Helena acordou sentindo o braço doer. Demorou alguns segundos para se dar conta de onde estava. Raquel dormia profundamente sobre seu braço. Ficou parada pensando em uma maneira de retirá-lo sem que Raquel acordasse. Não tinha ideia de que horas eram.

Sem aguentar mais, segurou a cabeça de Raquel com a outra mão e tirou o braço por cima. Raquel se aconchegou ao travesseiro e continuou dormindo.

Ficou a admirando por um tempo. Ela era linda. Dormindo passava uma sensação de paz e calma. Vendo-a deitada de bruços, teve vontade de lhe beijar as costas, mas voltou a si e deixou a cama silenciosamente.

Não sabia direito o que fazer. Deveria ir embora? O que Raquel esperava dela? Foi até a sala e pegou o celular, três horas. Viu aliviada que não havia nenhuma ligação.

Ficou sentada no sofá pensando em toda a loucura que estava vivendo. Somente quando sentiu um vento frio entrando pela janela aberta se deu conta de que estava nua. Abraçou o próprio corpo e sentiu outros braços a envolvendo por trás. Não se assustou. Beijou com carinho a mão pousada em seu ombro.

-- De repente me senti sozinha naquele quarto. – Raquel dava pequenos beijos em sua nuca.

-- Não sabia se deveria ficar...

Raquel a soltou e deu a volta no sofá, se ajoelhando de frente à Helena.

-- No que depender de mim, você vai ficar muitas vezes Helena.

Helena se abaixou um pouco e a beijou com intensidade. Raquel se levantou e sentou no colo de Helena fazendo o beijo ficar mais urgente. Enquanto sentiam o corpo uma da outra, ambas se davam conta de que não haveria mais volta. Não poderiam mais fingir que não conheciam aquela sensação.

Dessa vez foi Helena quem convidou a outra para voltarem ao quarto. Quando entraram Raquel a empurrou na cama deitando-se por cima. Passou a beijar seu pescoço e estimulada pelos gemidos, desceu até os seios. Jamais imaginou que iria gostar tanto de beijar os seios de uma mulher. Sabia o que desejava, mas não estava certa sobre como fazer. Lembrou-se das palavras de Pamela e deixou-se levar pelo instinto.

Passou a beijar a barriga de Helena. Aquele corpo era tão perfeito que tinha vontade de beijar cada milímetro dele. Demorou-se na exploração das curvas do corpo de Helena. Continuou descendo e Helena, antecipando o que viria a seguir, ficou mais ofegante embaixo dela. Surpreendeu-se com uma rosa tatuada no início da virilha. Jamais imaginou que tímida como era, Helena escolheria esse local para uma tatuagem. Olhou para Helena para ter certeza de que ela queria aquilo. Helena percebendo a dúvida no olhar da fisioterapeuta, respondeu dobrando os joelhos e ficando inteiramente disponível à Raquel. Ela sorriu e deu um beijo acanhado na virilha de Helena.

Ao ver-se tão próxima, o desejo de provar Helena daquela forma tão íntima incendiou seu corpo. Passou a beijar o sex* da outra enquanto aproveitava cada segundo daquela nova experiência. Os gemidos de Helena, a forma como ela rebol*va mostrando como gostava e o prazer escorrendo daquele corpo tão lindo, fazia com que Raquel sentisse vontade de nunca sair dali. Quando percebeu que os gemidos se tornaram mais intensos, acelerou as carícias que fazia com a língua e sentiu Helena goz*r. Pensando no que ela mesma gostava, parou os movimentos mais afoitos e permaneceu acariciando o sex* de Helena com lambidas leves e delicadas até que a outra relaxou o corpo e passou a respirar mais devagar.

Subiu e a beijou longamente.

-- O que vai acontecer conosco Helena?

-- Não pensa nisso agora, meu bem. Vem cá.

Helena a abraçou com carinho e lhe beijou a testa.

-- Preciso retribuir esse momento maravilhoso que você me deu.

-- Humm, isso parece promissor. – Raquel beijou a boca de Helena enquanto sentia suas mãos percorrendo seu corpo.

-- Sou principiante, vai ter que ter paciência comigo.

-- A prática leva à perfei... – Não terminou a frase. A mão de Helena tocava o seu sex* a fazendo gem*r. Abriu as pernas para que Helena tivesse todo o acesso que precisava. Desejava se entregar da forma que Helena a quisesse. Sentiu Helena a penetrando de maneira delicada e sem perceber, mordeu o ombro da outra que gem*u pelo prazer e dor que sentiu.

Possuir Raquel daquela forma era extremamente prazeroso. A entrega da outra lhe fazia gem*r também. Sentiu um prazer indescritível quando com a voz rouca, Raquel pediu que aumentasse a velocidade dos movimentos. Obedeceu e sentiu o corpo da fisioterapeuta tremer violentamente quando ela gozou. Permaneceu dentro de Raquel até que ela parasse de tremer.

As duas ficaram se olhando por um tempo que poderia ter demorado horas ou apenas poucos segundos. Não sabiam responder e isso não importava.

Helena quebrou o silêncio.

-- Raquel... – Continuava a olhando nos olhos cor de mel.

-- Oi...

-- Eu acho que... – Não sabia se deveria dizer aquilo.

-- Diga Helena. O que quer me falar?

-- Eu acho que estou apaixonada por você.

Raquel sorriu e a beijou ternamente.

-- Isso faz duas de nós meu amor.

O dia começava a clarear. Descansaram no pouco tempo que ainda possuíam. Se alguém pudesse ver a cena das duas mulheres na cama, veria que ambas sorriam enquanto dormiam abraçadas.

Fim do capítulo