijaram-se.
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-- Joana, estás sabendo de algo que eu deveria saber?
-- Como o quê? – Tomavam café na varanda da fazenda. Dalva terminava de servir a mesa, e ao ouvir a pergunta disfarçou, na tentativa de sair.
-- Como aquelas duas confinadas na casa de Manuela. – Olhou para Dalva que se afastava – E tu podes voltar aqui, dona Dalva.
-- Eu não sei de nada. – Joana olhou de um para outro e resolveu ser sincera.
-- Está bem! – Jogou a cabeça em rendição. – Elas estão juntas.
-- Eu já sabia.
-- E porque perguntou? Queria nos contar e não sabia como? – Dalva perguntou sorrindo.
-- Eu sabia, também, que isso tinha as mãos das duas.
-- Antônio, não fizemos nada além de torcer.
-- E favorecer as coincidências. – Completou com ironia.
-- A menina Isabela já estava enfeitiçada por nossa Manuela.
-- Isso que me preocupa. – Concluiu, após tomar um gole de café.
-- Como assim?
-- Joana, nossa neta mal acabou o noivado e se interessou por Manuela. E se isso for só fogo de palha? Sabes quem vai sair estraçalhada e se fechará ainda mais para o amor.
-- Ela parece gostar realmente de Manuela.
-- Ela pode se enganar, e depois de tudo querer voltar atrás.
-- Acredito nas escolhas da nossa neta.
-- Deus te ouça, dona Joana. – Dalva concluiu pensativa.
-- E ouça nossas preces para que Ricardo não faça de ruim para essa relação delas. – Foi a vez de Antônio concluir.
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Ainda era cedo quando as duas chegaram a fazenda de Antônio, e não demorou para Dalva aparecer e perceber que estavam de mãos dadas.
-- Ah! Então assumiram de vez?
-- Menos, Dalva. – Manuela pediu falando baixo antes que os padrinhos a ouvisse.
-- Menos por quê? Todos já sabiam.
-- Como assim, todos sabiam? – Perguntou olhando para Isabela.
-- Não falei nada. – A loirinha adiantou-se em falar.
-- Não mesmo?
-- Não. – Antônio disse interrompendo as duas. – Eu desconfiei e investiguei. – Declarou sorrindo.
-- Padrinho, acho que preciso conversar com o senhor.
-- Precisa?
-- Estou com Isabela e isso...
-- E isso é da conta das duas, e de mais ninguém. – Respondeu ainda sorrindo. – Venham aqui me dá um abraço.
Manuela ficou surpresa com a aceitação da família, não sabia que a relação das duas seria tão bem aceita, levando em consideração seu histórico amoroso.
-- Espero que pare com essa coisa de Camafeu e se permita ser feliz. – O velho homem confidenciou depois a sua afilhada.
-- Estou cem por cento com Isabela, padrinho.
-- Assim espero. Amo demais as duas para vê-las tristes. – Estavam conversando enquanto andavam a cavalo.
-- Padrinho... – chamou após alguns minutos de silêncio.
-- Sim?
-- O pai de Isabela não vai reagir como o senhor, não é mesmo? – Antônio parou o cavalo, ficando de frente para morena.
-- Ricardo, talvez, tenha uma reação pior a que Adriano.
-- Pior do que a dele? – Pensou alto – Eu nunca permitirei que encoste um só dedo em Isabela por ela me amar. – A expressão de Manuela ficou sombria ao se lembrar do seu próprio pai lhe batendo e escorraçando de casa após descobrir sua orientação sexual.
-- Eu não esperava algo diferente de ti, meu amor. – Respondeu se solidarializando com a dor da afilhada.
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-- Vais dormir novamente com Manuela?
-- Alex, quando se tem uma namorada como aquela, não se pode dá sorte para o azar. – Brincou – O material que montou aquele corpão não deve existir mais. – Alexandra jogou um travesseiro na irmã.
-- Guria tola! – Disse sorrindo – Estou perguntando isso por causa do doutor Adriano Souza.
-- Quando papai vai entender que não gosto daquela ameba?
-- Mana, eu sei que é complicado, mas acho melhor tu dormir em casa, ele já está desconfiado de algo. Nunca te encontra em casa, sempre falamos que estás dormindo ou saíste com vovô. O pai não é tolo.
-- Eu sei. – Declarou com tristeza e se sentou na cama.
-- Conversaste sobre isso com a Manu?
-- Não quero deixar de viver o que estamos vivendo agora para abordar este assunto. Até porque se ela for como eu ficará possessa.
-- Estão juntas há uma semana, está na hora de falar sobre teu ex com ela.
-- Eu sei... – respondeu com tristeza e ouviram aguem bater à porta – Pode entrar.
-- Dona Manuela está chamando a senhora. – Avisou uma linda mulata com pouco mais de dezoito anos.
-- Avisa que estou indo, por favor. – Pediu sendo educada, mas, quando a menina saiu – Essa daí pensa que não percebo, ela come Manuela com os olhos.
-- Isabela, não começa que este ciúme doentio porque ele te cega e não consegues ver a verdade das coisas.
-- Estou errada?
-- Essa menina é noiva do filho daquele peão, o Jaime das cuias.
-- Com um nome desses. – Fez uma careta.
-- Manuela sempre foi respeitada aqui como o padrinho, não inventa coisa.
-- Não invento, desde que ela se comporte. – Concluiu com uma expressão fechada.
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-- Oi, amor! – Beijaram-se e Manuela retirou o chapéu. – Cansada? – Perguntou limpando o batom nos lábios da morena.
-- Nem um pouco. – Puxou a loirinha – Vamos para casa, quero ficar sozinha contigo. – Apertou o corpo menor contra o seu e Isabela teve que respirar fundo para não se entregar à tentação. Tinha jurado a si mesma deixar a morena louca de desejo, mas estava quase caindo em sua própria armadilha.
“Ai, esses músculos!!! Sai tentação, falta pouco”. – Pensou, enquanto se segurava.
-- Então vamos em uma festa na cidade. – Manuela se afastou encarando-a nos olhos.
-- Está falando sério?
-- Claro. Vovó disse que era uma festa ótima.
-- Festa ótima! – Repetiu irritada – Obrigada, madrinha!
-- O que tu tá me arremedando? – Perguntou sorrindo.
-- Nada. – Revirou os olhos – Vamos só nós duas?
-- Claro que não! – Dalva apareceu ao lado de Alexandra – Nós vamos também.
-- A madrinha não vai? – Perguntou vendo-a abraçada à Alex.
-- Não meu amor, teu padrinho não está bem-disposto e prefere ficar em casa.
-- O que ele tem? – Alex perguntou preocupada.
-- Não é melhor chamar um médico? – Foi a vez de Isabela perguntar e Manuela revirou os olhos.
-- Não é para tanto, meninas.
-- O padrinho está cansado da lida. – Olhou para velha senhora – A senhora me chama pelo celular se precisar de alguma.
-- Ou manda um WhatsApp, dona Joana. – Dalva interrompeu – Poderíamos fazer um grupo com as mulheres da família, o que acham?
-- Não viaja, Dalva.
-- O que tem um grupo só nosso, Manu? – Isabela perguntou abraçada à bela morena.
-- Não tenho paciência para esse troço apitando o tempo todo. – Respondeu com uma expressão fechada, mas Isabela a pegou e encheu de beijos, deixando-a envergonhada com a presença da madrinha, Dalva e Alex. – Vamos logo ou não vou mais.
Durante o trajeto até o centro de Santa Maria do Sul, Isabela e Dalva não pararam um só minuto de falar. Alexandra só observava o cenário, assim como Manuela.
Chegaram a cidade ainda era cedo. Manuela comprou um refrigerante, enquanto Alex e Dalva resolveram dar uma volta, e Isabela ficou lhe fazendo companhia.
-- Queres alguma coisa, guria? – Perguntou após bebericar um pouco do refrigerante.
-- Quero uma cerveja, bebe comigo? – Pediu, apertando forte com as duas mãos o corpo de Manuela.
-- Eu não posso beber, estou dirigindo. – Isabela achou fofo esse lado responsável da morena, não sabia que ela era tão certinha.
-- Então eu te acompanho no refrigerante. – Olharam-se.
-- Por que não pega uma caipirinha que tu gostas?
-- Será que aqui vende daquelas de frutas? – Manuela a olhou séria e fez um bico, desvencilhou-se e foi até uma das barracas e pediu a bebida.
-- Não estamos assim tão no final do mundo. – Isabela viu que foi grosseira e pediu desculpas.
-- Amor, desculpa. Eu não quis dizer que tua terra era final do mundo, mas que algumas frutas, talvez sejam difíceis de encontrar.
-- Não estamos em BH ou Porto Alegre, mas ainda somos civilizados. – Ambas ficaram quietas, aquele era o primeiro sinal perceptível das grandes diferenças existentes entre uma e outra. Isabela não podia deixar aquilo estragar a noite das duas.
-- Eu sei que sou um pouco atravessada, às vezes. – Manuela a olhou e teve medo que isso se tornasse algo maior e estragasse a noite das duas.
-- Não foi você, sou eu. – Olhou dentro dos olhos verdes e pegou sua mão – Estou cansada e confesso que preferia estar em um local mais reservado, apenas contigo. – Isabela sorriu franzindo o nariz, o que deixou Manuela louca de desejo. – És uma guria linda.
-- E tu minha deusa. – Sorriram e escolheram uma mesa. Não demorou muito e um jovem rapaz se aproximou para pegar os pedidos das duas mulheres, e quando viu Isabela sorriu para loirinha.
-- Hei, como tu estás, guria? – Falou com uma intimidade que Manuela odiou.
-- Bem. E tu?
-- Esperando para ti ver de novo. – Tentou ser galanteador, mas foi interrompido por uma mau humorada morena.
-- Oh, piá, cuida em pegar o pedido e trazer logo esse entrevero que pedi. – Olhou para Isabela – O que tu queres?
-- Acho que o mesmo... – olhou o menino – Tem como colocar aipim?
-- O que é isso? – Manuela respondeu sem paciência.
-- Mandioca, macaxeira, aipim.
-- Não tem. Aqui é preparado separado, só se comprar a macaxeira cozida, ela depois é passada e coloca charque com cebola para acompanhar. – Isabela fez uma expressão de dúvida, mas a morena voltou a interferir.
-- Traz o entrevero e este outro de mandioca com charque. – Pegou a garrafa de refrigerante e levantou – Já traz outra desta também. – Não demorou muito, a comida chegou e as duas comeram enquanto conversavam animadas. Manuela achava linda as expressões da loirinha que mal a deixava falar.
-- Minha deusa, por onde andam aquelas duas?
-- Dalva é igual a ti, deve estar passando a cidade à limpo. – Sorriu e Isabela lhe fez uma careta. – Queres ir procurá-las?
-- Não. – Voltou a franzir o nariz – Vamos aproveitar mais. – Piscou e Manuela voltou a sorrir, mas o momento foi quebrado com a chegada de três lindas mulheres.
-- Manuela! – A morena olhou para cima e viu Astrid acompanhada de Cintia e Flavia. – Quanto tempo não apareces, pensei que estivesses doente... – abaixou-se e falou quase sussurrando – por causa da nossa última brincadeira. – Manuela ficou sem graça e olhou para Isabela, que estava vermelha de raiva.
-- Estava ocupada. – Respondeu sem jeito e cumprimentou as outras duas. Cintia percebeu de imediato o clima criado entre a loira e a morena. Astrid olhou de uma para outra e perguntou sem interesse.
-- É tua parente? Não vai apresentar? – Manuela ainda não havia conversado com Isabela sobre assumir a outras pessoas, tinha medo que o pai da loira descobrisse por terceiros.
-- Isabela é neta do padrinho.
-- Olá guria, tudo bem? – Isabela olhou de uma para outra e se levantou irritada, furiosa com Manuela.
-- Tudo ótimo! – Encarou a morena – Não vai me dizer quem é ela, Manuela?
-- Cla... – limpou a garganta – Claro. Essa é Astrid, ela é comerciante aqui na cidade.
-- E tua amiga é uma cliente assídua. – Olhou para morena, ignorando a loira – Eu te espero logo mais para terminarmos aquela conversa. – Voltou-se para Isabela – Acredito que terás de levá-la à fazenda, então te espero mais tarde. – Abaixou-se e beijou o rosto da morena, que ficou dura, como se fosse desmaiar. – Até mais guriazinha, manda lembranças para teus avós. – Isabela respirou fundo e olhou para a namorada.
-- Isabela, eu não sabia o que responder por causa do teu pai e...
-- Não fala mais nada, Manuela. – Levantou-se e Manuela a acompanhou. – Não! Fica aqui, pois preciso digerir isso.
-- Isabela, por favor, vamos conversar... – novamente foram interrompidas por um homem loiro, como Isabela, e talvez com a mesma idade. Ele se aproximou chamando atenção das duas.
-- Tu não queres me acompanhar nessa dança? – Estendeu a mão que foi aceita por uma loirinha irritada.
-- Claro. – Respondeu e forçou um sorriso olhando para Manuela que apenas ergueu umas das sobrancelhas. O garçom que estava servindo a mesa das duas mulheres, foi até ela e perguntou se queria outra bebida.
-- Mais um refrigerante e outra caipirinha? – Manuela o olhou com uma expressão irritada que o deixou com medo.
-- Uma dose de vodca pura. – Não demorou para Dalva e Alex voltarem a mesa.
-- E minha irmã? – Perguntou procurando a loirinha. Manuela apontou em direção ao palco onde várias pessoas dançavam.
-- O que ela faz ali e tu aqui? Com esta cara de mate com limão? - Olhou para mão da morena – Tu estás bebendo?
-- Não quero falar sobre isso. – Levantou-se e saiu. Isabela viu de longe que a morena foi para algum lugar e se despediu do rapaz.
-- Mas bah! Fica mais um pouco. – Pediu segurando sua mão.
-- Preciso ir, minha irmã chegou. – Tentou ser educada.
-- Então depois dançamos mais? – Permaneceu segurando a mão da loira.
-- Depois. – Forçou o sorriso. O rapaz beijou sua mão e soltou.
-- Depois te procuro então. – Piscou e Isabela não deu muita importância.
-- Para onde Manuela foi? – Perguntou irritada olhando de Dalva para Alex.
-- Espera Isabela, tu vais nos contar o que aconteceu aqui.
-- E por que Manuela está bebendo? – Dalva perguntou irritada.
-- Não foi culpa minha, antes que acusem sem saber a verdade. – Defendeu-se.
-- Então explica a culpa da Manu. – Alex pediu cruzando os braços e Isabela explicou o ocorrido. Dalva e Alex se olhavam, estavam assustadas com o ciúme da loirinha e com a reação de Manuela, que sempre foi muito fechada.
-- Tu não saber o que acabaste de provocar. – Dalva declarou procurando a morena com os olhos.
-- Manuela é uma santa!
-- Não, ela não é santa. – Alex afirmou – Mas foi sensata em te poupar e respeitar. Já paraste para pensar se esta notícia sobre este namoro chega ao ouvido do nosso pai?
-- Ela conhece teu pai, e te respeitou, contrário do que fizeste com ela. – Isabela parou para pensar.
-- Será que peguei pesado?
-- Vai atrás dela e tenta resolver isso. – Alex aconselhou.
-- Não faça nada com a cabeça quente, sem antes ouvir o lado dela. Manuela já fez muitas bobagens, mas está realmente determinada em fazer tudo certo contigo. – Foi a vez de Dalva intervir. – Agora vá procurá-la.
Isabela saiu entre as pessoas, procurando a morena. Sua procura foi encerrada quando sentiu alguém puxando seu braço.
-- Oi, loirinha. Vamos voltar a nossa dança?
-- Oi! Desculpe, estou procurando alguém.
-- Mas já achaste. – Respondeu sorrindo puxando-a para perto do seu corpo. – Vamos dançar. – Tentou beijar seu rosto, mas ela desviou e pegou o pescoço. – Não adianta loirinha, tu vais ficar comigo hoje. – Forçou mais o contato e puxou ela para o canto da rua, onde havia pouquíssimas pessoas.
-- Sai daqui e me solta! – Exigiu em vão.
-- Só uns beijinhos. – Respondeu forçando mais o contato.
-- Larga! Eu não quero nada contigo, solta!
-- Eu só te solto quando quiser. – Tentou beijá-la novamente, mas, desta vez sentiu algo puxando seu corpo e, quando virou-se, não teve tempo de reagir a um soco dado pela morena.
-- Estás bem? – Manuela perguntou aflita com a situação.
-- Estou. – Abraçou-se forte à Manuela, que a recebeu com carinho.
Fim do capítulo
Quero agradecer imensamente a todas vcs, meninas, pelo enorme número de acessos e também a todas que comentaram, em especial às que sempre comentam a história. É tão gratificante este feedback de vocês que hoje fui motivada a escrever um pouco mais. Espero que gostem do capítulo. Beijos a todas!
Comentar este capítulo:
Ada M Melo
Em: 22/08/2016
capitulo show amei!! a manu vai precisar de um pouco de paciencia com essa esquentadinha da Isabella,kkkk mas ela tão fofa que vale a pena....autora estou viciada na sua historia...quero mais capitulos!!! vc posta um cap por semana?
abraço!
Resposta do autor:
Olá, Ada, querida!
Eu posto de uma a duas vezes por semana, não tenho uma regra, porque depende do dia a dia e da inspiração. Mas aí está o novo capítulo. Espero que gostes. Um beijo.
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